segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Passatempo 5 anos - Floresta de Livros

Vocês não pensavam que eu ia deixar passar o 5º aniversário do blog em branco, pois não?
Pois se eu não faço passatempos quase nenhuns, esta é uma data suficientemente especial para exigir um. E na falta de verbas ofereço o que tenho:
a) Pack com 6 ebooks:
- "Angel Gabriel - Pacto de Sangue"
- "Um Toque de ..."
- "A Última Ceia"
- "A Heroína e o Guerreiro"
- "A Heroína e o Vilão"
- "A Heroína e a Princesa" (que será lançado em breve)
Todos da autoria de Ana C. Nunes (euzinha!).

b) 10 marcadores de livros originais e autografados (se quiserem).

Para participarem basta deixarem um comentário neste post e dizerem qual o vosso  livro favorito de sempre! Se divulgarem o passatempo nas redes socias, deixem ficar os links e cada divulgação valerá mais uma participação.
Falta ainda dizer que quanto mais pessoas partiparem, mais packs irei oferecer. Por isso toca a participar e a trazer o amigos para a Floresta de Livros.

- Sorteio aberto entre 29 de Dezembro de 2014 e 11 de Janeiro de 2015;
- Podem participar pessoas de todo o mundo mas se for para fora de Portugal (continental e ilhas) não poderei enviar os marcadores;
- Estejam atentos ao blog para saberem se ganharam um pack porque não vou ter forma de vos contactar. Tornem-se seguidores do blog ou da página de Facebook, Twitter ou Google+ para se manterem actualizados. Caso os vencedores não se manifestem até uma semana depois da divulgação dos resultados, novos vencedores serão sorteados;
- O sorteio é aleatório.

PASSATEMPO ENCERRADO

5 Anos do Floresta de Livros

Até parece mentira mas o Floresta de Livros faz hoje 5 anos!


Muitos parabéns a todos os que por aqui andam desde então!
Eu comecei este blog numa altura em que a minha paixão pela leitura parecia incansável. E ainda se mantém mas a vida dá muitas voltas e hoje é-me mais difícil actualizar com regularidade o blog. Com muita pena!
Ainda assim acho que concordarão quando digo que a base se mantém. Este é um local para eu colocar as minhas opiniões mas também para vocês entrarem na discussão e me falarem das vossas. Adoro todas as sugestões que me dão! Adoro conhecer novos autores, novas aventuras literárias. E espero continuar neste pequeno blog mais uns quantos anos.

A todos os que seguem o blog, e aos que passam cá de vez em quando, desejo muito Boas Leituras!

E porque estamos quase no final do ano eu pergunto-vos: qual o vosso livro favorito deste ano (até agora)?

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Clube de Leitura de Braga vai expandir-se em 2015

Vocês recordam-se do Clube de Leitura de Braga? Aquele grupinho de gente simpática que se encontra todos os primeiros sábados do mês para falar de um livro diferente?
Pois o grupo continua em força e 2015 traz novidades!


Já em Janeiro, o clube vai ler um romance, como já é habitual, mas também haverá lugar à leitura de uma banda desenhada. É verdade, o clube vai passar a ter uma segunda sessão, no mesmo dia, mas mais tarde, dedicada totalmente à BD!
Assim sendo, em Janeiro as leituras do clube são:
- "As Velas Ardem até ao Fim", de Sandór Márai;
- "A Pior Banda do Mundo - Volume 1", de José Carlos Fernandes

Os grupos são individuais e quem lê o romance não tem que, obrigatoriamente, ler a BD, ou vice-versa, mas ambas leituras são altamente recomendadas.
O romance será discutido às 15 horas, como de costume, e a BD será falada às 17h30, depois de uma pequena pausa para lanchar. :)
Lembrem-se, primeiro sábado de cada mês!
Estes dois serão discutidos no dia 3 de Janeiro, às 15h e às 17h30, na Bertrand de Braga (Liberdade Street Fashion - Avenida da Liberdade).

Juntem-se a nós!

Página de Facebook do Clube * Blog dos Clubes de Leitura Bertrand * Evento no Facebook

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Boas Festas!

A todos desejo um Natal passado em boa companhia, e um ano de 2015 cheio de coisas boas!
 Há dez anos foi assim:
Podem ler a Banda Desenhada "Lobo & Dragão" AQUI.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Compras e Leituras - Novembro 2014


Novembro 2014

Compras:
- "Contagem Descrescente", do Bruno Franco
- "O que podemos aprender com o Dartacão e a Abelha Maia", do Gabriel Garcia de Oro
- "Literatura de Cordel", de José Viale Moutinho

Leituras:
- "Kraken", do China Miéville
- "Carswell's Guide to being lucky", da Marissa Meyer
- "Naruto (últimos volumes)", do Masashi Kishimoto
- "Drácula", do Bram Stoker

Nota: O blog tem estado parado mas espero antes do fim do ano voltar em força. Afinal tenho um aniversário para celebrar! :D

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Fangirl

"Fangirl", de Rainbow Rowell (ainda não publicado em Portugal)

Eu queria mesmo gostar deste livro. Mesmo, mesmo! Afinal ele tinha tudo para me agradar: fanfiction, uma jovem escritora que ainda por cima tem problemas de socialização, e com uma irmã gêmea. A sério? A premissa sozinha fazia-me sorrir.
Infelizmente foi só isso que me fez sorrir.

A história central é banal e os poucos conflitos que surgem são ridículos porque, maioritariamente, são resolvidos com uma facilidade espantosa. Além de que me faz espécie o facto de maioria destes problemas serem familiares e se deverem ao facto de pessoas que até ali eram muito chegadas e contavam tudo umas às outras, de repente, e sem nenhuma explicação racional, deixarem de se falar ou de quererem saber umas das outras. Senão vejamos:
- A Cather e a Wren  seguem caminhos separados na universidade. Até aí tudo bem! Mas depois simplesmente deixam de se falar durante meses. Não querem saber uma da outra e quando por acaso se encontram e deparam com problemas, simplesmente esquivam qualquer tipo de conversa, em vez de berrarem uma com a outra. E isto  tendo em conta que, meses antes, as duas eram absolutamente inseparáveis, simplesmente parece uma estratégia para criar algum conflito que na verdade nunca o chega a ser porque elas não falam uma com a outra!
E nem vou referir-me a outras coisas que, segundo a estrutura familiar que a autora descreveu no início, não faziam sentido nenhum ao longo do livro. A autora dizia-nos que era uma coisa e as suas personagens faziam o exacto oposto.

No que respeita ao romance, admito que até achei fofinho, tanto no que se relaciona com a  Cather/Levi e Wren/Alejandro.
Também o problema com o Nick foi interessante, embora a  Cather me tenha aborrecido imensamente nesta matéria. Parecia que não tinha espinha!

Falando na história: a parte mais triste no meio disto tudo é o facto de a outra história (a do Simon e Baz) ser sem dúvida a mais interessante de todo o livro. Estas personagens que supostamente existem apenas numa saga de livros que a  Cather adora, são mil vezes mais interessantes que a própria  Cather ou que o Levi. Uau!

Ainda respeitante às personagens, eu detestei a Cather por ela ser fraca, insegura e sompletamente «URGH!». Sinceramente, a rapariga manteve-se durante dois meses alimentada a barras de cereais simplesmente porque não queria procurar a cantina ou perguntar a alguém onde esta ficava. Dois meses! Surpreendentemente a Wren ainda me irirtou mais porque durante quase toda a história ela é uma cabra enquanto a autora insitia em nos informar que, coitada, meses antes ela era a melhor irmã de sempre. Mas melhor, melhor, é que no fim ela deixa de ser uma cabra (e que me perdoem os animaizinhos) de um momento para o outro! Assim, sem mais nem menos. Certo ---
Em termos de personagens gostei do Levi, apesar de ele ser demasiado conveniente e sempre presente. O rapaz parece que nem tem vida própria!
Também gostei da Raegan que foi a única personagem que fez sentido nesta salsada toda.

Virando agora para a prosa, tenho que admitir que esta não me surpreendeu e achei-a bastante insonsa. faltou-lhe vivacidade. Não que não fosse competente mas não foi uma escrita que me tivesse marcado. No entanto admito que a autora conseguia, em poucas palavras, dar vida às personagens.

