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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Os Melhores Livros de 2017

Espero que este novo ano tenha começado bem para todos vocês. O meu começou. :)

Como é habitual nesta altura do ano, segue-se o apanhado das melhores, das piores, e de todas as leituras do ano 2017. Convido-vos a deixarem nos comentários o vosso Top 5 deste ano que acabou e os vossos planos literários para 2018.
Se estiverem curiosos podem começar por ver a lista completa dos meus livros lidos em 2017, AQUI.

Vamos a números:

Em 2017 li 38 livros (incluindo antologias, romances e noveletas) somando 11.900 páginas (contando com as páginas que têm as versões físicas dos audiolivros) e mais de 301 horas de audiolivros escutados.
- 11 destes livros estavam em português (5 de autores portugueses) e os restantes 27 em inglês
- 9 foram lidos em formato físico, 5 em ebook e 25 em audiolivro.
Nota média de leitura: 6,75 de 10 possíveis. 

O Género mais lido em romance foi Ficção Científica (11) e em conto foi também a Ficção Científica (66)

Li 9 álbuns de banda desenhada, 2 revistas de BD, e 1 volumes manga, num total de cerca de 2.151 páginas.
A nota média de BD e Manga foi 7,91 em 10 possíveis.

Li 110 contos, 14 dos quais de autores portugueses
Nota média dos contos é 6,70 em 10 possíveis.

__________________________________**_______________________________________

Seguem-se os Tops!
 

 Top 5 de romances/antologias de 2017:
1)
"Mil Sóis Resplandescentes", Khaled Housseini 
2)
"Childhood's End", Arthur C. Clarke 
3) "Who fears Death", Nnedi Okorafor
4) "A Amiga Genial", Elena Ferrante
5) "Gemina", Amie Kaufman e Jay Kristoff

Top 5 de BD e Manga de 2017:
1)
"A Casa", Paco Roca
2) "Watchmen",  Alan Moore e Dave Gibbons
3) "O Homem que Passeia (Aruku Hito)", Jirõ Taniguchi 
4) "Os Surpreendentes X-Men: Sobredotados", Joss Whedon e John Cassaday 
5) "Nimona", Noelle Stevenson

Top 5 contos de 2017:
1) "Dancing with Death in the Land of Nod", Will McIntosh (The End is Nigh)

2) "Lies my Mother told me" , Caroline Spector (Dangerous Women)
3) "Removal Order", de Tanarive Due (The End is Nigh)
4) "Jingo and the Hammerman", Jonathan Maberry (The End has Come)

5) "Fruiting Bodies", Seanan McGuire (The End is Now
)

Tops por categorias:


Melhor Autor/a Português/esa de 2017: Andreia Ferreira
Melhor Autor/a Estrangeiro/a de 2017: Will McIntosh

Melhor P. Principal Masculina de 2017: Daemon (Filha do Sangue)
Melhor P. Principal Feminina de 2017:  Laila (Mil Sóis Resplandescentes)
Melhor P. Secundária Masculina de 2017:  Zaphod Beeblebrox (The Restaurant at the End of the Universe)
Melhor P. Secundária Feminina de 2017:  Lila (A Amiga Genial)
Melhor Vilão de 2017:  Amy Elliot Dunne (Em Parte Incerta) 
Melhor Casal Literário de 2017:  Nick e Amie (Em Parte Incerta) 

Nota: Como devem ter percebido, grande parte dos meus livros favoritos não tem uma review aqui no blog. Tenciono corrigir isso nos próximos dias.
Deixem os vossos comentários e opiniões.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

The End has Come

“The End has Come (Apocalypse Triptich 3)”, de vários (ainda não  publicado em Portugal)

Estranhamente, neste volume final, quase todos os contos me pareceram muito curtos, especialmente os primeiros. Não que a maioria não tenha sido bom independente do seu tamanho, mas alguns precisavam de mais palavras, mais explicações, mais conclusões. Os meus contos favoritos foram: “Carriers”, de Tananarive Due; Dancing with a stranger in the land of nod”, de Will McIntosh; “Prototype”, de Sarah Langan; “Wandering Star”. de Leife Shallcross; “Jingo and the Hammerman”, de Jonathan Maberry; e "The Happiest Place", de Mira Grant.

