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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Uma última noite

"Uma última noite" de Nora Roberts (Saída de Emergência)

Sinopse:
Kasey Wyatt recebe uma oferta de emprego do escritor Jordan Taylor. Como antropologista especializada na cultura dos nativos norte-americanos, a sua função é pesquisar e fornecer referências para o próximo livro do famoso e solitário Jordan. Instalando-se na mansão do escritor, Kasey sente-se aborrecida com as restrições impostas pela mãe do escritor. Mas, sempre vibrante e bem-disposta, começa a explorar os arredores da mansão, divertindo-se e desafiando as regras rígidas da casa.
É então que Jordan repara em Kasey. A princípio não se aproxima muito dela, mas o trabalho em conjunto obriga-o a reconhecer que se sente fascinado pela sua beleza... e surpreendido pela sua boa disposição contagiante. Tão contagiante que, pela primeira vez desde a morte do irmão, Jordan sente-se vivo. Mas infelizmente nem todos vêem com bons olhos a aproximação de Kasey e Jordan... e há quem esteja disposta a tudopara os separar.

Opinião:
Este e um daqueles romances de quiosque, que se lê de uma lufada, embora eu tenha demorado uma semana a lê-lo porque o tempo escasseou.
Nunca tinha lido nada da Nora Roberts, autora de quem ouvia falar muito bem e muito mal, por pessoas diferentes, claro está. Por isso não nego que tenha começado a leitura com algumas expectativas, embora tenha a perfeita noção que não é em menos de 150 páginas que se escreve uma obra-prima (pode acontecer, mas é raro).

Posso dizer que a primeira coisa que me afligiu no livro foi a rapidez com que os dois protagonistas se envolveram. Parece tão inverosímil que me arrepiou um pouco, mas também, eu não sou grande em romances de gaveta. Gosto de coisas que demorem algum tempo a marinar e que não pareçam surgir do nada.
O livro sobressaiu pela boa aposta na caracterização e desenvolvimento das duas personagens principais e mesmo das secundárias, embora algumas tenham sofrido com o protagonismo de outras. Só que, embora continue a achar que foram bem expostas, não posso negar que a personalidade da  Kasey me irritou em certos momentos. Ela era demasiado infantil para poder ser considerada adulta e conseguia sempre o que queria com elogios que pareciam falsos, embora tudo na personagem nos dissesse que ela era extremamente sincera. Este conflito deixou-me algo desesperada pois não consegui simpatizar com ela, e, quando pensava que o Jordan era um homem às direitas, ele faz algo que me corta o coração e parece totalmente inapropriado (quase no final).
Já para não falar no "dilema" que quase pareceu criado à pressão e apenas serviu para separar os protagonistas durante algum tempo, de forma a tornar a reunião mais dramática. E não nego que o tenha sido, só que o que conduziu a isso, estragou a história.
O final foi previsível, mas bem-vindo.

Em suma, foi um livro que não surpreendeu, que quase aborreceu, mas que ainda assim me trouxe lágrimas aos olhos, e só por isso, já merece uma nota positiva. Também é de louvar a quase intemporalidade do romance, pois embora se perceba em que época ocorre, nada no livro nos faz sentir fora de época.

Não sei se fiz bem começar  por este livro da autora, mas como a minha mãe tem lá em casa "O recife", talvez o leia, para poder ver as diferenças. Quem sabe não gosto mais?




Tradução de Isabel C. Penteado

Nota: Esta leitura foi feita no âmbito do Desafio Literário 2010. E podem fazer o download do ebook gratuito no site da Saída de Emergência.

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