Tentei comprar o menos possível este mês, mas não resisti a umas aquisições ( a maior parte das quais a preços muito reduzidos).
Ficção:
- Mentira Escura, de Gena Showalter (Harlequin)
- Necromancia, de Frederico Duarte (Edições Nova Gaia), comprei o livro e o ebook, que ficou por apenas mais 1€. :)
- A Vida Secreta das Abelhas, de Sue Monk Kidd (Edições ASA)
- Sally, de Jorge Candeias (Edições Colibri)
- World War Z - AudioCD, de Max Brooks (Random House)
Não Ficção:
- O Ouro dos Faraós, de Hans Wolfgang Müller / Eberhand Thiem (Fotolio Ediciones)
- Os Mitos do Mundo, de Tony Allan (Círculo de Leitores)
Banda Desenhada:
- Eternal Sabbath - Vol. 6 a 8, de Fuyumi Soryo (Del Rey), terminando assim mais uma colecção de manga, ainda por cima das minhas favoritas. Aos pouquinhos, vai-se lá.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Pariah 3
"Pariah 3", de Aron Warner / Brett Weldele / Philip Gelatt (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Robert Maudsley knows what makes us tick. He knos what people want, need, hate and love. He can use that knowldge to get us to do qhatever he wants, no matter how dangerous, immoral or repugnant that may be. Maudsley has no moral compass. he has no compassion. But he's very curious about how far he can push people and what what he can away with. Maudsley wants to rule the control. Maudsley wants to control us all. Maudsley is 15 years old.
Este é o terceiro número do que, posteriormente, será uma compilação em volume.
No final do post podem ver algumas páginas deste número, cortesia da Sea Lion Books.
Guião (Aron Warner / Philip Gelatt):
Este capítulo foi uma surpresa. Não esperava uma personagem com Robert Maudsley, que se afasta de certa forma dos outros Vitro. Achei no entanto que a personagem foii bem exposta, ainda que fosse necessário ver mais das suas acções para realmente criar um temor que imagino que o autor queira arquitectar em volta desta personagem.
As revelações que uma certa personagem traz ao enredo, são muito curiosas e estou com vontade de saber o que vem a seguir e onde irá parar esta 'civilização' Vitro.
Arte (Brett Weldele):
Mais uma vez deixe-me apaixonar pela arte simples mas emotiva do artista. É única e isso confere à históris uma singularidade que outros estilos nunca conseguiriam transmitir.
Em particular, apreciei a caracterização dos pais do Maudsley. Era como se os estivessemos a ver através dos olhos do rapaz e por isso os percepcionássemos como monstros em feições humanas.
Em suma, este foi um número bastante surpreendente e a história fica mais complexa a cada novo capítulo. O leitor fica mesmo com vontade de saber o que vem a seguir. Vale a pena ler, não só pela sociedade apresentada, como pela promessa de algo ainda maior.
Nota: Tenho de agradecer à editora (Sea Lion Books) a oportunidade de ler esta banda desenhada.
Nota 2: Visitem o site oficial de Pariah.
Para verem as restantes páginas-amostra: Página 4, Página 5. Página 6.
Sinopse:
Robert Maudsley knows what makes us tick. He knos what people want, need, hate and love. He can use that knowldge to get us to do qhatever he wants, no matter how dangerous, immoral or repugnant that may be. Maudsley has no moral compass. he has no compassion. But he's very curious about how far he can push people and what what he can away with. Maudsley wants to rule the control. Maudsley wants to control us all. Maudsley is 15 years old.
Este é o terceiro número do que, posteriormente, será uma compilação em volume.
No final do post podem ver algumas páginas deste número, cortesia da Sea Lion Books.
Guião (Aron Warner / Philip Gelatt):
Este capítulo foi uma surpresa. Não esperava uma personagem com Robert Maudsley, que se afasta de certa forma dos outros Vitro. Achei no entanto que a personagem foii bem exposta, ainda que fosse necessário ver mais das suas acções para realmente criar um temor que imagino que o autor queira arquitectar em volta desta personagem.
As revelações que uma certa personagem traz ao enredo, são muito curiosas e estou com vontade de saber o que vem a seguir e onde irá parar esta 'civilização' Vitro.
Arte (Brett Weldele):
Mais uma vez deixe-me apaixonar pela arte simples mas emotiva do artista. É única e isso confere à históris uma singularidade que outros estilos nunca conseguiriam transmitir.
Em particular, apreciei a caracterização dos pais do Maudsley. Era como se os estivessemos a ver através dos olhos do rapaz e por isso os percepcionássemos como monstros em feições humanas.
Em suma, este foi um número bastante surpreendente e a história fica mais complexa a cada novo capítulo. O leitor fica mesmo com vontade de saber o que vem a seguir. Vale a pena ler, não só pela sociedade apresentada, como pela promessa de algo ainda maior.
Nota: Tenho de agradecer à editora (Sea Lion Books) a oportunidade de ler esta banda desenhada.
Nota 2: Visitem o site oficial de Pariah.
Para verem as restantes páginas-amostra: Página 4, Página 5. Página 6.
Dark Swan - Storm Born 3
Baseado na saga "Dark Swan" da autora Richelle Mead (mais conhecida em Portugal pela saga "Academia de Vampiros"), esta adaptação a novela gráfica, está a ser comercializada nos EUA (4 números que serão depois compilados num 1º volume; este é o número 3).
No fim deste post podem ver as seis primeiras páginas deste número da BD (3), cortesia da Sea Lion Books.
Guião (Grant Alter):
Mantendo-se muito em sintonia ao romance original, o guionista voltou a usar palavras directamente do livro, conjugando a acção e os diálogos de forma a enquadrar bem a arte. Que tenha notado, foi a primeira vez que o guionista cortou algumas cenas (em relação ao que se passou no romance), mas não me parece que a história tenha perdido muito com isso.
Acho contudo que por vezes a narração foi 'excessiva'. o que quero dizer é que momentos houve em que os balões do narrador estavam a dizer algo que era óbvio, quer através do desenho, quer através dos diálogos. Isto não aconteceu em todos os momentos, mas em alguns era escusada a repetição de constatações óbvias.Arte (David Hamann):
Achei imensa piada porque tinha criado, na minha cabeça, imagens de certas personagens que, pelas mãos do David Hamann, acabaram por não sair nada do que eu tinha pensado. Ainda assim acho muito curioso como ele consegue delinear certos tratos da personalidade de cada personagem, não só no físico os mesmo, mas especialmente nas suas expressões e forma de estar.
Mais uma vez posso dizer que gostei muito do traço do artista e das cores, embora desta vez as cenas de acção não me tenham cativado tanto comnos volumes anteriores.Ler este número, já depois de ter lido o romance em que se baseia, é um pouco diferente do que aconteceu no primeiro número e mesmo no segundo (pois na altura ainda não tinha terminado de ler o livro). Ainda assim mantenho o que disse: a adaptação a novela gráfica está muito fiel ao livro e isso é uma mais valia.
A história está avançar de forma muito boa, sem ter momentos mortos, mas sem descurar o desenvolvimento das personagens, embora tenha sentido falta de um pouco mais de 'tempo de antena' em certos momentos (como na corte do Dorian). Esta continua a ser uma novela gráfica a seguir com muito interesse, especialmente para fãs da autora e/ou do género romance paranormal.
Nota: Tenho de agradecer à editora (Sea Lion Books) a oportunidade de ler este terceiro número.
|
Pariah 2
"Pariah 2", de Aron Warner / Brett Weldele / Philip Gelatt (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Why are the most elite black-op forces chasing a 16 year old girl across the country? Why can’t they find her? And why do they want to kill her? Because they think Lila Ellerman is a terrorist who released a deadly virus into the wild. But really, she’s just a girl with a crush on a guy named Brandon. Yes, she’s figured out the science of controlling anit-matter, but that doesn’t make her a criminal. Will she be able to protect her friends and keep them from being taken prisoner, or worse?
Este é o segundo número do que, posteriormente, será uma compilação em volume.
No final do post podem ver algumas páginas da banda desenhada, cortesia da Sea Lion Books.
Guião (Aron Warner / Philip Gelatt):
Desta vez focado num outro Vitro (Lila), este número aprensenta-nos o que realmente se passou no primeiro Pariah e porque os Vitro acabaram por ser considerados terroristas. Também aqui nos são apresentadas várias novas personagens, uma das quais, em especial, irá ter ainda maior relevância no número seguinte.
Acho que o autor conseguiu conciliar bem a acção e encadear os acontecimentos, de forma a manter o leitor curioso. Dando respostas, mas deixando ainda muito por explicar.
Nota-se também uma forma de apresentação narrativa algo diferente do volume anterior. Acho que cada novo capítulo consegue ser quase individual e único, mas ao mesmo tempo encadeado.
Arte (Brett Weldele):
A arte desta banda desenhada, relembra-me um pouco a do anime "Saikano". (Alguém conhece?) É daquelas que primeiro se estranha e depois se aprende a gostar. É bastante simples, por vezes até com traços quase 'preguiçosos', mas que bem vista se torna verdadeiramente bela. Não deverá ser do agrado de todos, mas eu pessoalmente gosto bastante pela sua simplicidade e ainda assim inerente complexidade. Também as cores são subliminares e o artista sabe dar enfoque ao que lhe aprouvem, de forma a captar a atenção do leitor.
Apesar de as cenas de maior acção (que para já são bem poucas) não estarem muito dinâmicas, a junção da pintura e da arte 'rabiscada' funciona bem para lhe dar movimento.
Em suma, este número foi uma boa adição ao anterior, embora tenha sentido a falta de saber o que realmente aconteceu depois do final do primeiro número, mas imagino que tal venha a ser respondido em breve. Para já esta decisão de acompanhar uma personagem diferente em cada capítulo, funciona a favor da história. Fica a curiosidade de ver o que vem a seguir.
Nota: Tenho de agradecer à editora (Sea Lion Books) a oportunidade de ler esta banda desenhada.
Nota 2: Visitem o site oficial de Pariah.
Para verem as restantes páginas-amostra: Página 04, Página 05, Página 06
Sinopse:
Why are the most elite black-op forces chasing a 16 year old girl across the country? Why can’t they find her? And why do they want to kill her? Because they think Lila Ellerman is a terrorist who released a deadly virus into the wild. But really, she’s just a girl with a crush on a guy named Brandon. Yes, she’s figured out the science of controlling anit-matter, but that doesn’t make her a criminal. Will she be able to protect her friends and keep them from being taken prisoner, or worse?