“Bannerless”, de Carrie Vaugh
Num cenário que parece bem mais apaziguador após o colapso da sociedade, encontramos comunidades que lutam por sobreviver com regras estritas. As pessoas tentam ajustar-se às novas regras do mundo mas mesmo quando as coisas parecem correr bem há sempre alguém que não está disposto a seguir as normas. Neste caso temos uma gravidez não autorizada e os investigadores que são chamados a descobrir o que levou a isso. Num tom mais calmo e sereno, acabamos por descobrir que o terror não tem de vir em proporções bíblicas para ser marcante, mesmo depois do apocalipse.

“Like all beautiful places”, de Megan Arkenberg
Tal como nos volumes anteriores, o conto deste/a autor/a não me cativou. Parece que não se passou nada de muito relevante desta vez. Foi só uma mostra do que restou mas não há tensão ou nada que me puxe, embora o conceito de o virtual substituir o real, porque o real é demasiado horrível para ser confrontado directamente, até ser interessante.

“Dancing with a stranger in the land of nod”, de Will McIntosh
Eu tenho mesmo de ler um livro deste/a autor/a. Eu gosto mesmo muito da escrita. Consegue criar personagens interessantes em um ou dois parágrafo e isso é obra. Cada um dos seus contos nas outras antologias se focou em pessoas diferentes e eu sempre me interessei por todas. A premissa por si só também é muito envolvente.
Adorei o laço que se criou entre os sobreviventes, mas especialmente adorei a escolha final da protagonista.

“The seventh day of deer camp”, de Scott Siegler
Eu gosto da ideia de que o apocalipse começou e terminou no espaço de pouco mais de 48 horas. É um conceito muito intrigante. Aqui o autor pega nas exactas mesmas personagens e a trama começa mais ou menos onde terminara a anterior. O protagonista vai-nos mostrando as suas motivações há medida que narra os acontecimentos passados, e com isso ficamos a conhecê-lo melhor. Mas mais uma vez o final é demasiado aberto e desta ve-z não foi suficiente para mim.

“Prototype”, de Sarah Langan
Esta história engana-nos de forma subtil logo desde o início. E eu adorei isso.
Neste mundo passaram-se alguns milhares de anos desde o apocalipse e o cenário não é menos aterrorizador do que no auge da mudança.
Gostei muito da escrita calma e das personagens (do cão também) e de toda a construção da sociedade sobrevivente. Um bom conceito, bem executado.

“Acts of Creation”, de Chris Avellone
Esta história fala de sesitivos, seres que são mais do que humanos comuns, armas criads pelo homem e agora temidas. A forma como eles são tratados ao longo de toda a narrativa é cruel, mesmo tendo em conta as suas habilidades. O final não é de todo surpreendente mas o conto, num todo, é bom e o conceito é intrigante e até bastante plausível.
 
“Resistance”, de Seanan McGuire
Passou-se um tempo indeterminado desde as primeiras duas partes desta história e encontramos a protagonista sozinha num mundo de “veludo”. O fungo espalhou-se por toda a parte e ela perdeu tudo.
Este é, sem dúvida, o final certo para esta história. É muito aberto mas não é daqueles que nos deixa insatisfeito. No entanto a escrita em si não me cativou tanto desta vez. Achei um pouco repetitiva demais e menos arrepiante que nos contos anteriores.

“Wandering Star”. De Leife Shallcross
Gostei mesmo muito deste conto. A ideia de que, no futuro, um simples quilt seria minuciosamente analisado para tentar entender a vida de quem o fez, sendo um retrato da devastação que se abateu sobre a terra, é fascinante.
O facto de a narrativa estar entrecortada com pedacinhos/retalhos desse mesmo passado é o que realmente lhe dá riqueza. E não deixa de ser, o seu curto espaço, algo que nos faz pensar (especialmente o fim e o justificado egocentrismo perante o caos).

"Heaven come down", de Ben H. Winters
Neste desfecho datrilogia de contos que começou de forma impressisonante, teve um meio muito bom e que agora termina bastante diferente do que eu tinha imaginado. A protagonista vê-se sozinha e finalmente, depois de treze anos sendo a única no mundo que não conseguia escutar Deus, acaba por conseguir comunicar com ele e aprende que é muito mais do que aquilo que pensava. O desfecho é fantástico. O único senão é que achei a escrita menos cativante, mas fora isso foi muito bom.

“Agent Neutralized”, de David Wellington
A escrita deste autor empresta a esta história ainda mais tensão nas várias cenas. Temos perseguições na estrada, reuniões cobertas de culpabilização, e por fim a redenção desta personagem que já seguimos desde o volume um. Gostei bastante deste desfecho e a  escrita é muito envolvente.

