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domingo, 19 de dezembro de 2010

Firmin

"Firmin", de Sam Savage (Planeta Manuscrito)

Sinopse:
De uma originalidade brilhante e grande riqueza alegórica, Firmin encanta-nos pelo humor e pela tristeza e desperta em nós o desejo por um mundo que compreende o poder redentor da literatura,um mundo que se desvanece deixando para trás uma ratazana sonhadora, uma amizade única e uma livraria desarrumada. Uma obra escrita para todos aqueles que sentem paixão pelos livros e que conquistou os leitores de todo o mundo.

Opinião:
É difícil exprimir o que senti com a leitura deste livro.
Claramente, esta é uma obra que fará as delícias dos amantes de livros e dos grandes sonhadores.

O que mais gostei, sem dúvida, foi a voz narrativa. Firmin, com o seu olhar sarcástico e sonhador do mundo, transmite-nos o que se passa à sua volta e envolve-nos nas suas "aventuras" e nas suas descobertas do ser humano e do mundo. E se deixarmos de lado certos preconceitos e, talvez até, algumas incongruências, deixando-nos levar pela personalidade desta ratazana, esta leitura será muito agradável.

Outra coisa que gostei muito, foi a forma como, aos poucos e poucos, vamos recebendo umas lições de história (pequenas) e muitas de vida.

Não tenho grandes pontos negativos a apontar, embora me pareça que a "obsessão" que o Firmin tinha com as mulheres tenha sido "abusada". Para mim não fez sentido. Se por acaso Firmin desejasse ser homem, então seria normal que tivesse atracção pela mulher, mas como ele sentia nojo do homem, não me pareceu natural a sua apetência para querer envolver-se com mulheres. Aliás, acho que foi esta parte que estragou um pouco o livro (felizmente não muito) e teria sido mais normal se sentisse algo pelas da sua espécie.

Em suma, uma leitura muito agradável, que nos ensina alguns valores e que deixará qualquer amante de livro rendido.

Tradução (Sofia Gomes):
Não tenho nada a apontar sobre a tradução. Está muito boa e faz transparecer bem a voz única do narrador.

Capa (Fernando Krahn), Design e Edição:
Apaixonei-me pela capa da primeira vez que a vi, e antes mesmo de ter lido a sinopse, já me sentia impelida a comprar o livro só pela expressão triste do ratinho leitor (nesta casa ratazana). Adoro as cores e o estilo esboçado do artista, o mesmo que tratou das lustrações interiores, que são um mimo! O meu único problema com as ilustrações é que não são fiéis ao texto. Ou quase nenhuma o é totalmente fiel. Os cenários e as personagens estão perfeitas, mas metade das ilustrações não são boas interpretações das cenas, o que lhes tirou um certo valor, mas não impediu que se mantivessem fabulosas.
O design interior, à excepção dos desenhos, está bastante simples, mas funciona bem. A edição também está bastante boa.

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