Sinopse:
Nas sombras da noite da cidade de Caldwell, em Nova Iorque, trava-se uma guerra territorial entre vampiros e seus caçadores. Ali existe um bando secreto de irmãos sem igual - seis guerreiros vampiros, defensores da sua raça. Mas nenhum deseja mais a morte dos seus inimigos que Wrath, o chefe da Irmandade da Adaga Negra.
Único vampiro de puro-sangue que resta no mundo, Wrath tem contas a ajustar com os matadores que lhe levaram os pais, séculos atrás. Mas quando um dos seus mais estimados combatentes é assassinado - deixando órfã uma filha meio-sangue desconhecedora da sua herança e do seu destino - Wrath tem de tratar do acolhimento da bela fêmea no mundo dos não-mortos.
Transformada por uma inquietude no seu corpo que não conhecia, Beth Randall não tem defesas contra o homem perigosamente excitante que vem visitá-la durante a noite, com os olhos encobertos. As suas histórias de irmandade e sangue assustam-na. Mas o seu toque acende uma fonte crescente que ameaça consumir ambos.
Opinião:
Já devem ter reparado que ando numa temporada de romances paranormais e/ou fantasia urbana, que parece querer continuar por uns tempo, por isso aguentem comigo, ok?
Desta vez decidi apostar numa outra autora da qual já me tinham falado e sobre a qual tinha alguma curiosidade. J.R. Ward.
Este livro é o primeiro de uma série sobre os guerreiros da Irmandade da Adaga Negra. Cada livro é dedicada a um destes irmãos vampiros, que dedicam as suas vidas a combater os lessers e a defender a sua raça.
O livro começa de uma forma interessante e consegue cativar, tanto pela escrita, que é simples mas não em demasia, como pela própria história e todas as personagens que vamos conhecendo ao longo do livro.
É escusado dizer que isto está carreguadinho de erotismo, porque basta olhar para a capa e bem, acreditem que está bem servido, sem chegar a ser estranhamente abundante e despropositado. Nesse aspecto é mais moderado, ou antes certeiro, no que expõe (em relação a alguns que tenho lido ultimamente).
Uma das coisas que, ao princípio, me irritou bastante, foi a constante utilização de siglas tipo SOB, SOP, FUBAR, BVD. Eu percebo muito de inglês mas até ficava confusa e cheguei mesmo a ficar irada quando numa página usaram três diferentes. Mas, felizmente, a partir daí deixaram de usar completamente estes termos e eu pude respirar de alívio. Tipo, será que eles dizem mesmo SOB em vez de Son Of a Bitch? É quase o mesmo que dizer LOL, e isso não é nada “kwell“. Se é que me entendem?
Confesso que uma das coisas que mais gostei no livro, foi o mito dos vampiros e dos seus inimigos, os lessers. Toda a história está bem explicada, é extremamente original e convence. Adorei todos os pequenos pormenores sobre os vampiros, as lellans, os hellans, os lesseres, os próprios vampiros, que não são todos fortes ou invencíveis, que têm imensas fraquesas e que estão perto da extinção. Está tudo muito bem criado, e mesmo sem ler o glossário, consegue-se saber todos os pormenores deste mundo.
O ritual do casamento foi bem intenso, interessante, mas algo sádico. Arrepiei-me toda.
As personagens foram surpreendentes, e, se ao princípio achava tanto a Beth como o Wrath, dois insípidos, ao longo da narrativa o amor deles foi crescendo e crescendo, até que nem eu (que sou muito céptica nestas coisas), consegui negar o que os unia. Mas eles, ainda assim, foram das personagens menos interessantes, pois a autora consegue dar vida própria a cada um, mesmo os mais insignificantes, ficando-nos na memória cada personagem, cada gesto, cada tique.
Em suma, gostei muito, mas custou-me um pouco a entranhar na história. Se bem que assim que passei do meio, já não consegui largar até terminar. Excelente construção da história, desenvolvimento narrativo e personagens interessantes, que me deixam com vontade de ler os restantes livros.
Algumas partes que eu gostei:
“Of course you did,” she said gently. “You wanted to live.”
“No,” he shot back. “I was afraid of dying”
E outra que me fez rir:
But come on, could you actually imagine some lethal bloodsucker named Howard? Eugene?
Oh, no, Wallie, please don’t bite my—
Holy Christ, he was totally losing it.
Primeiramente publicado no Caneta, Papel e Lápis (2009/12/20).
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