segunda-feira, 31 de outubro de 2011

NaNoWriMo 2011

Pelo quarto ano consecutivo, vou participar no NaNoWriMo que, para quem não sabe, um desafio que convida os participantes a escreverem um livro de 50.000 palavras em 30 dias – Novembro.

Normalmente separo as minhas leituras da minha escrita e por isso é que raramente aqui (no Floresta de Livros) venho falar disto, mas como vou estar todo o mês de Novembro focada na escrita, achei por bem avisar os seguidores que este blog vai andar muito parado em Novembro, mas em Dezembro volta tudo à normalidade.
Ainda assim também queria dizer que não vou parar de ler durante um mês (não aguentaria), mas devo ler muito menos e apenas em casos excepcionais irei fazer outras rubricas no blog (tipo o BTT).
Espero que compreendam a situação e não se chateiam (entretanto ainda tenho duas opiniões para publicar). Leiam muito, ou no caso de outros participantes no NaNoWriMo, escrevam muito.

Se estiverem interessados, podem seguir toda a aventura através do meu blog de escrita: Caneta, Papel e Lápis. A história que vou escrever está temporariamente intitulada de "Não Apodreças nos meus Braços" (e não é sobre zombies).

The Good Ghouls' Guide to Getting Even

"The Good Ghouls' Guide to Getting Even (Beth Frasier 1) ", de Julie Kenner (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Elizabeth Frasier's ticked off. Her junior year of high school was going just fine. But thanks to a bunch of jerkwad vampire jocks, she ended up undead, and with a thirst that a thousand Diet Cokes couldn't quench. Now she's out for blood-and revenge. And she knows exactly what to do...Elizabeth's read Salem's Lot. Separate the good vamps from the bad and wipe out the crowd that did her in. On top of that, she's got to figure out how to be mortal again-unless universities start accepting dead girls.

Opinião: 
Eu nunca fui muito leitora de apreciar YA (Young-Adult), especialmente dentro do género paranormal, exactamente porque me parecem todos um pouco cópia dos outros (excepções à parte, claro). Tecnicamente "Good Ghouls' guide to Getting Even" não é bem assim, mas depois cai noutros erros.

Comecemos pela história. Elizabeth é uma rapariga inteligente, mediana em termos de atractividade, mas que não salta à vista. Obcecada em ingressar na universidade com boas recomendações, tenta entrar nas claques, mas acaba convidada para entrar nas cheerleaders. Estranhamente (*sarcasmo*) ela não acha isto fora do normal, nem desconfia quando lhe dizem que foi o 'gajo' mais atraente da escola que conseguiu o lugar para ela. (*revira olhos*). A partir daqui as coisas ficam ainda mais estranhas e a história acaba por não fazer grande sentido (pelo menos não logicamente). Como sátira, talvez o livro funcionasse, mas para isso teria de deixar de se levar tão a sério. Como é suposto o leitor acreditar que a Elizabeth é a rapariga mais inteligente da escola? E porque é que o único objectivo de um grupo de vampiros com mais de cem anos, é serem os campeões de futebol americano? E quem é que escolheria uma miúda que anda no secundário para desvendar o grande segredo da imunidade ao sol quando podiam 'recrutar' génios (adultos!)?
Ah! E não me posso esquecer de mencionar a estupidez (perdoem-me mas é) que foi o momento em que a Elizabeth acordou debaixo de terra. Imaginem como ela reagiu. Entrou em pânico? Não! Deixou-se ficar calmamente enterrada viva (morta?) até o sol se pôr, porque teve o descernimento de, (vejma lá) antes de sair a correr da cova (como qualquer pessoa normal faria), meter um dedo fora para ver se estava tudo bem e acabaou com o dedo estorricado. Daí a perceber que era vampira, foi um zás-trás. WHAT?!? A sério, foi a reacção mais estúpida e fora do normal de sempre! Que pessoa com o juízo todo ficava debaixo de terra como se nada fosse? E como é que ela chegou à conclusão que era vampira só porque queimou o dedo? (ela nem se lebrava de ter sido mordida). Estas e outras coisas deixaram-me de boca aberta.
A única coisa realmente surpreendente neste livro, foi a revelação final sobre o 'criador' da Elizabeth. Essa sim uma boa reviravolta.

Quanto às personagens, é ver quem é mais susceptível que o outro. Ora temos a rapariga mais esperta da escola, que se deixa seduzir por um jogador de futebol americano (muito suspeito), um caçador de vampiros que deixa que ela seja transformada só porque ... bem ... não lhe apeteceu correr atrás dela para a salvar; Pais ausentes (como não podia deixar de ser). Um grupo parvo de cheerleaders e um grupo ainda mais parvo de jogadores de futebol americano. Se bem que, em toda a verdade, há um jogador que não é tão parvo (uma boa mudança).
Ou seja, um grupo de personagens perfeitamente clichés e propícias a acções que nenhuma pessoa normal faria (a não ser para fazer uma história sem pés nem cabeça nadar para a frente).