Este é o segundo número do que, posteriormente, será uma compilação em volume.
No final do post podem ver algumas páginas da banda desenhada, cortesia da Sea Lion Books.
Guião (Aron Warner / Philip Gelatt):
Desta vez focado num outro Vitro (Lila), este número aprensenta-nos o que realmente se passou no primeiro Pariah e porque os Vitro acabaram por ser considerados terroristas. Também aqui nos são apresentadas várias novas personagens, uma das quais, em especial, irá ter ainda maior relevância no número seguinte.
Acho que o autor conseguiu conciliar bem a acção e encadear os acontecimentos, de forma a manter o leitor curioso. Dando respostas, mas deixando ainda muito por explicar.
Nota-se também uma forma de apresentação narrativa algo diferente do volume anterior. Acho que cada novo capítulo consegue ser quase individual e único, mas ao mesmo tempo encadeado.
Arte (Brett Weldele):
A arte desta banda desenhada, relembra-me um pouco a do anime "Saikano". (Alguém conhece?) É daquelas que primeiro se estranha e depois se aprende a gostar. É bastante simples, por vezes até com traços quase 'preguiçosos', mas que bem vista se torna verdadeiramente bela. Não deverá ser do agrado de todos, mas eu pessoalmente gosto bastante pela sua simplicidade e ainda assim inerente complexidade. Também as cores são subliminares e o artista sabe dar enfoque ao que lhe aprouvem, de forma a captar a atenção do leitor.
Apesar de as cenas de maior acção (que para já são bem poucas) não estarem muito dinâmicas, a junção da pintura e da arte 'rabiscada' funciona bem para lhe dar movimento.
Em suma, este número foi uma boa adição ao anterior, embora tenha sentido a falta de saber o que realmente aconteceu depois do final do primeiro número, mas imagino que tal venha a ser respondido em breve. Para já esta decisão de acompanhar uma personagem diferente em cada capítulo, funciona a favor da história. Fica a curiosidade de ver o que vem a seguir.
Nota: Tenho de agradecer à editora (Sea Lion Books) a oportunidade de ler esta banda desenhada.
Nota 2: Visitem o site oficial de Pariah.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Booking Through Thursday - História
Sometimes I feel like the only person I know who finds reading history fascinating. It’s so full of amazing-yet-true stories of people driven to the edge and how they reacted to it. I keep telling friends that a good history book (as opposed to some of those textbooks in school that are all lists and dates) does everything a good novel does–it grips you with real characters doing amazing things.
Am I REALLY the only person who feels this way? When is the last time you read a history book? Historical biography? You know, something that took place in the past but was REAL.
Apesar de gostar muito de história, a verdade é que não me lembro de ter lido algum livro histórico (daqueles mesmo fiéis, sem ficção pelo meio), por várias razões: 1) Não sou grande fã de biografias; 2) Prefiro um conhecimento histórico geral, mais do que focado numa só personagem importante da história; 3) Gostava de ver mais livros que se debruçassem sobre as vidas das pessoas comuns em determinados momentos da história da humanidade, mais do que propriamente na política e guerras.
Vou só dar um exemplo: Apesar de eu gostar muito da antiga civilização egípcia, não me vejo a ler uma biografia da Cleópatra, ou do Ramsés II (embora tenha livros sobre ambos, são para consulta e não sei se alguma vez os lerei de uma ponta à outra). São opções.
Por outro lado também nunca fui muito interessada em ler romances históricos, embora esteja tentada a dar-lhes oportunidade.
Também é verdade que o que mais me fascina na história, são as mitologias, daí não fazer grande sentido me debruçar sobre pessoas. Apesar de o meu conhecimento mitológico ainda ser pouco abrangente, é uma das lacunas que pretendo colmatar num futuro próximo, até porque tenho vários livros sobre o assunto.
No entanto também sei que devo estar a perder de ler bons livros e de futuro, caso surja a oportunidade, gostava de conhecer mais a fundo certas personalidades históricas. Claro que, aparentemente, os portugueses tem um gosto especial pelos romances históricos e/ou biografias históricas, eu também fico curiosa. Só não vi ainda o livro que me chamasse mesmo a atenção.
Apesar de gostar muito de história, a verdade é que não me lembro de ter lido algum livro histórico (daqueles mesmo fiéis, sem ficção pelo meio), por várias razões: 1) Não sou grande fã de biografias; 2) Prefiro um conhecimento histórico geral, mais do que focado numa só personagem importante da história; 3) Gostava de ver mais livros que se debruçassem sobre as vidas das pessoas comuns em determinados momentos da história da humanidade, mais do que propriamente na política e guerras.
Vou só dar um exemplo: Apesar de eu gostar muito da antiga civilização egípcia, não me vejo a ler uma biografia da Cleópatra, ou do Ramsés II (embora tenha livros sobre ambos, são para consulta e não sei se alguma vez os lerei de uma ponta à outra). São opções.
Por outro lado também nunca fui muito interessada em ler romances históricos, embora esteja tentada a dar-lhes oportunidade.
Também é verdade que o que mais me fascina na história, são as mitologias, daí não fazer grande sentido me debruçar sobre pessoas. Apesar de o meu conhecimento mitológico ainda ser pouco abrangente, é uma das lacunas que pretendo colmatar num futuro próximo, até porque tenho vários livros sobre o assunto.
No entanto também sei que devo estar a perder de ler bons livros e de futuro, caso surja a oportunidade, gostava de conhecer mais a fundo certas personalidades históricas. Claro que, aparentemente, os portugueses tem um gosto especial pelos romances históricos e/ou biografias históricas, eu também fico curiosa. Só não vi ainda o livro que me chamasse mesmo a atenção.
Eternidade
"Eternidade (The Immortals 1)", de Alyson Noël (Edições Gailivro)
Sinopse:
Opinião:
Este é um livro que comecei a ler sem quaisquer expectativas. Temia o pior, que se veio a confirmar quase desde a primeira página. Aviso: A primeira terça parte do livro é uma quase total ‘reciclagem’ do Twilight (Crepúsculo, de Stephenie Meyer), ou não fosse a nossa protagonista uma desajustada, com problemas em se envolver com a família; não tivéssemos nós que ser apresentados ao novo estudante transferido, Damen, que além de ser um ‘borracho’ é excelente nos estudos, nos desportos, nas artes, é emancipado, tem um bruto carro e … bem … faz magia!
Além dos clichés à lá Twilight, temos outros: a loira que é uma bully, a melhor amiga gótica e o melhor amigo homossexual.
Claro que nem tudo é ‘inoriginal’ (sim, sei que a palavra não existe) e a premissa de que a Ever consegue ver auras poderia ser um ponto a favor do livro, mas a verdade é que é apensa superficialmente tratado e dessa forma torna-se quase irrelevante. Também a recente perda familiar da Ever deu algum interesse à trama, mas sendo que ela estava mais preocupada com o Damen do que com a irmã e os pais, bem … digamos que não foi por aí que me fascinou.
Quem me segue no Goodreads, sabe que estive quase para largar o livro, antes mesmo de chegar ao meio. Os clichés eram tantos e a Ever era tão melodramática, que estava prestes a desistir, mas lá me forcei a continuar e a coisa ficou um pouquito melhor, mas não ficou boa.
Em termos de personagens, a Ever até consegue ser interessante, apesar de por vezes ser muito irritante, ela é decidida e quando descobriu o que o Damen era, teve o bom senso de se afastar. Gostei especialmente de quando ela encontrou uma ‘cura’ temporária para os seus poderes e se tornou uma viciada (no entanto acho que autora não usou isto da melhor forma). Só fiquei sem perceber a reacção dela para com a Ava, pois pareceu-me completamente descabida. Afinal mostrava mais animosidade para com a Ava do que, por exemplo, para com a Drina (o que não faz sentido nenhum). Outra coisa que acho que vai irritar qualquer pessoa, é o facto de a Ever passar a vida a dizer que a culpa do acidente é dela e a autora decidir só no fim do livro nos dizer porque ela achava que assim era (e mais uma vez, as desculpas foram esfarrapadas).
O Damen é um Edward-wannabe, não necessariamente na personalidade, mas sim nas acções. A autora, no final, deu-nos explicações para todas as acções bizarras dele, mas a verdade é que soaram falsas, pretensiosas, nada mais que ‘desculpas’ para a autora brincar e gozar com o leitor. *SPOILER* Ainda estou para perceber como é que homens que viveram durante séculos, se comportam como adolescentes. *FIM DO SPOILER*
As restantes personagens, à excepção da Riley (que é das personagens mais espontâneas de todo o livro), não deixaram marca, apesar de algumas delas mostrarem poder ser bastante interessantes, eram tratadas com um certo grau de ‘esterotipismo’, e desta forma perdiam-se. A Drina é possivelmente uma das vilãs mais clichés de sempre e o fim dela foi verdadeiramente patético (e não é bom sinal).
Quanto à escrita, esta é simples (por vezes até demais) e embora acessível, falta-lhe brilho e algo que realmente prenda o leitor que não seja estreante. As descrições da beleza das personagens, como não podia deixar de ser, é sempre um ponto alto, em contraste a descrição dos ambientes é quase nula (excepto no caso de Summerland, que já agora é um dos nomes mais chacha que já vi). Achei curiosa a forma como a autora nos fez pensar que o Damen era uma coisa, para no fim ele revelar ser algo um pouco diferente. No entanto, os ‘truques’ que ela usou para ‘iludir’ o leitor foram um pouco ‘baixos’ e senti-me quase que enganada. *SPOILER* Chupar o veneno directamente das veias, quando ele já estava no sistema circulatório já à dois dias, é golpe de mestre! (sarcamo-meter a rebentar) *FIM DO SPOILER*
Em suma, este é um livro que nem sequer chega a ser medíocre. Apenas não é totalmente mau porque foca alguns assuntos curiosos (como o alcoolismo, a co-dependência, a perda da família), mas ao mesmo tempo toca em tudo de forma tão superficial, que acaba por não deixar marca. Não aconselho o livro, pois não traz nada de novo ao género, os protagonistas não têm muito fascínio e as personagens secundárias também não. Caso venha a ler a sequela, será somente porque já tenho o livro (que me foi oferecido, tal como este), mas nem sei se o vou fazer porque não imagino a trama a melhorar (bem pelo contrário, com base na sinopse).
Capa (Veer / Marcel Steger):
Gosto dos relevos e o efeito geral da capa está engraçado. O simbolismo também está bem pensado, já que a tulipa vermelha tem um significado bem curioso, que é explicado no fim do livro (quem já o souber antes, pode adivinhar certas 'revelações').