"Goodnight Earth", de Annie Bellet
A forma como este conto está escrito é muito envolvente. As personagens são muito interessantes e, com pequenos vislumbres do seu passado ficamos a saber bastante sobre eles, de tal forma que fiquei com muita vontade deler mais sobre eles. A história é cheia de acção, bem descrita e não mais do que necessária. E no fim há um vislumbre de esperança.

“Carriers”, de Tananarive Due
Uma história emocionante com um final mais feliz do que seria de esperar depois daquilo pelo que as personagens passaram. Uma mulher que foi abusada e usada como cobaia durante anos, não consegue ter uma reforma sossegada, sempre com medo de que os seus tormentos voltem, por isso quando o seu companheiro de sofrimento lhe diz que há algo de bom a retirar de tudo aquilo porque passaram, ela duvida. Mas a esperança é uma semente que cresce depressa.
Adorei.

“In the Valley of the Shadow of the Promised Land”, de Robin Wasserman
As personagens desta história são tão machista! Só os homens é que são de importância. As mulheres quase nem merecem ser mencionadas pelo nome (excepto na segunda parte, volume anterior), mas por um lado nada menos seria de esperar, visto que estas personagens têm como base a Bíblia e … bem … o livro sagrado não é exemplo de igualdade dos sexos. O desfecho de Isaac foi … bem … bíblico; e seguir o raciocínio dele ao longo da vida e no fim dos seus dias abre os olhos ao fanatismo religioso. Quer dizer, quem tratava os filhos como ele tratava e os punha um contra o outro para eles serem os novos Abel e Caím, esperava o quê do seu fim de vida?

“The Uncertainty Machine”, de Jamie Ford
Esta história é muito estranha, mas também as anteriores deste autor o são. E não é que não nos sejam dadas informações suficientes sobre o mundo, o que ele era e naquilo em que se tornou, mas eu não me consegui ligar bem ao cenário. Já as personagens são todas muito cheias de falhas mas este protagonista, em especial, é difícil relacionar-me com ele. Parece tão distante.
E mesmo assim, apesar de tudo o que disse, a história é fascinante. E o declínio dele absorveu-me.

“Margin of Survival”, de Elizabeth Bear
As descrições do ambiente e das próprias personagens fizeram deste um conto muito visual. Era quase como se sentisse a fome da protagonista e o seu receio de ser apanhada.
A história toma mais que uma direcção, especialmente no final e, confesso, fiquei bastante confusa com o desfecho, mas o resto do conto compensa, com uma personagem interessante com quem me pude relacionar facilmente. Lembrou-me um pouco da história de Paolo Bacigallupi: “Water Knife” mas nem sei bem porque fiquei com essa sensação.

“Jingo and the Hammerman”, de Jonathan Maberry
Um dos meus contos favoritos deste volume, senão mesmo o favorito. O otimismo de Jingo contrastando com o realismo de Hammerman, é fantástico. Mais que isso as introspecções e ponderações sobre aquilo que as pessoas foram forçadas a fazer após o apocalipse zombie, foi, em momentos, bastante refrescante. (isto vindo de quem já viu mais filmes, leu mais BDs e leu mais livros de zombies do que se lembra).
O final (por assim dizer) não foi o mais inesperado mas foi executado de uma forma exemplar. O que fica por dizer não tem mesmo de ser dito.

“The Last Movie ever made”, de Charlie Jane Anders
Estas personagens, ao longo das três antologias, tiveram em mim um efeito meio psicadélico. A escrita do autor e as acções das personagens deixaram-me sempre numa pilha de nervos, mas daquelas que nos puxam para ler mais.
Com decisões, mais uma vez, bem questionáveis, o nosso protagonista faz do mundo caótico em que vive o melhor que pode. Desta vez a anarquia do mundo é enriquecido pelo facto de toda a gente ter ficado surda sem nenhuma explicação plausível.
Vale mesmo a pena ler os três contos.

“The Gray Sunrise”, de Jake Kerr
O que mais gostei neste conto foi o elo entre o pai e o filho, que começa muito ténue e acaba por se fortalecer com a provações porque passam. A descida do pai para a depressão também está muito bem feita e todo o ambiente (especialmente quando se fala das tempestades e de como eles passam por elas no interior do pequeno barco) está bem descrito.