A escrita da autora é muito acessível e totalmente virada para o público Jovem/Adulto (o que pode ser irritante para alguns leitores, mas pessoalmente não me incomodou, o que não é muito comum em livros escritos com uma abordagem mais juvenil; Pontos!).

No geral, este livro não é muito mau, apesar de tudo, e lê-se com facilidade. No entanto está cheio de buracos na trama, as personagens são dementes (na medida em que não agem como gente normal, ou sequer inteligente, como a autora nos quer fazer crer).
Não posso aconselhar este livro a ninguém, excepto talvez aos adolescentes, porque acho que é um livro divertido e que fará mais contacto com os jovens do que propriamente com os adultos.
Para finalizar tenho de dizer que não tenho intenções de ler o segundo (e último?) livro da saga.

Capa, Design e Edição:
Li a edição Mass-Market Paperback, que como de costume tem o papel mais 'rasca', as letras mais pequenas e as margens diminuídas. No entanto lê-se perfeitamente bem e é uma opção em conta para quem quiser ler mas esteja com medo que ele seja uma desilusão.
A capa é interessante e está bem relacionada com a história. Gostei do facto de o fundo ter tudo a ver com o desenrolar e desfecho da história e de a modelo ser parecida com a descrição da Elizabeth.

---- Links relacionados:  Site Oficial - Goodreads - BookDepository - BookDepository UK - Amazon UK

Nota: Este livro foi-me oferecido pela ACSilva.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

This Haunted World 01

"This Haunted World 01 - Dark Matter", de Mark Powers, Chris Lie, Caravan Studio (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (em inglês):
Amid the fear and chaos walks a shadow. In the war-torn hills of Afghanistan, in the tragedy wracked hills of Hiroshima. He is called by many names in many places – and where he walks, he brings death. 
Two men – one whose ivory tower has been shattered by scandal, another sprawled on life's rock bottom – unknowingly hold mankind's only hope for survival. 
For a war unlike any other is about to be declared – one in which 10,000 years worth of sins and pain come back to haunt us… 
Terrifyingly illustrated, stunning told, THE HAUNTED WORLD will leave you gasping for breath. 

Esta opinião refere-se somente ao primeiro capítulo (28 páginas) do 1º volume desta novela gráfica.

Opinião - Guião (Mark Powers):
A história que começa a ser revelada neste primeiro capítulo, promete. Os diálogos são excelentes e embora ainda muito esteja por esclarecer (como seria de esperar, já que este só tem 28 páginas), ficamos já com alguma noção do que está para vir e grandes coisas ocorrem nestas páginas. A escrita está tão interessante que até as partes mais politicas acabam por ser boas de ler.
Temos um pouco de política, algum militarismo, justiça e depois um toque surreal de fantasmas e ajustes-de-contas.

Opinião - Arte (Caravan Studio):
Bastante realista, sem ser excessiva, graficamente esta BD está muito apelativa, tanto a nível de traço (muito bom) como de cores (muito naturais). No entanto gostaria de ver mais dinamismo nas perspectivas, que a meu ver são o único ponto (um pouco mais) mal explorado nesta BD. Fora isso, está excelente e acompanha muito bem os textos.
A capa é lindíssima e assustadora ao mesmo tempo, Verdadeiramente "haunting" (assombrosa), de acordo com o título.


Em suma, esta foi uma novela gráfica que me surpreendeu pela positiva, tanto a nível gráfico como narrativo. A arte é muito boa, mas tenho de dizer que o que gostei mais foi mesmo o guião, por estar bem estruturado e ter excelentes diálogos.
Mal posso esperar para ver o resto que está para vir.

Nota: Tenho de agradecer à editora (Sea Lion Books) a oportunidade de ler o primeiro capítulo desta BD.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Dark Swan - Storm Born 4

"Dark Swan - Storm Born 3", de Richelle Mead / Grant Alter / David Hamann (ainda não publicado em Portugal)

Baseado na saga "Dark Swan" da autora Richelle Mead (mais conhecida em Portugal pela sua outra saga, "Academia de Vampiros"), esta adaptação a novela gráfica, está a ser comercializada nos EUA (4 números que serão depois compilados num 1º volume; este é o número 4, ou seja, o último capítulo do 1º volume).
Guião (Grant Alter):Uma vez mais a adaptação a novela gráfica, feita pelo Grant Alter, foi muitíssimo fiel à história original (do romance). No entanto, neste número, mais do que no anterior, nota-se que as palavras têm muito mais dinamismo do que as imagens, quando na verdade deveria haver um equilíbrio (presente nos capítulos anteriores).
Noutra nota, que não a ver com o guião, mas sim com a edição, na pág. 14 temos um diálogo repetido. Provavelmente esse erro será corrigido antes da compilação em volume.