Trailer português:
Nota: Li este livro em Inglês, daí não poder opinar sobre a tradução ou a edição portuguesa.
Nota 2: Este livro foi-me oferecido pela ACSilva. Obrigada!
Sinopse:
Entrem num mundo
encantador onde o verdadeiro amor nunca morre... Depois de um terrível
acidente que lhe matou a família, Ever Bloom, de dezasseis anos,
consegue ver as auras das pessoas que a rodeiam, ouvir os seus
pensamentos e conhecer a história da vida de qualquer pessoa através de
um simples toque. Desviando-se, sempre que possível, no sentido de
evitar qualquer contacto humano e de esconder esses dons, Ever é vista
como uma anormal na escola secundária à qual regressa. Mas tudo muda,
quando conhece Damen Auguste. Damen é encantador, exótico e rico. E é a
única pessoa que consegue silenciar o ruído e as manifestações de
energia que invadem a cabeça de Ever. Ele transporta uma magia tão
intensa que parece conseguir ler a alma de Ever. À medida que Ever é
arrastada para o sedutor mundo de Damen, onde abundam os segredos e os
mistérios, começam a surgir-lhe mais perguntas do que respostas. Além de
que não faz ideia de quem realmente é... ou daquilo que é. Apenas sabe
que se está a apaixonar desesperadamente.
Opinião:
Este é um livro que comecei a ler sem quaisquer expectativas. Temia o pior, que se veio a confirmar quase desde a primeira página. Aviso: A primeira terça parte do livro é uma quase total ‘reciclagem’ do Twilight (Crepúsculo, de Stephenie Meyer), ou não fosse a nossa protagonista uma desajustada, com problemas em se envolver com a família; não tivéssemos nós que ser apresentados ao novo estudante transferido, Damen, que além de ser um ‘borracho’ é excelente nos estudos, nos desportos, nas artes, é emancipado, tem um bruto carro e … bem … faz magia!
Além dos clichés à lá Twilight, temos outros: a loira que é uma bully, a melhor amiga gótica e o melhor amigo homossexual.
Claro que nem tudo é ‘inoriginal’ (sim, sei que a palavra não existe) e a premissa de que a Ever consegue ver auras poderia ser um ponto a favor do livro, mas a verdade é que é apensa superficialmente tratado e dessa forma torna-se quase irrelevante. Também a recente perda familiar da Ever deu algum interesse à trama, mas sendo que ela estava mais preocupada com o Damen do que com a irmã e os pais, bem … digamos que não foi por aí que me fascinou.
Quem me segue no Goodreads, sabe que estive quase para largar o livro, antes mesmo de chegar ao meio. Os clichés eram tantos e a Ever era tão melodramática, que estava prestes a desistir, mas lá me forcei a continuar e a coisa ficou um pouquito melhor, mas não ficou boa.
Em termos de personagens, a Ever até consegue ser interessante, apesar de por vezes ser muito irritante, ela é decidida e quando descobriu o que o Damen era, teve o bom senso de se afastar. Gostei especialmente de quando ela encontrou uma ‘cura’ temporária para os seus poderes e se tornou uma viciada (no entanto acho que autora não usou isto da melhor forma). Só fiquei sem perceber a reacção dela para com a Ava, pois pareceu-me completamente descabida. Afinal mostrava mais animosidade para com a Ava do que, por exemplo, para com a Drina (o que não faz sentido nenhum). Outra coisa que acho que vai irritar qualquer pessoa, é o facto de a Ever passar a vida a dizer que a culpa do acidente é dela e a autora decidir só no fim do livro nos dizer porque ela achava que assim era (e mais uma vez, as desculpas foram esfarrapadas).
O Damen é um Edward-wannabe, não necessariamente na personalidade, mas sim nas acções. A autora, no final, deu-nos explicações para todas as acções bizarras dele, mas a verdade é que soaram falsas, pretensiosas, nada mais que ‘desculpas’ para a autora brincar e gozar com o leitor. *SPOILER* Ainda estou para perceber como é que homens que viveram durante séculos, se comportam como adolescentes. *FIM DO SPOILER*
As restantes personagens, à excepção da Riley (que é das personagens mais espontâneas de todo o livro), não deixaram marca, apesar de algumas delas mostrarem poder ser bastante interessantes, eram tratadas com um certo grau de ‘esterotipismo’, e desta forma perdiam-se. A Drina é possivelmente uma das vilãs mais clichés de sempre e o fim dela foi verdadeiramente patético (e não é bom sinal).
Quanto à escrita, esta é simples (por vezes até demais) e embora acessível, falta-lhe brilho e algo que realmente prenda o leitor que não seja estreante. As descrições da beleza das personagens, como não podia deixar de ser, é sempre um ponto alto, em contraste a descrição dos ambientes é quase nula (excepto no caso de Summerland, que já agora é um dos nomes mais chacha que já vi). Achei curiosa a forma como a autora nos fez pensar que o Damen era uma coisa, para no fim ele revelar ser algo um pouco diferente. No entanto, os ‘truques’ que ela usou para ‘iludir’ o leitor foram um pouco ‘baixos’ e senti-me quase que enganada. *SPOILER* Chupar o veneno directamente das veias, quando ele já estava no sistema circulatório já à dois dias, é golpe de mestre! (sarcamo-meter a rebentar) *FIM DO SPOILER*
Em suma, este é um livro que nem sequer chega a ser medíocre. Apenas não é totalmente mau porque foca alguns assuntos curiosos (como o alcoolismo, a co-dependência, a perda da família), mas ao mesmo tempo toca em tudo de forma tão superficial, que acaba por não deixar marca. Não aconselho o livro, pois não traz nada de novo ao género, os protagonistas não têm muito fascínio e as personagens secundárias também não. Caso venha a ler a sequela, será somente porque já tenho o livro (que me foi oferecido, tal como este), mas nem sei se o vou fazer porque não imagino a trama a melhorar (bem pelo contrário, com base na sinopse).
Capa (Veer / Marcel Steger):
Gosto dos relevos e o efeito geral da capa está engraçado. O simbolismo também está bem pensado, já que a tulipa vermelha tem um significado bem curioso, que é explicado no fim do livro (quem já o souber antes, pode adivinhar certas 'revelações').
Trailer português:
Nota: Li este livro em Inglês, daí não poder opinar sobre a tradução ou a edição portuguesa.
Nota 2: Este livro foi-me oferecido pela ACSilva. Obrigada!
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Caressed by Ice
"Caressed by Ice (Psy-Changeling 3)", de Nalini Singh (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse (em Inglês):
Opinião:
Quando leio um livro de uma saga e não gosto particularmente dele, ficou com as 'teimas' e tenho logo de ler outro, para tirar as dúvidas. daí ter saltado logo para a leitura deste Caressed by Ice, após o Visions of Heat.
Apesar de nem o Judd, nem a Brenna serem persoangens com quem o leitor tenha tido muita 'interacção' nos livros anteriores, estava curiosa para saber como o relacionamento dos dois ia funcionar, especialmente porque no primeiro livro da saga (Slave to Sensation) a Brenna tinha sofrido um trauma enorme, causado por um poderoso Psy (tal como o Judd).
Mais uma vez a autora deu-nos mais a saber sobre o seu 'mundo' e cada vez fico mais fascinada com o que vai sendo revelado a cada novo volume. Desta vez ficamos a conhecer ainda melhor o Conselho Psy, o afamado Ghost (estou curiosa para saber se a autora pretende um dia fazer um livro em que ele seja o protagonista), os 'rebeldes' e as forças especiais Arrows.
A cada novo volume a autora nos mostra a falta de escrúpulos do Conselho Psy, mas eu ainda tenho fé que, pelo menos o Kyle (o novo membro do conselho) não seja bem o que aparenta ser.
Também as informações que nos foram dadas sobre as mecânicas das ligações entre as várias comunidades de Changelings (metamorfos) foi bastante interessante e mais detalhada do que nos livros anteriores.
Quanto ao romance central, posso dizer que gostei muito. Especialmente porque os dois não cairam de amores um pelo outro mal se conheceram ( autora faz sempre isto muito bem). Apesar de não ser descrito tudo o que os levou a aproximarem-se, é bastante óbvio o que os levou a sentirem algo, ou não fosse Judd um dos que mais ajudou Brenna a recuperar depois dos acontecimentos do primeiro livro. No entanto, e tenho mesmo de dizer isto, acho que a autora deveria ter dificultado mais a submissão física da Brenna, depois de tudo o que ela contou que lhe aconteceu, não deveria ter sido tão 'simples' ela entregar-se completamente a ele. Por outro lado, o Judd foi mais convincente e cheguei mesmo a pensar que ele não iria quebrar o Silêncio (condição dos Psy). No geral gostei muito dos dois e de como se forma relacionando.
No que respeita às personagens, não sei se gostei ou não da Brenna, pois ela era uma mulher forte e decidida,, mas depois tinha momentos em que agia como uma adolescente mimalha. Ainda assim gostei muito da forma como ela enfrentou os problemas, apesar de por vezes ter umas acções que não lembra a ninguém. Já o Judd foi o oposto. Acho que dos três Psy que até agora foram protagonistas, ele foi o mais 'distanciado' e o que teve mais dificuldade em sucumbir aos sentimentos e isso sentia-se nas páginas. O que me deixa um pouco desconfortável é a facilidade com que a autora me conseguiu pôr a empatizar com um assassino/terrorista (claro que na vida real não era assim, mas ...), embora ele tenha a desculpa de ter tido uma lavagem cerebral completa desde a infância (como infelizmente acontece também na vida real).
Em termos de personagens secundárias, o Hawke voltou a ter a minha atenção (e pensar que o livro dele é só o 10º), mas também o Andrew e o Riley (irmãos da Brenna), a Indigo e o Ty foram personagens que se destacaram.
Além disso, a autora voltou a utilizar os casais dos volumes anteriores, de uma forma muito natural.
A escrita da autora continua a ser muito boa e desta vez nem tive que me preocupar com o abuso nos 'toques' (que referi no volume anterior) pois aqui foram bem mais comedidos. A autora consegue transmitir muito bem as emoções e os dilemas das personagens, assim como apresentar novos factos sobre o mundo que criou, de forma composta, sem criar autênticos info-dumps. Além disso dá sempre algumas pistas sobre o que poderá estar ainda para vir.
