Em Setembro irá ser lançado o segundo volume da Saga Orbias, do Fábio Ventura.
Título: O Demónio Branco
Autor:Fábio Ventura
Editora: Casa das Letras
Lançamento: 6 Setembro 2010
Sinopse: «As coisas mudaram desde a derradeira separação entre a Terra e Orbias há um ano atrás. Noemi é agora uma estagiária na redacção de uma revista em Grand City. Leva uma vida solitária e mantém pouco contacto com Adam e Lorelei. Mas enquanto se esforça para esquecer todos os trágicos acontecimentos do passado, o inesperado acontece: os seus poderes de Omnisciência regressam e volta a transformar-se em Guerreira. Para piorar a situação, está constantemente a ver o rosto de Sebastian e a sentir o seu perfume.
Será que afinal os mundos não foram definitivamente separados? Será possível o regresso a Orbias, para junto das outras Guerreiras? Na sua loucura obsessiva, Noemi convence-se a si própria de uma coisa: Sebastian está vivo!»
Este livro é a continuação da saga Orbias (opinião aqui).
Preço: --€ (ainda não divulgado)
Onde é que o livro pode ser adquirido? Um pouco por todo o lado, quer em livrarias como online.
Teaser-trailer:
Para os curiosos, que já tenham lido o primeiro livro, aqui fica uma lista de cinco contos que o autor escreveu nos últimos meses, protagonizados pelas cinco guerreiras, e que dão algumas pistas sobre o que podemos esperar do "Orbias - O Demónio Branco".
Esta colecção de contos tem o nome de "Orbias - A reconstrução de um sonho":
- Lily-Violet;
- Lorelei;
- Rouge;
- Belladonna;
- Noemi.
Visitar também o blog oficial da Saga Orbias (que é actualizado regularmente).
E por fim, fica aqui o vídeo-resumo do primeiro livro "Orbias - As Guerreiras da Deusa":
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Os Homens que Odeiam as Mulheres
"Os Homens que Odeiam as Mulheres (Millennium 1)", de Stieg Larsson (publicado pela Oceanos) - página oficial em português
Sinopse:
Opinião:
Devido às muitas críticas positivas que este livro tem recebido, eu tinha as expectativas altas, embora tente sempre entrar numa nova leitura de forma imparcial. O que eu queria deste livro era um bom mistério que me deixasse agarrada e que me surpreendesse.
Infelizmente, não foi bem isso que recebi.
A coisa que mais me incomodou e que menos me incentivou a ler mais compulsivamente esta história, foi a quantidade de despejo de informação (info dump) que foi passada na primeira metade do livro. Era algo que me dava arrepios. Demasiadas explicações, diálogos longos e aborrecidos sobre uma infinidade de pormenores que me cansavam enquanto leitora.
Claro que compreendi a necessidade de muita dessa informação, mas também houve muita coisa altamente desnecessária, sem que fosse necessário contar tudo até ao mais ínfimo (e irritante) pormenor.
Por várias vezes ponderei abandonar a leitura, mas como tinha lido algures que o final era totalmente imprevisto, segui a leitura, por vezes num desinteresse tal que me perguntava porque estava a dar-me ao trabalho de ler um livro de 544 páginas, cuja primeira metade me demorara, nada mais nada menos que 17 dias a ler (isto pareceu-me uma eternidade comparada com os 6 dias que demorei a ler o resto, e que ainda assim foi bastante tempo).
Felizmente, depois de passar o meio do livro, as coisas começaram a encarreirar-se (ou seria eu que já estava ambientada com o estilo do livro) e daí foi um saltinho até ao final. Confesso que a segunda parte redimiu de certa forma a impiedosa primeira parte.
A nível de personagens, devo dizer que achei que os dois protagonistas foram muito bem expostos e explorados, mas não gostei de nenhum dos dois. XD
O Mikael, embora fosse dos dois o meu favorito, é um homem que me irrita até um certo ponto porque é um mulherengo que faz com que todas as mulheres se derretam a seus pés. Felizmente é um homem também muito integro e aprendi a apreciá-lo enquanto "ser humano".
Já a Lisbeth, que sempre se mostrou uma personagem bastante única, cometeu alguns erros injustificados. Como é que alguém tão inteligente (como supostamente ela é) conseguiu ser tão ingénua? Afinal quem é que, depois de ser mordida por um cão feroz, entra de livre vontade na casota do cão? Que estava à espera? De ser lambida? Era óbvio que na segunda vez o cão não se limitaria a morder. A ingenuidade (e estupidez) dela irritou-me! (desculpem lá a comparação, mas não quero estragar a festa a quem não leu o livro)
Escusado será dizer que lhe fiquei com algum "pó". Não gostei dela, embora não desgoste totalmente da sua forma de ver as coisas. É uma personagem complexa que me deixa algo dividida (ponto a favor para o autor).
Infelizmente, no que respeita a personagens o autor também falhou ao não conseguir expor convenientemente as personagens secundárias. Nem o próprio Henrik Vanger, que era das personagens secundárias mais presentes, foi suficientemente bem mostrado para sentir algo em relação a ele. E tudo isto fica pior quando falamos dos "vilões" que, diga-se, foram tão mal explorados que até doeu. Uma pena, pois havia muito potencial.
Quanto à história em si,e depois de ter já dito que esperava muito mais, devo confessar que não fui apanhada de surpresa pela resolução do mistério. Logo no início do livro percebi o que tinha realmente acontecido à Harriet, e nada do que foi dito ou mostrado depois disso conseguiu tirar-me a verdade da cabeça. Só por aí, senti-me defraudada.
Depois houve o resto ... a história grotesca por trás da família Vanger, que a mim me pareceu mais uma jogada para impressionar o leitor com a sua violência, do que outra coisa. Também esse mistério não me surpreendeu na sua resolução, embora quando comecei a história não esperasse algo assim, mas como os crimes foram expostos antes do meio do livro, eu esperava ser surpreendida com a verdade sobre quem os cometia, coisa que não aconteceu pois o "culpado" era o meu suspeito número um.
A verdade é que penso que a forma como o autor escreveu o livro lhe tirou muita momentaneadade. Sinto que se este tivesse um compasso mais acelerado eu teria ficado surpreendida com quase todas as reviravoltas, mas a forma como tudo foi desvendado foi muita anti-climática, a meu ver, o que tirou muita adrenalina e surpresa das situações em causa.
Uma coisa que gostei foi do fim, refiro-me ao fim fim (últimas 2/3 páginas) que deu um novo alento à personagem da Lisbeth. Bem jogado!
Em suma, foi um livro cuja primeira metade cruzou o limite do aborrecido, mas que conseguiu apanhar o passo na segunda metade. A escrita do autor é muito acessível, mas arrasta-se até à exaustão e por isso perdeu muito valor enquanto mistério capaz de surpreender até às últimas páginas (coisa que não foi).
Não vou deixar de aconselhar o livro a quem goste de livros de mistério, mas advirto que para quem não gosta de longos diálogos e ainda mais longas descrições infinitamente pormenorizadas, poderá não gostar deste livro.
Se alguém me oferecer o segundo volume, sou bem capaz de o ler, mas caso tal não aconteça, não tenho intenções de comprar a restante saga.
Tradução:
O livro teve uma tradução aprimorada que não esqueceu detalhe nenhum e só muito esporadicamente encontrei um ou outra palavra que não estava bem contextualizada, No entanto, do que senti falta foi de algumas notas de rodapé. Este é um livro carregado de menções a ícones característicos da região onde se passa a história, e ao não haver lugar para notas de rodapé que expliquem aos incautos o que é o quê, perdeu-se algum valor. Refiro-me especialmente aos muitos livros e, especialmente, revistas mencionadas, já sem falar em algumas bebidas e variados objectos culturais. Uma nota a dizer que género de revista era, ou que tipo de bebida era, faria com que a história fizesse um pouco mais de sentido. mas também afirmo que isto não interferiu de todo na fluidez do livro, apenas achei que seria uma mais valia.
Capa e Design:
Sinopse:
O jornalista de economia MIKAEL BLOMKVIST precisa de uma pausa. Acabou de ser julgado por difamação ao financeiro HANS-ERIK WENNERSTÖM e condenado a três meses de prisão. Decide afastar-se temporariamente das suas funções na revista Millennium. Na mesma altura, é encarregado de uma missão invulgar. HENRIK VANGER, em tempos um dos mais importantes industriais da Suécia, quer que Mikael Blomkvist escreva a história da família Vanger. Mas é óbvio que a história da família é apenas uma capa para a verdadeira missão de Blomkvist: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Vanger, que desapareceu sem deixar rasto há quase quarenta anos. Algo que Henrik Vanger nunca pôde esquecer. Blomkvist aceita a missão com relutância e recorre à ajuda da jovem LISBETH SALANDER. Uma rapariga complicada, com tatuagens e piercings, mas também uma hackerde excepção. Juntos, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander mergulham no passado profundo da família Vanger e encontram uma história mais sombria e sangrenta do que jamais poderiam imaginar.
Devido às muitas críticas positivas que este livro tem recebido, eu tinha as expectativas altas, embora tente sempre entrar numa nova leitura de forma imparcial. O que eu queria deste livro era um bom mistério que me deixasse agarrada e que me surpreendesse.
Infelizmente, não foi bem isso que recebi.
A coisa que mais me incomodou e que menos me incentivou a ler mais compulsivamente esta história, foi a quantidade de despejo de informação (info dump) que foi passada na primeira metade do livro. Era algo que me dava arrepios. Demasiadas explicações, diálogos longos e aborrecidos sobre uma infinidade de pormenores que me cansavam enquanto leitora.
Claro que compreendi a necessidade de muita dessa informação, mas também houve muita coisa altamente desnecessária, sem que fosse necessário contar tudo até ao mais ínfimo (e irritante) pormenor.
Por várias vezes ponderei abandonar a leitura, mas como tinha lido algures que o final era totalmente imprevisto, segui a leitura, por vezes num desinteresse tal que me perguntava porque estava a dar-me ao trabalho de ler um livro de 544 páginas, cuja primeira metade me demorara, nada mais nada menos que 17 dias a ler (isto pareceu-me uma eternidade comparada com os 6 dias que demorei a ler o resto, e que ainda assim foi bastante tempo).
Felizmente, depois de passar o meio do livro, as coisas começaram a encarreirar-se (ou seria eu que já estava ambientada com o estilo do livro) e daí foi um saltinho até ao final. Confesso que a segunda parte redimiu de certa forma a impiedosa primeira parte.
A nível de personagens, devo dizer que achei que os dois protagonistas foram muito bem expostos e explorados, mas não gostei de nenhum dos dois. XD
O Mikael, embora fosse dos dois o meu favorito, é um homem que me irrita até um certo ponto porque é um mulherengo que faz com que todas as mulheres se derretam a seus pés. Felizmente é um homem também muito integro e aprendi a apreciá-lo enquanto "ser humano".
Já a Lisbeth, que sempre se mostrou uma personagem bastante única, cometeu alguns erros injustificados. Como é que alguém tão inteligente (como supostamente ela é) conseguiu ser tão ingénua? Afinal quem é que, depois de ser mordida por um cão feroz, entra de livre vontade na casota do cão? Que estava à espera? De ser lambida? Era óbvio que na segunda vez o cão não se limitaria a morder. A ingenuidade (e estupidez) dela irritou-me! (desculpem lá a comparação, mas não quero estragar a festa a quem não leu o livro)
Escusado será dizer que lhe fiquei com algum "pó". Não gostei dela, embora não desgoste totalmente da sua forma de ver as coisas. É uma personagem complexa que me deixa algo dividida (ponto a favor para o autor).
Infelizmente, no que respeita a personagens o autor também falhou ao não conseguir expor convenientemente as personagens secundárias. Nem o próprio Henrik Vanger, que era das personagens secundárias mais presentes, foi suficientemente bem mostrado para sentir algo em relação a ele. E tudo isto fica pior quando falamos dos "vilões" que, diga-se, foram tão mal explorados que até doeu. Uma pena, pois havia muito potencial.
Quanto à história em si,e depois de ter já dito que esperava muito mais, devo confessar que não fui apanhada de surpresa pela resolução do mistério. Logo no início do livro percebi o que tinha realmente acontecido à Harriet, e nada do que foi dito ou mostrado depois disso conseguiu tirar-me a verdade da cabeça. Só por aí, senti-me defraudada.
Depois houve o resto ... a história grotesca por trás da família Vanger, que a mim me pareceu mais uma jogada para impressionar o leitor com a sua violência, do que outra coisa. Também esse mistério não me surpreendeu na sua resolução, embora quando comecei a história não esperasse algo assim, mas como os crimes foram expostos antes do meio do livro, eu esperava ser surpreendida com a verdade sobre quem os cometia, coisa que não aconteceu pois o "culpado" era o meu suspeito número um.
