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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Hostage to Pleasure

"Hostage to Pleasure (Psy-Changeling 5)", de Nalini Singh (ainda não publicado em Portugal)

Opinião:


Nalini Singh tão depressa me surpreende com um romance paranormal muito bom como me deixa às aranhas com um mau. A série Psy-Changeling é uma montanha-russa cheia de altos e baixos mas o que mantém enquanto leitora é mesmo o conceito: um futuro próximo onde as pessoas se divide em três tipos diferentes: os humanos ditos normais; os changelings, humanos que se podem transformar em animais, como leopardos, lobos e ratos); e os psy, pessoas com capacidades da mente fora no normal e que vivem ligados através de uma teia de informação e que restringem os seus sentimentos e emoções de forma activa e contínua.
Hostage to Pleasure é o quinto livro da série que já vai em cerca de dezena e meia de romances e dezenas de contos e noveletas.
Os Psy e os Changeling estão numa quase guerra aberta e neste livro os humanos dão também os primeiros passos nesta guerra.
Hostage to Pleasure foca-se na relação entre Ashaya, uma Psy do foro médico/científico, e Dorian, um Changeling latente (que não se consegue transformar). Ambas as personagens já haviam surgido em livros anteriores, o Dorian mais que a Ashaya, mas o leitor que seguia a série já estava familiarizado com ambos.
Como sempre existe muita química entre as personagens, que se complementam e crescem em conjunto. No entanto, para mim, o livro focou-se quase sempre só neles e não havia repouso. Os dois estiveram juntos desde os primeiros capítulos e nunca passaram tempo separados, e isso transpareceu como sufocante. Enquanto que, por exemplo, a Sasha e o Lucas (no Slave toSensation) tinham
tempo para estar longe um do outro e pensarem no que o seu relacionamento implicaria e no que estavam a sentir, a Ashaya e o Dorian não tiveram isso. Já para não falar que o Dorian era um bully que não respeitava a privacidade nem o silêncio da Ashaya. Estava sempre a obriga-la a falar de coisas que ela não queria e eu até entendo que isso tenha sido uma forma de desenvolver a ligação entre os dois mas por vezes era muito excessivo. E por seu lado a Ashaya era o tipo de personagem que seria imensamente aborrecida se não fosse pelo Dorian.
Por outro lado, uma das coisas que mais gosto nesta série é que existem crianças na vida diária das personagens e, neste livro em especial, uma das crianças tem um papel importante. Adorei a relação da Ashaya com o filho e também com a sua irmã. Foram estes que tornaram a Ashaya mais interessante e complexa e as melhores partes dos livros envolveram-nos de alguma forma. Também a aproximação do Dorian ao filho da Ashaya foi determinante, tanto para ele enquanto personagem, como para a Ashaya que sem isso talvez não encontrasse tanto em comum com ele.
Falando ainda das personagens, gosto de como a autora integra sempre várias das personagens de livros anteriores e posteriores mas mesmo assim senti que este, em particular, se focou muito no casal, tal como já havia acontecido com o segundo livro (Visions of Heat) com a Faith e o Vaughn. Mas por outro lado, e apesar de haver mais cenas com alguns dos membros do conselho Psy, achei que esses “vilões” ainda estão muito mal explorados. E a facção humana ainda mais banalizada foi e foi um elemento mal aproveitado e, quando usado, foi-o com maus resultados (para o leitor). Quase que apareceram do nada e não são marcados pela individualidade que já começa a demarcar o conselho Psy.
O enredo que não se prendia com o relacionamento dos protagonistas foi tão secundário que por vezes era esquecido e depois os momentos  com impacto no resto da série, que deveriam ser fortes e decisivos acabavam por não o ser.