Arte (David Hamann):
Notou-se neste 4º capítulo, uma espécie de exaustão do artista. Os desenhos continuam muito bons, mas a dinâmica das cenas simplesmente não existiu. Ou seja, a história alicerçou-se quase unicamente nas palavras e não os desenhos, que falharam em acompanhar a acção presente nesta parte da história. Alguns exemplos:

- Tal como aconteceu no livro (ver opinião aqui), achei que a transição que a Eugenie fez entre os 'mundos' foi muito fraca. E tinha potencial visual que o artista não usou, de todo.
- As memórias da Eugenie quando era criança, simplesmente não tiveram qualquer tipo de misticismo, dinamismo ou mesmo aquele ar etéreo que seriedade esperar de memórias que são difusas.
- A parte final, em que a Eugenie usa os seus poderes este muito, mas mesmo muito fraca. No livro a autora descreve-nos a casa a ser despedaçada pelos ventos e o medo que a Eugenie tinha de magoar a mãe. Nesta adaptação faltou-lhe o factor medo o factor WOW já que recorrendo a vinhetas pequenas, retirou vivacidade às cena.
Outra das coisas que não pude evitar reparar, foi o facto de a Eugenie estar sempre a usar o mesmo tipo de roupa, e especialmente quando usou exactamenet a mesma roupa em cenas que ocorreram em dias diferentes.

Em suma, foi mais capítulo fiel ao produto original (novela/romance), mas que não conseguiu dar continuidade ao trabalho que teve nos capítulos anteriores, especialmente no que diz respeito aos desenhos fazerem jus ás palavras. Espero sinceramente que a arte de David Hamann volte a brilhar nos números que se seguem, pois tem talento.


Nota: Tenho de agradecer à editora (Sea Lion Books) a oportunidade de ler este quarto capítulo da BD.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um Crime no Expresso do Oriente

"Um Crime no Expresso do Oriente (Hercule Poirot 10)", de Agatha Christie (RBA Coleccionables

Sinopse: 
Em pleno Inverno, Poirot encontra-se em Istambul, decidido a tomar o Expresso do Oriente. Depois de uma noite mal passada, a sua tranquilidade é perturbada quando uma tempestade de neve obriga o comboio a parar e aparece o cadáver de um passageiro brutalmente apunhalado. Um dos mais famosos casos de Poirot. Pouco depois das doze batidas da meia-noite, um nevão obriga o Expresso do Oriente a parar. Para aquela época do ano, o luxuoso comboio estava surpreendentemente cheio de passageiros. Só que pela manhã havia, vivo, um passageiro a menos. Um homem de negócios americano jazia no seu compartimento, apunhalado até à morte. Poirot aceita o caso, aparentemente fácil, que acaba por se revelar um dos mais surpreendentes de toda a sua carreira. É que existem pistas (muitas!), existem suspeitos (muitos!), sendo que todos eles estão circunscritos ao universo dos passageiros da carruagem. Para ajudar às investigações, o morto é reconhecido como sendo o autor de um dos crimes mais hediondos do século. Com a tensão a aumentar perigosamente, Poirot acaba por esclarecer o caso…de uma maneira a todos os títulos surpreendente!

Opinião: 
Nunca tinha lido nada escrito pela conhecida mestre do crime, daí que tinha decido este ano ler pelo menos um livro da autoria de Agatha Christie.
Também não é segredo que não sou grande leitora de mistério, daí que tive algum receio de não apreciar tanto esta leitura como seria de esperar. No entanto os meus medos foram rapidamente invalidados, À medida que ia entrando na história e adorando a narrativa.

Posso dizer que gostei de praticamente tudo neste livro, desde a voz narrativa, ao enquadramento das cenas, passando pelas personagens e, claro, pelo mistério. Tudo isto fez com que 'devorasse' o livro sempre que tinha um tempinho para tal. E a única razão porque não posso dizer que amei completamente o livro, prende-se com os estereótipos que surgiam um pouco na narrativa. Não que autora a eles recorresse, mas como eram mencionados várias vezes, irritaram-me um pouco. Refiro-me ao facto de terem suspeitado logo de uma mulher porque era um assassinato por facada, depois as suspeitas caíram sobre o italiano, por supostamente serem conhecidos por usar facas também. A princesa e os condes/duques? Nem pensar! Onde já se viu a aristogcracia a cometer crimes? E os ingleses? Demasiado frios para tal.
Ora, isto não me agradou. Está certo que tais assumpções não vieram da parte de Poirot (uma personagem que gostei), mas de outras personagens. No entanto estes pré-conceitos eram apontados tantas vezes que se intrometeram numa leitura, de outro modo, absolutamente fenomenal.
Fora isso, como disse, achei o livro soberbo.

A história, apesar de encadeada de forma bastante linear, manteve o suspense até ao último segundo. Confesso que o final não foi inesperado, mas foi deveras surpreendente. Nunca esperei que a autora o fizesse da maneira que fez.

As personagens foram todas bem apresentadas e através de diálogos muito bons, a autora foi expondo cada um ao 'olhar' do leitor. Gostei especialmente de Poirot, quase tanto (ou mais) que do outro famoso detective (Sherlock Holmes).