Tenho só duas coisas negativas a apontar: 1. O facto de a autora não ter aprofundado muito a relação entre a família Lauren; 2. O início do Epílogo foi demasiado sexual. Gostei do final, por trazer de volta uma certa normalidade à vida da Brenna e por mostrar a ligação que havia entre ela e o Judd, mas o início do epílogo foi demais.
Em suma, este foi um livro interessante, que conseguiu ser bem melhor que o segundo da série, e esteve quase a superar o primeiro. Com duas personagens bem curiosas e bastante desenvolvimento a nível do 'mundo', Nalini Singh conquistou-me novamente.
Capa:
No caso deste livro, ao contrário do que referi no anterior, acho que a capa americana (vejam aqui) é bem mais fiel à personagem principal do que a inglesa (apresentada acima). Quanto mais não seja porque não é o macho do livro (Judd) que tem olhos azuis, mas sim a fêmea (Brenna), daí a capa inglesa ser pouco representativa.
Sinopse (em Inglês):
As an Arrow, an elite soldier in the Psy Council ranks, Judd Lauren was forced to do terrible things in the name of his people. Now he is a defector, and his dark abilities have made him the most deadly of assassins - cold, pitiless, unfeeling. Until he meets Brenna...
Brenna Shane Kincaid was an innocent before she was abducted - and had her mind violated - by a serial killer. Her sense of evil runs so deep, she fears she could become a killer herself. Then the first dead body is found, victim of a familiar madness. Judd is her only hope, yet her sensual changeling side rebels against the inhuman chill of his personality, even as desire explodes between them. Shocking and raw, their passion is a danger that threatens not only their hearts, but their very lives...
Opinião:
Quando leio um livro de uma saga e não gosto particularmente dele, ficou com as 'teimas' e tenho logo de ler outro, para tirar as dúvidas. daí ter saltado logo para a leitura deste Caressed by Ice, após o Visions of Heat.
Apesar de nem o Judd, nem a Brenna serem persoangens com quem o leitor tenha tido muita 'interacção' nos livros anteriores, estava curiosa para saber como o relacionamento dos dois ia funcionar, especialmente porque no primeiro livro da saga (Slave to Sensation) a Brenna tinha sofrido um trauma enorme, causado por um poderoso Psy (tal como o Judd).
Mais uma vez a autora deu-nos mais a saber sobre o seu 'mundo' e cada vez fico mais fascinada com o que vai sendo revelado a cada novo volume. Desta vez ficamos a conhecer ainda melhor o Conselho Psy, o afamado Ghost (estou curiosa para saber se a autora pretende um dia fazer um livro em que ele seja o protagonista), os 'rebeldes' e as forças especiais Arrows.
A cada novo volume a autora nos mostra a falta de escrúpulos do Conselho Psy, mas eu ainda tenho fé que, pelo menos o Kyle (o novo membro do conselho) não seja bem o que aparenta ser.
Também as informações que nos foram dadas sobre as mecânicas das ligações entre as várias comunidades de Changelings (metamorfos) foi bastante interessante e mais detalhada do que nos livros anteriores.
Quanto ao romance central, posso dizer que gostei muito. Especialmente porque os dois não cairam de amores um pelo outro mal se conheceram ( autora faz sempre isto muito bem). Apesar de não ser descrito tudo o que os levou a aproximarem-se, é bastante óbvio o que os levou a sentirem algo, ou não fosse Judd um dos que mais ajudou Brenna a recuperar depois dos acontecimentos do primeiro livro. No entanto, e tenho mesmo de dizer isto, acho que a autora deveria ter dificultado mais a submissão física da Brenna, depois de tudo o que ela contou que lhe aconteceu, não deveria ter sido tão 'simples' ela entregar-se completamente a ele. Por outro lado, o Judd foi mais convincente e cheguei mesmo a pensar que ele não iria quebrar o Silêncio (condição dos Psy). No geral gostei muito dos dois e de como se forma relacionando.
No que respeita às personagens, não sei se gostei ou não da Brenna, pois ela era uma mulher forte e decidida,, mas depois tinha momentos em que agia como uma adolescente mimalha. Ainda assim gostei muito da forma como ela enfrentou os problemas, apesar de por vezes ter umas acções que não lembra a ninguém. Já o Judd foi o oposto. Acho que dos três Psy que até agora foram protagonistas, ele foi o mais 'distanciado' e o que teve mais dificuldade em sucumbir aos sentimentos e isso sentia-se nas páginas. O que me deixa um pouco desconfortável é a facilidade com que a autora me conseguiu pôr a empatizar com um assassino/terrorista (claro que na vida real não era assim, mas ...), embora ele tenha a desculpa de ter tido uma lavagem cerebral completa desde a infância (como infelizmente acontece também na vida real).
Em termos de personagens secundárias, o Hawke voltou a ter a minha atenção (e pensar que o livro dele é só o 10º), mas também o Andrew e o Riley (irmãos da Brenna), a Indigo e o Ty foram personagens que se destacaram.
Além disso, a autora voltou a utilizar os casais dos volumes anteriores, de uma forma muito natural.
A escrita da autora continua a ser muito boa e desta vez nem tive que me preocupar com o abuso nos 'toques' (que referi no volume anterior) pois aqui foram bem mais comedidos. A autora consegue transmitir muito bem as emoções e os dilemas das personagens, assim como apresentar novos factos sobre o mundo que criou, de forma composta, sem criar autênticos info-dumps. Além disso dá sempre algumas pistas sobre o que poderá estar ainda para vir.
Tenho só duas coisas negativas a apontar: 1. O facto de a autora não ter aprofundado muito a relação entre a família Lauren; 2. O início do Epílogo foi demasiado sexual. Gostei do final, por trazer de volta uma certa normalidade à vida da Brenna e por mostrar a ligação que havia entre ela e o Judd, mas o início do epílogo foi demais.
Em suma, este foi um livro interessante, que conseguiu ser bem melhor que o segundo da série, e esteve quase a superar o primeiro. Com duas personagens bem curiosas e bastante desenvolvimento a nível do 'mundo', Nalini Singh conquistou-me novamente.
Capa:
No caso deste livro, ao contrário do que referi no anterior, acho que a capa americana (vejam aqui) é bem mais fiel à personagem principal do que a inglesa (apresentada acima). Quanto mais não seja porque não é o macho do livro (Judd) que tem olhos azuis, mas sim a fêmea (Brenna), daí a capa inglesa ser pouco representativa.
domingo, 21 de agosto de 2011
Zombie
"Zombie", de Mike Raicht e Kyle Hotz (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Argumento (Mike Raicht):
O início da história é logo bastante activo. Se as coisas começam mal, logo ficam piores.
Começamos com um assalto a um banco onde somos introduzidos a dois ladrões sem escrúpulos e um empregado que quer manter-se fora de sarilhos, mas que acaba encrencado ao tentar salvar uma colega.
Assim, o começo é um pouco diferente do habitual, já que as personagens já estão com os nervos à flor-da-pele, antes mesmo de os sarilhos começarem (não há aqui protagonistas em coma; Sorry!, tinha de ser dito).
Embora as leis fundamentais do vírus zombie aqui introduzido não sejam originais, a verdade é que em poucas páginas o autor conseguiu presentear-nos com personagens interessantes e algumas reviravoltas curiosas, se bem que nem todas no pico da originalidade.
Arte (Kyle Hotz):
Não conheço outros trabalhos do artista, mas o estilo que ele usou nesta BD ficou perfeitamente enquadrado no género. Os zombies pareciam realmente assustadores e os completamente humanos distinguiam-se bem, mais ainda quando alguns deles se começaram a 'transformar' foi-se notando uma degradação progressiva que ficou muito bem retratada.
A verdade é que estranhei um pouco o estilo ao início, mas cedo me habituei e no fim já estava a adorar.
Em suma, não é um trabalho muito inovador no género, mas entretém bastante e consegue, em apenas um volume, entregar uma história com interesse, apresentada com gráficos muito bons.
Sinopse:
Welcome to Zombie
action, MAX style. In this four-issue limited series by Mike Raicht and
Kyle Hotz, the dead roam the earth, a small town in New York State is
under siege and human flesh is what's for dinner! And humanity's last
hope is hiding out in a little rest-stop on Interstate 90. Barricade
your doors and windows and get the guns loaded... hell is on Earth, and
it just might be up to a man named Simon Garth to stop it... Collects
Zombie #1-4.
Argumento (Mike Raicht):
O início da história é logo bastante activo. Se as coisas começam mal, logo ficam piores.
Começamos com um assalto a um banco onde somos introduzidos a dois ladrões sem escrúpulos e um empregado que quer manter-se fora de sarilhos, mas que acaba encrencado ao tentar salvar uma colega.
Assim, o começo é um pouco diferente do habitual, já que as personagens já estão com os nervos à flor-da-pele, antes mesmo de os sarilhos começarem (não há aqui protagonistas em coma; Sorry!, tinha de ser dito).
Embora as leis fundamentais do vírus zombie aqui introduzido não sejam originais, a verdade é que em poucas páginas o autor conseguiu presentear-nos com personagens interessantes e algumas reviravoltas curiosas, se bem que nem todas no pico da originalidade.
Arte (Kyle Hotz):
Não conheço outros trabalhos do artista, mas o estilo que ele usou nesta BD ficou perfeitamente enquadrado no género. Os zombies pareciam realmente assustadores e os completamente humanos distinguiam-se bem, mais ainda quando alguns deles se começaram a 'transformar' foi-se notando uma degradação progressiva que ficou muito bem retratada.
A verdade é que estranhei um pouco o estilo ao início, mas cedo me habituei e no fim já estava a adorar.
Em suma, não é um trabalho muito inovador no género, mas entretém bastante e consegue, em apenas um volume, entregar uma história com interesse, apresentada com gráficos muito bons.
Entre os Assassinatos
"Entre os Assassinatos", de Aravind Adiga (Editorial Presença)
Sinopse:
Opinião:
Por onde começar ...
Embrenhei-me na leitura desde a primeira página. Cada história, cada personagem, me dava vontade de continuar a ler e tentar perceber se havia alguma ligação entre os vários contos e se estes culminariam de alguma forma. Foi também este o meu maior erro, enquanto leitora, pois se estivesse apenas a desfrutar cada conto por si, sem tentar interligá-los, no fim não teria ficado tão decepcionada.
Alguns dos contos estão interligados, de forma muito ténue, outros não aparentam ter nada em comum, para além da expressiva cidade de Kittur (fictícia). O problema, foi que, graças ao título (e a não ter lido a sinopse) esperava que o mesmo indicasse um qualquer final que eu não estava à espera. Et voilá! Saí gorada.