A escrita foi, para mim, a pior parte do livro. Os diálogos não eram fluídos por serem sempre entrecortados por prosa demasiado descritiva e absolutamente desnecessária, que servia apenas para quebrar o ritmo da conversa. Como um todo achei a escrita repetitiva e francamente irritante nas cenas mais sensuais e não só. A autora usou e abusou das palavras “male” (masculino/másculo) ou "feline" (felino) e "female/feminine" (feminino) ou "científico" para descrever o Dorian e a Ashaya respectivamente. Até irritava quando os dois se tocavam ou se aproximavam. Eram os dedos masculinos dele, o cabelo feminino dela, o nariz masculino dele e os sussurros femininos dela. Seja lá isso o que for! A autora falhava em descrevê-los de outra forma que não masculino e feminino. Em certos trechos eles nada mais era do que géneros sexuais, segundo as descrições. Por outro lado gostei de o facto de Ashaya ser descrita como uma mulher mais curvilínea e não muito magra, além de ser de pele escura. Um contraste interessante com o aspecto surfista do Dorian.

Em suma, Hostage to Pleasure tocou em alguns assuntos fraternais e familiares que gostei muito mas pecou por saturar as cenas com demasiada interacção entre o Dorian e a Ashaya  por uma prosa repetitiva e cansativa, sendo que as cenas românticas me aborreciam. E dito isto espero que o próximo livro da série seja um ponto alto pois está-se a notar um padrão de inconsistência e eu preciso de um muito bom para querer continuar com a série que, apesar de tudo, tem boas personagens e um cenário muito rico.

Nota: Esta opinião baseia-se na versão audiolivro, narrada por Angela Daw, e apesar de tudo não posso recomendar esta versão. A narradora arrastava muito a leitura, lia muito devagar e apesar de fazer um bom trabalho com as vozes, essa lentidão cortava a fluidez do livro, já de si comprometida por uma prosa repetitiva.


Sinopse (inglês):
Separated from her son and forced to create a neural implant that will mean the effective enslavement of her psychically gifted race, Ashaya Aleine is the perfect Psy--cool, calm, emotionless...at least on the surface. Inside, she's fighting a desperate battle to save her son and escape the vicious cold of the PsyNet. Yet when escape comes, it leads not to safety, but to the lethal danger of a sniper's embrace.
DarkRiver sniper Dorian Christensen lost his sister to a Psy killer. Though he lacks the changeling ability to shift into animal form, his leopard lives within. And that leopard's rage at the brutal loss is a clawing darkness that hungers for vengeance. Falling for a Psy has never been on Dorian's agenda. But charged with protecting Ashaya and her son, he discovers that passion has a way of changing the rules...

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Mine to Possess

"Mine to Possess (Psy-Changeling 4)" de Nalini Singh (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (inglês):
Clay Bennett is a powerful DarkRiver sentinel, but he grew up in the slums with his human mother, never knowing his changeling father. As a young boy without the bonds of Pack, he tried to stifle his animal nature. He failed... and committed the most extreme act of violence, killing a man and losing his best friend, Talin, in the bloody aftermath. Everything good in him died the day he was told that she, too, was dead.
Talin McKade barely survived a childhood drenched in bloodshed and terror. Now a new nightmare is stalking her life - the street children she works to protect are disappearing and turning up dead. Determined to keep them safe, she unlocks the darkest secret in her heart and returns to ask the help of the strongest man she knows....
Clay lost Talin once. He will not let her go again, his hunger to possess her, a clawing need born of the leopard within. As they race to save the innocent, Clay and Talin must face the violent truths of their past... or lose everything that ever mattered.


Opinião (audiolivro):
Esta opinião demorou a chegar porque ... bem ... não tenho muito a dizer sobre este livro. Sabem aquelas histórias sobre as quais não há grande coisa a falar. Não são suficientemente más para as xingarmos, mas não são boas que chegue para merecerem elogios. Simplesmente ... são.
Enfim, Mine to Possess é o quarto livro da série Psy-Changeling e, até agora, eu e a autora parece que não nos entendemos. Adorei o primeiro livro e depois o segundo achei medíocre, apenas para me ver surpreendida com o terceiro, e agora o quarto é como o segundo ... uma nulidade em termos de resposta da minha parte, enquanto leitora.

