quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Halfway to the grave

“Halfway to the grave (Night Huntress 1)” de Jeaniene Frost (ainda não publicado em Portugal)
Sugestão para leitura do mês (Agosto) no grupo “Who’s your author”.


Sinopse:
Catherine Crawfiel, uma meia-vampira, persegue os mortos-vivos por vingança, esperando encontrar o seu pai - o responsável por arruinar a vida da sua mãe. Isto até que é capturada por Bones, um vampiro caça-cabeças.

Opinião:

Este é um daqueles livros que se lê muito bem nas tardes de Verão, embora eu estivesse longe de estar na praia a apanhar banhos de sol enquanto lia isto.
Um romance de fantasia urbana, um dos géneros com o qual não estou muito familiarizada, mas que tem chamado a minha atenção nos últimos meses, muito graças à sua popularidade nos EUA. Cá em Portugal a fantasia urbana não tem muita expressão, ainda. Esperemos que este cenário mude (pode ser um dos benefícios da febre do “Crepúsculo”). Com sorte não teremos só “vampiros” e poderemos ver as outras vertentes deste género tão vasto.
Mas voltemos ao assunto principal, porque na verdade este é um desses livros sobre vampiros e seria depreciativo estar a falar mal do género nesta altura.
A leitura, como já disse, é fácil. Não demasiado fácil (como uma certa saga que anda na boca de todos), mas o suficiente para eu não me perder (li em Inglês). A narrativa não se arrasta e a acção é rápida, fluída e compassa o leitor na sua velocidade frenética.
As personagens são interessantes, cada qual tendo o seu passado, as suas origens, os seus traumas e os seus objectivos. Não é segredo que gostei do Bones (ele é muito sexy), mas isso não é para aqui chamado.
A história é interessante, se bem que algo previsível. Gostei do tema central, sobre o tráfico humano, se bem com um twist no campo vampírico.
E há que adorar o primeiro encontro entre a Cat e o Bones (não estou a falar da primeira “date” mas essa também foi memorável). Ele não a poupou e deu-lhe tareia até ela cair inconsciente. Por isso é que o Bones me chamou a atenção (e eu sou contra a violência).
Tendo dito isto posso afirmar que é um bom livro. Não aborrece, mas ao mesmo tempo fiquei com a sensação que poderia ter sido um pouco mais.
O relacionamento entre a Cat e o Bones pareceu-me mais uma espécie de “tensão sexual” do que amor puro (não que isto seja mau). Simplesmente não senti aquela faísca. Havia muito desejo, muita química, mas não ao ponto de chegar a ser arrebatador (a menos que partir mobília conte para a equação).
De resto a história foi bem aproveitada.
Havia uns diálogos clichés e uns momentos que pareciam saídos de um filme de Hollywwod, mas eu achei essas ocasiões mais divertidas do que aborrecidas.
Houveram no entanto umas coisas que me deixaram de ‘cabelos em pé‘, e não no sentido de me meterem medo.
Não gostei do facto de a Cat e o Bones terem sexo sempre depois de alguém próximo deles morrer. É pá! Parecia que o faziam como “serviço funerário” ou coisa do género. É que foi sempre! Não uma, não duas, mas três vezes.
Percebem porque digo que havia muita tensão sexual entre os dois?
É claro que eles não tiveram sexo só essas três vezes, mas eu ficava parva sempre que alguém morria e lá iam eles, consolarem-se. Posso ser só eu, mas acho uma falta de respeito pelos defuntos.
Outra coisa que me deixou um pouco de pé trás foi o comportamento da Cat no fim do livro. Esqueçam o modo Kamikaze, mas a forma como ela tratou a mãe, depois de andar o livro todo a dizer que a amava e que a compreendia, soou falso e forçado. Ela, melhor do que ninguém, devia perceber porque a mãe reagiu daquela forma.
Bem, mas para além disto foi uma leitura satisfatória e trouxe umas novidades inteligentes e diferentes ao mito vampírico. Não saio daqui defraudada. Foi o que esperava que fosse e isso é bom, para variar.
 
P.S.: No site da autora há, para leitura online, uma espécie de prólogo do livro (o capítulo 1 original) que explica como a Cat se iniciou nestas andanças. É um bom complemento à leitura deste livro.

Primeiramente publicado no Caneta, Papel e Lápis (2009/08/26).

4 comentários:

  1. Onde compraste o livro ? Gostava mesmo de o ler , mas não sei onde adquiri-lo !

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  2. Mary Swan, eu aconselho comprares através do BookDepository, pois não pagas portes. Só que este livro não existe traduzido para Português, por isso só mesmo lendo em Inglês. :)

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  3. Obrigada :) Já li o primeiro livro em inglês e gostei bastante !

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