"Warrior (The Blades of the Rose 1)", de Zoë Archer (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Para a maioria das pessoas, a magia é encontrada apenas nas livrarias poeirentas e nas lendas. Mas para o Capitão Gabriel Huntley, tornou-se bastante real e muito perigosa ...
Numa perseguição feroz ...
O furtivo ataque que o Capitão Gabriel Huntley presenciou num beco escuro, desencadeia uma série de eventos que o levará aos confins da Terra e além de tudo o que é real e mesmo do que ele alguma vez pode imaginar.Mas na realidade, Huntley não podia estar mais entusiasmado. Intriga, perigo, e uma linda mulher a precisar de ser salva - é tudo o que ele precisa.
Opinião:
Ao pegar nesta história, esperava romance, aventura, magia e alguma mitologia (se tal fosse possível). Pois bem, a verdade é que tive um pouco de tudo, mas no fim, não me pareceu que a balança estivesse equilibrada.
Comecemos pelo bom:
- Gostei da Thalia, e muito especialmente, gostei da forma como ela se mostrou dedicada à missão e como teve reacções muito realistas ao que se ia passando à sua volta. Forte, mas humana. Sem dúvida uma personagem com garra.
- Uma outra coisa que acabei por gostar de ver na história, foi o facto de embora ser bastante óbvia a forma como as mulheres eram vistas na época (frágeis donas de casa, fúteis e incapazes de combate), viu-se um esforço da parte do Gabriel, por aceitar que Thalia era uma mulher forte e corajosa. por vezes irritava-me o machismo dele (justificado pela mentalidade da época), mas felizmente ela acabava sempre por conseguir convencê-lo e por mostrar-se uma personagem feminina cheia de força e nada resignada ao "seu" papel de mulher (menina) submissa.
- As cenas de acção estavam muito bem escritas, especialmente a cena da tempestade, em que, se pudesse, me teria agarrado ao banco, tal a tensão. Muito bem conseguido!
- Também o desenvolvimento do relacionamento entre o Gabriel e a Thalia, me pareceu acontecer num compasso certo. Embora a atracção de ambos tenha começado desde cedo, eles ainda demoraram algum tempo a chegar a "vias de facto". Claro que poderia ter sido mais compassado, mas já não foi mau.
O mediano:
- A Carla, do Cuidado com o Dálmata, referiu na sua review, que esta história era 50% desejo, 20% de desejo consumado e 30% de tudo o resto. E eu não poderia concordar mais. Aliás, até me atreveria a dizer que o desejo ocupa uns 60%, mas isso iria inevitavelmente retirar parte dos "outros" desenvolvimento, e não seria bem verdade, já que o livro até fala com frequência na missão e nas Blades of the Rose.
O pior:
- Infelizmente, as cenas mais intimas foram o ponto fraco do livro. Não tenho nenhum problema em ler erótica, mas foi notório que a autora não tem grande apetência para escrever este tipo de situações, já que estas se tornaram aborrecidas e repetitivas, logo da segunda vez que aconteceram. As palavras usadas eram as mesmas, e não havia a emoção desejada, além de que os parcos diálogos utilizados, deixavam muito a desejar. Este é um dos poucos casos em que digo, sem rodeios, que mais valia o sexo não estar lá.
Também não achei plausível que o "casalinho" se lembrasse de e ir fazer "o amor" quando estavam rodeados por bandidos (mesmo que supostamente fossem) aliados, e num acampamento só de homens. É mesmo dizer-lhes «Há aqui uma mulher disponível!», não?
- O desejo constante entre os dois. Ok! Eu entendo que estejam muito atraídos um pelo outro e que queiram enrolar-se um no outro todos os dias, mas precisam de pensar nisso de cinco em cinco minutos? A meio de uma reunião estratégica de batalha? A meio de um combate? A meio de uma cerimónia familiar? A meio de ... perceberam a minha ideia, não perceberam?
- O capítulo final, ou melhor o epílogo. Foi muito ... banal, e embora tenha dado uma noção do que se passou depois da batalha final, ao mesmo tempo não nos deu "nada", por assim dizer. Apenas mais ... desejo (no meio de um tiroteio, como não podia deixar de ser).
- E por fim, não sei como é que autora conseguiu deixar uma das mais importantes revelações da história ficar sem resposta e sem "interesse". Deixem-me explicar melhor. A determinado momento na história, os dois protagonistas vivem algo de "mágico" que lhes revela algo que seria de extrema importância para a missão dos Blades of the Rose mas pouco depois é como se nada tivesse acontecido e o assunto nunca mais volta a ser mencionado. É como se não tivesse acontecido, o que é extremamente irritante porque eles não ficaram amnésicos nem nada que se pareça. A autora quis colocar algo de "mágico" entre os protagonistas, mas depois pareceu esquecer-se totalmente dessa trama. Que raio se passou ali?
Em suma, fiquei desiludida, embora a parte histórica e mágica tenha sido interessante, houve demasiado foco no casalinho. Normalmente isso não me incomodaria, mas desta vez ... foi demais. E isto fez com que ficasse indecisa entre gostar e não gostar, mas acho que vou dar-lhe positiva, porque até não é um livro aborrecido e a história (central) tem potencial.
Não sei se irei pegar no segundo livro, vai depender da vontade, mas não deverá ser tão cedo.
Capa:
Esta capa está praticamente perfeita. Não sei muito bem porque gosto tanto da capa, mas a verdade é que o homem retratado é exactamente o que foi descrito pela autora no livro, por isso ... perfeito!
Eu não te disse Ana? As cenas eróticas são completamente rolleyes...à segunda vez o leitor já só pede que eles se despachem mas é :s
ResponderEliminarcuidadocomodalmata,
ResponderEliminarPois, mas como tu raramente gostas desse tipo de "cenas", eu pensei que talvez a mim não me incomodasse, mas realmente ...-_-
...script de filme XXX autêntico (e em loop) x_x
ResponderEliminarlolololol
ResponderEliminarNem mais! XD