“The Gods have not died in vain”, de Ken Liu
Num futuro onde consciências humanas são transportadas para o mundo digital, e onde essas consciências criaram o caos, quase arrasando a humanidade, é-nos apresentada a nova geração de “deuses”. E será que este é o único possível futuro para a humanidade?
Uma coisa interessante também foi o choque de ideias entre a filha da carne e a filha digital. A relação das duas, em específico. Mesmo assim confesso que a escrita da autora, ou talvez mais o compasso em que conta a história, tal como nos contos anteriores, não me cativou muito.

“The Happiest Place…” , de Mira Grant
Este conto foi uma das maiores surpresas desta antologia. Tanto pelo seu cenário: pós-apocalipse na Disneylândia, como pela força dasua protagonista que, sozinha, tinha de manter tudo a andar, manter a fachada. A revelação final apanhou-me de suspresa, apesar defazer um certo (bizarro) sentido. Gostei muito da escrita, da protagonista e da história. Talvez volte a   dar uma oportunidade a esta escritora, visto que o único outro trabalho que li dela foir o Feed, o qual não gostei.

“In the Woods”, de Hugh Howey
Sendo que o leitor sabe mais do que as personagens no início desta história, a confusão deles passa para nós mas não é tão eficaz. No entanto todo o conto é cheio de adrenalina e tensão e agarrou-me do início ao fim.

“Blessings”, de Nancy Kress
Eu gosto de histórias que são supostas distopias mas cuja solução para os problemas da humanidade e do planeta nos fazem pensar: “será que realmente não seria melhor assim?”. Porque sabemos que, quase sempre, ao solucionar uns problemas arranjamos outros. Em termos de personagens o conto até foi fraquito, mas o conceito é suficientemente bom para o tornar interessante. Lembrou-me um pouco o “Childhood’s End” do Arthur C. Clarke.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

The End is Nigh

"The End is Nigh (The Apocalypse Triptych 1), de John Joseph Adams, Hugh Howey , Ben H. Winters, Annie Bellet, Will McIntosh, Megan Arkenberg, Scott Sigler, Jack McDevitt, Nancy Kress, Seanan McGuire, Jonathan Maberry, David Wellington, Robin Wasserman, Matthew Mather, Paolo Bacigalupi, Sarah Langan, Desirina Boskovich, Charlie Jane Anders, Ken Liu, Jake Kerr, Tananarive Due, Tobias S. Buckell, e Jamie Ford (ainda não publicado em Portugal)

Opinião:
Nunca tinha ouvido falar de uma trilogia de antologias mas gosto do conceito!
The End is Nigh é o primeiro livro, e fala dos acontecimentos que antecedem o fim do mundo, pela mão de vários autores, alguns famosos e outros que descobri pela primeira vez neste livro.
Temos fins religioso, vírus, extra-terrestres, e muito mais. Há histórias para todos os gostos e de vários tamanhos.
Gostei bastante de vários dos contos e por isso conto ler a sequela muito em breve.
Fiquem com a opinião conto a conto:

"The Balm and the Wound", de Robin Wasserman
A história tem um início muito interessante visto que fala de um culto religioso e entra logo na mente do seu líder que nada mais quer do que ganhar uns trocos. Mas tudo muda quando o fim do mundo que ele previu realmente acontece. O senão deste conto é que realmente achei as outras personagens muito plásticas.

"Heaven is a Place on Planet X", de Desirina Boskovich
Este conto recordou-me um pouco o "Childhood's End" do Arthur C. Clarke, na medida em que tudo se despoleta quando uma raça alienígena decide liderar a raça humana para um futuro melhor. A diferença é que neste conto o período de transição é relativamente curto.
Gostei das personagens mas não gostei de o facto de não sabermos realmente o que acontece aos seres humanos que são considerados culpados dos crimes. Só nos dizem que são "enforced" e o leitor imagina que seja pena de morte mas nunca sabe ao certo.

"Break! Break! Break!", de Charlie Jane Anders
Adorei o ritomo da prosa. As personagens eram meias psicadélicas e a sua busca por adrenalina não fazia muito sentido no início, mas aos poucos as coisas foram-se desvendandado e tudo fez sentido. A brutalidade deste mundo, mesmo antes do seu fim, é cruamente descrita.
Gostei deste conto e só gostava que o final tivesse sido melhor.

