"Flor do trovão" de Jorge Candeias, na antologia "Imaginários 2" (Editora Draco - Brasil)
Sinopse:
A profecia ditava que um dia nasceria uma fêmea tuu quando um só sol pairasse sobre o horizonte e o trovão se enrolasse nos picos das montanhas.
Opinião:
Este pequeno conto lembra as fábulas, com as suas criaturas animadas, as profecias, os mãos da fita e os obstáculos que a heroína, neste caso, tem de ultrapassar pelo bem do seu povo.
A história está bem conseguida e o final é diferente, se bem que não totalmente imprevisível, mas ao menos deixa-nos com a sensação de não estar a seguir parâmetros pré-definidos.
O ponto fraco do conto foi mesmo a falta de descrição dos seres nele mostrados, e que prometiam ser tão mais interessantes quanto fossem expostos. Fisicamente as criaturas praticamente não são descritas, e eu que nem sou de gostar de descrições pormenorizadas, senti a falta de algo que me dissesse o que eram os tuu, os kráá e demais criaturas mencionadas. Claro que a minha imaginação funcionou neste caso, mas não posso afirmar se será de todo fiel à ideia que o autor tem das espécies.
Um conto curto que termina mais que satisfatoriamente, mas que poderia ter sido ainda mais desenvolvido, a nível de personagens, mas que aparte disso está muito bom.
Obrigado, Ana.
ResponderEliminarQuanto às descrições, ou sua ausência, a ideia foi precisamente que a imaginação dos leitores funcionasse, que preenchesse as lacunas. Tenho a certeza de que se pedisse a vários leitores para descreverem os vários seres que aparecem no conto, obteria resultados bastante diferentes uns dos outros... mas acho isso bom. Era essa a ideia. Porque a forma é irrelevante para aquilo que o conto quer contar, percebes?
Jorge, obrigada por passares por aqui.
ResponderEliminarEu também imaginei que a falta de descrições fosse propositada. Confesso que os imaginei como pequenos pássaros, cheios de penas e coisas afins. XD