Ora, este livro conta a história de Clay, um changeling, e Tally, uma humana aparentemente normal. Já conhecia Clay dos livros anteriores e Tally já havia sido referida algumas vezes por ele, mas foi, praticamente, uma personagem que caiu do nada neste livro.
Por culpa do passado destas duas personagens houve lugar a muitos momentos de tensão, muita desconfiança e batalhas internas. Se for sincera, tenho que dizer que o relacionamento dos dois foi bem conseguido. Cresceram enquanto pessoas e, aos poucos, foram-se aceitando e o seu relacionamento ganhou com isso. Houve sempre uma antiga amizade, mas esta estava contaminada pela traição e foi difícil ultrapassarem isso mas a história funcionou de forma a que isto fosse resolvido. No entanto tenho também de dizer que a resolução do problema de saúde da Tally, além de previsível, foi demasiado facilmente solucionado. Isto deixou-me bastante insatisfeita no final. Ah, e outra coisa que me remoeu bastante foi o facto de o Clay ter perdoado a Tally demasiado depressa e ter aceite ajudá-la tão rapidamente. O que ela fez foi compreensível, mas não tão facilmente desculpável.

Por outro lado, e como vem sendo costume na série, a autora usou a história dos apaixonados de forma a mover a história geral e neste volume muita coisa acontece. Coisas com impactos futuros que são bastante promissores, nomeadamente na aliança com as ratazanas e com a doutora Psy (cujo nome agora me escapa) que de certeza que vai ter protagonismo em breve. Também o facto de haverem meios-Psy na sociedade, em perigo, foi bem aproveitado e permitiu aprofundar ainda mais o rico mundo criado pela autora.

Em suma, Mine to Possess é um romance competente, com dois protagonistas que funcionam bem em conjunto e cujo amor é mais que satisfatório, mas que na verdade não me cativou como o primeiro e o  terceiro livro da série. Apesar de a evolução a nível de enredo geral e de as personagens serem muito boas, este livro não me ficou na memória. Só espero que, seguindo a tendência, o quinto (Hostage to Pleasure) seja uma bomba!

Narração (Angela Dawe):
Não posso dizer que fiquei rendida à narradora mas não foi nem de perto nem de longe, a pior interpretação que já ouvi. Depois de um período de adaptação, acabei por me habituar e não foi mau de todo. É apenas a segunda vez que escuto romances paranormais narrados em audiolivro e, contrariamente ao que pensei, acabou por não ser esquisito porque a escrita da autora nos momentos românticos não é demasiado ... crua, daí que ouvir alguém contar essas cenas não seja tão mau quanto se possa pressupor.

sábado, 10 de maio de 2014

::Autor:: Nalini Singh

Biografia (via Wook):
Nalini Singh tem a paixão da escrita. Embora tenha viajado dos desertos da China aos templos do Japão, é a viagem da imaginação que a fascina. Está encantada por realizar o seu sonho enquanto escritora. Nalini vive e trabalha na bela Nova Zelândia e assume-se viciada em livros, chocolate e viagens.

Livros que li do autor:
Slave to Sensation (Psy-Changeling 1) - Opinião
Visions of Heat (Psy-Changeling 2) - Opinião
The Cannibal Princess (conto) - Opinião
Caressed by Ice (Psy-Changeling 3) - Opinião 
Mine to Possess (Psy-Changeling 4) - Opinião
Hostage to Pleasure (Psy-Changeling 5) - Opinião

Livros editados em Português:
Sangue de Anjo (Guild Hunter 1), Casa das Letras (2011)

A visitar: Site Oficial da Autora, Facebook da Autora, Goodreads da Autora, Casa das Letras (editora portuguesa),

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Caressed by Ice

"Caressed by Ice (Psy-Changeling 3)", de Nalini Singh (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (em Inglês):

As an Arrow, an elite soldier in the Psy Council ranks, Judd Lauren was forced to do terrible things in the name of his people. Now he is a defector, and his dark abilities have made him the most deadly of assassins - cold, pitiless, unfeeling. Until he meets Brenna... Brenna Shane Kincaid was an innocent before she was abducted - and had her mind violated - by a serial killer. Her sense of evil runs so deep, she fears she could become a killer herself. Then the first dead body is found, victim of a familiar madness. Judd is her only hope, yet her sensual changeling side rebels against the inhuman chill of his personality, even as desire explodes between them. Shocking and raw, their passion is a danger that threatens not only their hearts, but their very lives... 