A verdade é que penso que a forma como o autor escreveu o livro lhe tirou muita momentaneadade. Sinto que se este tivesse um compasso mais acelerado eu teria ficado surpreendida com quase todas as reviravoltas, mas a forma como tudo foi desvendado foi muita anti-climática, a meu ver, o que tirou muita adrenalina e surpresa das situações em causa.
Uma coisa que gostei foi do fim, refiro-me ao fim fim (últimas 2/3 páginas) que deu um novo alento à personagem da Lisbeth. Bem jogado!
Em suma, foi um livro cuja primeira metade cruzou o limite do aborrecido, mas que conseguiu apanhar o passo na segunda metade. A escrita do autor é muito acessível, mas arrasta-se até à exaustão e por isso perdeu muito valor enquanto mistério capaz de surpreender até às últimas páginas (coisa que não foi).
Não vou deixar de aconselhar o livro a quem goste de livros de mistério, mas advirto que para quem não gosta de longos diálogos e ainda mais longas descrições infinitamente pormenorizadas, poderá não gostar deste livro.
Se alguém me oferecer o segundo volume, sou bem capaz de o ler, mas caso tal não aconteça, não tenho intenções de comprar a restante saga.
Tradução:
O livro teve uma tradução aprimorada que não esqueceu detalhe nenhum e só muito esporadicamente encontrei um ou outra palavra que não estava bem contextualizada, No entanto, do que senti falta foi de algumas notas de rodapé. Este é um livro carregado de menções a ícones característicos da região onde se passa a história, e ao não haver lugar para notas de rodapé que expliquem aos incautos o que é o quê, perdeu-se algum valor. Refiro-me especialmente aos muitos livros e, especialmente, revistas mencionadas, já sem falar em algumas bebidas e variados objectos culturais. Uma nota a dizer que género de revista era, ou que tipo de bebida era, faria com que a história fizesse um pouco mais de sentido. mas também afirmo que isto não interferiu de todo na fluidez do livro, apenas achei que seria uma mais valia.
Noutro apontamento, achei que o título se encaixou que nem uma luva no livro.
Capa e Design:
Confesso que sempre gostei mais da versão da capa da 1ª edição portuguesa, mas esta (a partir da 2º edição, se não estou em erro) não está muito má, embora bem mais básica que a anterior.
É um caso claro de, primeiro estranha-se, depois entranha-se.
O design interior está básico, mas bem conseguido para o género literário em que se integra. Neste campo não há nada a apontar.
É um caso claro de, primeiro estranha-se, depois entranha-se.
O design interior está básico, mas bem conseguido para o género literário em que se integra. Neste campo não há nada a apontar.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
[Malitska:]
"[Malitska:]" de Francisco Oliveira e Miguel Rocha (Edições Polvo)
Sinopse:
História (Francisco Oliveira):
A história está envolvente e consegue confundir o leitor, mas de uma boa maneira. Em poucas páginas conseguiu explorar bem um conceito interessante e actual, e que, possivelmente nunca deixará de ser actual. Pena é que não o tivesse aprofundado um pouco mais e talvez, usado um pouco mais das palavras. Sei que a arte é uma grande peça na BD (se não mesmo a maior), mas por vezes senti falta de um "apêndice" literal.
Arte (Miguel Rocha):
Amei! Apaixonei-me perdidamente pela arte do Miguel Rocha, um artista extremamente talentoso e visual que manteve os meus olhos colados a cada página, a cada vinheta, a cada sinal que ele traçava.
Num estilo muito próprio e extremamente emotivo, ele fez delícias a preto e branco. Simplesmente ... WOW!
Balonagem:
Onde este livro mais pecou foi neste campo. A balonagem, embora em concordância com o estilo algo rústico da arte, por vezes tornava-se imperceptível. Cheguei mesmo a ter de colar os olhos à página para tentar decifrar alguns dos diálogos.
Em suma esta é uma excelente BD, que não se fica pelo comum e tenta ser algo inovadora, conseguindo surpreender e brilhar.
Sinopse:
Em cada um de nós há uma Rute. Vivemos cada acontecimento numa dupla relação: umas vezes como algo que dominamos, outras como algo que nos ultrapassa, que não suportamos. A diferença está, no entanto, no modo como lidamos com ela. Uns, iludidos e rendidos ao terror cinzento do mundo do trabalho, nunca chegam a vê-la. Outros, preferem sonhá-la, logo que a censura diurna afrouxa e adormece. Outros ainda, preferem fazer amor com ela, e acordam de manhã com os joelhos todos fodidos num canto de uma rua qualquer. Enfim, é sempre bela, mas só de dia.
História (Francisco Oliveira):
A história está envolvente e consegue confundir o leitor, mas de uma boa maneira. Em poucas páginas conseguiu explorar bem um conceito interessante e actual, e que, possivelmente nunca deixará de ser actual. Pena é que não o tivesse aprofundado um pouco mais e talvez, usado um pouco mais das palavras. Sei que a arte é uma grande peça na BD (se não mesmo a maior), mas por vezes senti falta de um "apêndice" literal.
Arte (Miguel Rocha):
Amei! Apaixonei-me perdidamente pela arte do Miguel Rocha, um artista extremamente talentoso e visual que manteve os meus olhos colados a cada página, a cada vinheta, a cada sinal que ele traçava.
Num estilo muito próprio e extremamente emotivo, ele fez delícias a preto e branco. Simplesmente ... WOW!
Balonagem:
Onde este livro mais pecou foi neste campo. A balonagem, embora em concordância com o estilo algo rústico da arte, por vezes tornava-se imperceptível. Cheguei mesmo a ter de colar os olhos à página para tentar decifrar alguns dos diálogos.
Em suma esta é uma excelente BD, que não se fica pelo comum e tenta ser algo inovadora, conseguindo surpreender e brilhar.
sábado, 21 de agosto de 2010
::Filme:: Vampires Suck
Sendo que sou uma das pessoas que faz muito gozo da Saga Luz e Escuridão (da Stephenie Meyer), não podia negar-me a ver esta paródia.
Antes de mais convém explicar que gostei medianamente do primeiro livro e filme (Crepúsculo), gostei bastante do segundo livro e odiei o filme (Lua Nova), detestei de morte o terceiro livro e não sei se vou sequer tentar ver o filme (Eclipse). Já o quarto livro, nem lhe toquei para já (Amanhecer).
Assim sendo tenho uma relação de amor-ódio com a saga.
Quando comecei a ver Vampires Suck, esperava um filme que me fizesse soltar muitas gargalhadas. Afinal havia tanto potencial para gozo, que seria muita falta de criatividade se não conseguissem uma sátira bem recheada. Infelizmente, e como muito acontece no género, caíram em algumas banalidades idiotas e cenas sem grande nexo.
Este filme cobre a história dos dois primeiros livros em pouco mais de uma hora de filme, e o que notamos logo à partida é que quem nunca viu os filmes originais ou leu os livros, não vai perceber metade do que se passa.
Está certo que só quem já viu/leu é que se vai dar ao trabalho de ver o Vampires Suck, mas podiam ter-se dado a um pouco mais de trabalho para o filme parecer mais consistete na sua insanidade.
Confesso que soltei umas quantas gargalhadas e só por isso já vale a pensa, mas algumas cenas estavam estupidamente mal conseguidas e nem faziam sentido (todas as cenas com os pais do "Jacob" e "Bella", a daça dos lobos, tudo o que girou à volta da "Prom", etc.).
No entanto as minhas favoritas foram as do Chihuhua, a "eu vou proteger-te para sempre", a do "Sexo e a cidade" (ao invés de Romeu e Julieta) e a do "black eyed peas" (artes marciais ao ataque). A maioria das cenas com o pseudo-Jacob também estavam boas e tenho de dar os parabéns à Jenn Proske, que faz de Becca (pseudo-Bella) e que esteve fantástica no seu papel. É que conseguiu imitar todos os tiques irritantes da actriz original. Fantástica actuação. A actriz que fez de Alice também esteve bem embora tivesse pouco tempo de antena (enaltecendo o facto espantoso de as visões da Alice só funcionarem quando lhe convém, ou melhor, quando convém à história).
Em suma, é um filme que passa depressa e não aborrece, mas que não conseguiu ir de encontro às minhas expectativas ou às suas potencialidades. Um filme que espera que o espectador seja um burro e que faz muito pouco uso da sátira inteligente (que pucha pelos neurónios) que eu aguardava ansiosamente. Recomendo a quem já alguma vez fez pouco da Saga Luz e Escuridão, mas aos restantes não.
Antes de mais convém explicar que gostei medianamente do primeiro livro e filme (Crepúsculo), gostei bastante do segundo livro e odiei o filme (Lua Nova), detestei de morte o terceiro livro e não sei se vou sequer tentar ver o filme (Eclipse). Já o quarto livro, nem lhe toquei para já (Amanhecer).
Assim sendo tenho uma relação de amor-ódio com a saga.
Quando comecei a ver Vampires Suck, esperava um filme que me fizesse soltar muitas gargalhadas. Afinal havia tanto potencial para gozo, que seria muita falta de criatividade se não conseguissem uma sátira bem recheada. Infelizmente, e como muito acontece no género, caíram em algumas banalidades idiotas e cenas sem grande nexo.
Este filme cobre a história dos dois primeiros livros em pouco mais de uma hora de filme, e o que notamos logo à partida é que quem nunca viu os filmes originais ou leu os livros, não vai perceber metade do que se passa.
Está certo que só quem já viu/leu é que se vai dar ao trabalho de ver o Vampires Suck, mas podiam ter-se dado a um pouco mais de trabalho para o filme parecer mais consistete na sua insanidade.
Confesso que soltei umas quantas gargalhadas e só por isso já vale a pensa, mas algumas cenas estavam estupidamente mal conseguidas e nem faziam sentido (todas as cenas com os pais do "Jacob" e "Bella", a daça dos lobos, tudo o que girou à volta da "Prom", etc.).
No entanto as minhas favoritas foram as do Chihuhua, a "eu vou proteger-te para sempre", a do "Sexo e a cidade" (ao invés de Romeu e Julieta) e a do "black eyed peas" (artes marciais ao ataque). A maioria das cenas com o pseudo-Jacob também estavam boas e tenho de dar os parabéns à Jenn Proske, que faz de Becca (pseudo-Bella) e que esteve fantástica no seu papel. É que conseguiu imitar todos os tiques irritantes da actriz original. Fantástica actuação. A actriz que fez de Alice também esteve bem embora tivesse pouco tempo de antena (enaltecendo o facto espantoso de as visões da Alice só funcionarem quando lhe convém, ou melhor, quando convém à história).
Em suma, é um filme que passa depressa e não aborrece, mas que não conseguiu ir de encontro às minhas expectativas ou às suas potencialidades. Um filme que espera que o espectador seja um burro e que faz muito pouco uso da sátira inteligente (que pucha pelos neurónios) que eu aguardava ansiosamente. Recomendo a quem já alguma vez fez pouco da Saga Luz e Escuridão, mas aos restantes não.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
O Prazer mais Escuro
"O Prazer mais Escuro (Lords of the Underworld 3)", de Gena Showalter (publicado em Portugal pela Harlequin)
Sinopse:
Reyes é um homem possuído. Ligado ao demónio da dor ele está proibido de desfrutar do prazer. Ainda assim ele sente-se atraído por uma mortal, Danika Ford, necessitando dela mais do que de respirar e fará de tudo para a ter para si --até mesmo desafiar os deuses.
Danika está em fuga. Durante meses ela conseguiu esquivar-se dos Senhores do Submundo, guerreiros imortais que não descansaram até que ela e a sua família estejam mortas. Mas os seus sonhos são assolados por Reyes, o guerreiro cujo toque ela não consegue esquecer. Mas um futuro conjunto poderá significar o fim de tudo o que ambos amam ...
Opinião:
Tenho de dizer que este livro foi um pouco mais pesado e hardcore (e gory) do que esperava. Já sabia que tratando-se do Reyes, um guerreiro que não vive sem a dor, isto teria de ter um certo nível de violência, mas isto ... bem, isto deu-me voltas ao estômago! Aquela cena na casa-de-banho foi grotesca. Arrepiei-me toda! (e fala uma pessoa que adora ver filmes de terror) Felizmente só foi esta cena mais pesada (além do plano de fuga do Aeron que também chegou a dar-me voltas ao estômago), as outras foram bem mais amenas, o que eu agradeci imenso.