Este livro é sobre Kittur, a decadente cidade em desenvolvimento e as suas gentes. Dessa forma, deve ser lido como tal e por tal deverá ser apreciada.
Como já disse, adorei o livro desde as primeiras páginas. O autor conseguiu criar personagens com as quais é fácil identificarmo-nos, pois nem os maus são maus de todo, nem os bons são sempre heróis. Aliás, é mais certo dizer que aqui não há bem nem mal, apenas sobrevivência e muita injustiça.
Nenhuma das vidas descritas nos contos é fácil e o leitor conseguirá, talvez, rever-se em várias das situações. Talvez não no mesmo grau de decadência, mas semelhante. Temos o extremo da pobreza e o extremo da riqueza, mas nenhum desses estados parece trazer felicidade e o autor denota tão bem as suas personagens, que acabamos por não amar ninguém, mas também não odiar ninguém (ou apenas os personagens assessórios).
Cada história é única e mostra personagens com objectivos distintos. Não tenho nenhuma em particular da qual tenha gostado mais, já que cada uma foi retratada de forma bastante coesa e acabaram todas por ter impactos semelhantes.
A escrita do autor é muito boa, imergindo o leitor na cidade de Kittur, nos seus costumes, nas suas gentes. Não é um visão bonita da Índia, ou dos Indianos e daí poder ser mau nesse aspecto. Aceito que tenha sido uma escolha do autor, retratar a degradação e a mentira, mas parece-me também injusto para com a comunidade indiana.
Ainda assim, com o estilo de prosa do autor, cada viela pútrida, cada casa senhorial, cada templo e escola, cada criança ou condutor de riquexó, todos quase se podiam tocar. Raramente leio livros assim, mas Aravind Adiga conseguiu criar Kittur aos olhos de cada leitor. Sinto como se tivesse viajado até lá de comboio, apanhado um autocarro até Salt Market Village e escolhido entre os dois cinemas da cidade. Uma escrita fabulosa!
Em suma, este é um excelente livro, mas não esperem finais felizes, ou sequer felicidades prometidas, este livro é real e dessa forma pode ser tão apaziguador quanto cruel. Sei que a única razão por eu não ter amado verdadeiramente este livro, se prende com o facto de me ter deixado 'enganar' pelo título. Um pouco mais de atenção da minha parte e nada disso teria sucedido. Ainda assim, tenho de apontar apenas uma coisa que me deixou um pouco triste: a falta de uma história mais feliz. No meio de tanta injustiça e de tanta tristeza, teria sido bom ver, pelo menos, um dos contos, a terminar de forma mais meiga. Afinal, não faz a felicidade também parte da vida?
Tradução (Alice Rocha):
Um trabalho bastante bom, que pecou apenas por algumas pequenas falhas, quase insignificantes, que em nada impediram uma boa leitura.
Capa, Design e Edição:
Acho que há muito tempo que não viu um livro com um título tão enganador, de braço dado com uma capa enganadora.
No livro há apenas UMA referência a um pavão, quando uma das personagens está a ver o mar embater na muralha e compara isso com as penas de um pavão. Sim, só isso! Daí, muito sinceramente, eu não compreender o porquê desta capa que nada tem a ver com a história (a menos que me tenha falhado algo de muito crucial.
O título, esse, só compreendi ao ler a Cronologia, no final do livro, sendo que todos os contos se passam entre o assassinato de Indira Gandhi e o de Rajiv Gandhi (1884-1991). Compreendo o simbolismo do título, mas este não deixa de ser completamente enganador para quem não ler a sinopse (ou simplesmente se esquecer do que leu na sinopse até começar a ler o livro, que foi o que aconteceu comigo; Mea Culpa!).
A edição está cuidada, embora pequenas gralhas tenham passado, mas não de forma a incomodar a leitura.
Nota: Este livro foi-me oferecido por uma colega de trabalho. Obrigada!
Sinopse:
Este é novo romance do autor de O Tigre Branco, o aplaudido Booker Prize de 2008.
A obra desenvolve-se como um um guia de viagem a uma cidade imaginária, Kittur, situada na costa sudoeste da Índia, a meio caminho entre Goa e Calecute, durante o período de sete anos que decorreu entre os assassinatos de Indira Gandhi e do seu filho Rajiv. São catorze histórias que se sobrepõem formando um mapa vivo da cidade, decorrendo cada uma em diferentes zonas de Kittur. Aravind Adiga retoma muitos dos temas presentes em O Tigre Branco, mas recorre agora a múltiplos narradores diferentes. Uma obra que o conduz à descoberta fascinante da Índia actual.
Opinião:
Por onde começar ...
Embrenhei-me na leitura desde a primeira página. Cada história, cada personagem, me dava vontade de continuar a ler e tentar perceber se havia alguma ligação entre os vários contos e se estes culminariam de alguma forma. Foi também este o meu maior erro, enquanto leitora, pois se estivesse apenas a desfrutar cada conto por si, sem tentar interligá-los, no fim não teria ficado tão decepcionada.
Alguns dos contos estão interligados, de forma muito ténue, outros não aparentam ter nada em comum, para além da expressiva cidade de Kittur (fictícia). O problema, foi que, graças ao título (e a não ter lido a sinopse) esperava que o mesmo indicasse um qualquer final que eu não estava à espera. Et voilá! Saí gorada.
Este livro é sobre Kittur, a decadente cidade em desenvolvimento e as suas gentes. Dessa forma, deve ser lido como tal e por tal deverá ser apreciada.
Como já disse, adorei o livro desde as primeiras páginas. O autor conseguiu criar personagens com as quais é fácil identificarmo-nos, pois nem os maus são maus de todo, nem os bons são sempre heróis. Aliás, é mais certo dizer que aqui não há bem nem mal, apenas sobrevivência e muita injustiça.
Nenhuma das vidas descritas nos contos é fácil e o leitor conseguirá, talvez, rever-se em várias das situações. Talvez não no mesmo grau de decadência, mas semelhante. Temos o extremo da pobreza e o extremo da riqueza, mas nenhum desses estados parece trazer felicidade e o autor denota tão bem as suas personagens, que acabamos por não amar ninguém, mas também não odiar ninguém (ou apenas os personagens assessórios).
Cada história é única e mostra personagens com objectivos distintos. Não tenho nenhuma em particular da qual tenha gostado mais, já que cada uma foi retratada de forma bastante coesa e acabaram todas por ter impactos semelhantes.
A escrita do autor é muito boa, imergindo o leitor na cidade de Kittur, nos seus costumes, nas suas gentes. Não é um visão bonita da Índia, ou dos Indianos e daí poder ser mau nesse aspecto. Aceito que tenha sido uma escolha do autor, retratar a degradação e a mentira, mas parece-me também injusto para com a comunidade indiana.
Ainda assim, com o estilo de prosa do autor, cada viela pútrida, cada casa senhorial, cada templo e escola, cada criança ou condutor de riquexó, todos quase se podiam tocar. Raramente leio livros assim, mas Aravind Adiga conseguiu criar Kittur aos olhos de cada leitor. Sinto como se tivesse viajado até lá de comboio, apanhado um autocarro até Salt Market Village e escolhido entre os dois cinemas da cidade. Uma escrita fabulosa!
Em suma, este é um excelente livro, mas não esperem finais felizes, ou sequer felicidades prometidas, este livro é real e dessa forma pode ser tão apaziguador quanto cruel. Sei que a única razão por eu não ter amado verdadeiramente este livro, se prende com o facto de me ter deixado 'enganar' pelo título. Um pouco mais de atenção da minha parte e nada disso teria sucedido. Ainda assim, tenho de apontar apenas uma coisa que me deixou um pouco triste: a falta de uma história mais feliz. No meio de tanta injustiça e de tanta tristeza, teria sido bom ver, pelo menos, um dos contos, a terminar de forma mais meiga. Afinal, não faz a felicidade também parte da vida?
Tradução (Alice Rocha):
Um trabalho bastante bom, que pecou apenas por algumas pequenas falhas, quase insignificantes, que em nada impediram uma boa leitura.
Capa, Design e Edição:
Acho que há muito tempo que não viu um livro com um título tão enganador, de braço dado com uma capa enganadora.
No livro há apenas UMA referência a um pavão, quando uma das personagens está a ver o mar embater na muralha e compara isso com as penas de um pavão. Sim, só isso! Daí, muito sinceramente, eu não compreender o porquê desta capa que nada tem a ver com a história (a menos que me tenha falhado algo de muito crucial.
O título, esse, só compreendi ao ler a Cronologia, no final do livro, sendo que todos os contos se passam entre o assassinato de Indira Gandhi e o de Rajiv Gandhi (1884-1991). Compreendo o simbolismo do título, mas este não deixa de ser completamente enganador para quem não ler a sinopse (ou simplesmente se esquecer do que leu na sinopse até começar a ler o livro, que foi o que aconteceu comigo; Mea Culpa!).
A edição está cuidada, embora pequenas gralhas tenham passado, mas não de forma a incomodar a leitura.
Nota: Este livro foi-me oferecido por uma colega de trabalho. Obrigada!
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
::Conto:: The Cannibal Princess
"The Cannibal Princess" é um conto curto de Nalini Singh e tem lugar após os eventos do livro Slave to Sensation. Podem ler esta história no site oficial da autora.
Focado na relação entre a Sascha e o Lucan, assim como na interacção de ambos com os dois filhos da Tamsynn (Julian e Roman), este conto consegue ser bastante afável.
Por um lado gostei de ver a interacção entre o casal, que demonstra já bastante evolução e sente-se o carinho que há entre ambos, através das palavras da autora.
Já a parte da história que dá nome ao conto, me apareceu incompleta, maioritariamente porque o Lucan acabou por não contar a história toda e eu queria ouví-la (estou a ser propositadamente mimalha, pois sinto-me defraudada quando não oiço uma história até ao fim).
O único problema do conto é ser muito curto.
No geral é um conto engraçado, que em poucas palavras consegue mostrar o grande carinho que as personagens têm umas pelas outras. Aconselho a quem já leu o Slave to Sensation e tem curiosidade em ver um pouco do que se passou depois.
Focado na relação entre a Sascha e o Lucan, assim como na interacção de ambos com os dois filhos da Tamsynn (Julian e Roman), este conto consegue ser bastante afável.
Por um lado gostei de ver a interacção entre o casal, que demonstra já bastante evolução e sente-se o carinho que há entre ambos, através das palavras da autora.
