quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Memórias de Sherlock Holmes 1

"O Problema Final, O Paciente Internado, O Enigma de Reigate, O Corcunda (Memórias de Sherlock Holmes I)", de Sir Arthur Conan Doyle (Global Notícias, Publicações)

Sinopse:
As Memórias de Sherlock Holmes incluem originalmente onze contos de histórias do detective Sherlock Holmes, publicados em 1894. Os contos foram divulgados pela primeira vez na revista Strand Magazine, nos anos de 1892 e 1893. Neste primeiro livro de memórias estão reunidos O Problema Final, O Paciente Internado, O Enigma de Reigate e O Corcunda.

Opinião:
Este foi o meu primeiro contacto literário com o detective mais famoso de todos os tempos: Sherlock Holmes.

O Problema Final
 Logo desde o início gostei da "voz" do Watson e por isso todo o conto foi contado de forma a que a leitura se tornou bem interessante. No entanto, o extenso diálogo do Sherlock, no momento em que explicava ao seu fiel amigo o que lhe tinha ocorrido desde o momento em que descobriu o seu "arqui-inimigo", foi ... não chato, mas pouco natural. Não houve pausas no diálogo, e as situações e segundos diálogos foram narrados como se fossem prosa e não como se o detective estivesse a contar algo que se tinha passado com ele. Muito estranho, embora não estivesse aborrecido.
Outra coisa que me deixou algo decepcionada, foi o facto de nunca nos ser revelado o que, exactamente, o "vilão" tinha feito, ou sequer como ele tinha chegado a descobrir o Holmes no final. Ou seja, embora o desenrolar tenha sido interessante, o "recheio" ficou um pouco perdido.

O Paciente Internado
Os pontos positivos e negativos foram os mesmos do conto anterior, e, ou muito me engano, ou esta e mesmo a forma como os contos de Sherlock Holmes são contados. A prosa está muito cativante, e o poder de observação do detective continua a ser exemplar (mesmo nos dias de hoje), mas o facto de não nos ser dito como ele foi capaz de descobrir a verdade sobre a quadrilha, é um "balde de água fria" no leitor.

O Enigma de Reigate
Embora tivesse conseguido adivinhar a solução para este caso a meio do conto, a verdade é que este está mais bem conseguido que os anteriores, pois apresenta-nos todos os factos e deixa que o leitor, ao mesmo tempo que o Holmes, vá descobrindo o que se passou.

O Corcunda
À semelhança do anterior, também este adivinhei antes do desfecho, porque os dados nos foram dados na medida certa. No entanto, mais uma vez, o autor usou e abusou dos diálogos para narrar algo que poderia ter exposto de outra forma mais natural. Não que isso seja mau, pois consegue ainda assim motivar a leitura, mas é estranho e anti-natura.
Confesso que só no final percebi a que se referia "David" e foi um toque inteligente.

Em suma, um livro pequenito, que se lê num instante, mas que demonstra porque este é o detective londrino mais famoso de sempre. Recomendo!

Tradução:
À excepção de um dois erros, o trabalho de tradução está impecável.

Capa, Design e Edição:
A capa mostra-nos a cidade londrina, o que é natural quando se fala do detective, mas que mostra algum descuido no facto de ser uma foto relativamente actual, com carros e tudo.
A impressão está bem delimitada e as margens permitem uma leitura agradável, assim como a letra e tamanho escolhidos. O problema foi o papel, que era tão fino que deixava antever a tinta do outro lado da página. Isto não foi muito impeditivo, mas exigiu alguma "ginástica" especialmente quando foi lido com luz fraca.
Uma nota negativa para o facto de não estar mencionado, em nenhum lado, quem é o/a tradutor/a.

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