O desenvolvimento das personagens, neste livro, esteve bem mais presente que em qualquer um dos anteriores e conseguimos entender como a Danika, uma rapariga doce e medrosa, se transforma em alguém mais determinada e corajosa. O Reyes manteve-se igual a si mesmo, sempre um doce, sem dúvida o mais calmo dos guerreiros até agora. Também temos oportunidade de conhecer um pouco melhor outros guerreiros, especialmente o Sabin e o Paris, assim como um pouco mais do Torin (uma personagem que me deixa curiosa com o seu sentido de humor) e a Cameo, assim como o William (que é um autêntico cromo). Também os vilões, especialmente o Cronos, foram mais bem expostos e a interacção entre as personagens foi bem conseguida.
Uma personagem que estou a aprender a gostar é o Paris (guardião do demónio da promiscuidade). Foi o único, de todos os guerreiros até agora mostrados, capaz de colocar um dos amigos acima da mulher que ama (ou no caso, que poderia amar). As dúvidas dele foram totalmente compreensíveis e a decisão, embora dolorosa, veio no momento certo, da forma mais acertada.
Outras duas personagens que adorei, pela sua excentricidade, foram o Aeron e a Legion. Foi tão giro quando finalmente descobriram que a Legion era uma rapariga. Ri-me com a cena.
Sem dúvida que o relacionamento entre o Reyes e a Danika foi o que pareceu mais bem explorado de todos até agora, muito graças ao facto de eles se terem começado a conhecer logo no primeiro livro da saga e assim tivemos oportunidade de os ver mudar e apaixonarem-se ao longo de três livros. Gostei de como eles se foram aproximando aos poucos e não caíram simplesmente nos braços um do outro (os dois anteriores foram assim) e como confiavam um no outro embora mantivessem dúvidas.
O relacionamento entre estes dois é estranho, como não poderia deixar de ser graças ao demónio da Dor, me confesso que a aceitação da Danika me deixou arrepiada, embora compreenda a decisão dela e ache que esteja muito em sintonia com a personalidade dela.
E como eu suspeitara, a Danika está realmente envolvida com os artefactos. Foi uma cartada bem jogada pela autora.
E descobri mais um tique da autora: Os cheiros! Todas as personagens têm um cheiro, mas já agora quero saber a que cheira "tempestade e inocência", especialmente a parte da inocência. :P
A história mostra-se cada vez mais detalhada, mas ainda assim parece mover-se a passo de caracol. Havia espaço para muito mais nos ser contado, aliás, fazia falta muito mais nos ser dito e não é, o que faz com que o livro perca intensidade.
Em suma, foi uma boa leitura, que conseguiu superar um pouco os anteriores pois explorou melhor as personagens envolvidas. No entanto a escrita da autora continua simplesmente amena e o potencial da história continua praticamente inexplorado, embora a cada novo volume nos sejam dados mais partes interessantes. Ainda assim conseguiu ser o melhor dos três primeiros, embora tenha de confessar que esperava mais.
Capa:
Das três esta é que menos me cativa, embora o tom amarelo até esteja bem conseguido. Como as anteriores é demasiado estática e demasiado "dentro do género". Mas está muito bem na senda das anteriores, para dar uma certa coesão ao design da saga e também gostei da expressão na cara do modelo, dá mesmo ar de "dor".
A tatuagem também está no sítio certo. Pelo menos nisso eles parecem acertar sempre.(mas o que está aquela lua a fazer lá no fundo? Muito gostam de luas nas capas dos romances paranormais)
Sinopse:
Reyes é um homem possuído. Ligado ao demónio da dor ele está proibido de desfrutar do prazer. Ainda assim ele sente-se atraído por uma mortal, Danika Ford, necessitando dela mais do que de respirar e fará de tudo para a ter para si --até mesmo desafiar os deuses.
Danika está em fuga. Durante meses ela conseguiu esquivar-se dos Senhores do Submundo, guerreiros imortais que não descansaram até que ela e a sua família estejam mortas. Mas os seus sonhos são assolados por Reyes, o guerreiro cujo toque ela não consegue esquecer. Mas um futuro conjunto poderá significar o fim de tudo o que ambos amam ...
Opinião:
Tenho de dizer que este livro foi um pouco mais pesado e hardcore (e gory) do que esperava. Já sabia que tratando-se do Reyes, um guerreiro que não vive sem a dor, isto teria de ter um certo nível de violência, mas isto ... bem, isto deu-me voltas ao estômago! Aquela cena na casa-de-banho foi grotesca. Arrepiei-me toda! (e fala uma pessoa que adora ver filmes de terror) Felizmente só foi esta cena mais pesada (além do plano de fuga do Aeron que também chegou a dar-me voltas ao estômago), as outras foram bem mais amenas, o que eu agradeci imenso.
O desenvolvimento das personagens, neste livro, esteve bem mais presente que em qualquer um dos anteriores e conseguimos entender como a Danika, uma rapariga doce e medrosa, se transforma em alguém mais determinada e corajosa. O Reyes manteve-se igual a si mesmo, sempre um doce, sem dúvida o mais calmo dos guerreiros até agora. Também temos oportunidade de conhecer um pouco melhor outros guerreiros, especialmente o Sabin e o Paris, assim como um pouco mais do Torin (uma personagem que me deixa curiosa com o seu sentido de humor) e a Cameo, assim como o William (que é um autêntico cromo). Também os vilões, especialmente o Cronos, foram mais bem expostos e a interacção entre as personagens foi bem conseguida.
Uma personagem que estou a aprender a gostar é o Paris (guardião do demónio da promiscuidade). Foi o único, de todos os guerreiros até agora mostrados, capaz de colocar um dos amigos acima da mulher que ama (ou no caso, que poderia amar). As dúvidas dele foram totalmente compreensíveis e a decisão, embora dolorosa, veio no momento certo, da forma mais acertada.
Outras duas personagens que adorei, pela sua excentricidade, foram o Aeron e a Legion. Foi tão giro quando finalmente descobriram que a Legion era uma rapariga. Ri-me com a cena.
Sem dúvida que o relacionamento entre o Reyes e a Danika foi o que pareceu mais bem explorado de todos até agora, muito graças ao facto de eles se terem começado a conhecer logo no primeiro livro da saga e assim tivemos oportunidade de os ver mudar e apaixonarem-se ao longo de três livros. Gostei de como eles se foram aproximando aos poucos e não caíram simplesmente nos braços um do outro (os dois anteriores foram assim) e como confiavam um no outro embora mantivessem dúvidas.
O relacionamento entre estes dois é estranho, como não poderia deixar de ser graças ao demónio da Dor, me confesso que a aceitação da Danika me deixou arrepiada, embora compreenda a decisão dela e ache que esteja muito em sintonia com a personalidade dela.
E como eu suspeitara, a Danika está realmente envolvida com os artefactos. Foi uma cartada bem jogada pela autora.
E descobri mais um tique da autora: Os cheiros! Todas as personagens têm um cheiro, mas já agora quero saber a que cheira "tempestade e inocência", especialmente a parte da inocência. :P
A história mostra-se cada vez mais detalhada, mas ainda assim parece mover-se a passo de caracol. Havia espaço para muito mais nos ser contado, aliás, fazia falta muito mais nos ser dito e não é, o que faz com que o livro perca intensidade.
Em suma, foi uma boa leitura, que conseguiu superar um pouco os anteriores pois explorou melhor as personagens envolvidas. No entanto a escrita da autora continua simplesmente amena e o potencial da história continua praticamente inexplorado, embora a cada novo volume nos sejam dados mais partes interessantes. Ainda assim conseguiu ser o melhor dos três primeiros, embora tenha de confessar que esperava mais.
Capa:
Das três esta é que menos me cativa, embora o tom amarelo até esteja bem conseguido. Como as anteriores é demasiado estática e demasiado "dentro do género". Mas está muito bem na senda das anteriores, para dar uma certa coesão ao design da saga e também gostei da expressão na cara do modelo, dá mesmo ar de "dor".
A tatuagem também está no sítio certo. Pelo menos nisso eles parecem acertar sempre.(mas o que está aquela lua a fazer lá no fundo? Muito gostam de luas nas capas dos romances paranormais)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
O Beijo mais Escuro
"O Beijo mais Escuro (Lords of The Underworld 2)", de Gena Showalter (publicado em Portugal pela Harlequin)
Sinopse:
Opinião:
Posso dizer que este livros são uma espécie de guilty-pleasure. Não são bons, mas não consigo parar de os ler. Sinceramente chega a ser frustrante, mas vou ler mais um e logo vejo o que decido (não consigo parar. Gah!)
Uma coisa é certa: este livro começou logo ao ataque e o que mais gostei nisto tudo foi a interacção entre os dois protagonistas. Passavam a vida atrás um do outro, a tentarem matar-se, tentando negar a a atracão que sentiam um pelo outro. Foi muito divertido ler as cenas de luta e perseguição entre os dois, embora em alguns pontos fosse extrema (quase se matavam mesmo).
Infelizmente, durante o livro, nunca achei que a atracão deles passasse disso mesmo. Não cheguei ao fim convencida que se amavam, mesmo depois dos sacrifícios que ambos fizeram. Simplesmente não pareceu amor.
Mas claro, lá estava aquela possessividade irritante. Primeiro foi a Anya a "pensar" que o Lucien era "dela". Ainda estava no primeiro capítulo e já tinha disto. Depois foi a vez do Lucien, que ao menos era um pouco mais comedido. está aqui uma coisa que eu nunca gostei na literatura romântica, e quando começa logo nos primeiros capítulos, ainda fica pior. Felizmente, lá mais para o fim deixou de aparecer e eu suspirei de alívio.
Quanto às personagens, gostei muito da Anya, ela é tão irreverente e independente. Uma mulher que sabe o que quer e o que tem de fazer para o ter. Já o Lucien, embora interessante na medida em que conseguia manter-se sempre sério e impenetrável, ainda assim achei que lhe faltou muito desenvolvimento. Queria saber mais sobre ele, mas pouco foi dito, aliás, como aconteceu com o Maddox no livro anterior.
Agora noutra nota: Porque é que todos os demónios ronronam? Eu não consigo imaginar um demónio a soltar o mesmo barulho que gatos. A sério. É estúpido!
A autora tem muitos tiques que se repetem de livro para livro, de personagem para personagem, como o morder o interior da bochecha, o morder o lábio inferior da boca ou o esmurrar paredes sequencialmente. Tudo isto denota alguma falta de originalidade e até construção de personagens.
Já nas personagens deste livro, o tique que mais me irritou foi as pestanas a fazerem sombra sobre o rosto, ou a simples menção das pestanas. Repetido vezes e vezes sem conta, tanto para descrever a Anya como o Lucien, o que chegou a ser ridículo.
Outra coisa que me incomodou foi a repetição de frases. Percebi que eram uma característica das personagens, mas repetidas tantas vezes chegavam a ser irritantes. Exemplo: "Pretty please, with a cherry on top of me", frases com "FYI" (For Your Information) no meio. É como dizer "OMG" ao invés de "Oh My God". Eu sei que há quem diga as siglas, mas torna-se irritante.
Quanto à história, embora tenha sentido um bom desenvolvimento neste livro, continuo achar que se move devagar e fica pelas arestas. Não há grande profundidade narrativa e o potencial da saga continua por explorar. Felizmente o vilão, Cronus, foi um pouco mais explorado neste livro e pudemos ver algumas luzes sobre a localização da caixa de Pandora. Começo a ver um padrão: Quatro mulheres suja linhagem é especial; 4 artefactos. Cá para mim Cronos queria-as mortas porque elas têm algo a ver com 4 artefactos. Certo? Pelo menos foi o que pensei logo no primeiro livro e logo iremos descobrir se é verdade.
Uma coisa que até gosto nestes livros é o facto de não se focar apenas no casal em cena, mostrando um pouco dos restantes guerreiros. Neste caso foi o Reyes (novamente) e o Paris (coitadinho!), sem esquecer um pouco o Aeron e o Maddox (vai ser papá. Fofo!). Mal posso esperar para ler o terceiro volume porque como já disse antes, estou muito curiosa quanto ao Reyes e a Danika. Não vejo o caminho fácil para o Reyes.
Noutra nota: Os finais da autora são muito abruptos. De repente estamos a ler, e no momento seguinte já não há nada para ler. Já no primeiro tinha acontecido o mesmo, mas neste foi especialmente "corta-casacas".
Em suma, foi um livro que entreteve, com uma ou outra personagem bem divertidas, mas que ainda assim peca por falta de profundidade narrativa e crescimento das personagens. Mas no que peca mais é na exploração dos demónios. Parece que eles nem lá estão. Não há nada! Só ronronam e pouco mais. Que decepção! Tanta coisa por causa de eles serem possuídos por demónios incontroláveis e depois nem têm de fazer nada para os controlar. Chega um rabo de saia e os demónios tornam-se uma gatinhos. Que desperdício de linha narrativa!