Já a parte da história que dá nome ao conto, me apareceu incompleta, maioritariamente porque o Lucan acabou por não contar a história toda e eu queria ouví-la (estou a ser propositadamente mimalha, pois sinto-me defraudada quando não oiço uma história até ao fim).
O único problema do conto é ser muito curto.
No geral é um conto engraçado, que em poucas palavras consegue mostrar o grande carinho que as personagens têm umas pelas outras. Aconselho a quem já leu o Slave to Sensation e tem curiosidade em ver um pouco do que se passou depois.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Visions of Heat
"Visions of Heat (Psy-Changeling 2), de Nalini Singh (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse (em Inglês):
Opinião:
Nem sei muito bem o que dizer em relação a este livro. Tinha gostado muito do primeiro volume desta saga, "Slave to Sensation", e por isso esperava algo de especial neste segundo volume. Infelizmente os meus piores receios confirmaram-se.
Não é que livro seja mau, mas também não é bom. Mas vamos por partes.
O enredo em si é relativamente forte. Temos uma protagonista, a Psy (seres com capacidades mentais acima do comum, que não têm sentimentos, por forma a serem mais eficazes) Faith, firme e decidida, que por medo de perder a sanidade e por ser bastante inteligente e perspicaz, decide pedir ajuda à única Psy que acredita que a pode ajudar. Essa Psy é a Sascha (a protagonista do livro anterior).
Ao longo da história vamos descobrindo vários factores importantes, relativamente aos Psy e as NetMind (algumas das minhas cenas favoritas foram à custa desta 'entidade') e este foi, sem dúvida, o ponto forte do livro, sendo que nos emergiu totalmente na sociedade Psy, mais ainda do que no volume anterior.
Tenho no entanto que apontar algo que não gostei nada na trama, que foi a facilidade e a normalidade com que os outros metamorfose aceitaram a presença da Faith. Não a conheciam, não sabiam quais as intenções dela, mas mal o Vaughan a trouxe para junto deles, nenhum protestou. Tão mau!
A história amorosa, por si só, é bastante corriqueira e tem poucos precalços, mas as decisãos da Faith e as descobertas que ela faz, acabam por ser crucias para a saga, abrindo novas portas para os volumes que se seguem. No entanto, sendo este um romance, na sua essência, a relação entre a Faith e o Vaughan tem pouco impacto e pouco conflito. Já para não falar que, mesmo em termos do que os rodeia, só mesmo no fim é que somos introduzidos a factores realmente importantes, sendo que no início estamos apenas a conhecer os protagonistas e pouco mais. Ainda assim, convém referir que este romance não é 'instantâneo' e vai-se desenvolvendo aos poucos (como já tinha acontecido no primeiro livro), o que torna a relação bem mais credível.
O que para mim foi muito difícil, foi engolir a facilidade com que a Faith aceitou o lado assassino do Vaughan. O que poderia ter sido o ponto de partida para algum conflito e consequente dinâmica no casal, acabou antes mesmo de ter começado.
Em termos das personagens, posso dizer que a Faith foi, de longe, a que mais se destacou, mostrando ser uma protagonista forte e com a qual é fácil sentir afinidade. Já o Vaughan (que é o protagonista) foi bastante mal exposto e, no final fica a sensação de que ele pouca personalidade tem para além do horror da morte da irmã. E já que toco no tópico da irmã, tenho de referir que esta autora tem uma estranha tendência para matar as irmãs de toda a gente (no livro anterior foi uma, e outra quase morreu, neste livro foram mais duas). Será trauma? Quem sabe ...
Outras personagens também merecem ser mencionadas: o pai da Faith, que me deixou bastante intrigada e do qual espero ler mais muito em breve; também a Sascha teve alguma relevância neste volume e foi bom vê-la com o Lucan ao longo da história (gosto de ler sobre o que se passa depois de os casais ficarem juntos).
A escrita da autora continua bastante boa e gostei especialmente de como ela explicou o interior da PsyNet. Só há uma coisa que me irritou um pouco a escrita da autora: a insistência em acompanhar sempre as linhas de diálogo com alguma frase e movimento, normalmente são os homens a mexerem no cabelo das mulheres, as mulheres a esfregarem-se no peito dos homens e etc. Compreendo que os casais de metamorfos sejam bastante afectuosos (e a utora explica que eles sentem necessidade constante de toque), mas é demais! Chegou mesmo a irritar-me porque quebrava a fluidez dos diálogos.
Em suma, este foi um livro curioso, no conteúdo da saga, e valeu pela protagonista (Faith), mas que pecou por não inovar em relação ao volume anterior, sendo que a relação amorosa pouco se diferenciou da de "Slave to Sensation", tornando o romance repetitivo.
Vou ler o terceiro volume, já que os papéis se invertem no volume seguinte e espero sinceramente que a autora consiga inovar, pois esta saga tem muito potencial e é uma pena que se fique pela banalidade.
Capa:
Não gosto nada das capas americanas desta saga e esta não é excepção (podem ver aqui). A capa inglesa (a retratada acima) é bastante mais sólida e intrigante. Contudo, há que referir isto, o homem da capa não tem nada a ver com o Vaughan (que tem cabelos loiros compridos e olhos cor de âmbar). Assim sendo perde pontos pela total falta de atenção aos detalhes.
Sinopse (em Inglês):
Used to cold silence, Faith NightStar is suddenly being tormented by dark visions of blood and murder. A bad sign for anyone, but worse for Faith, an F-Psy with the highly sought after ability to predict the future. Then the visions show her something even more dangerous - aching need... exquisite pleasure. But so powerful is her sight, so fragile the state of her mind, that the very emotions she yearns to embrace could be the end of her.
Changeling Vaughn D'Angelo can take either man or jaguar form, but it is his animal side that is overwhelmingly drawn to Faith. The jaguar's instinct is to claim this woman it finds so utterly fascinating, and the man has no argument. But while Vaughn craves sensation and hungers to pleasure Faith in every way, desire is a danger that could snap the last threads of her sanity. And there are Psy who need Faith's sight for their own purposes. They must keep her silenced - and keep her from Vaughn...
Opinião:
Nem sei muito bem o que dizer em relação a este livro. Tinha gostado muito do primeiro volume desta saga, "Slave to Sensation", e por isso esperava algo de especial neste segundo volume. Infelizmente os meus piores receios confirmaram-se.
Não é que livro seja mau, mas também não é bom. Mas vamos por partes.
O enredo em si é relativamente forte. Temos uma protagonista, a Psy (seres com capacidades mentais acima do comum, que não têm sentimentos, por forma a serem mais eficazes) Faith, firme e decidida, que por medo de perder a sanidade e por ser bastante inteligente e perspicaz, decide pedir ajuda à única Psy que acredita que a pode ajudar. Essa Psy é a Sascha (a protagonista do livro anterior).
Ao longo da história vamos descobrindo vários factores importantes, relativamente aos Psy e as NetMind (algumas das minhas cenas favoritas foram à custa desta 'entidade') e este foi, sem dúvida, o ponto forte do livro, sendo que nos emergiu totalmente na sociedade Psy, mais ainda do que no volume anterior.
Tenho no entanto que apontar algo que não gostei nada na trama, que foi a facilidade e a normalidade com que os outros metamorfose aceitaram a presença da Faith. Não a conheciam, não sabiam quais as intenções dela, mas mal o Vaughan a trouxe para junto deles, nenhum protestou. Tão mau!
A história amorosa, por si só, é bastante corriqueira e tem poucos precalços, mas as decisãos da Faith e as descobertas que ela faz, acabam por ser crucias para a saga, abrindo novas portas para os volumes que se seguem. No entanto, sendo este um romance, na sua essência, a relação entre a Faith e o Vaughan tem pouco impacto e pouco conflito. Já para não falar que, mesmo em termos do que os rodeia, só mesmo no fim é que somos introduzidos a factores realmente importantes, sendo que no início estamos apenas a conhecer os protagonistas e pouco mais. Ainda assim, convém referir que este romance não é 'instantâneo' e vai-se desenvolvendo aos poucos (como já tinha acontecido no primeiro livro), o que torna a relação bem mais credível.
O que para mim foi muito difícil, foi engolir a facilidade com que a Faith aceitou o lado assassino do Vaughan. O que poderia ter sido o ponto de partida para algum conflito e consequente dinâmica no casal, acabou antes mesmo de ter começado.
Em termos das personagens, posso dizer que a Faith foi, de longe, a que mais se destacou, mostrando ser uma protagonista forte e com a qual é fácil sentir afinidade. Já o Vaughan (que é o protagonista) foi bastante mal exposto e, no final fica a sensação de que ele pouca personalidade tem para além do horror da morte da irmã. E já que toco no tópico da irmã, tenho de referir que esta autora tem uma estranha tendência para matar as irmãs de toda a gente (no livro anterior foi uma, e outra quase morreu, neste livro foram mais duas). Será trauma? Quem sabe ...
Outras personagens também merecem ser mencionadas: o pai da Faith, que me deixou bastante intrigada e do qual espero ler mais muito em breve; também a Sascha teve alguma relevância neste volume e foi bom vê-la com o Lucan ao longo da história (gosto de ler sobre o que se passa depois de os casais ficarem juntos).
A escrita da autora continua bastante boa e gostei especialmente de como ela explicou o interior da PsyNet. Só há uma coisa que me irritou um pouco a escrita da autora: a insistência em acompanhar sempre as linhas de diálogo com alguma frase e movimento, normalmente são os homens a mexerem no cabelo das mulheres, as mulheres a esfregarem-se no peito dos homens e etc. Compreendo que os casais de metamorfos sejam bastante afectuosos (e a utora explica que eles sentem necessidade constante de toque), mas é demais! Chegou mesmo a irritar-me porque quebrava a fluidez dos diálogos.
Em suma, este foi um livro curioso, no conteúdo da saga, e valeu pela protagonista (Faith), mas que pecou por não inovar em relação ao volume anterior, sendo que a relação amorosa pouco se diferenciou da de "Slave to Sensation", tornando o romance repetitivo.
Vou ler o terceiro volume, já que os papéis se invertem no volume seguinte e espero sinceramente que a autora consiga inovar, pois esta saga tem muito potencial e é uma pena que se fique pela banalidade.
Capa:
Não gosto nada das capas americanas desta saga e esta não é excepção (podem ver aqui). A capa inglesa (a retratada acima) é bastante mais sólida e intrigante. Contudo, há que referir isto, o homem da capa não tem nada a ver com o Vaughan (que tem cabelos loiros compridos e olhos cor de âmbar). Assim sendo perde pontos pela total falta de atenção aos detalhes.