Em suma, Fangirl decepcionou-me bastante. A história tinha tudo para me agradar /enquanto antiga escritora de fanfics e leitora de slash), mas o produto final não me cativou. Muito disso se deveu ao facto de o relacionamento familiar da Cather não fazer clique comigo, e também porque a Cather é uma protagonista fraca, com quem me foi muito difícil relacionar. E aquele final ... bem ... foi demasiado aberto para o meu gosto. O que me valeu foi o Simon e o Bazz!


Nota: Esta opinião foi feita com base na versão audiolivro narrada por Rebecca Lowman e Maxwell Caulfield

Sinopse (edição Brasil):
Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida – e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenada aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme. Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real. Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto. Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências. Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Há Horas Más

"Há Horas Más (Mediator 4)", de Meg cabot (Bertrand Editora)

Se já leram a minha opinião do terceiro livro da série (A Vingança), então sabem que li este quarto volume antes desse e nem apercebi do erro até chegar ao fim. Foi uma situação caricata pois como os livros desta série são bastante independentes eu nem dei por nada. Aliás, senti que me faltava qualquer coisa mas julguei que era culpa do facto de eu já ter lido os outros dois livros (Terra Sombria e A Nona Chave) há muito tempo. O que coloca a questão de porque é que as edições portuguesas não referem qual a ordem da série em nenhum lado. Que falha! Ou então eu ando a dormir enquanto leio. O que também é provável. :)

Mas falando agora do realmente interessa: o livro. Há Horas Más não decepcionou. Adorei esta nova aventura da Suze, sempre com o seu sarcasmo e impulsividade desmedida, Esta protagonista é super-divertida de ler e neste livro a Suze «parte a louça toda».
A história é das mais interessantes até aqui, Tanto por o que todos os desenvolvimentos implicam, mas também porque está mais directamente ligado com as personagens principais do que nunca.
Jesse tem de lidar com o seu passado e Suze com os seus poderes e a sua família.  com o Jesse, claro! O que há para não gostar? E ainda por cima aparecem mais dois mediadores que prometem criar muito conflito no futuro.

A prosa continua divertida, sarcástica e simplesmente leve, apesar de contar com temas mais pesados (a morte e tal e coisa). Acho que nesse campo também ajuda o facto de a tradução ser muito competente.

Em suma, não posso dizer muito sobre Há Horas Más sem correr o risco de falar demais, por isso digo apenas que me divertiu imenso, que adorei o desenvolvimento das personagens e que mal posso esperar para ler o próximo. Recomendo!

Sinopse:
É o décimo sexto Verão de Suze, mas em vez de o passar na praia, ficou de castigo a trabalhar como babysitter num resort snobe. Não interessa que uma das crianças de quem toma conta seja também um colega médium, nem que o seu irmão mais velho tenha imenso potencial para namorado. Suze tem coisas bem mais importantes para tratar, como a descoberta de uma sepultura no seu próprio quintal.
Será que pertence a Jesse, o fantasma com quem ela partilha o quarto? É por isso que de repente ele não se encontra em lado nenhum? Ou será que o desaparecimento de Jesse se deve a algo mais perverso... até mesmo diabólico? Suze está tão determinada a encontrar Jesse como a vingar o seu assassínio... mesmo que ela própria tenha de se arriscar a uma morte certa.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Kraken

"Kraken", de China Miéville (ainda não publicado em Portugal)

«Unleash the Kraken!», ou qualquer coisa de igual magnitude.
Há muito tempo que queria ler algo do China Miéville e não deve ser surpresa nenhuma que o Kraken, enquanto criatura das profundezas, sempre exerceu sobre mim um grande fascínio. Como boa apreciadora do género, e tal. Uma mistura de ambos pareceu-me perfeita.
Agora imaginem uma cidade de Londres na qual, se cortarem o pavimento, o que vos sai são entranhas orgânicas. Estranho, não? Pois, acreditem, isso é que de menos estranho acontece neste livro.

Tudo começa quando Billy, um tipo normal que, por acaso, trabalha no Centro de Darwin e que, também por acaso, foi quem ajudou a preservar uma enorme lula gigante, descobre que a dita cuja desapareceu, assim sem mais nem menos, a meio do dia. E assim começa a busca pela lula gigante. Não estou a brincar! É esta a premissa.
Claro que tudo o que acontece depois disto é completamente alucinado.

China Miéville pega em Londres e transforma a cidade em algo vivo, numa coisa que tem segredos, que guarda rancores e desejos. Onde praticamente todos os seus habitantes não são o que se poderia chamar de pessoas normais e onde as mais diferentes religiões, seitas e credos prosperam e se multiplicam. E cada uma é mais interessante que a outra.
O mundo que o autor cria é credível e fascinantes. Todos os detalhes foram pensados, tudo é muito rico. E é também nessa riqueza que reside uma pequena fraqueza: há demasiada informação. O leitor fica a saber mais do que precisa, é-lhe debitada informação que não se mostra fulcral. E num ambiente tão complexo, tudo o que é excessivo pode aborrecer ou pior: confundir. E eu confesso que me senti confusa algumas vezes.
Afinal sempre existe algo com um mundo demasiado bem formado. Pensava eu que isso era impossível. :D

Mas voltando ao Billy: ele foi um protagonista bem curioso de seguir, especialmente pelo desenvolvimento que sofreu ao longo da trama que, apesar de um pouco abrupto, não deixou de ser verossímil, visto que a princípio lhe custou a digerir as loucuras que se estavam a passar à sua volta mas, à medida que ia vendo mais e mais coisas estranhas, acabou por aceitar tudo como bastante racional.
Outra personagem de quem gostei foi o Dane Parnell, mas mais que esse, gostei do Wati! E o conceito deste está brutal! Eu leria um livro só sobre o Wati, sem hesitar.
O Goss (e consequentemente o Subby) foram mais interessantes por culpa dos seus diálogos que, de tão desconexos, acabavam por fazer sentido. Coisa bizarra! Mas acho que ainda me marcaram mais porque ao Goss o narrador (do audiolivro) dava uma voz especialmente marcante. O que eu nunca entendi é porque é que todos tinham tanto medo destes dois. Ninguém tentou dar-lhes um tiro. Limitavam-se a tremer feitas varas verdes. Não entendo!
A Marge(nalia) foi, sem dúvida, a personagem que mais me surpreendeu porque não se esperava grande coisa dela. E também gostei do Paul, por no fim mostrar realmente o que valia.

Houve contudo uma coisa que me irritou várias vezes, com muita pena minha. Refiro-me aos diálogos entre as personagens que, a partir do meio do livro, tornaram-se autênticos puzzles, testes à atenção e compreensão do autor. Quando o Goss fala, já esperamos que nada faça sentido, mas o que acontece quando personagens ditas normais falam como se fossem doutorados em linguística? Sinceramente, eu via-me às aranhas, às vezes. E isso fez com que não desfrutasse tanto da história como queria.
O autor simplesmente parece tão sabedor daquilo que fala, do mundo que construiu e das suas bases, que assume que o leitor consegue seguir o seu raciocínio a todo o momento. E tudo bem, eu gosto que assumam que somos inteligentes (e que não façam de nós parvos) mas há limites!

Em suma, Kraken é uma história rica e complexa, com personagens marcantes e um retrato de Londres que é fascinante. O problema é que a complexidade é tanta que um livro só não lhe faz justiça. Isto dava bem para uma duologia e eu acho que teria gostado mais se assim fosse. Como está, Kraken é uma leitura fabulosa, que testa a nossa credulidade a níveis incríveis. Adorei o enredo, as personagens e a imaginação por detrás deste livro, mas achei-o demasiado pesado e um pouco pretensioso.
Dito isto, recomendo a leitura, com reservas, pois não agradará a todos os leitores.
E como bónus: já referi que tem lulas gigantes? E uma religião em que se venera a dita cuja? Unleash the Kraken!

Narração (John Lee):
Tirando a fabulosa interpretação do Guss, a narração de John Lee deixou muito a desejar. Praticamente só tinha duas entoações e se fosse com base apenas nas entoações, iria confundir as personagens muito rapidamente. felizmente o texto ajudou muito. Dito isto, não foi das piores narrações que já ouvi e chegou a ser muito bem conseguida em alguns momentos. nos restantes foi boazinha mas está longe de ser uma que eu tenha adorado.