Continuo a não aconselhar veemente a saga, mas como vou já saltar para o terceiro livro, posso estar a ser algo hipócrita. *guilty-pleasure*
Capa:
Sinopse:
Ela já seduziu muitos homens ... mas nunca encontrou um capaz de fazer o mesmo a ela. Até agora.
Embora tenha vivido durante séculos, Anya, deusa da anarquia, nunca conheceu o prazer. até que Lucien, a encarnação da Morte --um guerreiro eternamente amaldiçoado a conduzir almas para o além. Ele atraia como nenhum outro antes de si. e a Anya arriscará tudo para o ter
Embora tenha vivido durante séculos, Anya, deusa da anarquia, nunca conheceu o prazer. até que Lucien, a encarnação da Morte --um guerreiro eternamente amaldiçoado a conduzir almas para o além. Ele atraia como nenhum outro antes de si. e a Anya arriscará tudo para o ter
Opinião:
Posso dizer que este livros são uma espécie de guilty-pleasure. Não são bons, mas não consigo parar de os ler. Sinceramente chega a ser frustrante, mas vou ler mais um e logo vejo o que decido (não consigo parar. Gah!)
Uma coisa é certa: este livro começou logo ao ataque e o que mais gostei nisto tudo foi a interacção entre os dois protagonistas. Passavam a vida atrás um do outro, a tentarem matar-se, tentando negar a a atracão que sentiam um pelo outro. Foi muito divertido ler as cenas de luta e perseguição entre os dois, embora em alguns pontos fosse extrema (quase se matavam mesmo).
Infelizmente, durante o livro, nunca achei que a atracão deles passasse disso mesmo. Não cheguei ao fim convencida que se amavam, mesmo depois dos sacrifícios que ambos fizeram. Simplesmente não pareceu amor.
Mas claro, lá estava aquela possessividade irritante. Primeiro foi a Anya a "pensar" que o Lucien era "dela". Ainda estava no primeiro capítulo e já tinha disto. Depois foi a vez do Lucien, que ao menos era um pouco mais comedido. está aqui uma coisa que eu nunca gostei na literatura romântica, e quando começa logo nos primeiros capítulos, ainda fica pior. Felizmente, lá mais para o fim deixou de aparecer e eu suspirei de alívio.
Quanto às personagens, gostei muito da Anya, ela é tão irreverente e independente. Uma mulher que sabe o que quer e o que tem de fazer para o ter. Já o Lucien, embora interessante na medida em que conseguia manter-se sempre sério e impenetrável, ainda assim achei que lhe faltou muito desenvolvimento. Queria saber mais sobre ele, mas pouco foi dito, aliás, como aconteceu com o Maddox no livro anterior.
Agora noutra nota: Porque é que todos os demónios ronronam? Eu não consigo imaginar um demónio a soltar o mesmo barulho que gatos. A sério. É estúpido!
A autora tem muitos tiques que se repetem de livro para livro, de personagem para personagem, como o morder o interior da bochecha, o morder o lábio inferior da boca ou o esmurrar paredes sequencialmente. Tudo isto denota alguma falta de originalidade e até construção de personagens.
Já nas personagens deste livro, o tique que mais me irritou foi as pestanas a fazerem sombra sobre o rosto, ou a simples menção das pestanas. Repetido vezes e vezes sem conta, tanto para descrever a Anya como o Lucien, o que chegou a ser ridículo.
Outra coisa que me incomodou foi a repetição de frases. Percebi que eram uma característica das personagens, mas repetidas tantas vezes chegavam a ser irritantes. Exemplo: "Pretty please, with a cherry on top of me", frases com "FYI" (For Your Information) no meio. É como dizer "OMG" ao invés de "Oh My God". Eu sei que há quem diga as siglas, mas torna-se irritante.
Quanto à história, embora tenha sentido um bom desenvolvimento neste livro, continuo achar que se move devagar e fica pelas arestas. Não há grande profundidade narrativa e o potencial da saga continua por explorar. Felizmente o vilão, Cronus, foi um pouco mais explorado neste livro e pudemos ver algumas luzes sobre a localização da caixa de Pandora. Começo a ver um padrão: Quatro mulheres suja linhagem é especial; 4 artefactos. Cá para mim Cronos queria-as mortas porque elas têm algo a ver com 4 artefactos. Certo? Pelo menos foi o que pensei logo no primeiro livro e logo iremos descobrir se é verdade.
Uma coisa que até gosto nestes livros é o facto de não se focar apenas no casal em cena, mostrando um pouco dos restantes guerreiros. Neste caso foi o Reyes (novamente) e o Paris (coitadinho!), sem esquecer um pouco o Aeron e o Maddox (vai ser papá. Fofo!). Mal posso esperar para ler o terceiro volume porque como já disse antes, estou muito curiosa quanto ao Reyes e a Danika. Não vejo o caminho fácil para o Reyes.
Noutra nota: Os finais da autora são muito abruptos. De repente estamos a ler, e no momento seguinte já não há nada para ler. Já no primeiro tinha acontecido o mesmo, mas neste foi especialmente "corta-casacas".
Em suma, foi um livro que entreteve, com uma ou outra personagem bem divertidas, mas que ainda assim peca por falta de profundidade narrativa e crescimento das personagens. Mas no que peca mais é na exploração dos demónios. Parece que eles nem lá estão. Não há nada! Só ronronam e pouco mais. Que decepção! Tanta coisa por causa de eles serem possuídos por demónios incontroláveis e depois nem têm de fazer nada para os controlar. Chega um rabo de saia e os demónios tornam-se uma gatinhos. Que desperdício de linha narrativa!
Continuo a não aconselhar veemente a saga, mas como vou já saltar para o terceiro livro, posso estar a ser algo hipócrita. *guilty-pleasure*
Capa:
Por alguma razão adoro esta capa! Devem ser as cores, porque sinceramente não tem nada de extraordinário e ainda assim me chama a atenção. A sério! Juro que foi esta capa que fez ter vontade de ler a Saga.
Infelizmente a capa tem pouco a ver com o Lucien, que é o principal deste volume. Não há cicatrizes (que cobrem o corpo dele na totalidade), mas ao menos os olhos multi-colores estão lá. Já a tatuagem parece estar no sítio exacto descrito pela autora.
Ainda assim ... AMO esta capa!
Infelizmente a capa tem pouco a ver com o Lucien, que é o principal deste volume. Não há cicatrizes (que cobrem o corpo dele na totalidade), mas ao menos os olhos multi-colores estão lá. Já a tatuagem parece estar no sítio exacto descrito pela autora.
Ainda assim ... AMO esta capa!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
A noite mais escura
"A noite mais escura (Lords of the Underworld 1)", de Gena Showalter (publicado em Portugal pela Harlequin)
Sinopse:
Opinião:
Antes de mais, achei que a autora poderia (e deveria) ter usado muito melhor a mitologia envolvida na história. Gostei da versão da lenda da Pandora, mas achei que tudo o resto foi muito mal aproveitado. Esperava muito mais, especialmente por se tratar de mitologia grega.
No entanto, também posso dizer que mais para o fim a história mostrou ter bem mais potencial. Talvez nos próximos volumes?
Uma coisa que gostei foi o facto de os "guerreiros" não serem de todo isentos de culpa. O que eles fizeram com a caixa de Pandora foi imperdoável e a razão porque o fizeram foi a mais estúpida de sempre, e a maior razão porque não consegui gostar destes homens maxistas. De qualquer forma gostei da mudança. Normalmente os protagonistas são uns heróis incompreendidos, mas estes são, de alguma forma, vilões, que cometeram crimes terríveis e por isso foram castigados. Foi bom ler algo diferente nesses aspecto e a "redenção" deles acabou por não parecer muito forçada.
Quanto às personagens gostei da Ashlyn, que apesar de tudo ainda conseguiu agir dentro da normalidade (fora quando estava "apaixonada" pelo Maddox), estranhou tudo de surreal que aconteceu e estava sempre a questionar tudo e todos. Gostei disso nela e como tinha uma personalidade forte, foi impossível não gostar dela, especialmente quando ia contra tudo e todos para proteger um homem "inocente". Claro que aquele final apenas lhe deu mais pontos. Sem dúvida que ela foi o ponto forte da história.
Quanto ao Maddox, embora não tenha desgostado da personagem, confesso que preferia que a autora tivesse conseguido mostrar muito mais o porquê de ele ser a personificação da "violência". Para aqlguém com esse demónio, ele era muito pouco "violento". E, pessoalmente, não gosto muito de alpha-males extremamente possessivos. Gosto de um homem que queira proteger a mulher que ama, mas isto é demais. E detesto especialmente quando insistem em estar sempre a dizer que a mulher é deles. Ninguém pertence a ninguém e irrita-me quando dizem isso cinco ou seis vezes na mesma página.
Já a Danika é uma chata, sempre a dizer "Oh my god. Oh my god!", mas ainda assim fiquei com muita curiosidade em ler o Darkest Pleasure (terceiro livro a saga), que fala dela e do Reyes que parece ser uma personagem muito fixe.
Os restantes personagens não me interessaram muito e sinceramente não percebo porque o segundo livro da saga (Darkest Kiss) é sobre o Lucien e a Anya, quando durante o livro todo pouco se falou destes dois. Fazia mais sentido, a meu ver, ter o Reyes e a Danika (Darkest Pleasure) primeiro, mas eu não sou a autora por isso, voltemos ao que interessa.
Por falar em autora, não gostei muito da escrita dela. Aliás, não é que não tenha gostado, mas simplesmente não cativou muito. E posso dizer que fiquei satisfeita em ver que o livro não estava carregado de cenas de sexo sem grande sentido. Exceptuando a última parte do livro, as outras duas cenas foram bem colocadas e só lá estavam para fazer a história avançar.
O romance esse, até foi bem exposto, com cenas bem tocantes. Felizmente não cheguei ao fim a pensar que aquilo era só atracção, mas irritou-me um pouco que eles trocassem juras de amor tão depressa. Soou um pouco falso, se bem que não em demasia, já que a autora criou muitas situações para os dois se irem conhecendo e aprofundando os seus sentimentos. pena foi que aconteceu em tão curto espaço de tempo e por isso não pareceu mais "plausível".
E já agora, não posso deixar de dizer que adorei a parte final, e sem querer dar *spoilers*, a decisão da Ashlyn foi muito bem mostrada e completamente em sintonia com a personalidade dela. Foi aliás esta personagem que fez com que não odiasse totalmente este livro.
Em suma, não é um livro que consiga inovar. Sinceramente achei que e J.R.Ward conseguiu trabalhar muito melhor o conceito de uma "irmandade" de homens amaldiçoados que encontram, um a um, o amor.
Infelizmente, foi por ter lido o Lover Eternal que achei repetitivo o conceito de um homem a lutar contra o seu demónio interior. Talvez se não o tivesse lido, então desfrutasse um pouco mais deste livro, mas duvido e por esta mesma razão quero ler o Darkest Pleasure antes de ler o Lover Awakened (que fala igualmente de um homem que "gosta" de se auto-mutilar e de ser castigado). Como sei que o da J.R.Ward vai ser melhor, então prefiro ler primeiro o Darkest Pleasure para não sair desapontada como aconteceu com este livro. Só não sei se vou ler o Darkest Kiss porque não me cativa tanto, mas possivelmente vou dar-lhe uma hipótese.
Mas, terminando, não posso recomendar este livro a quem já tenha lido outros livros do género, pois irá desapontar. Aliás, se não fosse a personagem da Ashlyn o livro seria um fracasso. Mas se ainda não leram outros livros do género, talvez não seja muito mau, embora haja melhores.
Pessoalmente, penso que a história tem potencial, só não sei se a autora saberá fazer uso dela, mas o certo é que tem várias fãs (que não pararam de me recomendar a saga). Logo verei ...
Capa:
Sinopse:
Toda a sua vida Ashlyn Darrow foi atormentada pelas vozes do passado. Para acabar com este pesadelo, ela foi até Budapeste à procura da ajuda de homens, que os rumores dizem, possuírem habilidades sobrenaturais, sem saber que acabará nos braços de Maddox, o membro mais perigoso de todos --- um homem prisioneiro do seu próprio inferno.
Opinião:
Antes de mais, achei que a autora poderia (e deveria) ter usado muito melhor a mitologia envolvida na história. Gostei da versão da lenda da Pandora, mas achei que tudo o resto foi muito mal aproveitado. Esperava muito mais, especialmente por se tratar de mitologia grega.
No entanto, também posso dizer que mais para o fim a história mostrou ter bem mais potencial. Talvez nos próximos volumes?
Uma coisa que gostei foi o facto de os "guerreiros" não serem de todo isentos de culpa. O que eles fizeram com a caixa de Pandora foi imperdoável e a razão porque o fizeram foi a mais estúpida de sempre, e a maior razão porque não consegui gostar destes homens maxistas. De qualquer forma gostei da mudança. Normalmente os protagonistas são uns heróis incompreendidos, mas estes são, de alguma forma, vilões, que cometeram crimes terríveis e por isso foram castigados. Foi bom ler algo diferente nesses aspecto e a "redenção" deles acabou por não parecer muito forçada.
