"O Prazer mais Escuro (Lords of the Underworld 3)", de Gena Showalter (publicado em Portugal pela Harlequin)
Sinopse:
Reyes é um homem possuído. Ligado ao demónio da dor ele está proibido de desfrutar do prazer. Ainda assim ele sente-se atraído por uma mortal, Danika Ford, necessitando dela mais do que de respirar e fará de tudo para a ter para si --até mesmo desafiar os deuses.
Danika está em fuga. Durante meses ela conseguiu esquivar-se dos Senhores do Submundo, guerreiros imortais que não descansaram até que ela e a sua família estejam mortas. Mas os seus sonhos são assolados por Reyes, o guerreiro cujo toque ela não consegue esquecer. Mas um futuro conjunto poderá significar o fim de tudo o que ambos amam ...
Opinião:
Tenho de dizer que este livro foi um pouco mais pesado e hardcore (e gory) do que esperava. Já sabia que tratando-se do Reyes, um guerreiro que não vive sem a dor, isto teria de ter um certo nível de violência, mas isto ... bem, isto deu-me voltas ao estômago! Aquela cena na casa-de-banho foi grotesca. Arrepiei-me toda! (e fala uma pessoa que adora ver filmes de terror) Felizmente só foi esta cena mais pesada (além do plano de fuga do Aeron que também chegou a dar-me voltas ao estômago), as outras foram bem mais amenas, o que eu agradeci imenso.
O desenvolvimento das personagens, neste livro, esteve bem mais presente que em qualquer um dos anteriores e conseguimos entender como a Danika, uma rapariga doce e medrosa, se transforma em alguém mais determinada e corajosa. O Reyes manteve-se igual a si mesmo, sempre um doce, sem dúvida o mais calmo dos guerreiros até agora. Também temos oportunidade de conhecer um pouco melhor outros guerreiros, especialmente o Sabin e o Paris, assim como um pouco mais do Torin (uma personagem que me deixa curiosa com o seu sentido de humor) e a Cameo, assim como o William (que é um autêntico cromo). Também os vilões, especialmente o Cronos, foram mais bem expostos e a interacção entre as personagens foi bem conseguida.
Uma personagem que estou a aprender a gostar é o Paris (guardião do demónio da promiscuidade). Foi o único, de todos os guerreiros até agora mostrados, capaz de colocar um dos amigos acima da mulher que ama (ou no caso, que poderia amar). As dúvidas dele foram totalmente compreensíveis e a decisão, embora dolorosa, veio no momento certo, da forma mais acertada.
Outras duas personagens que adorei, pela sua excentricidade, foram o Aeron e a Legion. Foi tão giro quando finalmente descobriram que a Legion era uma rapariga. Ri-me com a cena.
Sem dúvida que o relacionamento entre o Reyes e a Danika foi o que pareceu mais bem explorado de todos até agora, muito graças ao facto de eles se terem começado a conhecer logo no primeiro livro da saga e assim tivemos oportunidade de os ver mudar e apaixonarem-se ao longo de três livros. Gostei de como eles se foram aproximando aos poucos e não caíram simplesmente nos braços um do outro (os dois anteriores foram assim) e como confiavam um no outro embora mantivessem dúvidas.
O relacionamento entre estes dois é estranho, como não poderia deixar de ser graças ao demónio da Dor, me confesso que a aceitação da Danika me deixou arrepiada, embora compreenda a decisão dela e ache que esteja muito em sintonia com a personalidade dela.
E como eu suspeitara, a Danika está realmente envolvida com os artefactos. Foi uma cartada bem jogada pela autora.
E descobri mais um tique da autora: Os cheiros! Todas as personagens têm um cheiro, mas já agora quero saber a que cheira "tempestade e inocência", especialmente a parte da inocência. :P
A história mostra-se cada vez mais detalhada, mas ainda assim parece mover-se a passo de caracol. Havia espaço para muito mais nos ser contado, aliás, fazia falta muito mais nos ser dito e não é, o que faz com que o livro perca intensidade.
Em suma, foi uma boa leitura, que conseguiu superar um pouco os anteriores pois explorou melhor as personagens envolvidas. No entanto a escrita da autora continua simplesmente amena e o potencial da história continua praticamente inexplorado, embora a cada novo volume nos sejam dados mais partes interessantes. Ainda assim conseguiu ser o melhor dos três primeiros, embora tenha de confessar que esperava mais.
Capa:
Das três esta é que menos me cativa, embora o tom amarelo até esteja bem conseguido. Como as anteriores é demasiado estática e demasiado "dentro do género". Mas está muito bem na senda das anteriores, para dar uma certa coesão ao design da saga e também gostei da expressão na cara do modelo, dá mesmo ar de "dor".
A tatuagem também está no sítio certo. Pelo menos nisso eles parecem acertar sempre.(mas o que está aquela lua a fazer lá no fundo? Muito gostam de luas nas capas dos romances paranormais)
"Reyes, um guerreiro que não vive sem a dor"
ResponderEliminarPrimeiro pensamento --> Hidan dos Akatsuki. LOL
Sabes que mais, deixaste-me curiosa acerca desta colecção. Fazes ideia se está disponível nas FNACs e assim?
xx
Anna Raffaella,
ResponderEliminarNão faço a mais pequena ideia se tem na FNAC. Como está editado pela Harlequin (daqueles romances de banca), deves encontrar em qualquer quiosque mas para já só tem o primeiro volume editado.
Em inglês, aconselho-te o BookDepository (entregas grátis).
Mas outro guerreiro que não vive sem dor é Zsadist da J.R.Ward (terceiro livro da saga da Irmandade da Adaga Negra), e pessoalmente gosto muito mais da escrita da J.R.Ward. (Acho que no site da FNAC podes comprar o pack dos três primeiros livros da J.R.Ward por 10€).
gostei muito de passar por aqui! :)
ResponderEliminarpassa também pelo meu blogue:
http://chovemlivros.blogspot.com/
;)
Catherine