A escrita da autora é muito directa e parece-me deveras perfeita para o género do mistério, sendo que apresenta os factos de forma linear, mas deixa tudo ao cargo do leitor, sem falsos pretensiosismos ou moralismos. Tanto a narração como os diálogos estão estupendos e têm o nível de detalhe adequados, sem nunca ser de mais ou de menos.

Em suma, foi uma leitura excelente, com um bom mistério, uma escrita fabulosa e um desfecho surpreendente (não por ser inesperado, mas por ser arrojado). Certamente esta é uma autora que pretendo revisitar em breve e aconselho mesmo a quem, como eu, não é grande apreciador de mistérios policiais.

Tradução (Alberto Gomes): 
Um trabalho excelente, excepto no que muitos outros caem no erro de fazer. Tradução de expressões estrangeiras! Eu bem sei que mantém as farses em francês/outra língua porque tem significado na história, mas umas noats de rodapé com a tradução são, a meu ver, OBRIGATÓRIAS. Os leitores não são obrigados a perceber francês (ou outra língua qualquer).
Fora isso, a tradução está exímia.

Capa, Design e Edição: 
Uma capa atractiva, simples, mas bastante adequada. Afinal, não se trata de um crime que ocorre num comboio? Faz todo o sentido então, ter a estação ferroviária na capa, com aquele ar antigo que lhe dá ainda mais simbolismo.
A edição está muito cuidada e não dei por qualquer erro (neste caso a edição é cortesia da Edições ASA) e o design interior está muito simples mas agradável. Margens generosas e tipo/tamanho de letra bons para a leitura em qualquer ambiente. Também gostei dos desenhos da carruagem e da formatação das listas de Poirot
Como referi na tradução, a única coisa que faltou mesmo foi a tradução, em nota de rodapé, de certas frases que aparecem em francês propositadamente.

---- Links relacionados: Site Oficial - Goodreads - Wook - Fnac - Edições ASA -

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Booking Through Thursdays - Férias

I’m on vacation this week. I didn’t go anywhere exciting or exotic, I’m just not at work. Spending time puttering around the house, playing with the dog and … oh yeah. Reading. A lot. Do your reading habits change when you’re on vacation? Do you read more? Do you indulge in lighter, fluffier books than you usually read? Do you save up special books so you’ll be able to spend real vacation time with them? Or do you just read the same old stuff, vacation or not?

É curioso que eu vou de férias para a semana, e este tema apareça esta semana. Mas a minha resposta é bastante simples e até contra-natura segundo a maioria, mas eu acho que leio MENOS quando estou de férias.
Parece estranho, não parece? Com mais tempo livre eu devia conseguir ter mais tempo para ler, mas a verdade é que quando estou de férias aproveito o tempo para fazer coisas que normalmente não consigo fazer quando estou a trabalhar. Passear, pintar, desenhar, fotografar, etc.
Acabo por só ler durante as viagens e/ou à noite que é quando encontro o tempo para parar e ler. Às vezes até me sinto mal por isto, mas é a maneira como eu organizo o meu tempo e a minha disponibilidade. Na verdade ler não é uma das minhas prioridades durante as férias, porque é uma altura em que quero fazer coisas que não tenho possibilidade de fazer noutras alturas do ano.
No entanto nunca fico sem ler. Posso ler menos, mas leio sempre um pouco e gosto de pelo menos uma vez por dia.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pariah 4

"Pariah 4", de Aron Warner / Brett Weldele / Philip Gelatt (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Brent Marks is not a freak. He is one of the Pariah, a group of teens who become extremely intelligent after being cured of a genetic disorder. Although in most ways a normal teen, Brent is considered dangerous and is tracked down by the government who see these kids as an enormous threat. Can he evade them? What do they have planned for Brent and the others?

Este é o quarto número (capítulo) do que, posteriormente, será uma compilação em volume.

Guião (Aron Warner / Philip Gelatt):
Este é o culminar dos acontecimentos que marcaram os números anteriores e posso dizer que fiquei agradavelmente surpreendida com o final. Contava que algo acontecesse, mas não aquilo.
Fico curiosa por saber o que vai acontecer a seguir e se vão manter este formato de se focarem numa personagem em cada capítulo (se assim for, deverás ser curioso para o desenvolvimento da história).
Apesar de o início mais calmo, este número terminou de forma muito surpreendente e assim o interesse da história cresceu ainda mais.

Arte (Brett Weldele):
Não é segredo que aprendi rapidamente a gostar muito do estilo simples e quase esboçado do artista. Este capítulo não é excepção, embora ainda sumariamente focado nas personagens, o estilo do artista sobressai-se nas expressões e na caracterização diversificada.
Gostava no entanto de poder ver ainda mais o seu potencial a criar ambientes (no final deste capítulo já se pode ver alguns cenários muito bons).

Em suma, foi mais um bom capítulo, com uma história interessante e que culminou de forma inesperada. Fica a curiosidade para saber como os Vitros se vão safar 'desta'.