Quanto às personagens gostei da Ashlyn, que apesar de tudo ainda conseguiu agir dentro da normalidade (fora quando estava "apaixonada" pelo Maddox), estranhou tudo de surreal que aconteceu e estava sempre a questionar tudo e todos. Gostei disso nela e como tinha uma personalidade forte, foi impossível não gostar dela, especialmente quando ia contra tudo e todos para proteger um homem "inocente". Claro que aquele final apenas lhe deu mais pontos. Sem dúvida que ela foi o ponto forte da história.
Quanto ao Maddox, embora não tenha desgostado da personagem, confesso que preferia que a autora tivesse conseguido mostrar muito mais o porquê de ele ser a personificação da "violência". Para aqlguém com esse demónio, ele era muito pouco "violento". E, pessoalmente, não gosto muito de alpha-males extremamente possessivos. Gosto de um homem que queira proteger a mulher que ama, mas isto é demais. E detesto especialmente quando insistem em estar sempre a dizer que a mulher é deles. Ninguém pertence a ninguém e irrita-me quando dizem isso cinco ou seis vezes na mesma página.
Já a Danika é uma chata, sempre a dizer "Oh my god. Oh my god!", mas ainda assim fiquei com muita curiosidade em ler o Darkest Pleasure (terceiro livro a saga), que fala dela e do Reyes que parece ser uma personagem muito fixe.
Os restantes personagens não me interessaram muito e sinceramente não percebo porque o segundo livro da saga (Darkest Kiss) é sobre o Lucien e a Anya, quando durante o livro todo pouco se falou destes dois. Fazia mais sentido, a meu ver, ter o Reyes e a Danika (Darkest Pleasure) primeiro, mas eu não sou a autora por isso, voltemos ao que interessa.
Por falar em autora, não gostei muito da escrita dela. Aliás, não é que não tenha gostado, mas simplesmente não cativou muito. E posso dizer que fiquei satisfeita em ver que o livro não estava carregado de cenas de sexo sem grande sentido. Exceptuando a última parte do livro, as outras duas cenas foram bem colocadas e só lá estavam para fazer a história avançar.
O romance esse, até foi bem exposto, com cenas bem tocantes. Felizmente não cheguei ao fim a pensar que aquilo era só atracção, mas irritou-me um pouco que eles trocassem juras de amor tão depressa. Soou um pouco falso, se bem que não em demasia, já que a autora criou muitas situações para os dois se irem conhecendo e aprofundando os seus sentimentos. pena foi que aconteceu em tão curto espaço de tempo e por isso não pareceu mais "plausível".
E já agora, não posso deixar de dizer que adorei a parte final, e sem querer dar *spoilers*, a decisão da Ashlyn foi muito bem mostrada e completamente em sintonia com a personalidade dela. Foi aliás esta personagem que fez com que não odiasse totalmente este livro.
Em suma, não é um livro que consiga inovar. Sinceramente achei que e J.R.Ward conseguiu trabalhar muito melhor o conceito de uma "irmandade" de homens amaldiçoados que encontram, um a um, o amor.
Infelizmente, foi por ter lido o Lover Eternal que achei repetitivo o conceito de um homem a lutar contra o seu demónio interior. Talvez se não o tivesse lido, então desfrutasse um pouco mais deste livro, mas duvido e por esta mesma razão quero ler o Darkest Pleasure antes de ler o Lover Awakened (que fala igualmente de um homem que "gosta" de se auto-mutilar e de ser castigado). Como sei que o da J.R.Ward vai ser melhor, então prefiro ler primeiro o Darkest Pleasure para não sair desapontada como aconteceu com este livro. Só não sei se vou ler o Darkest Kiss porque não me cativa tanto, mas possivelmente vou dar-lhe uma hipótese.
Mas, terminando, não posso recomendar este livro a quem já tenha lido outros livros do género, pois irá desapontar. Aliás, se não fosse a personagem da Ashlyn o livro seria um fracasso. Mas se ainda não leram outros livros do género, talvez não seja muito mau, embora haja melhores.
Pessoalmente, penso que a história tem potencial, só não sei se a autora saberá fazer uso dela, mas o certo é que tem várias fãs (que não pararam de me recomendar a saga). Logo verei ...
Capa:
A capa está cativante, com cores bem bonitas, mas está demasiado "igual" a tantas outras no género.
Gostei da tatuagem, que e uma interpretação bastante fiel da descrita pela autora, embora devesse ser um pouco maior, segundo a autora.
Por outro lado acho que deveriam ter aproveitado a ideia da "aura" demoníaca, que com certeza daria muito mais alento à capa.
Ainda assim gosto porque é bonita de ser ver.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Shiver
"Shiver (The Wolves of Mercy Falls 1)", de Maggie Stiefvater (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Opinião:
Eu adoro livors que me fazem chorar, seja de felicidade ou de tristeza, pois no fim significa que senti algo com a leitura. Deste livro eu esperava algumas lágrimas, pois a premissa assim o prometia, e nesse aspecto não desapontou. Na parte final do livro estive várias vezes com as lágrimas nos olhos.
Adorei a premissa e a forma como a autora expôs a história e toda a lenda por trás dos lobos. Imaginativa e muito credível, de forma que não ficamos com a sensação de já termos visto algo assim. Está certo que não é totalmente original, mas a forma como é usada faz com que marque.
O romance foi muito bem exposto e é impossível não torcer pela Grace e pelo Sam, que se complementam muito bem e embora ajam como adolescentes que são, nunca agem como crianças e isso dá-lhes uma certa maturidade que não parece fora de sítio na história.
Os dois protagonistas forma muito bem explorados, e só tive pena que as restantes personagens não tivessem suficiente tempo de antena para podermos conhece-las bem. (talvez na sequela?)
Gostei da forma como a autora tratou do assunto dos pais negligentes, embora me apetecesse esmurrar os pais da Grace que são das pessoas mais irresponsáveis que já vi em ficção ou na realidade. Nem sequer se dão ao trabalho de, quando chegam a casa, ver se a filha está em casa ou não, se está viva ou morta. Que exemplos!
O que menos gostei foi a maneira como a Grace se esqueceu de tudo o resto assim que o Sam entrou na sua vida. Quando a Olivia precisou dela ela nem se lembrou da amiga. Imperdoável! Mas nem isto fez com que a Grace se tornasse detestável, porque mais tarde lá se conseguiu redimir e na verdade ela teve as suas razões para querer passar o maior tempo possível com o Sam.
E por falar em Sam, ele é sem dúvida a minha personagem favorita. Tão querido! E nada do que ele fazia parecia fora de contexto, forçado ou falso. A sua vida estava tão bem mostrada que era impossível não simpatizar com ele.
A escrita está muito boa. Simples, mas algo musical, com várias referência subliminais a cores, cheiros e sons, já que os protagonistas têm os sentidos muito apurados. Além disso tem até poesia (de autores que desconhecia) e letras de música (inventadas pela autora). Adorei a escrita, embora não seja nenhuma obra-prima.
O final foi escrito de forma a deixar o leitor na expectativa até à última linha e confesso que me surpreendeu. Estava a contar com um final muito triste, e tive-o, mas ao mesmo tempo a autora consegui apanhar-me um pouco de surpresa (se bem que confesso que estava a torcer para que fosse assim). Está simplesmente perfeito!
Em suma, este é um grande livro que me proporcionou algumas horas muito bem passadas, num romance que me encheu as medidas, que surpreendeu e que não posso deixar de recomendar. Lindo! (e eu nem gosto muito de romances) Só fica o aviso que, se forem tão sensíveis como eu, vão terminar o livro em lágrimas. (o que não é necessariamente mau)
Capa:
Podem ver aqui um booktrailer feito pela própria autora:
Sinopse:
Durante anos a Grace observou os lobos na floresta atrás de sua casa. Um lobo de olhos amarelos -o seu lobo- é uma presença gelada sem a qual ela parece não conseguir viver. Entretanto, o Sam tem vivido uma existência dupla. No Inverno, a floresta congelada , a protecção da matilha, e a companhia silenciosa da rapariga sem medo. No Verão, uns pequenos meses preciosos de vida enquanto humano ... até que o frio o força a transformar-se de volta.
Opinião:
Eu adoro livors que me fazem chorar, seja de felicidade ou de tristeza, pois no fim significa que senti algo com a leitura. Deste livro eu esperava algumas lágrimas, pois a premissa assim o prometia, e nesse aspecto não desapontou. Na parte final do livro estive várias vezes com as lágrimas nos olhos.
Adorei a premissa e a forma como a autora expôs a história e toda a lenda por trás dos lobos. Imaginativa e muito credível, de forma que não ficamos com a sensação de já termos visto algo assim. Está certo que não é totalmente original, mas a forma como é usada faz com que marque.
O romance foi muito bem exposto e é impossível não torcer pela Grace e pelo Sam, que se complementam muito bem e embora ajam como adolescentes que são, nunca agem como crianças e isso dá-lhes uma certa maturidade que não parece fora de sítio na história.
Os dois protagonistas forma muito bem explorados, e só tive pena que as restantes personagens não tivessem suficiente tempo de antena para podermos conhece-las bem. (talvez na sequela?)
Gostei da forma como a autora tratou do assunto dos pais negligentes, embora me apetecesse esmurrar os pais da Grace que são das pessoas mais irresponsáveis que já vi em ficção ou na realidade. Nem sequer se dão ao trabalho de, quando chegam a casa, ver se a filha está em casa ou não, se está viva ou morta. Que exemplos!
O que menos gostei foi a maneira como a Grace se esqueceu de tudo o resto assim que o Sam entrou na sua vida. Quando a Olivia precisou dela ela nem se lembrou da amiga. Imperdoável! Mas nem isto fez com que a Grace se tornasse detestável, porque mais tarde lá se conseguiu redimir e na verdade ela teve as suas razões para querer passar o maior tempo possível com o Sam.
E por falar em Sam, ele é sem dúvida a minha personagem favorita. Tão querido! E nada do que ele fazia parecia fora de contexto, forçado ou falso. A sua vida estava tão bem mostrada que era impossível não simpatizar com ele.
A escrita está muito boa. Simples, mas algo musical, com várias referência subliminais a cores, cheiros e sons, já que os protagonistas têm os sentidos muito apurados. Além disso tem até poesia (de autores que desconhecia) e letras de música (inventadas pela autora). Adorei a escrita, embora não seja nenhuma obra-prima.
O final foi escrito de forma a deixar o leitor na expectativa até à última linha e confesso que me surpreendeu. Estava a contar com um final muito triste, e tive-o, mas ao mesmo tempo a autora consegui apanhar-me um pouco de surpresa (se bem que confesso que estava a torcer para que fosse assim). Está simplesmente perfeito!
Em suma, este é um grande livro que me proporcionou algumas horas muito bem passadas, num romance que me encheu as medidas, que surpreendeu e que não posso deixar de recomendar. Lindo! (e eu nem gosto muito de romances) Só fica o aviso que, se forem tão sensíveis como eu, vão terminar o livro em lágrimas. (o que não é necessariamente mau)
Capa:
Adorei a capa desde a primeira vez que a vi (tanto a versão branca como preta, mas mais a branca), mas agora, depois de ler o livro, posso dizer com todas as letras que está perfeita! Consegue transmitir muito bem o sentimento com que se fica depois de ler o livro. Agradável mas ainda assim gelado.
Podem ver aqui um booktrailer feito pela própria autora:
sábado, 7 de agosto de 2010
::Filme:: Percy Jackson & The Lightning Thief
Baseado na Saga Percy Jackson and the Olympians de Rick Riordan, este filme estreou este ano nos cinemas.
O que me fez ver este filme foi o facto de lidar com a mitologia grega, que eu adoro!
Infelizmente, o filme não esteve longe de ser uma decepção.
Não é que não tenha gostado, mas simplesmente não gostei de como foi executado.
Felizmente estava cheio de bons actores, que foi o que lhe deu algum alento.
O que menos gostei foi a forma como usaram os seres e deuses da mitologia grega. Seguiram todos os caminhos fáceis, ao invés de tentarem inovar. Quero dizer, três dos "bosses" que eles tiveram de enfrentar foram: Minotauro, Medusa, Hidra. Só mesmo no caso do lótus é que me conseguiu surpreender um pouco.
Mesmo sendo impossível não compará-lo com o "Harry Potter", este título consegue ter alguns méritos, simplesmente achei que poderia estar melhor. Mas isto também vem da pessoa que não gostou do primeiro filme do Harry Potter, por isso a minha opinião vale o que vale. XD
Quem sabe no segundo filme não fico rendida?