Sinopse:

With this outrageous new novel, China Miéville has written one of the strangest, funniest, and flat-out scariest books you will read this—or any other—year. The London that comes to life in Kraken is a weird metropolis awash in secret currents of myth and magic, where criminals, police, cultists, and wizards are locked in a war to bring about—or prevent—the End of All Things.
In the Darwin Centre at London’s Natural History Museum, Billy Harrow, a cephalopod specialist, is conducting a tour whose climax is meant to be the Centre’s prize specimen of a rare Architeuthis duxbetter known as the Giant Squid. But Billy’s tour takes an unexpected turn when the squid suddenly and impossibly vanishes into thin air.
s Billy soon discovers, this is the precipitating act in a struggle to the death between mysterious but powerful forces in a London whose existence he has been blissfully ignorant of until now, a city whose denizens—human and otherwise—are adept in magic and murder.
There is the Congregation of God Kraken, a sect of squid worshippers whose roots go back to the dawn of humanity—and beyond. There is the criminal mastermind known as the Tattoo, a merciless maniac inked onto the flesh of a hapless victim. There is the FSRC—the Fundamentalist and Sect-Related Crime Unit—a branch of London’s finest that fights sorcery with sorcery. There is Wati, a spirit from ancient Egypt who leads a ragtag union of magical familiars. There are the Londonmancers, who read the future in the city’s entrails. There is Grisamentum, London’s greatest wizard, whose shadow lingers long after his death. And then there is Goss and Subby, an ageless old man and a cretinous boy who, together, constitute a terrifying—yet darkly charismatic—demonic duo.
All of them—and others—are in pursuit of Billy, who inadvertently holds the key to the missing squid, an embryonic god whose powers, properly harnessed, can destroy all that is, was, and ever shall be.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Operação Livros no Sapatinho - divulgação

O Projecto Imaginauta (do qual já falei aqui e aqui) decidiram dar início a um movimento natalício que eu espero que tenha bastante adesão.
Deixo-vos a descrição, tal como está no site do Imaginauta, e espero que isto vos desperet o interesse. Eu sei que despertou o meu.

Operação Livros no Sapatinho (OLS)


O que é a OLS?
A Operação Livros no Sapatinho é um conjunto de acções simultâneas de todos os voluntários que se juntem a nós que pretende promover a leitura e, mais especificamente, o livro como a oferta perfeita para presentes de Natal.
Em que se inspirou a OLS?
Todos os anos na Islândia acontece a chamada Jolabokaflod, que se traduz como “a inundação natalícia de livros”. De Novembro a Dezembro toda a gente procura recomendações de livros, fala-se de livros no cabeleireiro, recebe-se catálogos de livros no correio e isto tudo porquê? Porque quando chega a noite de 24 para 25 de Dezembro, o presente que estes insulares mais gostam de dar e receber são livros. E nós pensámos: e se isto acontecesse em Portugal?
Como posso participar?
A Imaginauta preparou um kit com um Manual de Combate, selos, banners, sugestões de actividades e um cartaz com 10 razões para oferecer livros (existem mais, estamos à espera que nos digam quais), tudo reunido em torno de um design muito simples, para fácil identificação de pertenção à Operação e que convida os participantes a fazerem os seus próprios materiais se o desejarem.
Quem pode participar?
Toda a gente que ame livros: leitores, escritores, editores, livreiros…Durante o período da OLS, a Imaginauta irá fazer a cobertura nas redes sociais das acções, sejam elas dentro ou fora do espaço virtual.
Caso haja alguma dúvida, questão ou sugestão, façam-na. A Imaginauta está sempre disponível para enriquecer o kit.

Estão há espera de quê?

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Compras e Leituras - Outubro 2014

O blog tem estado muito parado e as opiniões estão bastante atrasadas, mas entretanto estes vídeos sempre vão colmatando algumas das falhas.
As opiniões virão!



Compras:
- "Medicina", de Susan Aldridge;

Leituras:
- "Fangirl", de Rainbow Rowell;
- "O Último Adeus", de Lí Marta"
- "I am the Messenger", de Markus Zusak.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Vingança

"A Vingança (Mediator 3)", de Meg cabot (Bertrand Editora)

Sinopse:
Os fantasmas não vêm quando os chamamos, simplesmente aparecem...
Suze, uma jovem de dezasseis anos, só desejava que Jesse, o fantasma podre de bom que não desiste de se meter na vida dela, resolvesse aparecer naquele momento. Suze é uma médium e não consegue compreender os fantasmas de quatro alunos muito populares do liceu, que morreram num acidente de automóvel. Precisa de auxilio para os fazer voltar aonde pertencem.
Para agravar a situação, parece que a morte dos alunos nada teve de acidental, e os quatro querem vingar-se... e não apenas do jovem que os matou, mas de qualquer um que se atravesse no seu caminho.



Opinião:
Ler séries fora de ordem, mesmo quando cada livro é relativamente independente. como é o caso desta, acaba sempre por dar problemas. No meu caso, como li o 4º antes deste, acabei por achar que A Vingança não foi tão divertido, mas a série "Mediator", ainda assim, nunca decepciona. É sempre uma boa leitura.

Neste livro, Suze vê-se em apuros por causa de quatro fantasmas de jovens adolescentes e por causa de uma maigo muito especial. Infelizmente este amigo não é o Jesse, que está estranhamente ausente neste livro, embora acabe por estar presente nos grandes momentos. Contraditório mas verdadeiro. O outro amigo da Suze, o Michael, foi uma personagem surpreendentemente interessante e bem construída. Gosto de pensar que se a Suze não estivesse de beicinho pelo Jesse poderia haver uma hipótese de ela se interessar verdadeiramente pelo Michael. E isso sim daria uma reviravolta bombástica. Mas não é como se a reviravolta que existiu não inesperada.

Outra coisa que me agradou foi o relacionamento familiar que, neste volume foi mais bem explorado e nos permitiu ver crescer a ligação da Suze com os irmãoes e o padrasto.
Faladno ainda de personagens, a Gina criou em mim sentimentos contraditórios. por um lado adorei a forma como ela e a Suze se entendiam, mas por outro ela irritou-me por causa da sua despreocupação. Mas no geral posso dizer que gostava de a ver noutras aventuras da Mediadora.
A Suze, como sempre, foi muito divertida, apesar da sua excessiva vaidade neste livro. Ela continua inconsequente mas muito decidida. O padre Dominic também foi uma presença sentida neste volume. É uma personagem de quem é fácil gostar. E o Jesse, oh o Jesse ... se ao menos estivesse mais presente.

Voltando-me agora para escrita da autora, esta, por alguma razão, pareceu-me diferente. Acho que isto se deve, em parte, ao facto de eu ter lido este volume em inglês, enauqnto que os anteriores li em português (e felizmente a versão portuguesa tem uma boa tradução) mas não creio que seja só isso. Também terá a ver com o facto de ter lido os livros fora de ordem, certamente.

Em suma, A Vingança (Young Blood também conhecido por Reunion) é mais um bom livro da série Mediator (Mediadora), com um bom desenvolvimento de personagens (o vilão, em especial, está bem conseguido), embora se note que este livro é uma espécie de degrau que dá acesso a algo maior que se passará nos livros seguintes. Continuo a recomendar vivamente a série.

domingo, 19 de outubro de 2014

Resultado do Passatempo Por Mundos Divergentes

O Passatempo que sorteava um exemplar de "Por Mundos Divergentes" terminou no passado dia 12.
Participações: 28
Entradas: 255 (cada participante ganhava entradas quanto mais divulgasse)
Número seleccionado de forma aleatória: 209

Vencedora: Vánia (Chris Correia)


Parabéns, Vánia! Irei entrar em contacto contigo brevemente para te poder enviar o exemplar de "Por Mundos Divergentes".

Aos restantes participantes resta-me agradecer-vos pelo apoio. Continuem a seguir-nos e apoiar-nos. Pode ser que da próxima vez a sorte esteja do vosso lado.
Entretanto, se estiverem interessados, podem sempre adquirir o vosso exemplar de "Por Mundos Divergentes" por apenas 10€, AQUI.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Compras e Leituras - Setembro 2014

Vídeo com o apanhado das compras e leituras do passado mês de Setembro, com uma convidada especial: a Mini! :D


Leituras:
- Paixão Escura, de Gena Showalter;
- Império Final, de Brandon Sanderson

domingo, 5 de outubro de 2014

A Heroína e o Vilão - divulgação

O meu mais recente lançamento: "A Heroína e o Vilão", a segunda aventura da Heroína!