Booking Through Thursday - Fluff
You’ve just had a long, hard, exhausting day, and all you want to do
is curl up with something light, fun, easy, fluffy, distracting, and
entertaining.
What book do you pick up?
Tal como disse a Diana, a verdade é que se estou muito cansada, raramente tenho a capacidade de me sentar e ler um livro. Prefiro ver um filme ou um anime, ou algo que não exija muito movimento cerebral da minha parte (nessas alturas também escolho propositadamente um filme/anime fácil de ver). No entanto posso referir duas autoras/sagas que sigo porque me permitem relaxar e não pensar de forma demasiado extenuante no que estou a ler (o que não quer dizer que os livros não tenham profundidade, já que não gosto de leituras insípidas):
- J.R. Ward, com a saga "Irmandade da Adaga Negra";
- Meg Cabot, com a saga "Mediator";
Fora isso, há alguns livros que li em determinada altura da minha vida, porque queria algo ... especial, sem ser aqueles livros pesados e massudos, que podem ser muito bons, mas para os quais é necessária uma determinada predesposição.
A maioria dos livros que leio estão num patamar intermédio e e por isso mesmo os leio. Não por serem mais fáceis (que muitas vezes não o são), mas porque são os que mais me interessam e porque conseguem ser profundos e belos, sem a necessidade de abusos literários e subterfúgios gramaticais, ou oposto (quando o autor nem sabe fazer uma descrição cativante).
E acabei por me desviar do assunto ... :)
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Agnes and the Hitman
"Agnes and the Hitman", de Jennifer Crusie e Bob Mayer (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Opinião:
Estive relutante em ler este livro, porque as primeiras páginas não me cativaram e cheguei mesmo a ficar confusa com o que se estava a passar, mas não quis desistir tão facilmente e continuei a ler.
Este livro é um exemplo perfeito de comédia de situação, pois os personagens são todos muitos sérios, mas tudo o que lhes acontece é tão patético que só dá vontade de rir.
Fez-me lembrar um pouco o One for the Money, na medida em que apesar de as protagonistas serem muito diferentes, acabam por ser igualmente sarcásticas com a vida. (ou será que é a vida que é sarcástica para com elas?). No entanto, este "Agnes and the Hitman" consegue ser bem mais disparatado que o livro da Janet Evanovich.
Há tantas tramas entre-cruzadas, que chegamos a uma altura e ficamos baralhados. Mas os autores fazem-no tão bem, e de forma tão descabida, que a confusão acaba por ser uma catarse à loucura toda que se passa neste livro. A história é tão louca, tão cheia de acontecimentos, que damos por nós a pensar que se tal acontecesse mesmo (e que nunca aconteceria) a personagem principal chegava ao fim e tinha um colapso mental. Nada menos seria de esperar. Acreditem, tudo o que possam imaginar que aconteça neste livro, acontece e ainda muito mais.
Assim, a história é completamente louca, com pitadas de humor (se não contarmos com a própria comédia de situação), personagens bastante diferentes do habitual (nenhum pode ser considerado normal) mas que têm uma vida muito própria e dão uma outra riqueza à história.
A Agnes é uma doida varrida, acho que não me lembro duma personagem mais tolinha que esta e que ao mesmo tempo consiga parecer tão normal. Quer dizer ... a rapariga já atacou três namorados/noivos com cutelaria e tachos. Nada mais normal, certo?
O Shane é estranhamente sedutor e cativante, o que é curioso, já que ele é um hitman (assassino contratado). Fiquei muito surpreendida quanto aos desenvolvimentos desta personagem, tanto quanto ao seu passado, como especialmente porque através do livro o vimos evoluir e pareceu muito natural.
Outras personagens memoráveis são o Carpenter, o Joye, a Lisa Livia e, claro, a tresloucada da Brenda.
Quem ler este livro, não vai é acreditar na quantidade de assassinatos e assassinos que se encontram neste livro (quase que parecem cómicos). Ele são raptores de cães, assassinos contratados, pessoas sub-contratadas pelos sub-contratados, agentes secretos, mulheres ciumentas, etc. Enfim ... uma salsada!
Tenho também de dizer que as descrições de comidas me faziam água na boca. É que a Agnes é uma cozinheira e ela estava sempre a preparar alguma coisa. Parecia tudo tão apetitoso (e calórico!, ou não fosse a Agnes uma fã de manteiga). Estava eu a ler e a minha barriga a dar horas, só de pensar.
Em suma, este é um livro diferente do que costumo ler, que mistura na perfeição mistério, thriller e nonsense (que é como em diz, maluquice total), além de uma boa pitada de romance.
Gostei muito da leitura, pois deu-me bons momentos, e embora a conclusão de uma das tramas principais fosse fácil de antever (ou não fosse o/a assassino/a completamente óbvio/a), já uma outra trama paralela foi bem mais surpreendente.
Recomendo a quem queira algo de diferente e não se importe em ter uma protagonista que parece não ter os parafusos todos (a Agnes é muito fixe!), além de uma role de personagens completamente doidas.
Capa:
A capa é simples, e À moda americana, tem o título e o nome dos autores a ocuparem mais espaço que a imagem, mas aquela meia-cara que ali está é um retrato bem fiel da caricatura da Agnes (que a descreveu como sendo cabeçalho da sua coluna "Cranky Agnes" (no jornal). É mesmo o estilo da protagonista! Ainda por cima, nalgumas das edições, há pequenos flamingos na capa. Win! (só quem lê é que percebe o porquê dos flamingos, mas é de rir).
E claro, sou bastante unilateral no que diz respeito a combinações preto-branco-vermelho, por isso gosto.
Sinopse:
Agnes Crandall’s problems are rolling to a boil. First, a dog-napper invades her kitchen, seriously hampering her attempts to put on a wedding that she’s staked her entire net worth on. Then a man climbs through her bedroom window to save her. “Shane” (no last name) may be Agnes’s hero, but he’s also a professional hitman—so he’s no stranger to trouble himself…
Between a rival who wants to take him out and an uncle who may have lost five million bucks in Agnes’s basement, Shane’s plate is plenty full. Soon Agnes and Shane are tangled up with the lowlifes after the money, a gang of Southern mob wedding guests, a dog named Rhett, and—most dangerous of all—each other.
Opinião:
Estive relutante em ler este livro, porque as primeiras páginas não me cativaram e cheguei mesmo a ficar confusa com o que se estava a passar, mas não quis desistir tão facilmente e continuei a ler.
Este livro é um exemplo perfeito de comédia de situação, pois os personagens são todos muitos sérios, mas tudo o que lhes acontece é tão patético que só dá vontade de rir.
Fez-me lembrar um pouco o One for the Money, na medida em que apesar de as protagonistas serem muito diferentes, acabam por ser igualmente sarcásticas com a vida. (ou será que é a vida que é sarcástica para com elas?). No entanto, este "Agnes and the Hitman" consegue ser bem mais disparatado que o livro da Janet Evanovich.
Há tantas tramas entre-cruzadas, que chegamos a uma altura e ficamos baralhados. Mas os autores fazem-no tão bem, e de forma tão descabida, que a confusão acaba por ser uma catarse à loucura toda que se passa neste livro. A história é tão louca, tão cheia de acontecimentos, que damos por nós a pensar que se tal acontecesse mesmo (e que nunca aconteceria) a personagem principal chegava ao fim e tinha um colapso mental. Nada menos seria de esperar. Acreditem, tudo o que possam imaginar que aconteça neste livro, acontece e ainda muito mais.
Assim, a história é completamente louca, com pitadas de humor (se não contarmos com a própria comédia de situação), personagens bastante diferentes do habitual (nenhum pode ser considerado normal) mas que têm uma vida muito própria e dão uma outra riqueza à história.
A Agnes é uma doida varrida, acho que não me lembro duma personagem mais tolinha que esta e que ao mesmo tempo consiga parecer tão normal. Quer dizer ... a rapariga já atacou três namorados/noivos com cutelaria e tachos. Nada mais normal, certo?
O Shane é estranhamente sedutor e cativante, o que é curioso, já que ele é um hitman (assassino contratado). Fiquei muito surpreendida quanto aos desenvolvimentos desta personagem, tanto quanto ao seu passado, como especialmente porque através do livro o vimos evoluir e pareceu muito natural.
Outras personagens memoráveis são o Carpenter, o Joye, a Lisa Livia e, claro, a tresloucada da Brenda.
Quem ler este livro, não vai é acreditar na quantidade de assassinatos e assassinos que se encontram neste livro (quase que parecem cómicos). Ele são raptores de cães, assassinos contratados, pessoas sub-contratadas pelos sub-contratados, agentes secretos, mulheres ciumentas, etc. Enfim ... uma salsada!
Tenho também de dizer que as descrições de comidas me faziam água na boca. É que a Agnes é uma cozinheira e ela estava sempre a preparar alguma coisa. Parecia tudo tão apetitoso (e calórico!, ou não fosse a Agnes uma fã de manteiga). Estava eu a ler e a minha barriga a dar horas, só de pensar.
Em suma, este é um livro diferente do que costumo ler, que mistura na perfeição mistério, thriller e nonsense (que é como em diz, maluquice total), além de uma boa pitada de romance.
Gostei muito da leitura, pois deu-me bons momentos, e embora a conclusão de uma das tramas principais fosse fácil de antever (ou não fosse o/a assassino/a completamente óbvio/a), já uma outra trama paralela foi bem mais surpreendente.
Recomendo a quem queira algo de diferente e não se importe em ter uma protagonista que parece não ter os parafusos todos (a Agnes é muito fixe!), além de uma role de personagens completamente doidas.
Capa:
A capa é simples, e À moda americana, tem o título e o nome dos autores a ocuparem mais espaço que a imagem, mas aquela meia-cara que ali está é um retrato bem fiel da caricatura da Agnes (que a descreveu como sendo cabeçalho da sua coluna "Cranky Agnes" (no jornal). É mesmo o estilo da protagonista! Ainda por cima, nalgumas das edições, há pequenos flamingos na capa. Win! (só quem lê é que percebe o porquê dos flamingos, mas é de rir).