Para já não tenho vontade de ler os livros, mas logo veremos.
O que me fez ver este filme foi o facto de lidar com a mitologia grega, que eu adoro!
Infelizmente, o filme não esteve longe de ser uma decepção.
Não é que não tenha gostado, mas simplesmente não gostei de como foi executado.
Felizmente estava cheio de bons actores, que foi o que lhe deu algum alento.
O que menos gostei foi a forma como usaram os seres e deuses da mitologia grega. Seguiram todos os caminhos fáceis, ao invés de tentarem inovar. Quero dizer, três dos "bosses" que eles tiveram de enfrentar foram: Minotauro, Medusa, Hidra. Só mesmo no caso do lótus é que me conseguiu surpreender um pouco.
Mesmo sendo impossível não compará-lo com o "Harry Potter", este título consegue ter alguns méritos, simplesmente achei que poderia estar melhor. Mas isto também vem da pessoa que não gostou do primeiro filme do Harry Potter, por isso a minha opinião vale o que vale. XD
Quem sabe no segundo filme não fico rendida?
Para já não tenho vontade de ler os livros, mas logo veremos.
Meta: 30 livros
No início de 2010, se alguém ainda se recorda, estabeleci a meta de ler 30 livros. Pois bem, a verdade é que já alcancei essa meta. URRA!
Achei que devia deixar aqui qualquer coisinha para recordar tal marco histórico. XD Pois eu posso dizer, com toda a convicção que este foi já o ano em que li mais livros. Antes de 2009 não tinha uma verdadeira agenda de leitura, o que fazia com que lesse apenas um livro de vez em quando, mas felizmente desde o meio do ano passado que decidi mudar isso, especialmente porque tinha as minhas prateleiras cheias de livros e me irritava ver que quase todos estavam por ler.
Assim sendo, posso já adiantar algumas estatísticas (se é que isto interessa a alguém).
- 2 são Bandas desenhadas ou Novelas Gráficas. E a razão porque os conto é porque não deixam de ser livros (por exemplo, não contabilizei a revista "Zona Negra"), mas por outro lado também não incluí aqui as dezenas (não estou a exagerar) de volumes de manga que já li este ano, pois esses nunca contabilizo para aqui;
- 1 era um livro infantil, e inclui-o pela mesma razão que incluí as BDs. Está certo que a leitura foi rápida, mas não deixa de ser um livro e ás vezes aprendemos mais com um livro pequeno que com um de 800 páginas;
- 5 são antologias;
- 20 foram lidos em Português e 10 em Inglês;
- 22 foram lidos em formato papel e 7 em formato digital;
- 6 eram de autores portugueses ou de língua portuguesa, e 4 desses eram antologias;
- A classificação média está nos 6,7 valores;
- Li um total de 8035 páginas (parecem pouquinhas ...);
- O mês em que li mais livros foi Janeiro, com 6 livros.
E fico por aqui pois as restantes estatísticas e demais curiosidades ficam para o final do ano. Até lá, quem sabe, não alcanço o dobro da meta. 60!
Logo veremos.
Achei que devia deixar aqui qualquer coisinha para recordar tal marco histórico. XD Pois eu posso dizer, com toda a convicção que este foi já o ano em que li mais livros. Antes de 2009 não tinha uma verdadeira agenda de leitura, o que fazia com que lesse apenas um livro de vez em quando, mas felizmente desde o meio do ano passado que decidi mudar isso, especialmente porque tinha as minhas prateleiras cheias de livros e me irritava ver que quase todos estavam por ler.
Assim sendo, posso já adiantar algumas estatísticas (se é que isto interessa a alguém).
- 2 são Bandas desenhadas ou Novelas Gráficas. E a razão porque os conto é porque não deixam de ser livros (por exemplo, não contabilizei a revista "Zona Negra"), mas por outro lado também não incluí aqui as dezenas (não estou a exagerar) de volumes de manga que já li este ano, pois esses nunca contabilizo para aqui;
- 1 era um livro infantil, e inclui-o pela mesma razão que incluí as BDs. Está certo que a leitura foi rápida, mas não deixa de ser um livro e ás vezes aprendemos mais com um livro pequeno que com um de 800 páginas;
- 5 são antologias;
- 20 foram lidos em Português e 10 em Inglês;
- 22 foram lidos em formato papel e 7 em formato digital;
- 6 eram de autores portugueses ou de língua portuguesa, e 4 desses eram antologias;
- A classificação média está nos 6,7 valores;
- Li um total de 8035 páginas (parecem pouquinhas ...);
- O mês em que li mais livros foi Janeiro, com 6 livros.
E fico por aqui pois as restantes estatísticas e demais curiosidades ficam para o final do ano. Até lá, quem sabe, não alcanço o dobro da meta. 60!
Logo veremos.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
The Mammoth book of Vampire Romance
"The Mammoth book of Vampire Romance" de vários autores (ainda não publicado em Portugal))
Sinopse:
Deixe que os grandes nomes do Romance Paranormal lhe mostrem um espanto conjunto de complexos códigos de honra vampíricos e rituais negros , e técnicas de engate, enquanto seduzem as mulheres/homens da região para se envolverem nos encontro mais eróticos em que terá oportunidade de meter os dentes.
Opinião:
Escrevi uma opinião distinta para cada conto, e podem lê-las clicando no título do conto:
- "Fade to black" de Sherry Erwin (3 valores);
- "Ode to Edvard Munch" de Caitlín R. Kiernan (7 valores);
- "Fangs for hire" de Jenna Black (3 valores);
- "The righteous" de Jenna Maclaine (6 valores);
- "Knowledge of evil" de Raven Hart (6 valores);
- "Viper's Bite" de Delilah Devlin (8 valores);
- "Dreams" de Keri Arthur (5 valores);
- "Love Bites" de Kimberly Raye (3 valores);
- "What's at stake" de Alexis Morgan (6 valores);
- "Coming Home" de Lilith Saintcrow (3 valores);
- "To ease the rage" de C.T. Adams e Cathy Clamp (4 valores);
- "Dancing with the star" de Susan Sizemore (5 valores);
- "Play Dead" de Dina James (6 valores);
- "In Which a Masquerade Ball Unmasks an Undead" de Collen Gleason (8 valores);
- "A Temporary Vampire" de Barbara Emrys (5 valores);
- "Overbite" de Savannah Russe (4 valores);
- "Hunter’s Choice" de Shiloh Walker (6 valores);
- "Remember the Blood" de Vicki Pettersson (6 valores);
- "The Sacrifice" de Rebecca York (7 valores);
- "The Midday Mangler Meets his Match" de Rachel Vincent (8 valores);
- "The Music of the Night" de Amanda Ashley (5 valores);
- "The Day of the Dead" de Karen Chance (5 valores);
- "Vampire Unchained" de Nancy Holder (4 valores);
- "A Stand-up Dame" de Lilith Saintcrow (6 valores);
- "Untitled 12" de Caitlin R. Kiernan (6 valores);
Em suma este Antologia reuniu alguns bons contos, uma boa quantidade de contos medíocres, mas igualmente uma boa dose de contos muito maus.
Não recomendo, à excepção de alguns contos que se sobressaíram entre os restantes.
Edição:
Faltou muita coesão na escolha dos contos. Verdade é que todos (ou quase) estavam bem inseridos dentro da temática, mas à grande maioria faltava qualidade, mas mais que isso, faltava originalidade.
Capa:
Ambas versões da capa estão razoáveis, e dentro do que normalmente se vê no género, mas nenhuma salta à vista (especialmente a com o homem).
Sinopse:
Deixe que os grandes nomes do Romance Paranormal lhe mostrem um espanto conjunto de complexos códigos de honra vampíricos e rituais negros , e técnicas de engate, enquanto seduzem as mulheres/homens da região para se envolverem nos encontro mais eróticos em que terá oportunidade de meter os dentes.
Opinião:
Escrevi uma opinião distinta para cada conto, e podem lê-las clicando no título do conto:
- "Fade to black" de Sherry Erwin (3 valores);
- "Ode to Edvard Munch" de Caitlín R. Kiernan (7 valores);
- "Fangs for hire" de Jenna Black (3 valores);
- "The righteous" de Jenna Maclaine (6 valores);
- "Knowledge of evil" de Raven Hart (6 valores);
- "Viper's Bite" de Delilah Devlin (8 valores);
- "Dreams" de Keri Arthur (5 valores);
- "Love Bites" de Kimberly Raye (3 valores);
- "What's at stake" de Alexis Morgan (6 valores);
- "Coming Home" de Lilith Saintcrow (3 valores);
- "To ease the rage" de C.T. Adams e Cathy Clamp (4 valores);
- "Dancing with the star" de Susan Sizemore (5 valores);
- "Play Dead" de Dina James (6 valores);
- "In Which a Masquerade Ball Unmasks an Undead" de Collen Gleason (8 valores);
- "A Temporary Vampire" de Barbara Emrys (5 valores);
- "Overbite" de Savannah Russe (4 valores);
- "Hunter’s Choice" de Shiloh Walker (6 valores);
- "Remember the Blood" de Vicki Pettersson (6 valores);
- "The Sacrifice" de Rebecca York (7 valores);
- "The Midday Mangler Meets his Match" de Rachel Vincent (8 valores);
- "The Music of the Night" de Amanda Ashley (5 valores);
- "The Day of the Dead" de Karen Chance (5 valores);
- "Vampire Unchained" de Nancy Holder (4 valores);
- "A Stand-up Dame" de Lilith Saintcrow (6 valores);
- "Untitled 12" de Caitlin R. Kiernan (6 valores);
Em suma este Antologia reuniu alguns bons contos, uma boa quantidade de contos medíocres, mas igualmente uma boa dose de contos muito maus.
Não recomendo, à excepção de alguns contos que se sobressaíram entre os restantes.
Edição:
Faltou muita coesão na escolha dos contos. Verdade é que todos (ou quase) estavam bem inseridos dentro da temática, mas à grande maioria faltava qualidade, mas mais que isso, faltava originalidade.
Capa:
Ambas versões da capa estão razoáveis, e dentro do que normalmente se vê no género, mas nenhuma salta à vista (especialmente a com o homem).
::Conto:: Untitled 12
"Untitled 12" de Caitlin R. Kiernan, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Incessantemente procurando algo que duvida alguma vez encontrar, ela acaba por ser encontrada.
Opinião:
Não sei bem o que dizer sobre este conto.
Grotesco, animalesco, cru e deixando um sabor amargo (e potencialmente sangrento) na boca.
Muito diferente de tudo o resto contido nesta antologia e não há réstia de romance nas suas linhas pensadas ao pormenor. Apenas crueza envolta em mitos ancestrais.
Nota: Não gosto nada quando os autores chamam "Sem título (Untitled)" a qualquer um dos seus contos. Que falta de originalidade! E especialmente mais irritante porque este é o "Sem título (Untitled) 12".
Sinopse:
Incessantemente procurando algo que duvida alguma vez encontrar, ela acaba por ser encontrada.
Opinião:
Não sei bem o que dizer sobre este conto.
Grotesco, animalesco, cru e deixando um sabor amargo (e potencialmente sangrento) na boca.
Muito diferente de tudo o resto contido nesta antologia e não há réstia de romance nas suas linhas pensadas ao pormenor. Apenas crueza envolta em mitos ancestrais.
Nota: Não gosto nada quando os autores chamam "Sem título (Untitled)" a qualquer um dos seus contos. Que falta de originalidade! E especialmente mais irritante porque este é o "Sem título (Untitled) 12".
::Conto:: A Stand-up Dame
"A Stand-up Dame" de Lilith Saintcrow, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Jack Becker acorda na sua própria sepultura com apenas um pensamento em mente: vingança contra a mulher que o colocou naquela situação.
Só que há um problema. Ele tem sede. Muita sede. E a única pessoa em quem pode confiar é na sua secretária, uma rapariga espevitada que é bem capaz de sair a gritar quando perceber que ele ... mudou.
Opinião:
Gostei bastante do Jack e especialmente da forma como ele lidou com a mudança. A situação estava em descrita e foi fácil entrar um pouco na pele dele. A Dale (secretária) fez-me lembrar aquelas velhas senhoras do escritório, com tranças e óculos fundo de garrafa. Foi assim que a imaginei, pela personalidade, mas segundo as descrições não é bem esse o caso.
O que pecou aqui foi o romance, que pareceu algo imbecil (o que parece ter sido propositado), mas especialmente fora de contexto.
O final também deixou algo desejar, embora esteja bem dentro do resto do conto, numa escrita mais leve e até, diria, algo ridícula (o que não é mau, para variar).
Gostei bem mais deste conto que o anterior da autora, também este incluído nesta Antologia, mas ainda assim não fiquei convencida. Parece-me que este funcionou melhor por ser independente.