Opinião:
Quando leio um livro de uma saga e não gosto particularmente dele, ficou com as 'teimas' e tenho logo de ler outro, para tirar as dúvidas. daí ter saltado logo para a leitura deste Caressed by Ice, após o Visions of Heat.

Apesar de nem o Judd, nem a Brenna serem persoangens com quem o leitor tenha tido muita 'interacção' nos livros anteriores, estava curiosa para saber como o relacionamento dos dois ia funcionar, especialmente porque no primeiro livro da saga (Slave to Sensation) a Brenna tinha sofrido um trauma enorme, causado por um poderoso Psy (tal como o Judd).

Mais uma vez a autora deu-nos mais a saber sobre o seu 'mundo' e cada vez fico mais fascinada com o que vai sendo revelado a cada novo volume. Desta vez ficamos a conhecer ainda melhor o Conselho Psy, o afamado Ghost (estou curiosa para saber se a autora pretende um dia fazer um livro em que ele seja o protagonista), os 'rebeldes' e as forças especiais Arrows.
A cada novo volume a autora nos mostra a falta de escrúpulos do Conselho Psy, mas eu ainda tenho fé que, pelo menos o Kyle (o novo membro do conselho) não seja bem o que aparenta ser.
Também as informações que nos foram dadas sobre as mecânicas das ligações entre as várias comunidades de Changelings (metamorfos) foi bastante interessante e mais detalhada do que nos livros anteriores.

Quanto ao romance central, posso dizer que gostei muito. Especialmente porque os dois não cairam de amores um pelo outro mal se conheceram ( autora faz sempre isto muito bem). Apesar de não ser descrito tudo o que os levou a aproximarem-se, é bastante óbvio o que os levou a sentirem algo, ou não fosse Judd um dos que mais ajudou Brenna a recuperar depois dos acontecimentos do primeiro livro. No entanto, e tenho mesmo de dizer isto, acho que a autora deveria ter dificultado mais a submissão física da Brenna, depois de tudo o que ela contou que lhe aconteceu, não deveria ter sido tão 'simples' ela entregar-se completamente a ele. Por outro lado, o Judd foi mais convincente e cheguei mesmo a pensar que ele não iria quebrar o Silêncio (condição dos Psy). No geral gostei muito dos dois e de como se forma relacionando.

No que respeita às personagens, não sei se gostei ou não da Brenna, pois ela era uma mulher forte e decidida,, mas depois tinha momentos em que agia como uma adolescente mimalha. Ainda assim gostei muito da forma como ela enfrentou os problemas, apesar de por vezes ter umas acções que não lembra a ninguém. Já o Judd foi o oposto. Acho que dos três Psy que até agora foram protagonistas, ele foi o mais 'distanciado' e o que teve mais dificuldade em sucumbir aos sentimentos e isso sentia-se nas páginas. O que me deixa um pouco desconfortável é a facilidade com que a autora me conseguiu pôr a empatizar com um assassino/terrorista (claro que na vida real não era assim, mas ...), embora ele tenha a desculpa de ter tido uma lavagem cerebral completa desde a infância (como infelizmente acontece também na vida real).
Em termos de personagens secundárias, o Hawke voltou a ter a minha atenção (e pensar que o livro dele é só o 10º), mas também o Andrew e o Riley (irmãos da Brenna), a Indigo e o Ty foram personagens que se destacaram.
Além disso, a autora voltou a utilizar os casais dos volumes anteriores, de uma forma muito natural.

A escrita da autora continua a ser muito boa e desta vez nem tive que me preocupar com o abuso nos 'toques' (que referi no volume anterior) pois aqui foram bem mais comedidos. A autora consegue transmitir muito bem as emoções e os dilemas das personagens, assim como apresentar novos factos sobre o mundo que criou, de forma composta, sem criar autênticos info-dumps. Além disso dá sempre algumas pistas sobre o que poderá estar ainda para vir.

