quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Terra Sombria

"Terra Sombria (Mediator 1)",  de Meg Cabot (Bertrand Editora)

Sinopse:
1º volume da série 'Mediator'. Susanah acabou de percorrer milhares de quilómetros entre Nova Iorque e a Califórnia para viver com um grupo de rapazes estúpidos: os seus novos meios-irmãos. Ainda nem desfez as malas e já pôs a mãe quase a chorar. Além disso está um fantasma sentado no seu quarto novo. Claro que Jesse até é um fantasma muito atraente, mas isso agora não interessa...

Opinião:
Com uma escrita directa e fácil, sem se tornar demasiado simplista, somos apresentados à protagonista Susanah (Suze para os amigos), uma jovem rapariga com muita personalidade e a peculiaridade de ver espíritos. Segundo uma cartomante, ela é uma Mediadora e a sua missão é ajudar os espíritos a encontrarem paz, para assim poderem partir para o outro mundo (ou sabe-se lá bem para onde é que ele vão depois de mortos).
É quase impossível não simpatizarmos com esta rapariga emotiva e com a convicção de que sabe mais que muitos e que pode fazer tudo sozinha. Um retrato muito realista da juventude, com tudo o que daí advém.
Contudo, a partir do meio o livro perde alguns pontos. Mais pela falta de concordância de algumas coisas que se passam. Por exemplo, o facto de os fantasmas não poderem ter contacto físico com os humanos, mas por alguma razão, o Jesse (um fantasma que vive no quarto da Suze) estar constantemente a dar uma mão (literalmente) para ajudá-la. É certo que a Suze consegue bater nos fantasmas, mas se esse facto é para ambos os lados, a autora não o descreveu e fica ainda por saber porque outros fantasmas não lhe tocam.
Mas, à parte disso o livro é satisfatório.
É pequeno, pelo menos a meu ver, e suponho que os restantes livros da saga tenham 1 caso por livro. O que pode ser bom, ou mau, dependendo da perspectiva de cada um.
Eu, pessoalmente, não tenho nada contra, as teria provavelmente gostado mais se ele fosse mais extenso, só porque até me estava a entranhar na história.
Noutra nota, as alcunhas que a Suze dá aos irmão são cómicas e certeiras, mas como já outros disseram, torna-se bastante confuso quando a autora salta entre as alcunhas e os nomes próprios no meio da narração. Eu perdi-me várias vezes.
Já agora, não consigo perceber o porquê do título “Shadowland” (Terra Sombria). Posso ser só eu, mas acho que não tem nada a ver com o conteúdo do livro.

Em suma, esta foi uma leitura agradável, com personagens fortes e que facilmente entranhamos. O livro não deixa muito por responder, mas há caminho para mais aventuras e por isso vou ler o próximo livro.

Primeiramente publicado no Caneta, Papel e Lápis (2008/12/18).

2 comentários:

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