"The Gods Will Not Be Chained", de Ken Liu
A construção da narrativa neste conto é calma mas resulta bem. A relação familiar que se vai desenrolando, bem como a ideia do rapto de mentes brilhantes e seu imprisionamento para uso corporativo, é na verdade bastante verossímil.

"Wedding Day", de Jake Kerr
Este conto tem muito sentimento. Trata de um casal de mulheres, que pensavam há anos casar-se mas que nunca tiveram oportunidade (porque era ilegal). A legalização do seu casamento é logo acompanhado pelo fim do mundo e o que se segue acaba por ser bastante previsível mas isso não é um problema porque, na verdade, aqui é o que elas sentem uma pela outra que importa. Gostei bastante.

"Removal Order", de Tananarive Due
Este conto fala de uma jovem mulher que fica com a sua avó eferma mesmo depois de toda a população ser evacuada. Adorei a forma como se focou na responsabilidade que ela sentia para com a avó e tudo o que fez por ela, sendo que a idosa está acamada e tem de ser a neta a fazer tudo por ela. A própria ideia por detrás do apocalipse, embora pouco clara, é suficientemente interessante e está sempre lá, como um manto em tudo o que acontece. O final surepreendeu-me e a prosa envolveu-me mesmo muito.

"System Reset", de Tobias S. Buckell
As personagens são o ponto forte deste conto, pelos seus valores e pela sua personalidade que se mostra logo nos primeiros parágrafos. A história podia ter fluído um pouco melhor no início, mas no fim a acção estava no passo certo. Espero que tenha continuação.

"This Unkempt World is Falling to Pieces", de Jamie Ford
Num passado que poderia ser nosso, a história começa de forma um pouco estranha. Não nos são dadas suficientes informações para sabermos onde estamos e quais as regras deste mundo mas aos poucos vamos percebendo o que se passa. Os detalhes são realmente fantásticos.Contudo não me consegui ligar muito às personagens nem ao romance.

"Bring her to me", de Ben H. Winters
Logo no início sabemos o que está em jogo e eu gostei muito disso. As personagens estão muito bem construídas e a sequência de acção é brilhante. Gostei mesmo muito deste conto que fala de um futuro onde todas as pessoas conseguem ouvir a voz de um homem que assumem ser Deus. O final está excelente e fiquei com vontade de ler mais.

"In the Air", de Hugh Howey
A acção deste conto não é sequencial e desta vez não acho que isso tenha funcionado a favor do conto. Aliás, acho que grande parte dos flashbacks nem fizeram grande diferença. Metade deles são desnecessários. No entanto o protagonista é bem explorado e ficamos a saber o que o move e como as suas decisões não só afectaram a sua família como também o resto do mundo.
No fim mal sabemos realmente qual o mal que se abateu sobre o mundo mas sabemos o suficiente.

"Goodnight Moon", de Annie Bellet
Este é um conto bastante curto (quase todos nesta antologia o são, mas este pareceu ainda mais pequeno) mas eu gostei do ambiente entre as personagens e de como as ficamos a conhecer relativamente bem em poucas linhas. Fala-nos de um grupo de astronautas que descobre , tarde de mais, que vão morrer e a vida na Terra nunca mais será amesma. No entanto pareceu-me que resolveram o seu dilema (de quem seria salvo) com um pouco de facilidade a mais. Será que seriam mesmo todos assim tão altruístas?
Mas fora isso o final foi muito bem escrito.

"Dancing with Death in the Land of Nod", de Will McIntosh
Um dos meus contos favoritos da antologia! Gostei mesmo muito da relação que se gerou entre os dois protagonistas, especialmente porque além de falar de algo pré-apocaliptico também tocou em assuntos como Alzheimer, o abandono dos idosos e dos efermos, um pouco como o conto "Removal Order" (também nesta antologia).
O final não foi inesperado mas ainda assim foi muito bem executado.

"Houses Without Air", de Megan Arkenberg
Não entendi este conto. Há histórias assim, que lemos mas realmente nada faz clique. Este foi um desses. É muito detalhado nas suas descrições mas o mundo é confuso e a única coisa que é certa é que o problema está no ar.

"The Fifth Day of Deer Camp", de Scott Sigler
Gostei de como este conto começou mesmo de forma muito banal. Parecia o prelúdio de um daqueles filmes de terror estilo Cabin in the Woods (não o filme com esse nome, que é bem diferente e muito fixe). No entanto achei que as personagens pareciam-se todas muito umas com as outras. Não as consegui individualizar. Mas fica a curiosidade por saber o que se vai passar a seguir.