Visitem o site oficial. E fica também um dos trailers, mas podem ver mais AQUI:

terça-feira, 11 de outubro de 2011

The Walking Dead - Volume 7

"The Walking Dead - The Calm Before (Volume 7)" de Robert Kirkman e Charlie Adlard (ainda não publicado em Portugal)

Argumento (Robert Kirkman):
Este foi um volume um pouco mais calmo, embora não sem os seus percalços. Aqui temos hipótese e ver tanto a vida corriqueira dos sobreviventes, como o desespero de alguns e finalmente as consequências de actos de rebelião que também acontecem neste volume. Só posso dizer que daqui não saíra nada de bom (para as personagens).
Fui apanhada um pouco de surpresa pela decisão da comunidade de tentar estudar os zombies e, claro, a consequência que daí adveio. Na verdade não é que fosse totalmente inesperada, a decisão de uma certa personagem (não digo quem, para não ter spoilers), mas a verdade é que há muito se aguardava a sua morte. só não pensei que fosse tão ... brutal.

Desenho (Charlie Adlard):
Acho que já estou mais acomodada com o estilo e acabei por gostar muito de várias pranchas, embora o artista continue a usar demasiado de vinhetas quase estáticas umas a seguir ás outras. Achei que os seus desenhos estavam mais dinâmicos e emotivos, com traços mais rudes (o que não é mau). Ainda assim, achei que poderia arriscar mais nas perspectivas e ser mais dinâmico nas sequências de diálogo mais longo (em que por norma as personagens se mantém no mesmo sítio)


Em suma, foi um volume de transição, mas que trouxe várias surpresas, deixando no ar a expectativa que os próximos tragam muita desgraça. Achei que a história e a arte estavam em sincronia neste volume, ou talvez seja eu que já estou mais habituada ao estilo.
Pessoalmente gostei muito do compasso mais 'calmo', que demonstrou como as personagens se acomodaram a uma vida onde não tinham de estar sempre a olhar por cima do ombro para sobreviver. E claro, daí advém problemas, ou não estivessem eles rodeados de mortos-vivos.
Devo ler o próximo volume em breve, pois adivinham-se grandes mudanças.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Booking Through Thursday - Bizarro

What’s the oddest book you’ve ever read? Did you like it? Hate it? Did it make you think?

Uma questão curiosa e até difícil. Quando penso na resposta nenhum título se sobressaí, mas julgo que tanto "Agnes and the Hitman" como "Crónicas do Novo Mundo" se enquadram no tema, por razões distintas. O primeiro porque tem uma premissa e personagens absolutamente disparatadas; o segundo porque é um livro de ficção científica bastante estranho, misturando contos díspares mas muito inesperados.


O conto mais estranho que já li será possivelmente o "Untitled 12", da Caitlin R. Kiernan e faz parte da antologia "The Mammoth Book of Vampire Romance". Ainda hoje me recordo de como o conto me deixou completamente à nora, de tão bizarro que é.

Gostei dos três aqui nomeados, embora de uns mais do que outros (como podem comprovar nas opiniões). No fundo acho que um pouco de 'bizarro' não é mau, especialmente se for bem aproveitado.

Início - A Saga de Alamar

"Início (A Saga de Alamar 1)", de Diana Franco de Sousa (Temas Originais)

Sinopse:
Um mundo em que o auge da sua civilização já há muito passou, e tudo o que desses tempos dourados resta são lendas e manuscritos espalhados ou perdidos. A herança que restou dessa altura foi a magia e a tecnologia, que têm vindo a ser usadas até ao extremo… até quase se esgotarem. Cada pessoa batalhava por mais magia, mais poder. Duas nações acabaram por se formar, acabando com a paz que antes fora tão arduamente conseguida. Até que o próprio planeta se vira contra a população, farto de tanto ódio e corrupção. Recorrendo a magia intemporal, os campos começam a ficar desertificados, a magia ganha vida em forma de criaturas negras, tornando a maior parte do continente inabitável. A nação teme pelas suas vidas, prevendo o fim da sua era. É no meio de uma busca desesperada que os Antigos são descobertos, seis seres com poderes até ali apenas vistos como lendas e histórias. Que irão eles fazer para salvar aquele planeta? Conseguirão eles o seu objectivo? Ou será já tarde demais? Tudo o que o planeta e os seus habitantes precisam, é de um novo início…

Opinião:
Este é um daqueles livros que me deixam com sentimentos um pouco ambíguos. Por um lado gostei muito e por outro, achei que não conseguiu alcançar todo o seu potencial.

A história parece relatividade simples e até banal (um grupo de jovens enviados para salvar o mundo), mas consegue ser uma crítica à forma como tratamos o planeta e à cobiça. Neste campo gostei particularmente da mensagem.
No entanto, em termos de enredo, o livro peca em alguns pontos. Para começar, existem demasiados momentos repetidos. Não sei quantas vezes li que as personagens estavam a tomar o pequeno almoço, ou a almoçar carne seca, ou a tomar banho, ou a .... percebem onde quero chegar? Há pormenores completamente desnecessários e de tanto os ler tornaram-se extremamente cansativos. A parte dos sonhos também poderia ter caído no mesmo erro, mas como fez parte integrante da história, não incomodou tanto.
Um outro ponto narrativo que me deixou confusa, foi o facto de os Antigos aceitarem lutar na guerra, uns contra os outros. Porquê? Se eles são tão poderosos, porque aceitariam tal conflito? Não fez sentido, ou pelo menos não foi explicado de forma a que fizesse sentido.

