segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Irresistible Forces

"Irresistible Forces", de Brenda Jackson (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
One week of mind-blowing sex on a beautiful Caribbean island. Of all the business proposals financial tycoon Dominic Saxon has heard, Taylor Steele's is definitely the most tempting. All Taylor wants in return is for Dominic to father her baby. No strings, no commitments…just a mutually satisfying arrangement. Make that very satisfying. For a man with no intention of marrying again, it sounds ideal.

Opinião:
Vou fazer uma confissão. A única razão (impulsiva) porque comecei a ler este livro, foi pela premissa altamente ridícula. Senão vejamos: Uma mulher de sucesso, com 25 anos, decide que quer ser mãe, sem ter de levar um marido 'às costas'. Ela decide então convidar um dos seus cliente (um homem muito rico e lindo de morrer) para ser o pai do seu rebento, com uma semana de sexo intenso incluído no ménu.
Digam lá que esta premissa não é brilhantemente idiota!

E por esta mesma razão, ri-me imenso coma  primeira parte do livro. Aquilo bem tentava ser sério, mas eu não consegui levar as personagens a sério. Quero dizer ... há maneira mais simples de ter um bebé sem envolver casamento.
Achei uma graça imensa à seriedade da Taylor quando propôs ao Dominic que fizessem um filho. Era como se fosse um negócio!(aliás, a própria não se coibiu de dizer exactamente isso) Sinceramente, a mulher tinha 25 anos e estava com pressa para ter filhos. Isso faz sentido? Não! Se tivesse trinta e muitos, aí sim, agora 25? Está na flor da idade! Qual é a pressa? O impulsivismo dela, apesar de já ter idade para ter juízo, faz apenas com que ela pareça uma daquelas adolescentes mimadas que acha que ser mãe é muito "cool".
Infelizmente, nenhum dos protagonistas foi interessante o suficiente. Ela parecia uma inconsequente, e ele um eterno insatisfeito sexual.Além do mais, ambos eram demasiado unidimensionais para que realmente criássemos um laço com eles.
Infelizmente, todas as cenas que formaram a relação dos dois foram contadas de rompante. Ou seja, autora demorava-se imenso tempo na cenas picantes, mas quando os dois estavam interagir, a conhecerem-se e a 'conectarem-se' ela apenas nos dava um resumo de um parágrafo, que nada fazia para nos fazer acreditar que os dois estivessem a desenvolver algo mais que luxúria um pelo outro.
E tenho de dizer isto: O facto de eles constantemente pensarem "Está na hora de fazer um bebé", simplesmente não é sexy! Em outras circunstâncias, talvez o fosse, mas com estes dois ... não!, não funciona.

*Spoiler* Já agora, mas porque é que eles tiveram de se casar a correr? Não teve explicação nenhuma. «Marry me. Tomorrow!» Why?!? A família dela nem sequer assistiu à cerimónia, e para uma rapariga que preza tanto a família, não faz sentido nenhum. *Fim do Spoiler*

Quanto à escrita da autora, não gostei muito. Não é que desgostasse, mas não se destacou e as descrições demasiado frequentes, do corpo e da aparência física, assim como das roupas, enquanto que praticamente não havia descrições do meio envolvente, também não ajudou nada. E, mais que isso, o facto de a autora repetir muito as mesmas informações (como se houvesse muita coisa para dizer), tipo: «Never before had he wanted a woman the way he wanted Taylor.» - Eu não faço ideia de quantas vezes ele disse a mesma coisa no livro todo, mas deve ter sido pelos menos uma dúzia de vezes (especialmente na primeira metade).
As cenas mais escaldantes eram 'quentes', mas pouco satisfatórias, além de que se tornavam repetitivas muito depressa. Pessoalmente não gostei e achei especialmente anti-climática a primeira vez que os dois realmente chegaram a 'vias de facto'. Mas os diálogos (de todo o livro)... ai os diálogos eram Bleh! Pareciam saídos de um filme rasca, ou de uma cena de sedução barata.


Enfim, não gostei! O livro foi 80% sexo, 15% sobre pensar em sexo, e 5% de outras coisas, o que, pelas minhas contas, não lhe dá grandes bases de salvamento. Na verdade queria gostar deste livro, e se a autora conseguisse tornar credível a relação, então teria gostado, mas o máximo que consegui foi rir-me do ridículo de certas situações, e pouco mais. Foi um livro menos que medíocre, com personagens fracas e imaturas, pouco desenvolvimento e demasiado 'tempo de cama'. Gostei do facto de os protagonistas serem de cor, coisa que é muito raro se ver, mas pouco mais.

5 comentários:

  1. Com um soutien como capa querias que fosse 5% sexo?:P

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  2. Adeselna Davies, nem vais acreditar mas, na minha pura inocência, e como da primeira vez que vi a capa foi em tamanho muito pequeno, aquilo pareceu-me uma poltrona. XD Por isso sim, esperava menos sexo. (ou pelo menos, melhor sexo)

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  3. Gah. Para estes livros tem de se ir com uma mente muuuuuito aberta. E não estar à espera de qualquer tipo de história ou acaba-se desapontado. :p

    Mas realmente a premissa faz rir, lol. Inseminação artificial anyone? O__O

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  4. Poltrona. LOL.

    OMG, alguém com 25 anos está desesperada para ter um bebé? Porquê??? Na vida real, alguém com 25 anos está a começar a trabalhar, e vai estar muuuuito longe de querer ter filhos.

    Urgh. É por isso que tenho alergia à maior parte dos romances contemporâneos, geralmente são absolutamente irrelistas quando são os que deviam ser mais, bem, reais. Ao menos quando vou ler um romance paranormal e, mais raramente, um histórico, tenho consciência que vão ser histórias fora da realidade, por isso aceito melhor quando o enredo é completamente ridículo. Não sei se fiz sentido. :P

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  5. p7, a desculpa da Taylor é que, como ela já é podre de rica e tem a vida profissional consolidada (vá se lá saber bem como, porque com 25 anos, só com muuuuuita sorte é que se te estabilidade profissional), e então ela viu uns primos com bebé e decidiu: "Quero ser mamã!". Foi +/- assim. :D

    slayra, nem mais. :)

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