"Enjoy the Moment", de Jack McDevitt
A protagonista neste conto é tão normal que é muito fácil relacionarm-nos com ela. O facto de que algo que ela econtrou, ao acaso, e que achou não ser nada des especial acabar por ter um desfecho tão negro, dá-lhe muita profundidade.

"Pretty Soon the Four Horsemen are Going to Come Riding Through", de Nancy Kress
Este conto fala de bullying e do próximo passo na evolução humana. Foi estranho mas muito interessante ver como a sociedade exilava e maltratava as crianças que eram diferentes e de como o seu lado mais animalesco sobresaía nos momentos mais estranhos. Fez-me reflectir.

"Spores", de Seanan McGuire
Este conto arrepiou-me toda, isto porque o conceito em si arrepia-me. Não sei porquê mas tenho mais nojo de fungos na pele do que sangue. Estranho? Sim mas eu sou assim.
Mas mesmo assim adorei! A prosa é muito boa e as personagens são realistas. Uma família normal, com uma mulher com um distúrbio obsessivo com o qual lidam bem, um casamento homossexual tratado com normalidade, e o vírus tão estranho e que se entranha lentamente no leitor.

"She’s Got a Ticket to Ride", de Jonathan Maberry
Este conto fala mesmo do que está por detrás de uma conspiração para manter o público ignorante de uma ameaça que os apelidados de lunáticos tentam avisar todos que está a chegar.
Como se foca no todo, acaba por negligenciar as personagens que são quase que irrelvantes. O que importa é a história.

"Agent Unknown", de David Wellington
O protagonista é um agente que está encarregue de suprimir uma doença virulenta que aparece aos poucos um pouco por toda a américa. Trabalha sozinho e através dele conhecemos a doença e o estado das coisas, até que ele percebe que nem ele está a par de tudo. Muito bom!

"Enlightenment", de Matthew Mather
Este conto é bastante arrepiante, pelo seu conceito e pelo encadeamento dos acontecimentos. Nele uma vegan com problemas de relacionamento vê-se envolvida com um culto com um estilo de vida mais que bizarro. Muito estranho! O que não foi óbvio foi o apocalipse em si. Como é que as acções deste culto levarão ao fim do mundo?

"Shooting the Apocalypse", de Paolo Bacigalupi
Este conto é, definitivamente, uma prequela para o "The Water Knife", que eu li no ano passado. Perecebi isto logo desde o início e, na verdade, foi bom regressar a este mundo imperdoável, e ao início de tudo. As personagens estão excelentes, a forma como interagem e dictutem e se movem funciona muito bem. Vale a pena, quer seja porque leram o romance ou porque querem conhecer o trabalho do autor.

"Love Perverts", de Sarah Langan
Este é um conto que fala do que as pessoas seriam capazes de fazer se soubessem que o fime stava próximo e não podiam mais ser salvas. O extremo das decisões e acções dos jovens protagonistas, do professor que trai a confiança deles, e de todos os outros com quem se cruzam. Nenhuma personagem é boa, nenhuma tem perdão, mas num mundo à beira do abismo, quem cometeu os priores crimes. Gostei da ambiguidade e da cruza deste conto.


Sinopse (inglês):
Famine. Death. War. Pestilence. These are the harbingers of the biblical apocalypse, of the End of the World. In science fiction, the end is triggered by less figurative means: nuclear holocaust, biological warfare/pandemic, ecological disaster, or cosmological cataclysm.
But before any catastrophe, there are people who see it coming. During, there are heroes who fight against it. And after, there are the survivors who persevere and try to rebuild. THE APOCALYPSE TRIPTYCH will tell their stories.
Edited by acclaimed anthologist John Joseph Adams and bestselling author Hugh Howey, THE APOCALYPSE TRIPTYCH is a series of three anthologies of apocalyptic fiction. THE END IS NIGH focuses on life before the apocalypse. THE END IS NOW turns its attention to life during the apocalypse. And THE END HAS COME focuses on life after the apocalypse.
THE END IS NIGH features all-new, never-before-published works by Hugh Howey, Paolo Bacigalupi, Jamie Ford, Seanan McGuire, Tananarive Due, Jonathan Maberry, Robin Wasserman, Nancy Kress, Charlie Jane Anders, Ken Liu, and many others.

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