Apesar de a história de Senus e o seu passado serem bastante bem construídos, já no que diz respeito a todos os outros ficou uma lacuna enorme. Não sabemos porque eles aceitaram a missão, de onde vieram, do que sentem verdadeiramente falta. Neste aspecto as personagens foram pouco expostas. No entanto todas as personagens são bastante interessantes e as suas personalidades sobressaem-se no grupo, sendo fácil distingui-las. A verdade é que o seu 'presente' está bem delineado, mas as pessoas são feitas de 'passado-presente-futuro'. A excepção deu-se no caso da Turrey e do Hallan, sobre os quais pudemos descobrir algumas memórias.
Ainda em relação às personagens, gostei de como a autora usou de todas, sendo que até mesmo as secundárias se destacaram (sem excessos). Estavam todas bastante 'humanas' e reconhecíveis.

Estou a apontar vários pontos negativos, mas não pensem que o livro é mau, pois a verdade é que gostei bastante do livro e acho que foi uma leitura muito boa. A autora sabe encadear a acção e manter o interesse.

No que diz respeito à escrita da autora, devo confessar que fiquei agradavelmente surpreendida. Tem uma escrita fluída, que dá vontade de ler mais e mais (tanto que ontem fiquei até às 2h da manhã a ler). Descreve muito bem, tanto cenários como personagens e só peca um pouco nas batalhas, mas mesmo essas foram melhorando ao longo do livro. No entanto, como já referi antes, acho que a nível de enredo precisava de mais 'maturidade'. É um enredo bastante linear, sem grandes surpresas ou reviravoltas, além de que a autora parece deixar de lado o passado, que neste caso deveria ser algo fulcral. Mesmo assim, gostei muito do estilo de escrita envolvente.

Em suma, foi um livro muito interessante que terminou numa grande expectativa (cliffhanger) e cuja sequela aguardo com curiosidade. Apesar de algumas falhas estruturais, tem boas personagens e uma boa mensagem, narrado numa voz coesa e muito bem conseguida. Fica a sugestão, para quem quiser experimentar os novos escritores portugueses de fantasia.

Para terminar, aqui fica uma citação que gostei particularmente:

«Será que uma lágrima podia simbolizar a vida de um humano? De um ser? Nascer, percorrer o seu caminho, fazer as suas escolhas de vida, tomar desvios ou atalhos, para depois, chegar à ravina onde tudo acabava. Frágil ao ponto de qualquer coisa a poder impedir de continuar caminho, um obstáculo que põe fim a tudo. Seria assim a vida, tal como uma lágrima?», pág. 81

Capa (Tiago Tavares), Design e Edição:
A capa, seguindo a linha da editora, está até bastante apelativa. A ilustração do Tiago Tavares está bem conseguida  retrata bem a Lithraen (personagem principal) assim como o mundo que a autora descreve nas páginas do livro.
A edição está, na sua maioria, bem feita, embora um ou outro erro tenha escapado (mais de troca de palavras do que propriamente erro). No entanto estes são muito escasso mesmo e passam quase despercebidos.
O design interior está descuidado, havendo várias linhas em que as palavras estão todas coladas, tendo o leitor que usar da sua 'perspicácia' para as conseguir separar mentalmente. Também em certos pontos o texto está justificado e noutros parece estar alinhado à esquerda. Para além disto o tamanho de letra está um pouco pequeno para um livro que não é de bolso, no entanto consegue-se ler, por isso este ponto não incomoda em demasia.


---- Links relacionados: Wook - Bertrand - Goodreads - Temas Originais - Entrevista no Lydo e Opinado

Nota: A Diana Sousa é uma das escritoras que conheci através do NaNoWriMo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Livros da minha Infância

O Nuno, do Página a Página, convidou-me para a sua nova rubrica, "Livros da minha infância". Se estiverem interessados, podem ler AQUI.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Top Ten Tuesday - Endings That Left Me With My Mouth Hanging Open

Voltei esta semana à rubrica Top Ten Tuesday, hospedada pelo The Broke and the Bookish, pelo tema: "Endings That Left Me With My Mouth Hanging Open" (Livros cujo final me deixaram de boca aberta).

Informo, desde já, que este top conterá tanto livros cujo final me surpreendeu pela positiva, como os que surpreenderam pela negativa. Este top poderá também conter spoilers (pormenores importantes sobre a trama, que podem estragar a 'festa' a leitores incautos), por isso atenção. Então aqui vai a minha lista, sem qualquer ordem especial:


- "The Alibi", de Sandra Brown - Não contava nada que o assassino fosse aquela pessoa, por isso fiquei agradavelmente surpreendida.