Sinopse:   
Teria sido uma noite como outra qualquer se a terra não se tivesse aberto debaixo dos seus pés, qual monstro esfomeado. E afinal o que é aquilo que brilha no cimo da montanha? Cabe à Heroína e ao seu fiel Mascote descobrir o que se passa e consertá-lo. Ou será que ainda vão fazer pior?
Esta é a segunda aventura ilustrada da Heroína.

Da autoria de Ana C. Nunes. Para já o conto ilustrado só está disponível na Smashwords, mas brevemente também estará na Amazon, Kobo, iTunes, e outros.
Qualquer pessoa pode fazer o download to ebook gratuitamente. 

Não se esqueçam de deixar as vossas opiniões, que são sempre bem-vindas!

Livro na Smashwords: https://www.smashwords.com/books/view/481516

Livro no Goodreads: https://www.goodreads.com/book/show/23295427-a-hero-na-e-o-vil-o

domingo, 28 de setembro de 2014

A Trança de Inês

"A Trança de Inês". de Rosa Lobato Faria (Leya)

Sinopse:
Baseado no mito de Pedro e Inês (mais na lenda do que na História), um romance sobre a intemporalidade da paixão, onde se abordam também alguns mistérios da existência. Assim as mulheres passam umas às outras a sua teia ancestral de seduções, subentendidos, receitas que hão-de prender os homens pela gula, a luxúria, a preguiça e todos os pecados capitais, é por isso que elas nunca querem os santos, os que não se deixam tentar, os que resistem à mesa, à indolência, à cama, à feitiçaria dos temperos, ao sortilégio das carícias, à bruxaria das intrigas.

Opinião:
A história de Pedro e Inês sempre foi uma que me intrigou. Afinal é parte da nossa história e do nosso folclore. Além disso, Rosa Lobato Faria há muito que era uma escritora que me suscitava curiosidade. Uma mistura de ambos, pensei, só podia terminar bem.

Este A Trança de Inês é um livro difícil de definir. Consegue ser parcialmente ficção científica, romance contemporâneo e romance histórico. O que era mais do que esperava.
O enredo está sub-dividido em três tempos diferentes; três histórias diferentes mas muito semelhantes: presente, passado e futuro (ou algo semelhante). Por vezes os tempos misturam-se e é difícil distinguí-los mas na maior parte das vezes consegue-se entender bem qual o espaço temporal. O protagonista é sempre o Pedro, a Inês é sempre a amada, e o pai do Pedro é sempre o mau da fita. A trama repete-se nas três histórias com algumas subtis diferenças. E apesar de achar que a autora conseguiu unir bem as três, também as achei demasiado repetitivas.

Pedro foi, sem dúvida, a personagem mais bem explorada e a autora conseguiu criar aqui uma persoagem muito rica que foi aproveitada ao máximo, Gostei! No entanto a história focou-se tanto nele que abafou as personalidades de todos os outros. Especialmete da Inês que nada mais era que o alvo do amor obsessivo do Pedro. Dela o leitor não sabe quase nada. Do amor de ambos praticamente só sabemos que Pedro se apaixona loucamente, sem qualquer razão aperente que não esteja ligada com a beleza física da Inês, do seu corpo de sonho, do seu cabelo de oiro. Enfim, pura atração física! Ou pelo menos foi isso que transpareceu no texto e, por isso mesmo, não me satisfez de todo.

A prosa da autora manteve-me sempre interessada e gostei bastante, no entanto se tivesse que apontar algo seria certamente o facto de ser pouco descritiva. É eficiente, sem dúvida, mas falta-lhe detalhe. E, sinceramente, estranhei e fiquei triste pela maneira como objectifivou as mulheres da trama, tornando-as tão planas como recortes de cartão.

Em suma, A Trança da Inês desiludiu-me um pouco. Não é que seja um livro mau mas esperava muito mais. O romance foi mais obsessivo que arrebatador e a Inês, a senhora do título e da capa, quase não teve destaque. Foi uma pena!

Capa, Design e Edição:
Sempre adorei a capa desta edição de bolso da Leya, mas depois de ler o livro não pude deixar de notar que o cabelo da Inês é suposto ser loiro, e não castanho como ali ilustrado. Mas isso não retira simbolismo à simplicidade da capa e continuo a gostar muito desta. A edição de bolso também está muito acessível a nível de preço e em termos de facilidade de leitura não se perde nada.  Deixo só uma nota final para o facto de o título ser muito enganador, pois a história é de Pedro, mais do que da Inês.

Por Mundos Divergentes - Passatempo

Para comemorar o lançamento da antologia "Por Mundos Divergente", onde está publicado um conto da minha autoria, decidi criar um novo passatempo para vos oferecer um exemplar.

Sobre a antologia:
Num futuro por vezes próximo, por vezes distante, Portugal sucumbe dos mais variados estados ditatoriais. Aquele que pensa é um inimigo do Estado. Um inimigo da pátria que tem de ter cuidado… e os que não têm cura, devem ser sacrificados pelo bem maior.
Por mundos divergentes conta com cinco contos distópicos escritos por Ana C. Nunes, Nuno Almeida, Pedro G. Martins, Ricardo Dias e Sara Farinha.

Sobre o meu conto, "Dispensáveis":
Enquanto seres humanos gostamos de pensar que cometemos erros no passado para que, no futuro, não tenhamos de fazer igual. Para que não tenhamos desculpas para cair nos mesmo buracos. Mas o que a história nos prova é que os erros se repetem, se multiplicam, se inflamam. Mais tarde o povo verá esta era como uma das mais negras da história da humanidade mas, para já, tudo é aceitável, tudo é justificável, e nada é mais dispensável que a vida humana.

E lembrem-se: quanto mais fizerem Gostar/Seguir/Partilhar, mais hipóteses têm de ganhar.



Boa sorte!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Two Moons of Sera - Omnibus

"Two Moons of Sera - Omnibus", Parvati K. Tyler (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (inglês):
In a world where water and earth teem with life, Serafay is an anomaly. The result of genetic experiments on her mother's water-borne line Serafay will have to face the very people responsible to discover who she really is. But is she the only one?

Opinião (ebook):


Two Moons of Sera foi originalmente dividido em 4 partes que, posteriormente, a autora reuniu num volume único. E a verdade é que cada uma das 4 partes pouco mais é que uma pequena noveleta, por isso faz todo o sentido reuní-las.
Eu já tinha lido a 1ª (opinião) e a 2ª (opinião) quando comprei este Omnibus. As primeiras foram oferta da autora, o que eu agradeço.
Deste modo esta opinião recairá sobre as 3ª e 4ª partes, assim como na obra como um todo. Vamos a isso!

O mundo criado pela autora é bastante imaginativo e rico, embora só no final da 4ª parte se perceba melhor de onde surgiram as 3 raças: Sualwet (seres aquáticos), Erdlander (seres terrestres) e A'aihea (seres do fogo). De todas, a mais explorada foi, sem dúvida, a Erdlander, o que não deixa de ser estranho, tendo em conta que a Sera é meia-Sualwet  e o Tor é A'aihea; e eles são os personagens principais. Esta foi, para mim, uma grande falha, já que os Sualwet, em especial, são muito negligenciados na narrativa e o que sabemos deles é muito limitado. Contudo os Erdlanders transpareceram quase exclusivamente como uma raça egoísta e intolerante; excepções feitas a algumas pessoas que a Sera encontrou pelo caminhos.

A história em si é bastante complexa mas grande parte desta complexidade só surge quase no final da 3ª parte e, como temi desde cedo, o tempo foi insuficiente para trazer uma conclusão completamente satisfatória. Existem muitas perguntas por responder, ou melhor, as perguntas iniciais estão quase todas respondidas mas apenas conseguem levantar mais questões. Senti que o final foi apressado! Se bem que, de um modo geral gostei da resolução por dar esperança de um futuro melhor. Contudo não gostei do epílogo, em que a autora enfiou quase à pressão uma cena fofinha que nada tinha a ver com o Tor ou a Sera. Esses sim queria eu ver!

E por falar em romance: este é uma grande parte de Two Moons of Sera e, confesso, achei que a Serafay (Sera) e o Torkek (Tor) ficavam muito bem juntos, o que só fez com que me enfurecesse quando na última parte o Tor some e não nos são dadas razões válidas para isso (eu pelo menos não as achei justificáveis). Acho que isso apenas aconteceu para criar fricção mas acabou por arruinar o romance na parte final, onde este devia ser mais forte.