Tenho só duas coisas negativas a apontar: 1. O facto de a autora não ter aprofundado muito a relação entre a família Lauren; 2. O início do Epílogo foi demasiado sexual. Gostei do final, por trazer de volta uma certa normalidade à vida da Brenna e por mostrar a ligação que havia entre ela e o Judd, mas o início do epílogo foi demais.

Em suma, este foi um livro interessante, que conseguiu ser bem melhor que o segundo da série, e esteve quase a superar o primeiro. Com duas personagens bem curiosas e bastante desenvolvimento a nível do 'mundo', Nalini Singh conquistou-me novamente.

Capa:
No caso deste livro, ao contrário do que referi no anterior, acho que a capa americana (vejam aqui) é bem mais fiel à personagem principal do que a inglesa (apresentada acima). Quanto mais não seja porque não é o macho do livro (Judd) que tem olhos azuis, mas sim a fêmea (Brenna), daí a capa inglesa ser pouco representativa.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

::Conto:: The Cannibal Princess

"The Cannibal Princess" é um conto curto de Nalini Singh e tem lugar após os eventos do livro Slave to Sensation. Podem ler esta história no site oficial da autora.

Focado na relação entre a Sascha e o Lucan, assim como na interacção de ambos com os dois filhos da Tamsynn (Julian e Roman), este conto consegue ser bastante afável.
Por um lado gostei de ver a interacção entre o casal, que demonstra já bastante evolução e sente-se o carinho que há entre ambos, através das palavras da autora.
Já a parte da história que dá nome ao conto, me apareceu incompleta, maioritariamente porque o Lucan acabou por não contar a história toda e eu queria ouví-la (estou a ser propositadamente mimalha, pois sinto-me defraudada quando não oiço uma história até ao fim).
O único problema do conto é ser muito curto.

No geral é um conto engraçado, que em poucas palavras consegue mostrar o grande carinho que as personagens têm umas pelas outras. Aconselho a quem já leu o Slave to Sensation e tem curiosidade em ver um pouco do que se passou depois.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Visions of Heat

"Visions of Heat (Psy-Changeling 2), de Nalini Singh (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (em Inglês):
Used to cold silence, Faith NightStar is suddenly being tormented by dark visions of blood and murder. A bad sign for anyone, but worse for Faith, an F-Psy with the highly sought after ability to predict the future. Then the visions show her something even more dangerous - aching need... exquisite pleasure. But so powerful is her sight, so fragile the state of her mind, that the very emotions she yearns to embrace could be the end of her.
Changeling Vaughn D'Angelo can take either man or jaguar form, but it is his animal side that is overwhelmingly drawn to Faith. The jaguar's instinct is to claim this woman it finds so utterly fascinating, and the man has no argument. But while Vaughn craves sensation and hungers to pleasure Faith in every way, desire is a danger that could snap the last threads of her sanity. And there are Psy who need Faith's sight for their own purposes. They must keep her silenced - and keep her from Vaughn...

Opinião:
Nem sei muito bem o que dizer em relação a este livro. Tinha gostado muito do primeiro volume desta saga, "Slave to Sensation", e por isso esperava algo de especial neste segundo volume. Infelizmente os meus piores receios confirmaram-se.
Não é que livro seja mau, mas também não é bom. Mas vamos por partes.

O enredo em si é  relativamente forte. Temos uma protagonista, a Psy (seres com capacidades mentais acima do comum, que não têm sentimentos, por forma a serem mais eficazes) Faith, firme e decidida, que por medo de perder a sanidade e por ser bastante inteligente e perspicaz, decide pedir ajuda à única Psy que acredita que a pode ajudar. Essa Psy é a Sascha (a protagonista do livro anterior).
Ao longo da história vamos descobrindo vários factores importantes, relativamente aos Psy e as NetMind (algumas das minhas cenas favoritas foram à custa desta 'entidade') e este foi, sem dúvida, o ponto forte do livro, sendo que nos emergiu totalmente na sociedade Psy, mais ainda do que no volume anterior.