- "A Luz", de Stephen King - *spoilers* Estranhamente andei o livro todo crente que o escritor iria arranjar maneira de não enlouquecer e ter o fim que lhe coube, daí o final me ter apanhado de surpresa.

- Catching Fire, de Suzanne Collins -Porque duvido que haja quem não tenha ficado de boca aberta com aquele cliffhanger e porque tive de esperar até ler o seguinte.

- "Mockingjay", de Suzanne Collins - Mais um que me deixou de boca aberta pelos piores motivos. Detestei o final, especialmente porque a Katniss acabou por não fazer nenhuma decisão, deixando que tudo fosse decidio por ela. Fora isso, fiquei de boca aberta com o desfecho reservado à Primm.

- "A Mecânica do Coração (The Boy with the Cucko-Clock Heart)", de Mathias Malzieu - Pode dizer-se que não estava nada à espera de um final deaquele (tão ... triste). Contava com algo mais feliz e fiquei um pouco decepcionada por isso, mas ao mesmo tempo reconheço que foi um final verdadeiramente surpreendente.

- Harry Potter e a Ordem da Fénix, de J.K. Rowling - Porque é que a minha personagem favorita tinha de morrer? Porquê? E ainda por cima tive de reler a cena porque não percebi, À primeira, as verdadeiras repercussões do que se tinha passado. *sniff*

- Harry Potter e o Príncipe Misterioso, de J.K. Rowling - Fui apanhada de surpresa com aquele fim e mal aguentei a espera até o livro seguinte. Mais uma morte com a qual não contava (ou melhor dizendo, uma morte que não acreditava que viesse tão cedo).

- "Harry Potter e os Talismãs da Morte", de J.K. Rowling - Porque *spoilers* estava à espera que o Harry morresse! Tenho dito.

- "Como água para chocolate” de Laura Esquível - Há muita coisa que nunca esquecerei sobre este livro, mas definitivamente o fim está no topo dos mais bizarros e inesperados de sempre. Épico!

- "Na Sombra do Sonho (Lover Unbound)", de J.R.Ward - Porque não contava com o desfecho reservado à Jane e pessoalmente achei-o um pouco fantasioso e inverossímil demais, mas lá que foi surpreendente, isso foi. *spoilers* Não estão mesmo a querer que eu acredite que é possível ter uma relação amorosa com um fantasma, pois não?

- "Memória de Elefante", de António Lobo Antunes - Porque esperava algo minimamente satisfatório deste desfecho, mas terminei com um expressão parva na cara, a pensar que não tinha acontecido nada no livro todo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Histórias Extraordinárias II

"Histórias Extraordinárias II", de Edgar Allan Poe (Publicações Europa-América)

Sinopse:
É indiscutível o lugar ocupado por Edgar Allan Poe na literatura norte-americana, em particular, e na literatura universal, em geral. Considerado um dos melhores escritores do mundo, sobretudo depois da tradução que Baudelaire fez da sua obra. Poe revela, nestes contos, uma personalidade paradoxal e surpreendente, sendo os mesmos o produto de uma mente ao mesmo tempo rigorosamente lógica e impetuosamente imaginativa. Para a solução das intrigas, estas histórias requeriam um rígido processo de dedução mental, tornando-se estes textos precursores da literatura policial, fantástica e de terror gótico. Considerado no seu tempo um «escritor maldito», Poe permanecerá como um dos marcos da literatura universal.

Opinião:
Mais uma vez Edgar Allan Poe surpreendeu-me. Com este segundo livro de contos, posso dizer que este autor passou a ser um autor que terei todo o prazer em voltar a ler, pois embora use de alguns dos artifícios que não gosto na escrita (diálogos demasiado longos e explicativos) a verdade é que este autor tem uma escrita maravilhosa e consegue contar histórias  de uma forma singular. Arrepiei-me várias vezes durante este segundo volume de contos, ainda mais do que no primeiro (opinião). Ou não fossem também alguns destes mais macabros. Achei curioso que este volume tenha dois tipos de contos. Os de mistério (detectivescos e de caça ao tesouro) e os de terror. Os géneros, em certos contos, misturavam-se e confundiam-se de um modo muito intrigante, o que só me fez gostar mais deste livro.
Ficam então as minhas curtas opiniões sobre cada um dos contos:

Os Crimes da Rua Morgue
Este conto trouxe-me à memória as aventuras do Sherlock Holmes (ou será que deveria dizê-lo ao contrário?), com a sua componente mais de investigação e percepção da cena do crime.
Confesso que não gostei partcularmente de como a história foi narrada, mas não há como negar que os 'poderes' de dedução do protagonista são fenomenais. Além disto, adorei a introdução do conto, que falava do xadrez e das mentes realmente brilhantes.
Uma citação:
«É um facto que um homem engenhoso é sempre fantasista, enquanto o homem verdadeiramente imaginativo é, no fundo, um analista.»