A nível de personagens, sem dúvida que Tor e Sera são os mais bem explorados, mas a autora sabe criar personagens muito interessantes e fazer com que o leitor se preocupe com o destino deles. As minhas favoritas foram o Tor, a Sera e o Elgon (o cão selvagem XD).

A prosa é bastante directa, algo romantizada. Não é excepcional mas funciona bem neste tipo de narrativa. Só gostava que tivesse-se debruçado mais nas diferentes culturas e que o final não tivesse sido tão apressado.

Em suma, Two Moons of Sera (1 a 4) é uma história interessante, por vezes intensa, com boas personagens, um romance fofo e um mundo com muito potencial. Não conseguiu explorar tudo o que eu gostaria de ter visto e o final foi apressado mas isso não o torna uma leitura menos boa. Recomendo!

Visitem o site da autora.

Booktrailer:

Contagem Decrescente - divulgação

Título: Contagem Decrescente
Autor: Bruno Franco
Editora: Chiado Editora
Edição: Outubro de 2014

Sinopse: 31 de Dezembro. Passagem de ano.
Rodrigo Tavares, um proeminente detective da Polícia Judiciária, encontra-se em Almada para assistir ao espectáculo pirotécnico quando recebe um telefonema que muda a sua vida por completo, levando-o a perceber que tinha chegado o momento que tanto temera: a concretização de uma ameaça homicida proferida pelo assassino que mais lhe custara capturar no passado.
Rodrigo tem até dia 15 de Janeiro para deter o assassino, ou as consequências serão devastadoras. E não apenas para si.
Quando o detective observa a forma excruciante e desumana como a primeira vítima fora assassinada, percebe a importância e a seriedade do que está a acontecer, e é então que começa a corrida contra o tempo.
O que começa por ser uma caça ao homem transforma-se rapidamente em algo muito maior e aterrorizador.
Ao mergulhar num mundo de trevas e muitas dúvidas, medo e desespero, Rodrigo receia o futuro como nunca antes o fizera.


Sobre o autor: Bruno Franco é um escritor português de ficção policial, nascido em Setembro de 1990. Licenciado em Radioterapia, trabalha actualmente no serviço de Radioterapia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa. Pertence, desde 2002, a uma equipa de natação de competição, que faz parte do Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro.

Visitem também blog do autor e o perfil do autor no Goodreads.

A Segunda Pele da Acácia Mimosa - divulgação

Título: A Segunda Pele de Acácia Mimosa
Autor: Ana Gil Campos
Editora: Chiado Editora
Edição: Julho de 2014

Sinopse: Sara, uma mulher determinada e ambiciosa, no pico da sua carreira como arquitecta sente um grande vazio interior, uma frustração que a consome apesar de ter uma vida aparentemente perfeita. Assim, desloca-se perturbada a Vieira do Minho, a sua terra natal no norte de Portugal, para procurar ajuda da única pessoa que a pode ajudar, a sua alma gémea. A Sara quer desaparecer da sua vida sem que ninguém perceba! De regresso a Lisboa, vê-se nos meandros da maçonaria feminina onde ser apercebe, em pânico, estar envolvida num caso de corrupção com uma ministra do governo português. O seu casamento também se encontra em crise pois vive de aparências. O casal vive como dois estranhos dentro de casa, completamente desligados um do outro, onde a tensão é constante. O pedro, o seu marido que também é arquitecto, aceita o compromisso de trabalhar em São Paulo e faz-lhe um ultimato: ou vai viver com ele para o Brasil ou o casamento está definitivamente terminado. Desesperada e sem saber o que fazer relativamente à maçonaria, ao seu envolvimento no caso de corrupção e ao próprio casamento, resolve fugir para Barcelona, onde se refugia na casa do seu amigo Barden, alto membro da maçonaria espanhola. Durante estas semanas em Barcelona vai descobrir o verdadeiro segredo maçónico e tomar as decisões mais importantes e determinantes da sua vida.

Preço: 14€
Onde é que o livro pode ser adquirido?  Bertrand, Wook, Editora, eem vários outros locais.

Sobre a autora: Ana Gil Campos, bracarense que divide o seu tempo entre o Porto e São Paulo, colaborou com a revista Exame de 2011 a 2013 e escreveu para o Expresso de 2009 a 2014. Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade do Porto, afirma que não escolheu ser escritora mas que foi a escrita que lhe exigiu atenção desde muito cedo como uma necessidade irrequieta e vital. Para si viver é entregar-se de forma nua e sequiosa à escrita. Atualmente escreve o seu segundo romance e dedica-se com regularidade ao seu blog.

Visitem também blog da autora.

Convite para o lançamento, dia 24 de Outubro na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, às 19 horas:

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Paixão Escura

"Paixão Escura (Senhores do Submundo 5), Gena Showalter (Harlequin)

Sinopse:
Teria valido a pena renunciar à imortalidade por ele? O guerreiro imortal Aeron andava há semanas a sentir uma presença feminina invisível. Tinham enviado um anjo ou um demónio ou um assassino para o matar. Olivia disse-lhe que tinha caído do céu e renunciado à imortalidade porque não podia suportar fazer-lhe mal. Mas confiar em Olivia e apaixonar-se por ela pô-los-ia a todos em perigo. Como é que aquela «mortal» de grandes olhos azuis tinha conseguido despertar a paixão obscura em Aeron? Agora, com um inimigo a persegui-lo de perto e com a sua fiel companheira diaba decidida a desterrar Olivia da sua vida, Aeron ver-se-á preso entre o dever e um desejo apaixonado. E o pior de tudo: tinham enviado outro verdugo para fazer o trabalho que Olivia não quis fazer.

Opinião:
A saga dos Senhores do Submundo é  uma na qual, dos 5 livros que já li, apenas 1 me arrebatou. E ainda assim persisto na sua leitura por culpa da mitologia e porque a autora consegue facilmente fazer-me interessar pelas suas personagens (especialmente as masculinas). É um guilty-pleasure que nem eu compreendo bem mas, depois de Paixão Escura, começo seriamente a duvidar que tenha a força suficiente para seguir com a série.

Aeron é o protagonista deste livro, um senhor muito complexo e que já tinha ganho o meu interesse em livros anteriores, muito por culpa do seu comportamento com a Legião (uma demónio). E Aeron não decepcionou praticamente em nada neste livro, excepto na já mencionada relação com a dita Legião. Ou, melhor dizendo, na falta de interacção com ela. Ai, ai ...
A Olívia, o interesse amoroso deste volume, é uma personagem complicada de entender e eu não me consegui ligar muito a ela. Para um anjo esperava que fosse mais ... angelical. Porque é que as mulheres nesta série têm de ser todas super-confiantes, super-senhoras-de-si-mesmas. Não podem ser mais terra-a-terra? Mais inibidas pelo menos? Caramba, a Olívia é um anjo!
O bem desta série é que, em todos os livros, há sempre lugar para os outros senhores do submundo mostrarem as suas cartas. Nesta foi a vez do Strider (Derrota) e do Gideon (Mentira). Infelizmente aqueles senhores que já tiveram o seu próprio livro, foram altamente negligenciados, assim como as suas esposas. Não gostei disso!

O relacionamento do Aeron e da Olivia foi curioso, especialmente pela forma como começou e só se transformou em amor quase no fim. Contudo não posso dizer que fui arrebatada. Acho que o dificultou foi mesmo a Olivia, talvez por achar que não a conhecia suficientemente bem. Contudo, o que realmente me pôs descrente foi o final.
*SPOILERS* Se o sacrifício do Aeron tivesse sido o fim, acho que teria sido muito melhor. O facto de a Olivia ter, tão facilmente, ressuscitado o Aeron, sem quaisquer confrontos ou sacrifícios da sua parte, tornou o final muito insatisfatório. Já para não falar que teria sido muito mais nobre da parte dela se pedisse a ressurreição do Dominic, o rapaz que não a conhecia e mesmo assim se sacrificou para a salvar. O rapaz que não viveu milhares de anos (como o Aeron). Isso sim! *Fim de SPOILERS*

A escrita da autora é decente e consegue manter o leitor agarrado à história e às personagens. Só gostava que parasse de ignorar todas as outras personagens que já tiveram a sua história mas que continuam lá (na trama) e cuja ausência (nas páginas) é muito sentida.

