"The Walking Dead (Volume 3)" de Robert Kirkman e Charlie Adlard (ainda não publicado em Portugal)
Argumento (Robert Kirkman):
Este volume começa quando o grupo parece ter encontrado o local perfeito para viver, depois de fazerem uma limpeza geral aos zombies que por lá andam.
Encontram mais 4 pessoas, nas quais não confiam e é neste volume que as maiores discordâncias se formam dentro do grupo. Inocentes morrem e isso cria um clima de animosidade intensa, que mostra muito desenvolvimento em quase todas as personagens.
Nesse campo este volume foi muito forte e verdadeiro. Gostei!
Mas a história continua sem ter um verdadeiro toque de originalidade que a distinga de tudo o resto que já vi. E irrita-me o "sentido" americano destes comics (que é de esperar tendo em conta que é lá que é feito). Não acho nada normal crianças andarem com armas, matarem zombies, e pior que isso, matarem gente viva. Também não gosto muito do machismo, como se não existissem mulheres capazes de se defenderem.
Outro ponto contra é o excessivo "amo-te". Eu compreendo que em situações de crise as pessoas se "juntam" mais depressa, mas isto chega a ser ridículo.
Desenho (Charlie Adlard):
Já me começo a habituar à arte deste desenhador, mais ainda não estou rendida. Acho que lhe falta algum dinamismo, menos estática e mais expressividade (que felizmente parece ter melhorado neste volume, mas como todos estavam furiosos não estranhei porque o artista parece dar-se bem com a raiva. São as outras emoções que não lhe saem tão bem)
Em suma foi melhor que os anteriores, especialmente em termos de suspense e os vários conflitos que se geraram. Vou ler o quarto assim que puder.
Longe de mim defender os americanos, mas eles estão longe de ter o monopólio de crianças-soldado.
ResponderEliminarEm todo o caso, numa situação Apocalíptica é natural que a infância, um conceito artificial criado durante a Idade Moderna desapareça...
De qualquer modo, uma vez que não li a BD não sei qual é o contexto em questão.
Vitor,
ResponderEliminarLonge de mim dizer que os americanos é que tem o "monopólio" nisso. Nem eu sou tão desconhecedora do mundo.
Mas não entendo o que queres dizer com isso de "conceito artificial" de infância. Não acredito que um jovem com menos de 11/12 anos consiga "pensar por si mesmo" mas a partir daí também já acho que são desculpas dos jovens de hoje que cada vez ganham maturidade mais tarde.
Mas neste caso, o rapaz tem 7 anos e o pai achou por bem que ele andasse com uma arma atrás, quando há outros com 15 que não andam. Foi só por isso que falei.
Não era minha intenção acusar-te de seres desconhecedora do mundo, peço desculpa se ofendi.
ResponderEliminarQuanto ao "conceito artificial" referi-me apenas ao facto da ideia de infância é algo relativamente recente na história da Humanidade, criado pela alta burguesia e nobreza da durante a Idade Moderna.
Agora, realmente concordo que é estranho um puto com 7 anos andar armado e outro com 15 não. Que raio se é um mundo pós-Apocalíptico com zombies todos devem andar armado é a regra número 1 de como se sobreviver a uma história de zombies! :)
Vitor,
ResponderEliminarEu é que peço desculpa se soei ofendida. Não foi o caso. Percebi perfeitamente o que estavas a tentar dizer.
Mas discordo contigo num ponto. Não acho que TODA a gente devia andar com uma arma no apocalipse zombie. Por exemplo, serial killers, loucos ou crianças, acho estúpido por-lhes uma arma nas mãos. Nenhum dos três casos pode acabar muito bem. E uma criança de 7 anos não tem maturidade suficiente para saber sobre quem pode ou não pode disparar e acidentes acontecem. É a minha opinião.
Não pude de deixar de ler a vossa disputa sobre "um rapaz de 7 anos não deve andar armado", eu por sua vez que sigo a serie e a BD posso dizer que ele não anda armado com 7 anos, tem no mínimo 10. E se pensarmos bem é uma sociedade destruída, e realço é FICÇÃO. Para alem de que se ele não tem a tal arma, e é encontrado numa situação de perigo, e sem supervisionamento de uma pessoa suficientemente matura para manusear uma arma o que acontece?
ResponderEliminarComo deve ter percebido este post é uma opinião da BD, por isso, tal como você eu sigo a BD e sei do que falo. Se o miúdo tem 7 anos, ou 8, ou 9, não sei ao certo, mas isso não muda o facto de ser uma criança. Mas eu nem sequer estou a querer questionar o terem ou não armas, o que eu questionei foi o darem armas a um miúdo e não darem a adolescentes já quase adultos.
EliminarAlém disso seria de esperar que, nas mãos de uma criança, as coisas dessem para o torto, e na BD não dá assim tanto para o torto (na série sim, mas isso é outra questão)