Tenho no entanto que apontar algo que não gostei nada na trama, que foi a facilidade e a normalidade com que os outros metamorfose aceitaram a presença da Faith. Não a conheciam, não sabiam quais as intenções dela, mas mal o Vaughan a trouxe para junto deles, nenhum protestou. Tão mau!

A história amorosa, por si só, é bastante corriqueira e tem poucos precalços, mas as decisãos da Faith e as descobertas que ela faz, acabam por ser crucias para a saga, abrindo novas portas para os volumes que se seguem. No entanto, sendo este um romance, na sua essência, a relação entre a Faith e o Vaughan tem pouco impacto e pouco conflito. Já para não falar que, mesmo em termos do que os rodeia, só mesmo no fim é que somos introduzidos a factores realmente importantes, sendo que no início estamos apenas a conhecer os protagonistas e pouco mais. Ainda assim, convém referir que este romance não é 'instantâneo' e vai-se desenvolvendo aos poucos (como já tinha acontecido no primeiro livro), o que torna a relação bem mais credível.
O que para mim foi muito difícil, foi engolir a facilidade com que a Faith aceitou o lado assassino do Vaughan. O que poderia ter sido o ponto de partida para algum conflito e consequente dinâmica no casal, acabou antes mesmo de ter começado.

Em termos das personagens, posso dizer que a Faith foi, de longe, a que mais se destacou, mostrando ser uma protagonista forte e com a qual é fácil sentir afinidade. Já o Vaughan (que é o protagonista) foi bastante mal exposto e, no final fica a sensação de que ele pouca personalidade tem para além do horror da morte da irmã. E já que toco no tópico da irmã, tenho de referir que esta autora tem uma estranha tendência para matar as irmãs de toda a gente (no livro anterior foi uma, e outra quase morreu, neste livro foram mais duas). Será trauma? Quem sabe ...
Outras personagens também merecem ser mencionadas: o pai da Faith, que me deixou bastante intrigada e do qual espero ler mais muito em breve; também a Sascha teve alguma relevância neste volume e foi bom vê-la com o Lucan ao longo da história (gosto de ler sobre o que se passa depois de os casais ficarem juntos).

A escrita da autora continua bastante boa e gostei especialmente de como ela explicou o interior da PsyNet. Só há uma coisa que me irritou um pouco a escrita da autora: a insistência em acompanhar sempre as linhas de diálogo com alguma frase e movimento, normalmente são os homens a mexerem no cabelo das mulheres, as mulheres a esfregarem-se no peito dos homens e etc. Compreendo que os casais de metamorfos sejam bastante afectuosos (e a utora explica que eles sentem necessidade constante de toque), mas é demais! Chegou mesmo a irritar-me porque quebrava a fluidez dos diálogos.

Em suma, este foi um livro curioso, no conteúdo da saga, e valeu pela protagonista (Faith), mas que pecou por não inovar em relação ao volume anterior, sendo que a relação amorosa pouco se diferenciou da de "Slave to Sensation", tornando o romance repetitivo.
Vou ler o terceiro volume, já que os papéis se invertem no volume seguinte e espero sinceramente que a autora consiga inovar, pois esta saga tem muito potencial e é uma pena que se fique pela banalidade.


Capa:
Não gosto nada das capas americanas desta saga e esta não é excepção (podem ver aqui). A capa inglesa (a retratada acima) é bastante mais sólida e intrigante. Contudo, há que referir isto, o homem da capa não tem nada a ver com o Vaughan (que tem cabelos loiros compridos e olhos cor de âmbar). Assim sendo perde pontos pela total falta de atenção aos detalhes.

sábado, 5 de março de 2011

Slave to Sensation

"Slave to Sensation (Psy-Changeling 1)", de Nalini Singh (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Num mundo que nega qualquer tipo de emoções, onde os Psy governam e castigam qualquer sinal de desejo, Sascha Duncan tem de esconder os seus sentimentos, que a marcam como defeituosa. Revelá-los faria com que fosse submetida aos horrores da 'reabilitação' - a completa extinção psíquica de tudo o que ela já foi.