A Máscara da Morte Vermelha
Adorei este pequeno conto, pelo seu simbolismo (Não nos vale de nada fugir dos problemas, pois eles acabam sempre por nos bater à porta) e a única coisa que não gostei muito foi a parte em que o narrador diz algo do género «Mas antes disso deixem-me dizer-vos como são os salões». A descrição em si estava boa, a apresentação é que não, parecendo quase teatral. Mas fora isso o conto é muito bom.

O Poço e o Pêndulo
Uma história quase claustrofóbica, descrita de forma muito viva. O leitor quase que se sente na pele do condenado. O início, na escuridão total, foi descrita de maneira a deixar o leitor quase cego e com a ansiedade do prisioneiro. Excelente narrativa.

O Coração Revelador
Um uso assustador da narrativa na 1ª pessoa, em que a loucura é uma constante e a culpa se sente de forma palpável. Não é o melhor conto do volume, mas está muito bem conseguido nas suas poucas páginas.

O Escaravelho de Ouro
Adorei este conto ate chegar à parte final. Não é novidade que desgosto particularmente de info-dumps (descargas de informação) sobre qualquer forma, mas especialmente em forma de monólogo. Embora admita, com muita resignação, que o autor é dos que o fazem da melhor forma, isso não me impediu de achar que o conto teria sido muito melhor se todo o mistério não tivesse sido resolvido num último e longo monólogo.
Esta nada típica caça ao tesouro recordou-me as antigas histórias de piratas e por isso gostei muito de a ler, mas tê-la-ia adorado se o verdadeiro mistério fosse mostrado aos poucos e não despejado no final.

O Gato Negro
Um conto arrepiante do início ao fim, embora não possa deixar de notar uma quase repetição do final de um outro conto, "O Coração Revelador". Esta é uma daquelas histórias que nos lembra os medos populares e, mais uma vez, como a culpa nos pode corroer (ou não).

A Carta Roubada
Adorei a resolução deste mistério, embora o já adivinhasse, simplesmente achei imensamente irónico que a solução fosse a mais óbvia e ainda assim passasse despercebida a quase todos. Mais uma vez, no entanto, os longos monólogos foram um pouco exagerados. No entanto, sendo isto parte do estilo do autor e da época, acabei por me resignar a apreciar a história pelo seu valor. Até porque a escrita do autor é fantástica e os seus diálogos parecem muito verossímeis.

A Verdade bo Caso do Sr. Valdemar
Este conto fez-me recordar um pouco o "Reanimador" de Herbert West (opinião) e acabou por ser quase tão arrepiante como este, apesar de todas as suas diferenças. Um conto perturbante mas bem descrito, apesar de o final não me ter convencido totalmente.

O Barril de «amontilhado»
Inesperado é a palavra chave que descreve este conto. Confesso que fui apanhada totalmente de surpresa pelo desenrolar dos acontecimentos neste pequeno conto, mesmo quando o início assim agourava.

Hop-Frog
Um conto macabro de vingança, diria ... quase poética. Com muito boas descrições, só pecou um pouco por não mostrar mais a animosidade, ou melhor, as razões para esta existir entre o bobo e o rei. Foram-nos dadas a conhecer apenas duas situações que não foram suficientes para perceber realmente o porquê de toda aquela raiva. No entanto achei o conto muito bem estruturado e as personagens bem conseguidas.


Em suma, Edgar Allan Poe é um escritor que sabe usar na perfeição a narrativa na 1ª pessoa, de tal forma que o leitor entra na pele dos personagens, por mais que estes se diferenciem de nós.
O meu conto favorito foi o "A Máscara da Morte Vermelha", mas todos os outros foram muito bons.
Mais um livro que me agradou imenso e mais um autor que terei debaixo de olho. Arriscaria até dizer que se torna desta forma um dos meus favoritos.
Certamente voltarei a ler mais deste autor, que mostra de forma clara porque é ainda hoje considerado um dos mestres do mistério e horror.

Tradução (Luísa Feijó):
Esta a par da excelente tradução do primeiro volume e não tenho grandes falhas a apontar. A decisão de manter certos dizeres nas línguas originais, foi bem pensada e as notas de rodapé estavam adequadas.

Capa, Design e Edição:
A capa está bastante antiquada, mas retratada de certa forma um dos contos do volume, apesar de ser exageradamente 'vampírica' (coisa que o autor não usa em nenhum dos seus contos).
O design interior está muito simples, não havendo grande coisa a assinalar excepto que, devido às margens muito reduzidas, por vezes tornava-se muito difícil ler o texto nos cantos das folhas, junto da encadernação.


---- Onde encontrar o livro: Europa-América - Goodreads - Wook - Fnac - Project Gutemberg -

sábado, 1 de outubro de 2011

Resultado Passatempo 100 Seguidores

Terminou o 1º passatempo do blog, com um total de 27 participações.

 E o/a vencedor/a é:

Rita (Ana Ribeiro)

Parabéns Rita! Irás receber em breve em casa o "As Cidades Invisíveis" do Italo Calvino, conforme tua escolha. Vais receber um email para confirmação dos dados e depois disso o livro segue caminho.

A todos os que participaram, obrigada e espero numa próxima poder sortear mais pessoas.

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