Em suma, Paixão Escura não me supreendeu e não me arrebatou, embora a mitologia continue interessante e as personagens (futuras relações) estejam muito bem apresentadas, de forma a que o leitor sinta a necessidade de saber mais. E por isso mesmo é muito provável que leia o livro seguinte (Mentira Escura) só porque o Gideon me fascina. Mas, no geral, não sei se recomendaria esta série e este livro é apenas medíocre.

Tradução, Capa, Design e Edição:
A tradução, no início, está de 'meter medo ao susto'! Horrível. Depois passa a moderadamente suportável, com algumas frases traduzidas demasiado literalmente, que me arrepiaram. Por fim, e não sei se foi culpa de acabar por me habituar aos erros, já me parecia que a tradução era mais sólida.
A capa é lindíssima! Toda esta série tem capas de sonho. Dá mesmo vontade de agarrar no livro. E, mais uma vez, adoro o facto de terem o cuidado de pôr a tatuagem no sítio correcto. Só lhe falatava as ranhuras para as asas. :)
O design interior é super-simples, mas mais não seria de esperar de uma edição de bolso. E, por fim, a edição tem várias falhas, já que deixou passar certas tradução horripilantes.

domingo, 14 de setembro de 2014

Delirium

"Delirium (Delirium 1)", Lauren Oliver (Alfaguara)

Sinopse:
Se o Amor fosse uma doença, aceitarias a cura?
Houve um tempo em que o amor era a coisa mais importante do mundo. As pessoas eram capazes de ir até ao fim do mundo para o encontrar. Faziam tudo por amor. Até matar. Finalmente, no século XXII, os cientistas descobrem a cura para o delírio do amor, uma perigosa pandemia que infecta milhões de pessoas todos os anos. E o governo passa a exigir que todos os cidadãos recebam o tratamento ao cumprirem 18 anos. Quando faltam apenas noventa e cinco dias para a tão aguardada cirurgia, Lena faz o impensável e sucumbe a uma irreprimível e incontrolável paixão…


Opinião (audiolivro):
Delirium chamou-me a atenção assim que foi lançado, por culpa do pressusposto original que me relembrava muito uma história que eu escrevi (Através do Vidro). Entretanto fui colocando-o de parte por variadas razões mas, recentemente, por culpa do recente lançamento do filme decidi pegar no audiolivro. Coincidentalemnte a edição portuguesa foi lançada mais ou menos na mesma altura.

A premissa, apesar de não ser completamente original, é suficientemente inusitada para dar 'pano para mangas'. Infelizmente Delirium não aproveita a fileira de ouro que promete explorar. É demasiado 'Romeu e Julieta' e pouco desenvolviemnto e exploração de uma sociedade cujos alicerces podiam dar muito que falar. Por outro lado o conceito do tratamento obrigatório nem sequer está bem feito. Quer dizer, o simples facto de o único factor para determinar se a cirurgia pode ou não ser aplicada ser o facto de eles terem de ter completado 18 anos, é ridículo! Nem toda a gente tem o mesmo desenvolvimento! Uma pessoa pode ter 20 anos e o corpo ainda não estar tão desenvolvido e estável como o de outra com 17.

O romance em si não é de todo fraco, até porque, pelo menos, não é o insta-romance que este tipo de livros tão costumam abusar. No entanto este romance consegue ser, por vezes, bastante insípido. É bastante inocente e nada contra isso mas ... eh pá, eles são adolescentes que toda a vida foram proibidos de fazer o que quer que fosse com seres do sexo oposto; duvido muito que assim que se começassem a tocar conseguissem parar. O romance é bonito, o sentimento é bonito, e a relação é fofinha, mas falta-lhe chama e conflito.
E aquele final ... ai ai ... o final irritou-me muito! Porque foi a única coisa verdadeiramente maluca que eles fizeram e teve de ter acabar assim de forma tão ... insatisfatória.
Mas estaria a mentir se dizesse que não gostei do casalinho (Lena e Alex), porque gostei e torci por eles, mas não com a emoção que seria de esperar num livro cujo tema é a proibição do amor.

Tanto a Lena como o Alex foram personagens que segui com curiosidade, apesar de o Alex me parecer bem menos explorado. Cheguei mesmo a achar a Hana mais interessante, assim como a Grace (prima pequena da Lena).

A escrita da autora é competente mas gostaria de ter lido mais detalhes sobre a sociedade, sobre os seus habitantes, sobre ... coisas. A prosa é bastante branda, quase inocente, e apesar de ter uma ou duas cenas mais acessas, não foram suficientes para levantar a apatia da maioria do texto.

Em suma, Delirium é um livro medíocre, que não é mau mas que não me marcou e nem deixou a vontade de ler a sequela. Em parte gostei da escrita leve mas faziam falta contrastes para manter acesso o interesse. Esperava muito mais e senti que as potencialidades da premissa não foram alcançadas.

Narração (Sarah Drew):
Gostei na narração audio, embora não se tenha destacado particularmente, a narradora fez bem o seu trabalho.

Podem ver o trailer para o filme aqui:

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Compras e Leituras - Agosto 2014

Já estava a faltar o vídeo mensal com o apanhado das Compras e leituras do mês de Agosto.



Compras:
- Enciclopédia Larousse Vol 17 e 18
- "Leviatã", "Besta" e "Golias", Scott Westerfeld
- "A Vingança", Meg Cabot

Leituras:
- "Há Horas Más", Meg Cabot
- "Delirium", Lauren Oliver
- "A Vingança", Meg Cabot
- "The Body Finder", Kimberly Derting

Estou bastante atrasada nas minhas opiniões literárias aqui no blog mas prometo que nos próximos dias colocarei algumas.

Novas Estantes

Recentemente mudei as minahs estantes de divisão e de organização. E enquanto o fazia gravei um vídeo. Espero que gostem. É bem curtinho!



Brevemente mostrar-vos-ei fotos.

sábado, 6 de setembro de 2014

Clube de Leitura de Braga - Setembro 2014

Depois de umas pequenas férias, o Clube deLeitura de Braga volta a reunir-se hoje, dia 6 de Setembro, às 15 horas, no sítio do costume: Livraria Bertrand, no Liberdade Street Fashion (bem no centro da cidade).

O livro de que vamos falar é de uma autora portuguesa: Célia Correia Loureiro. Trata-se do seu mais recente livro: "A Filha do Barão", um romance histórico que tem recebido muitas críticas positivas.

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Venham fazer-nos companhia, quer tenham ou não lido o livro. E posso garantir que passarão uma boa tarde na companhia de leitores entusiastas :)

A autora no facebook * O blog da autora * A autora no Goodreads * O clube de leitura no facebook.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Por Mundos Divergentes - divulgação

Já foi revelada a capa e a sinopse da nova antologia da Editorial Divergência: "Por Mundos Divergentes".

Sinopse:
Num futuro por vezes próximo, por vezes distante, Portugal sucumbe dos mais variados estados ditatoriais. Aquele que pensa é um inimigo do Estado. Um inimigo da pátria que tem de ter cuidado… e os que não têm cura, devem ser sacrificados pelo bem maior.

Por mundos divergentes conta com cinco contos distópicos escritos por Ana C. Nunes, Nuno Almeida, Pedro G. Martins, Ricardo Dias e Sara Farinha.



Um dos contos é da minha autoria e é uma história da qual me orgulho particularmente. :) Aqui fica a sinopse do meu conto "Dispensáveis":
Enquanto seres humanos gostamos de pensar que cometemos erros no passado para que, no futuro, não tenhamos de fazer igual. Para que não tenhamos desculpas para cair nos mesmo buracos. Mas o que a história nos prova é que os erros se repetem, se multiplicam, se inflamam.
Mais tarde o povo verá esta era como uma das mais negras da história da humanidade mas, para já, tudo é aceitável, tudo é justificável, e nada é mais dispensável que a vida humana.


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Linhas Cruzadas (antologia)

"Linhas Cruzadas", de Gina Sacramento, Agustina Bessa-Luís, Júlia Pinheiro, Laurinda Alves, Luís Filipe Silva, Manuel João Ramos, Maria Manuel Ramos Pinto, Miguel Esteves Cardoso , Miguel Vale de Almeida, Rui Henriques Coimbra, Rui Zink, Sérgio Coimbra, Alice Vieira, Vicente Maria / Maria Vicente, Carlos Quevedo, Daniel Tércio, Francisco d'Orey, Helena de Sacadura Cabral, João Barreiros, Joao Miguel Fernandes Jorge (Portugal Telecom)

Sinopse:
Antologia que reune contos de vários autores portugueses.