Sinopse:
Jack Becker acorda na sua própria sepultura com apenas um pensamento em mente: vingança contra a mulher que o colocou naquela situação.
Só que há um problema. Ele tem sede. Muita sede. E a única pessoa em quem pode confiar é na sua secretária, uma rapariga espevitada que é bem capaz de sair a gritar quando perceber que ele ... mudou.
Opinião:
Gostei bastante do Jack e especialmente da forma como ele lidou com a mudança. A situação estava em descrita e foi fácil entrar um pouco na pele dele. A Dale (secretária) fez-me lembrar aquelas velhas senhoras do escritório, com tranças e óculos fundo de garrafa. Foi assim que a imaginei, pela personalidade, mas segundo as descrições não é bem esse o caso.
O que pecou aqui foi o romance, que pareceu algo imbecil (o que parece ter sido propositado), mas especialmente fora de contexto.
O final também deixou algo desejar, embora esteja bem dentro do resto do conto, numa escrita mais leve e até, diria, algo ridícula (o que não é mau, para variar).
Gostei bem mais deste conto que o anterior da autora, também este incluído nesta Antologia, mas ainda assim não fiquei convencida. Parece-me que este funcionou melhor por ser independente.
Venom
"Venom", de Joan Brady (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Opinião:
Não tenho grande conhecimento de livros de mistério e suspense, e das poucas vezes que li algo do género, saí gorada porque a maioria das vezes adivinho tudo com demasiada antecedência (o meu cérebro trabalha de forma estranha. Não perguntem!)
Ainda assim, sempre que pego num livro destes, tenho expectativas e este "Venom" não foi excepção.
Algo que gostei nesta história é a "veracidade", ou seja, o que nele é contado e retratado poderia mesmo ser verdade. Não é uma daquelas histórias mirabolantes que muito dificilmente poderiam ser reais. Tudo o que é descrito parece real o suficiente (embora esperemos que nunca o seja), quer nas personagens retratadas, quer nas instituições e na forma como o mundo se move. Nesse ponto o livro foi bastante bom, mas também foi aqui que pecou mais. Não tanto pelo que conta, mas pela forma como o conta. Não há grande suspense ou mistérios realmente envolventes. Pela forma como a autora descreve as cenas e situações, conseguimos ver tudo antes mesmo de as coisas acontecerem, o que tira muita intensidade à história.
Quanto às personagens, confesso que adorei o David, pela sua crueza e ao mesmo tempo pela sua vivência dorida. Estava mesmo do lado dele, mas nos últimos capítulos ele fez algo que me deu as voltas ao estômago (e isto é dizer algo quando ele durante o livro matou várias pessoas sem pensar nisso duas vezes). Não gostei da cena, mas percebi porque a autora usou aquela criança para algo tão ignóbil. O David, a partir daí, deixou de ser uma personagem que exigia alguma simpatia da minha parte.
Já a Helen é das protagonistas mais irritantes que eu alguma vez li (ou vi). Uma menina rica com a mania que sabe muito e que é dona do mundo, mas que na verdade é uma idiota que comete erros completamente imbecis. Odiei-a desde a primeira página! E acredito que até isto seja bom, pois ao menos fez-me sentir algo.
O relacionamento destes dois personagens não foi de todo escaldante ou sequer passional. Não havia faísca e muito menos amor. Da parte do David, talvez, mas da parte da Helen pareceu-se ser apenas uma maneira de a menina mimada se envolver com o "bad boy" só pelo perigo da experiência.
As restantes personagens foram, infelizmente, todas medíocres. O Charles era um insípido pau mandado, a avó da Helen era uma velha chata e casmurra, só a Lilian sobressaiu, com a sua personalidade forte.
Em suma, não foi uma leitura má, no sentido em que a prosa estava bem conseguida e as explicações não se estendiam em demasia, mas perdeu a momentaneamente e o mistério a partir dos primeiros capítulos, mas mais que isso perdeu pontos por ter personagens fracas.
Um livro que se lê muito bem, mas que não surpreende verdadeiramente.
Capa:
Nota: Este livro é uma ARC (Advanced Reading Copy), cortesia da Simon & Schuster.
Nota: Este é o sétimo livro que vou submeter como sendo para o Desafio Thriller & Suspense, já que se insere no género.
Sinopse:
Recentemente saído da prisão, David Marion não esperava encontrar um caça-cabeças à porta de sua casa. Avisado de que uma poderosa organização anda atrás dele, David simula a própria morte, à espera do momento certo para contra-atacar.
Helen Freyl acabou de aceitar um trabalho numa companhia farmacêutica muito influente, que está prestes a descobrir a cura para o envenenamento radioactivo. Mas quando a morte misteriosa de um colega é seguida por outra morte ainda mais súbita, Helen começa a duvidar dos motivos dos seus empregadores e percebe que a sua vida também está em perigo.
Opinião:
Não tenho grande conhecimento de livros de mistério e suspense, e das poucas vezes que li algo do género, saí gorada porque a maioria das vezes adivinho tudo com demasiada antecedência (o meu cérebro trabalha de forma estranha. Não perguntem!)
Ainda assim, sempre que pego num livro destes, tenho expectativas e este "Venom" não foi excepção.
Algo que gostei nesta história é a "veracidade", ou seja, o que nele é contado e retratado poderia mesmo ser verdade. Não é uma daquelas histórias mirabolantes que muito dificilmente poderiam ser reais. Tudo o que é descrito parece real o suficiente (embora esperemos que nunca o seja), quer nas personagens retratadas, quer nas instituições e na forma como o mundo se move. Nesse ponto o livro foi bastante bom, mas também foi aqui que pecou mais. Não tanto pelo que conta, mas pela forma como o conta. Não há grande suspense ou mistérios realmente envolventes. Pela forma como a autora descreve as cenas e situações, conseguimos ver tudo antes mesmo de as coisas acontecerem, o que tira muita intensidade à história.
Quanto às personagens, confesso que adorei o David, pela sua crueza e ao mesmo tempo pela sua vivência dorida. Estava mesmo do lado dele, mas nos últimos capítulos ele fez algo que me deu as voltas ao estômago (e isto é dizer algo quando ele durante o livro matou várias pessoas sem pensar nisso duas vezes). Não gostei da cena, mas percebi porque a autora usou aquela criança para algo tão ignóbil. O David, a partir daí, deixou de ser uma personagem que exigia alguma simpatia da minha parte.
Já a Helen é das protagonistas mais irritantes que eu alguma vez li (ou vi). Uma menina rica com a mania que sabe muito e que é dona do mundo, mas que na verdade é uma idiota que comete erros completamente imbecis. Odiei-a desde a primeira página! E acredito que até isto seja bom, pois ao menos fez-me sentir algo.
O relacionamento destes dois personagens não foi de todo escaldante ou sequer passional. Não havia faísca e muito menos amor. Da parte do David, talvez, mas da parte da Helen pareceu-se ser apenas uma maneira de a menina mimada se envolver com o "bad boy" só pelo perigo da experiência.
As restantes personagens foram, infelizmente, todas medíocres. O Charles era um insípido pau mandado, a avó da Helen era uma velha chata e casmurra, só a Lilian sobressaiu, com a sua personalidade forte.
Em suma, não foi uma leitura má, no sentido em que a prosa estava bem conseguida e as explicações não se estendiam em demasia, mas perdeu a momentaneamente e o mistério a partir dos primeiros capítulos, mas mais que isso perdeu pontos por ter personagens fracas.
Um livro que se lê muito bem, mas que não surpreende verdadeiramente.
Capa:
Gostei bastante da capa. Simples, mas visualmente cativante, e que tem tudo a ver com a história. Pessoalmente não em cansei de olhar para ela.
Nota: Este livro é uma ARC (Advanced Reading Copy), cortesia da Simon & Schuster.
Nota: Este é o sétimo livro que vou submeter como sendo para o Desafio Thriller & Suspense, já que se insere no género.
You can read my review in English HERE.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
::Conto:: Vampire Unchained
"Vampire Unchained" de Nancy Holder, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Liam é encurralado pelos seus "supostos" aliados, que trazem consigo Claire, a sua amante humana. Acusado de traição, Liam lutará para ser livre e poder viver com Claire num local pacífico.
Opinião:
Gostei dos diálogos e da dinâmica da narrativa, mas a grande maioria das explicações pareceu-me algo forçada.
Mais uma vez o sexo veio do nada. Sinceramente, acho que a maioria dos/as autores/as gostam de pôr cenas de sexo nos momentos menos oportunos, tipo ... quando estão prestes a MORRER, em perigo eminente.
Mas o pior foi o final, demasiado "florido" e sem grande nexo. Num momento ele estava furioso e capaz de matar tudo e todos para proteger a Claire, e no momento seguinte estavam num planalto, todos felizes da ida, esquecendo-se de todos os outros que deixaram para trás. O.o
O que valeu a este conto foi a escrita e as descrições bem conseguidas do ambiente onde se passa a história. Não houve amor, não houve atracão ou sequer grande acção.
Durante todo o conto tive a sensação que estava a ler um capítulo perdido que pertencia a uma história muito maior, e que o viera antes e o que viria a seguir era de importância suprema. Foi esta sensação que me deixou frustrada.
Sinopse:
Liam é encurralado pelos seus "supostos" aliados, que trazem consigo Claire, a sua amante humana. Acusado de traição, Liam lutará para ser livre e poder viver com Claire num local pacífico.
Opinião:
Gostei dos diálogos e da dinâmica da narrativa, mas a grande maioria das explicações pareceu-me algo forçada.
Mais uma vez o sexo veio do nada. Sinceramente, acho que a maioria dos/as autores/as gostam de pôr cenas de sexo nos momentos menos oportunos, tipo ... quando estão prestes a MORRER, em perigo eminente.
Mas o pior foi o final, demasiado "florido" e sem grande nexo. Num momento ele estava furioso e capaz de matar tudo e todos para proteger a Claire, e no momento seguinte estavam num planalto, todos felizes da ida, esquecendo-se de todos os outros que deixaram para trás. O.o
O que valeu a este conto foi a escrita e as descrições bem conseguidas do ambiente onde se passa a história. Não houve amor, não houve atracão ou sequer grande acção.
Durante todo o conto tive a sensação que estava a ler um capítulo perdido que pertencia a uma história muito maior, e que o viera antes e o que viria a seguir era de importância suprema. Foi esta sensação que me deixou frustrada.
::Conto:: The Day of the Dead
"The Day of the Dead" de Karen Chance, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Tomas é um vampiro com quatrocentos anos, obcecado com uma só coisa: matar Alejandro, o seu mestre assassino. o "Dia dos mortos", ele regressa ao México para confrontar o seu némesis, e encontra a ajuda inesperada de um grupo de mágicos mercenários.
Opinião:
Todas as personagens se mostraram interessantes e com personalidades bem definidas, o que foi o ponto alto do conto. Gostei também das pequenas lições de história que a autora introduzido e que deram um toque diferente à história.
A cena de sexo apareceu do nada e por razão nenhuma. Sinceramente, não fez sentido e embora tivesse sido muito bem descrita, deixou um azedo na boca. Não gosto quando o sexo acontece só por acontecer. Tem de haver uma razão, nem que seja pura atracção. O problema foi que nem isso havia. Nada!
E, pior!, quem é que se lembraria de ter sexo quando a vida do irmão estava em jogo e o tempo estava contra eles?
Falando de outras coisas, não achei que a acção estive muito bem descrita. Não é que estivesse mal, mas poderia com certeza estar muito melhor.
Nota: Este conto faz parte da Saga Cassandra Palmer (editada em Portugal pela Gailivro)
Podem ler este e outros contos da autora AQUI, mas atenção que segundo a autora este conto contêm spoilers para o primeiro e segundo livros da saga.
Sinopse:
Tomas é um vampiro com quatrocentos anos, obcecado com uma só coisa: matar Alejandro, o seu mestre assassino. o "Dia dos mortos", ele regressa ao México para confrontar o seu némesis, e encontra a ajuda inesperada de um grupo de mágicos mercenários.
Opinião:
Todas as personagens se mostraram interessantes e com personalidades bem definidas, o que foi o ponto alto do conto. Gostei também das pequenas lições de história que a autora introduzido e que deram um toque diferente à história.
A cena de sexo apareceu do nada e por razão nenhuma. Sinceramente, não fez sentido e embora tivesse sido muito bem descrita, deixou um azedo na boca. Não gosto quando o sexo acontece só por acontecer. Tem de haver uma razão, nem que seja pura atracção. O problema foi que nem isso havia. Nada!
E, pior!, quem é que se lembraria de ter sexo quando a vida do irmão estava em jogo e o tempo estava contra eles?