Opinião:
Não parti com grandes expectativas para esta leitura, até porque já aqui disse que começo a ficar um pouco 'saturada' do género (romance paranormal). Ainda assim, tendo lido o início do livro, achei a história bastante original e decidi seguir com a leitura.
E a autora não desapontou, pois o mundo que construiu está bem exposto e é extremamente interessante, em todas as suas vertentes. Posso até dizer que é muito original, e certamente uma das maiores qualidades do livro.

Impressionantemente, e apesar do grande foco no casal principal, a história central (do serial killer) consegue ter tanto ou mais 'tempo de antena' que tudo o resto, e o próprio casal (e o seu relacionamento) advém daí e da luta para salvarem uma vítima. Gostei muito desse facto, do romance não obstruir o resto da trama e a construção do mundo e das restantes personagens.
E já que falamos de personagens, gostei muito da Sascha (protagonista) logo desde o início, tanto pela sua dualidade, como por sua curiosidade. Adorei quando ela viu pela primeira vez as crias de leopardo,e  a reacção que teve. Foi fofo! E adorei especialmente a força dela e a forma como nunca se deixou ser 'mandada' pelos outros e lutou por aquilo em que acredita. Uma heroína forte e dona de si mesmo.
Já o Lucan demorou mais tempo a cativar-me, mas desde o início que mostrou ter personalidade. O meu problema (e que é uma constante neste tipo de romances) é a personalidade alpha-male destes heróis. Certo! Eu sei que o Lucan não podia ser de outra forma, ou não fosse ele ser o líder da sua comunidade de metamorfos,  até aqui achei que a autora conseguiu equilibrar as coisas, pois embora o Lucan se mantivesse um 'mandão', a verdade é que a personalidade da Sascha não o deixava ser quem mandava e ele acabou por se mostrar mais sensato que outros protagonistas que tenho lido ultimamente.
As restantes personagens também se mostram bem interessantes, especialmente o Hawke e a Tamsyn, assim como alguns dos sentinelas do Lucan. Mas, sem dúvida que fiquei mais curiosa quanto ao Hawke (e acho muito curioso colocar um nome destes num lobo), mas infelizmente acabei por descobrir que a história dele só é desvendada no 10º livro da saga ("Kiss of Snow). :(

Já quanto ao romance, gostei! Aliás, acho que foi mais do que gostar. Por uma lado porque não foi demasiado abrupto. Ao início os dois interagiam porque estavam a 'espiar-se' mutuamente, e só mais tarde surgiram sentimentos mais profundos (se bem que a atracção começou cedo). No fim fica a sensação de que eles mereciam ficar juntos, e não a sensação que às vezes fica noutros livros, de que eles continuam apenas juntos por se sentirem atraídos fisicamente. Aqui, realmente, a autora deu a ideia que era mais que isso, o que é sempre excelente nos romances.

Uma coisa que não gostei particularmente nesta história, foi o contacto físico demasiado extremo entre os membros da 'comunidade' de metamorfos. Até aceito que necessitem do contacto para se sentirem seguros, mas há limites (acho eu) e neste caso achei um pouco exagerado.

Quanto à escrita, achei-a interessante e compassada, sem ser exagerada, mas também não recorrendo a facilitismos. Quando ela descrevia os locais, era como se realmente estivéssemos lá.

Em suma, foi uma excelente leitura do género, e embora não seja a minha favorita, está empatada quase no primeiro lugar (romances paranormais). Infelizmente, sendo o Vaughn o protagonista do segundo volume, não me sinto tentada a pegar já no resto da saga, mas deve estar para breve, e confesso que tenho esperanças que esta saga ainda me surpreenda muito.
Recomendo a quem goste de um bom romance, com um mundo bem construído e personagens interessantes (também ajuda se gostarem de felinos).

Capa:
Como normalmente acontece com estas capas genéricas do género (romance paranormal), não sou fã. Gosto da cor (sou bastante unilateral quando cor-de-rosa é cor predominante), mas acho a capa pouco inovadora e parcamente cativante. Para além disto, acho que evoca pouco a história do livro (apesar da tatuagem que mal se vê). Podia e devia mostrar mais da história, e não se deixar engolir pelos 'lugares' comuns das capas do género.

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