Opinião:
Como já devem saber, eu adoro antologias de contos! Permitem-me conhecer novos autores e podem conter pequenas histórias fascinantes. E há, nas antologias, um sentimento de aventura, já que sabemos, há partida, que iremos encontrar contos que adoraremos e outros que odiaremos. Raras são as antologias que são totalmente boas e, até hoje, não encontrei nenhuma que considerasse uma perda total. Há sempre uma quantidade significativa de bons textos.
E com estas ideias em mente, comecei a ler "Linhas Cruzadas" que se auto-intitula de "Uma antologia de contos PT". Pois, é aqui mesmo, neste subtitulo, que se prende a minha maior decepção com este pequeno livro: este não é uma antologia de contos! É uma antologia de textos mas nem todos, e diria mesmo que nem a maioria, são contos. Muitos são crónicas, opiniões ou ensaios.
Eu nunca gostei de crónicas, assim como não sou grande fão de não-ficção, mas, noutras circunstâncias, talvez este pequeno facto nem me tivesse incomodado, só que acontece que no momento em que decidi ler esta antologia eu queria mesmo CONTOS. E foi grande a minha decepção.

Há, como em todas as antologias, excepções. Descobri apenas uma nova autora cujo trabalho pretendo revisitar em breve: Alice Vieira. Mas também revi outros já conhecidos, como João Barreiros, Luís Filipe Silva e Rui Zink (embora este último não me tenha conseguido cativar). Mas, não querendo menosprezar as crónicas/memórias, tenho de dizer que apreciei as de Carlos Quevedo e Maria Manuel Ramos Pinto.
Os melhores, a meu ver, foram mesmo os da Alice Vieira, que me surpreendeu.

No geral esta antologia decepcionou-me e não me marcou na positiva. O facto de alguns autores parecerem forçar-se a escrever sobre os telefones e as comuncações, não ajudou a que todos os textos tivessem qualidade, mas alguns foram bem conseguidos.
Sinceramente, esperava mais mas consegui ler alguns textos muito interessantes, com conceitos promissores.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Cartas Portuguesas

"Cartas Portuguesas", de Soror Mariana Alcoforado (Europa-América, edição bilingue)

Sinopse:
De raras beleza e poesia, estas cinco cartas portuguesas, envoltas em mistério e polémica quanto à veracidade daquilo que nelas é narrado e ao seu autor, são testemunho de um amor forte, que desconhecia fronteiras e transpunha as regras. Talvez impressionada por um amor repentino e egoísta, Soror Mariana, enclausurada no Convento de Beja, sonhava com o seu cavaleiro, sonhava voltar para ele e abdicar da vida religiosa, se ele assim o quisesse. Nas Cartas lemos os desejos e queixumes de uma mulher ensandecida por uma paixão, à qual destinatário já não corresponde, mas que mesmo assim prefere dar a alma para sofrer por amor, do que jamais ter amado.
Edição com cartas em Português e Francês


Opinião:
Não há muito que possa dizer sobre este livro que nem se sabe, de verdade, se é real ou ficcional. Eu gosto de pensar que é real.
As cartas são muito dramáticas e fatalistas. A protagonista é um pouco irritante, se bem que à sua maneira é realista (daí que eu acredite que sejam relatos verdadeiros), visto que muitas mulheres amam assim. E homens, claro, há-os com este nível de obsessão, de persistência, de amor.
O que achei que faltou foi 'pano de fundo', ou seja, gostava de saber como os dois se conheceram e o porquê de a autora das cartas ter caído tão loucamente nas garras do amor. Isso é muito pouco explicado. Apenas sabemos que o ama loucamente e que ele a ignora.

Fica também uma nota acerca da 'breve' nota introdutória é extensa demais e, a meu ver, não deveria ser uma introdução mas sim uma conclusão, já que refere informações que me tiraram um pouco do gozo de ler as cartas propriamente ditas.

Em suma, este tipo de história não é bem um género que eu aprecie mas confesso que gostei dos textos e apontei várias passagens. É um bom relato de amor louco, que merece ser lido e, preferencialmente, nunca vivenciado.
E não posso terminar sem elogiar a belíssima edição da Europa-América: bilingue e cuidada.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Lisboa no Ano 2000

"Lisboa no Ano 2000 - Uma antologia assombrosa sobre uma cidade que nunca existiu", organizada por João Barreiros, com contos de A.M.P. Rodriguez, Ana C. Nunes, Carlos Silva, Guilherme Trindade, João Ventura, Joel Puga, Jorge Palinhos , Michael Silva, Pedro Afonso, Pedro G.P. Martins, Pedro Vicente Pedroso, Ricardo Correia, Ricardo Cruz Ortigão, Telmo Marçal.

Sinopse:
Bem-vindos à maior cidade da Europa livre, bem longe do opressivo império germânico. Deslumbrem-se com a mais famosa das jóias do Ocidente! A cidade estende-se a perder de vista. O ar vibra com a melodia incansável da electricidade.
Deixem-se fascinar por este lugar único, onde as luzes nunca se apagam, seja de noite, seja de dia. aqui a energia eléctrica chega a todos os lares providenciada pelas fabulosas Torres Tesla.
Nuvens de zepelins sobem e descem com as carapaças a brilhar ao sol. Monocarris zumbem por todo o lado a incríveis velocidades de mais de cem quilómetros à hora. O ar freme com o estímulo revigorante da electricidade residual. Bem-vindos ao século XX!
Lisboa no Ano 2000 recria uma Lisboa que nunca existiu. Uma Lisboa tal como era imaginada, há cem anos.


Opinião:
Demorei o meu rico tempo a ler a antologia da qual também faz parte um conto meu, mas deixem-me explicar-vos porquê: a antologia é bastante volumosa e eu decidi ler espaçadamente os contos, entre outras leituras. Podia tê-la lido toda de uma vez, mas não quis. E agora finalmente terminei.

Lisboa no Ano 2000 é um reinventar da capital portuguesa, como esta teria sido imaginada pelos autores do final do século XIX (com a monarquia ainda no poder e a electricidade como fonte de energia única). João Barreiros deu as regras e os outros autores exploraram os seus limites.

Fiquei agradavelmente surpreendida com alguns dos contos. Tive a oportunidade de conhecer, pessoalmente, quase todos os escritores (ou mesmo todos, se não estou em erro) e a grande maioria das histórias da antologia estão muito boas. Todas muito imaginativas.
Como em quase todas as antologias, existem uns contos que gosto mais que outros; os meus favoritos foram:  "Dedos", A.M.P. Rodriguez; "Energia  das Almas", João Ventura; "A Rainha", Pedro Vicente Pedroso; "Taxidermia", Guilherme Trindade; "Ex-Machina", Michael Silva; "Chamem-nos Legião", João Barreiros.

Podem ver as opiniões individuais nos posts que fiz para cada um dos contos:
"O Turno da Noite", João Barreiros- opinião (na Bang! 10)
"Venha a Mim o Nosso Reino", Ricardo Correia - opinião
"Os Filhos do Fogo", Jorge Palhinhos - opinião
"Dedos", A.M.P. Rodriguez - opinião
"As Duas Caras de António", Carlos Eduardo Silva - opinião
"Electro-dependência", Ana C. Nunes (o meu conto)
"Nanoamour", Ricardo Cruz Ortigão - opinião
"Energia  das Almas", João Ventura - opinião
"Fuga", Joel Puga - opinião
"Tratado das Paixões Mecânicas", João Barreiros - opinião
"O Obus de Newton", Telmo Marçal - opinião
"Ex-Machina", Michael Silva - opinião
"A Rainha", Pedro Vicente Pedroso - opinião
"Taxidermia", Guilherme Trindade - opinião
"Quem Semeia no Tejo", Pedro G.P. Martins - opinião
"Coincidências", Pedro Afonso - opinião
"Chamem-nos Legião", João Barreiros - opinião

Em suma, Lisboa no Ano 2000 é uma antologia surpreendente, cheia de histórias imaginativas. Uns contos agradaram-me mais que outros, como sempre acontece, mas recomendo vivamente. E, claro que, esta opinião é independente da minha participação na mesma.
Já agora, se leram ou lerem a antologia, agradecia que deixassem comentários a dizer o que acharam dela num todo e também do meu conto. :)

::Conto:: Chamem-nos Legião

"Chamem-nos Legião", João Barreiros (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
Das três histórias que o autor escreveu para a antologia esta foi a minha favorita. Como sempre João Barreiros mostra uma grande imaginação e capacidade de enredo.Adorei ambas as tramas e a forma como se interligaram, e também a maneira como ligou este aos outros dois contos seus.
Confesso, contudo, que esperava que o autor conseguisse também ligar as suas histórias um pouco mais às dos outros autores, afinal tudo se passa no mesmo 'universo' e espaço de tempo.
Ainda assim a história está muito bem escrita, com muita acção e momentos brilhantes. Boas persoangens, diálogos fascinantes e um final muito bom. O desfecho perfeito para a antologia.