Falando de outras coisas, não achei que a acção estive muito bem descrita. Não é que estivesse mal, mas poderia com certeza estar muito melhor.
Nota: Este conto faz parte da Saga Cassandra Palmer (editada em Portugal pela Gailivro)
Podem ler este e outros contos da autora AQUI, mas atenção que segundo a autora este conto contêm spoilers para o primeiro e segundo livros da saga.
::Conto:: The Music of the Night
"The Music of the Night" de Amanda Ashley, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Christie é fanática de tudo o que envolva o "Fantasma da Ópera", e é por isso que está em França, pronta para a aventura. O que ela não esperava era encontrar o verdadeiro Fantasma.
Opinião:
Foi divertido ler isto num estilo tão clássico, quase teatral, mas não sendo eu grande fã do género, não consegui desfrutar de algo que, mesmo que claramente passado no tempo presente, se mostra fixo nas teatralidades do passado.
Christie é uma mulher que, a princípio, mostra grande personalidade ao ter a coragem para ficar sozinha num teatro à noite, e depois desmaia três vezes. Simplesmente não faz muito sentido e chega a irritar.
Já agora, será que se esquecem que a água dissimula o cheiro? Como raios é que o Erik ia conseguir sentir a Christie nas águas turbulentas através do cheiro?
O romance foi bonito de se ver., bem à moda antiga, com um vampiro cortês e um amor impossível.
Mas pessoalmente não gostei do fim, estragou um pouco a "aceitação" que veio antes.
Já agora, não sendo eu fã do "Fantasma da Ópera", não desfrutei deste conto como outros poderão desfrutar. Aconselho a fãs. Também poderá ser divertido para os grandes fãs de teatro.
Sinopse:
Christie é fanática de tudo o que envolva o "Fantasma da Ópera", e é por isso que está em França, pronta para a aventura. O que ela não esperava era encontrar o verdadeiro Fantasma.
Opinião:
Foi divertido ler isto num estilo tão clássico, quase teatral, mas não sendo eu grande fã do género, não consegui desfrutar de algo que, mesmo que claramente passado no tempo presente, se mostra fixo nas teatralidades do passado.
Christie é uma mulher que, a princípio, mostra grande personalidade ao ter a coragem para ficar sozinha num teatro à noite, e depois desmaia três vezes. Simplesmente não faz muito sentido e chega a irritar.
Já agora, será que se esquecem que a água dissimula o cheiro? Como raios é que o Erik ia conseguir sentir a Christie nas águas turbulentas através do cheiro?
O romance foi bonito de se ver., bem à moda antiga, com um vampiro cortês e um amor impossível.
Mas pessoalmente não gostei do fim, estragou um pouco a "aceitação" que veio antes.
Já agora, não sendo eu fã do "Fantasma da Ópera", não desfrutei deste conto como outros poderão desfrutar. Aconselho a fãs. Também poderá ser divertido para os grandes fãs de teatro.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
::Conto:: The Midday Mangler Meets his Match
"The Midday Mangler Meets his Match" de Rachel Vincent, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Numa realidade alternativa em que todos são vampiros, esta é a história de uma adolescente que descobre como usar as presas, para salvar a sua irmã mais nova de um assassino em série.
Opinião:
Adorei todos os pequenos detalhes deste mundo ao contrário e tudo o que implicaria se a vida fosse feita durante a noite. A autora mostrou todos os pequenos pormenores de uma forma bem conseguida, sem parecer forçado.
Kez mostrou ser uma protagonista cheia de garra e Lucinda uma criança que age como tantas outras da sua idade.
O romance aqui foi absolutamente secundário, mas ainda assim foi interessante de ler. O foco era a família e especialmente as duas irmãs. A acção estava bastante bem conseguida e o vilão não pareceu vindo do nada, tendo sido bem apresentado.
Adorei o toque das fábulas.
Sinopse:
Numa realidade alternativa em que todos são vampiros, esta é a história de uma adolescente que descobre como usar as presas, para salvar a sua irmã mais nova de um assassino em série.
Opinião:
Adorei todos os pequenos detalhes deste mundo ao contrário e tudo o que implicaria se a vida fosse feita durante a noite. A autora mostrou todos os pequenos pormenores de uma forma bem conseguida, sem parecer forçado.
Kez mostrou ser uma protagonista cheia de garra e Lucinda uma criança que age como tantas outras da sua idade.
O romance aqui foi absolutamente secundário, mas ainda assim foi interessante de ler. O foco era a família e especialmente as duas irmãs. A acção estava bastante bem conseguida e o vilão não pareceu vindo do nada, tendo sido bem apresentado.
Adorei o toque das fábulas.
::Conto:: The Sacrifice
"The Sacrifice" de Rebecca York, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Para salvar o seu reino do ataque de bárbaros, uma princesa virgem oferece-se como sacrifício ao monstro que bebe sangue e que já protegeu o seu povo no passado. Mas ela ercebe muito mais do que esperava quando finalmente conhece o vampiro/metamorfo das lendas.
Opinião:
Gostei bastante deste conto, não por ser extremamente original, mas porque trouxe de volta a velha ideia dos "sacrifícios de virgens", algo que já não lia há bastante tempo e que por isso não me aborreceu, além de se passar na era medieval ao invés de no presente, onde agora se desenrolam a maioria das histórias de vampiros.
Gostei também muito da ideia de o vampiro ser também dragão e monstro. Ou seja, um metamorfo capaz de tomar as formas mais variadas.
Os diálogos também foram interessantes e gostei da personalidade de ambos, embora, mais uma vez, o Garon (protagonista) tenha sido um bonzinho excluído socialmente. Mas no caso dele até foi querido. :P
Já a princesa mostrou-se bem determinada, se bem que nunca escondendo o seu medo, e mesmo a forma como se "ofereceu" ao Garon não pareceu demasiado forçada depois de tudo o que passou nos seus 26 anos de vida
Não é uma maravilha na arte do conto, mas diverte, o que é muito bom.
Noutra nota, este é até agora o conto mais erótico de todos.
Sinopse:
Para salvar o seu reino do ataque de bárbaros, uma princesa virgem oferece-se como sacrifício ao monstro que bebe sangue e que já protegeu o seu povo no passado. Mas ela ercebe muito mais do que esperava quando finalmente conhece o vampiro/metamorfo das lendas.
Opinião:
Gostei bastante deste conto, não por ser extremamente original, mas porque trouxe de volta a velha ideia dos "sacrifícios de virgens", algo que já não lia há bastante tempo e que por isso não me aborreceu, além de se passar na era medieval ao invés de no presente, onde agora se desenrolam a maioria das histórias de vampiros.
Gostei também muito da ideia de o vampiro ser também dragão e monstro. Ou seja, um metamorfo capaz de tomar as formas mais variadas.
Os diálogos também foram interessantes e gostei da personalidade de ambos, embora, mais uma vez, o Garon (protagonista) tenha sido um bonzinho excluído socialmente. Mas no caso dele até foi querido. :P
Já a princesa mostrou-se bem determinada, se bem que nunca escondendo o seu medo, e mesmo a forma como se "ofereceu" ao Garon não pareceu demasiado forçada depois de tudo o que passou nos seus 26 anos de vida
Não é uma maravilha na arte do conto, mas diverte, o que é muito bom.
Noutra nota, este é até agora o conto mais erótico de todos.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
::Conto:: Remember the blood
"Remember the Blood" de Vicki Pettersson, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Ina e Alexander são dois seres imortais que, na véspera de ano novo, se preparam para o fim de um ciclo e o início de outro. Russel é o guia de ambos, um escumalha que faz o que faz pelo dinheiro e conforto que isso lhe proporciona.
Opinião:
Um conto bem cruel e que traz um pouco de volta o vampiro mais "antigo" e que pensa só em saciar a sede. Mesmo com a sua enorme vertente romântica, este conto conseguiu dar-me voltas ao estômago, sem nunca ser descritivo em demasia, mas mostrando o suficiente para chegar a ser difícil de engolir.
Não gostei muito do compasso narrativo, que chegou ao limiar do filosófico e por pouco não me irritava, mas não posso deixar de lhe dar valor pela crueza envolvida.
Também não gostei, nem percebi de todo, o porquê de no início a Ina estar que nem uma gata no cio. As explicações que autora dá não fazem sentido dentro do contexto, por isso apenas serviu para irritar um pouco.
Uma coisa que gostei bastante foi a ideia, o conceito vampírico da história. Bastante original e arrojada e que tem pano para mangas. Pontos pela originalidade.
Sinopse:
Ina e Alexander são dois seres imortais que, na véspera de ano novo, se preparam para o fim de um ciclo e o início de outro. Russel é o guia de ambos, um escumalha que faz o que faz pelo dinheiro e conforto que isso lhe proporciona.
Opinião:
Um conto bem cruel e que traz um pouco de volta o vampiro mais "antigo" e que pensa só em saciar a sede. Mesmo com a sua enorme vertente romântica, este conto conseguiu dar-me voltas ao estômago, sem nunca ser descritivo em demasia, mas mostrando o suficiente para chegar a ser difícil de engolir.
Não gostei muito do compasso narrativo, que chegou ao limiar do filosófico e por pouco não me irritava, mas não posso deixar de lhe dar valor pela crueza envolvida.
Também não gostei, nem percebi de todo, o porquê de no início a Ina estar que nem uma gata no cio. As explicações que autora dá não fazem sentido dentro do contexto, por isso apenas serviu para irritar um pouco.
Uma coisa que gostei bastante foi a ideia, o conceito vampírico da história. Bastante original e arrojada e que tem pano para mangas. Pontos pela originalidade.
::Conto:: Hunter’s Choice
"Hunter’s Choice" de Shiloh Walker, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Há um ano atrás, o irmão e a cunhada de Sara foram violentamente assassinados. Por vampiros, criaturas que não podem existir. Mas a Sara sabe a verdade e a sua missão é matar tantos quantos conseguir ... isto até ao dia em que ela reencontra um homem do passado.
Opinião:
Gostei bastante da voz narrativa deste conto, que fez-me lembrar um pouco o Halfway to the grave da Jeaniene Frost , o que não é mau, já que eu gostei de ler esse livro.
A Sara é uma personagem interessante, com muita garra e que não aceita facilmente que lhe digam o que deve pensar ou fazer. Gostei da reacção dela quando descobriu o que o Wyatt era na verdade.
Já o Wyatt, bem, é o típico vampiro bonzinho. Sedutor, apaixonado e sempre a tentar não magoar a Sara. É por não ter de nada de extraordinário que ele passa ao lado como sendo mais um. Especialmente depois de eu já ter lido sobre tantos vampiros iguais (lindo de morrer, um Deus na cama, .muito meiguinho e protector, etc.) Não que isso me impeça de desfrutar do conto, simplesmente impede-me de ficar com ele na memória por mais que meia hora.
O conto no início estava fantástico, mas achei que aquele vampiro mau pareceu lá para "encher chouriços". Não fazia lá falta nenhum. Os conflitos são bons é para as histórias compras, não para os contos. Pelo menos não para este tipo de conto. O "conflito" entre os dois personagens principais teria sido suficiente para tornar este conto mais prazeroso, mas por causa do "mauzão" tirou-lhe algum mérito.
Sinopse:
Há um ano atrás, o irmão e a cunhada de Sara foram violentamente assassinados. Por vampiros, criaturas que não podem existir. Mas a Sara sabe a verdade e a sua missão é matar tantos quantos conseguir ... isto até ao dia em que ela reencontra um homem do passado.
Opinião:
Gostei bastante da voz narrativa deste conto, que fez-me lembrar um pouco o Halfway to the grave da Jeaniene Frost , o que não é mau, já que eu gostei de ler esse livro.
A Sara é uma personagem interessante, com muita garra e que não aceita facilmente que lhe digam o que deve pensar ou fazer. Gostei da reacção dela quando descobriu o que o Wyatt era na verdade.
Já o Wyatt, bem, é o típico vampiro bonzinho. Sedutor, apaixonado e sempre a tentar não magoar a Sara. É por não ter de nada de extraordinário que ele passa ao lado como sendo mais um. Especialmente depois de eu já ter lido sobre tantos vampiros iguais (lindo de morrer, um Deus na cama, .muito meiguinho e protector, etc.) Não que isso me impeça de desfrutar do conto, simplesmente impede-me de ficar com ele na memória por mais que meia hora.
O conto no início estava fantástico, mas achei que aquele vampiro mau pareceu lá para "encher chouriços". Não fazia lá falta nenhum. Os conflitos são bons é para as histórias compras, não para os contos. Pelo menos não para este tipo de conto. O "conflito" entre os dois personagens principais teria sido suficiente para tornar este conto mais prazeroso, mas por causa do "mauzão" tirou-lhe algum mérito.
Subscrever:
Mensagens (Atom)