The Coldest Girl in Coldtown

"The Coldest Girl in Coldtown", de Holly Black (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (Inglês):
Tana lives in a world where walled cities called Coldtowns exist. In them, quarantined monsters and humans mingle in a decadently bloody mix of predator and prey. The only problem is, once you pass through Coldtown’s gates, you can never leave.
One morning, after a perfectly ordinary party, Tana wakes up surrounded by corpses. The only other survivors of this massacre are her exasperatingly endearing ex-boyfriend, infected and on the edge, and a mysterious boy burdened with a terrible secret. Shaken and determined, Tana enters a race against the clock to save the three of them the only way she knows how: by going straight to the wicked, opulent heart of Coldtown itself.
The Coldest Girl in Coldtown is a wholly original story of rage and revenge, of guilt and horror, and of love and loathing from bestselling and acclaimed author Holly Black.


Opinião (audiolivro):
Sempre tive curiosidade de ler alguma coisa desta autora mas como não queria já embarcar noutra série e ouvi tão boas coisas sobre este The Coldest Girl in Coldtown, que decidi apostar no audiolivro.
Esta é, como a premissa indica, uma história com vampiros e tem alguns pontos de originalidade e é verdade que quase tudo é explicado ao longo do livro, embora algumas perguntas fiquem no ar, sobre como e porquê os vampiros aceitariam ficar aprisionados em cidades de onde não podem sair.

A história começa logo em força. Não há introdução lenta, nem preparação nenhuma. O leitor cai de cara no horrendo da situação, embora a escrita não me tenha provocado o horror que a situação merecia. Os primeiros capítulos foram, para mim, os mais interessantes. Em poucas páginas, e sem debites de informação, ficamos a conhecer as personagens, as suas personalidades, e o que esperar delas. Infelizmente, e por isto mesmo, o livro acaba por ser pouco surpreendente, já que não há grandes surpresas narrativas no que diz respeito às suas personalidades.
A história, como um todo, é muito linear, bastante previsível e pouco imaginativa, mas nem sempre isso é mau. Se as personagens foram carismáticas, uma história menos surpreendente pode não ser uma má escolha.
Infelizmente eu não me consegui ligar a nenhuma das personagens. Ou melhor, deixem-me explicar: Todas as personagens são interessantes e, como já disse, muito fiéis a si mesmas desde o início, mas também são todas bastante desprezíveis. Não consegui ligar-me a nenhuma delas, sentir empatia, desejar-lhes um final digno. Sinceramente, não quis saber porque eram todas egoístas, hipócritas, mentirosas, e acima de tudo ... infantis. Ai credo, como eram infantis! Ou será melhor dizer juvenis? E sim, eu tenho consciência de que são, na sua maioria, adolescentes, mas que dizer do Gavriel? Ele não é um adolescente (ou é-o, em corpo, mas não em idade).
Ainda tentei importar-me com a Tana mas foi impossível. Ela tomava más decisões atrás de más decisões. E a irmã dela ... ai credo! Bem, basta ver a relação que a Tana tinha com o Aidan para perceber a cerne do problema.
Ou seja, não gostei de nenhuma personagem. Nenhuma, mesmo! Acho que isto nunca me aconteceu. No início gostei do Gavriel mas depois ele ficou um adolescente como os outros e perdi o interesse.

A escrita da autora é bastante boa a transmitir, em poucas palavras, os cenários, as situações e a torná-las quase visuais. Também consegue facilmente moldar as personagens e é boa a retratar adolescentes e as suas decisões inconsequentes mas, será que não podia meter ali uma pessoa com juízo?
Uma das coisas que não gostei particularmente foi a forma como a autora narrou cenas do passado. Havia ali um distanciamento tal que não deixava passar as emoções como deveria.
Ah, uma coisa que gostei foi de como conseguiu meter para ali um romance controverso, envolvendo um transsexual, e ainda por cima envolvendo as duas únicas personagens de quem até gostei um pouco (mas como apareciam pouco não deu para marcar).
Da escrita gostei e devo dar nova oportunidade à autora.

Em suma, The Coldest Girl in Coldtown, começa quente e depois vai arrefecendo. Pun Intended! O livro está bem escrito, tem algumas reviravoltas interessantes mas é previsível e foi-me impossível relacionar com qualquer personagem e, consequentemente, desejar-lhes um fim digno. Gostei do estranho romance entre a Tana e o Gavriel e o final agradou-me, mas não posso dizer que este seja um livro que me tenha marcado.

Narração (Christine Lakin):
Uma coisa que adorei neste audiolivro foi a música. Em vário momentos, em todos os capítulos, a narração era acompanhada de uma belíssima banda sonora. pequenas músicas instrumentais que faziam toda a diferença a ambientar as cenas. Lindo! E só por isso já vale a pena ler a versão audio. A narradora também fez um bom trabalho vocal.

Booktrailer:

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Maratonas de Verão

Se bem se lembram, em Julho entrei em duas maratonas de Verão: a BootubeAThon e o Bingo Literário (Viagens (In)esperadas). Terminadas as maratonas, fica um balanço final:

Livros Lidos
BooktubeAThon (podem ver o vídeo resumo AQUI):
- Precious, de Sapphire - 180 páginas
- Cartas Portuguesas, de Soror Mariana Alcoforado - 160 páginas
- Annarasumanara 1 (BD), de Il Kwon-Ha - 344 páginas
- Annarasumanara 2 (BD), de Il Kwon-Ha - 328 páginas
- Annarasumanara 3 (BD), de Il Kwon-Ha - 328 páginas 
- O Último a Rir (Joker), de Alan Moore, Brian Bolland, Brian Azzarello, Lee Bermejo - 176 páginas
- Linhas Cruzadas, de vários autores - 304 páginas
- Dark and Stormy Knights, de vários autores - cerca de 170 páginas (total 357)
- Ninja Girls 6 (BD), de Hosana Tanaka - 192 páginas
- A Trança de Inês, de Rosa Lobato Faria - 224 páginas
Total de páginas: +/- 2226 páginas
Desafio Cumprido!

Maratona de Verão do Viagens (In)esperadas - Bingo Literário:
- Air 1 (BD), de Yukimaru Katsura - 185 páginas
- Air 2 (BD), de Yukimaru Katsura - 138 páginas
- Two Moons of Sera vol. 3, de Parvati K. Tyler - 67 páginas
- Two Moons of Sera vol. 4, de Parvati K. Tyler - 66 páginas
- Ninja Girls 7 (BD), de Hosana Tanaka - 224 páginas
- Ninja Girls 8 (BD), de Hosana Tanaka - 192 páginas
- Lili e o Natal no Fundo da Caixa, de Manuel Alves - nº páginas desconhecido
- Há Horas Más, de Meg Cabot - 256 páginas
- Delirium, de Lauren Oliver (audiolivro) - cerca de 200 páginas (total 440)
Total de páginas: +/- 1328

Desafio não cumprido!
No desafio de Verão houve também um final: Leituras com Sabor a Verão
- Sol: qual o livro que brilhou mais nesta maratona (livro preferido) - Há Horas Más, de Meg Cabot
- Escaldão: qual o livro que te deixou cheia de arrependimentos (livro que menos gostaste) - Delirium, de Lauren Oliver (audiolivro)
- Gelado: qual o autor cuja escrita te deliciou - Lili e o Natal no Fundo da Caixa, de Manuel Alves
- Bóias: qual o livro que foi custoso de ler mas que conseguiste terminar - O que me custou foi o "Delirium", mas não o cheguei a terminar, ainda.
- Piscina: Qual foi a leitura leve e refrescante - Air 1 (BD), de Yukimaru Katsura (o 2 já não foi nada leve)
- Picnic: Quais as personagens com as quais gostarias de passar tempo - Suze e Jesse (Há Horas Más) e o Yukito e a Misuzu (Air).


Agora tenho é de escrever as opiniões de todos estes livros. Ui!

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