E claro, sou bastante unilateral no que diz respeito a combinações preto-branco-vermelho, por isso gosto.
sábado, 13 de agosto de 2011
Fables - Animal Farm
"Fables - Animal Farm (Fables 2)", de Bill Willingham (ainda não editado em Portugal)
Sinopse:
Argumento (Bill Willingham):
Gostei bastante mais desta história, do que a do volume um, embora ambas tenham várias surpresas. Aliás, nem posso dizer que foram as surpresas que me fizeram gostar mais deste volume, pois neste adivinhei o que se ia passar, bem antes do final, ao contrário do que se passou no volume anterior. A verdade é que aqui tivemos mais oportunidade de conhecer as personagens e as suas motivações, já para não falar que vimos um outro lado de Fables.
Gostei bastante dos simbolismos literários incluídos (mesmo fora das fábulas que já habitam as páginas desta BD) e muito especialmente, gostei do relacionamento entre as irmãs Snow White e Rose Red (embora o envolvimento da Rose Red não fosse qualquer surpresa).
Arte (James Jean / Mark Buckingham):
As várias capas de James Jean são fabulosas e fazem-nos sonhar. Retratam um pouco da história, sem no entanto estragar nenhuma surpresa.
Também a arte de Mark Buckingham está excelente, dando vida às personagens, de tal forma que fiquei muitas vezes largos minutos a olhar para uma só vinheta. Também ajuda o facto de ele usar várias perspectivas para enquadrar as cenas, e de mostrar bem as emoções das personagens. Já para não falar de como retrata os animais de Fables, que parecem quase humanos, sem perderem o seu lado animal.
Em suma, foi um excelente volume, com uma trama bem dirigida e desenhos que dão ainda mais riqueza às histórias. Recomendo!
Sinopse:
Collecting FABLES #6-10, the second story arc of the fan-favorite, critically acclaimed VERTIGO series. Travel to upstate New York, where the non-human Fable characters have found refuge on a farm, miles from mankind. But all is not well on the farm — and a conspiracy to free them from the shackles of their perceived imprisonment may lead to a war that could wrest control of the Fables community away from Snow White.
Argumento (Bill Willingham):
Gostei bastante mais desta história, do que a do volume um, embora ambas tenham várias surpresas. Aliás, nem posso dizer que foram as surpresas que me fizeram gostar mais deste volume, pois neste adivinhei o que se ia passar, bem antes do final, ao contrário do que se passou no volume anterior. A verdade é que aqui tivemos mais oportunidade de conhecer as personagens e as suas motivações, já para não falar que vimos um outro lado de Fables.
Gostei bastante dos simbolismos literários incluídos (mesmo fora das fábulas que já habitam as páginas desta BD) e muito especialmente, gostei do relacionamento entre as irmãs Snow White e Rose Red (embora o envolvimento da Rose Red não fosse qualquer surpresa).
Arte (James Jean / Mark Buckingham):
As várias capas de James Jean são fabulosas e fazem-nos sonhar. Retratam um pouco da história, sem no entanto estragar nenhuma surpresa.
Também a arte de Mark Buckingham está excelente, dando vida às personagens, de tal forma que fiquei muitas vezes largos minutos a olhar para uma só vinheta. Também ajuda o facto de ele usar várias perspectivas para enquadrar as cenas, e de mostrar bem as emoções das personagens. Já para não falar de como retrata os animais de Fables, que parecem quase humanos, sem perderem o seu lado animal.
Em suma, foi um excelente volume, com uma trama bem dirigida e desenhos que dão ainda mais riqueza às histórias. Recomendo!
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Booking Through Thursday - Semana Nacional do Livro
It’s National Book Week. The rules: Grab the closest book to you. Go to page 56. Copy the 5th sentence as your status
«Todavia, nesse mesmo instante, percebeu que o seu triunfo se vira reduzido a uma mera gargalhada.»
in Entre Assassinatos, de Aravind Adiga (edição portuguesa, 2010, da Editorial Presença.
Este é o livro que estou a ler de momento, e por acaso é também o que tenho mais perto neste momento. Já agora, posso dizer que estou a adorar a leitura.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Guerra Mundial Z
"Guerra Mundial Z", de Max Brooks (em Portugal publicado pelas Edições Gailivro)
Sinopse:
Quando a curiosidade sobre este livro surgiu, contava com outro tipo de narrativa, por isso fiquei bastante surpreendida e agradada com o tom da história, numa visão quase jornalística e de certa forma biográfica dos eventos, centrado mais nas pessoas e nas suas vivências, do que propriamente nos acontecimentos 'históricos'. Assim como esta se passou num cenário pós-apocaliptico zombie, poder-se-ia ter passado numa guerra mundial ou outro qualquer evento que tivesse mudado a forma de vida dos humanos. Neste sentido, a história é muito boa.
Gostei muito do individualismo de cada um dos entrevistados e de como eles tinham a sua própria visão dos acontecimentos. Embora quase todos fossem um pouquinho 'loucos', penso que menos não seria de esperar se realmente as coisas que eles contam tivessem acontecido.
No entanto, gostaria de ter visto mais relatos civis e científicos. Compreendo que os testemunhos de militares seja o mais cruel e experiente, mas um pouco mais de diversidade teria feito com que a trama fosse ainda mais densa e abrangente, criando um elo ainda maior com o leitor. Neste ponto também tenho de referir que estranhei até meio da história não surgir nenhuma mulher a dar o seu testemunho, e quando finalmente surgiram, foram apenas 3, e cada uma era mais caduca que a outra (ou pelo menos dava a entender que sim). O que, como já disse, é quase sinónimo de um pouco de cada um dos que é relatado nesta história.
A prosa, como referi, tem um tom muito jornalístico e, não posso deixar de repetir, aconselho quem possa a OUVIR este livro. É uma experiência que, tenho a certeza, não teria o mesmo impacto se fosse lido por mim, das páginas de papel inscrito. Escutar cada interprete a contar a suas história, com sotaques que reconhecemos antes mesmo de ouvirmos as cidades de onde eles provêm, e com muita emoção à mistura. Tenho de dizer que fizeram um trabalho exemplar com o audio-book.
Tenho também de dizer que, o facto de estar escrito como uma sucessão de entrevistas, fez com que a história parecesse muito real e quase nos imaginássemos lá e sentíssemos como se aquilo fosse parte da nossa história. Um formato perfeito para a história que é.
Em termos de personagens, acho que poderia ter havido maior diversidade, apesar de os que existem serem muito interessantes e conseguirem mostrar-nos um pouco das suas personalidades, somente através dos seus relatos, o que é bastante curioso.
Em suma, esta é uma história diferente de outros livros de zombies que conheça, em que não é o confronto em si que interessa, nem o 'causar medo', mas sim o mostrar como algo do género poderia afectar o mundo e as pessoas. tem muitas mensagens escondidas (e outras nem tanto). O único defeito que encontro, é mesmo uma contingência a testemunhos mais militares-político-científicos, descurando um pouco o lado mais civil da guerra (embora existam relatos, são muito mais escassos). Não é uma obra-prima, mas é um livro a não perder, para quem não se incomoda com um pouco de zombies e estratégias de guerra (não muito).
Opinião (audio-livro):
O uso de variadas vozes, todas bastante distintas e com sotaques pronunciados, deu ao audio-book um realismo que me parece ser raro ver neste formato (apesar de eu ter um parca experiência no campo).
Não posso deixar de aconselhar, os que compreendem bem o inglês, a ouvirem a versão audio-book deste livro, pois parece-me uma experiência totalmente diferente de o ler.
Sinopse:
Trabalhando para a Comissão do Pós-Guera das Nações Unidas, Max Brooks teve acesso quase exclusivo aos arquitectos da vitória da Guerra Mundia Z. Se o relatório da ONU fornece um relato factual autorizado de tudo o que aconteceu, nesta obra, de um dos principais autores e investigadores que contribuíram para esse relatório, estão os testemunhos, feitos na primeira pessoa, dos que viveram o surto de epidemia/pandemia e que revelam o terrível custo humano deste conflito.
Do doutor Kwng Jingshu, o médico chinês que examinou o " Doente Zero", a Paul Redeker, o muito controverso autor do Plano Laranja, Brooks falou com mais protagonistas fundamentais da guerra dos Zombies do que qualquer outra pessoa. Ao longo deste livro, o autor revela a extensão integral das transformações sociais e políticas a que o surto deu origem. A natureza perturbadora destes relatos exige ao leitor alguma coragem. Mas, como diz Brooks, não podemos esconder-nos por detrás das estatísticas entorpecedoras dos relatórios oficiais. Chegou a altura de encarar o verdadeiro horror que foi a guerra dos Zombies.
Não li este livro, mas antes ouvi-o em versão audio-book, e penso que foi a melhor escolha, pois o tipo de história que é funciona às mil-maravilhas no formato sonoro (ou não fosse o subtítulo do livro "An oral history of the zombie war")
Opinião (história):
Quando a curiosidade sobre este livro surgiu, contava com outro tipo de narrativa, por isso fiquei bastante surpreendida e agradada com o tom da história, numa visão quase jornalística e de certa forma biográfica dos eventos, centrado mais nas pessoas e nas suas vivências, do que propriamente nos acontecimentos 'históricos'. Assim como esta se passou num cenário pós-apocaliptico zombie, poder-se-ia ter passado numa guerra mundial ou outro qualquer evento que tivesse mudado a forma de vida dos humanos. Neste sentido, a história é muito boa.
Gostei muito do individualismo de cada um dos entrevistados e de como eles tinham a sua própria visão dos acontecimentos. Embora quase todos fossem um pouquinho 'loucos', penso que menos não seria de esperar se realmente as coisas que eles contam tivessem acontecido.
No entanto, gostaria de ter visto mais relatos civis e científicos. Compreendo que os testemunhos de militares seja o mais cruel e experiente, mas um pouco mais de diversidade teria feito com que a trama fosse ainda mais densa e abrangente, criando um elo ainda maior com o leitor. Neste ponto também tenho de referir que estranhei até meio da história não surgir nenhuma mulher a dar o seu testemunho, e quando finalmente surgiram, foram apenas 3, e cada uma era mais caduca que a outra (ou pelo menos dava a entender que sim). O que, como já disse, é quase sinónimo de um pouco de cada um dos que é relatado nesta história.
A prosa, como referi, tem um tom muito jornalístico e, não posso deixar de repetir, aconselho quem possa a OUVIR este livro. É uma experiência que, tenho a certeza, não teria o mesmo impacto se fosse lido por mim, das páginas de papel inscrito. Escutar cada interprete a contar a suas história, com sotaques que reconhecemos antes mesmo de ouvirmos as cidades de onde eles provêm, e com muita emoção à mistura. Tenho de dizer que fizeram um trabalho exemplar com o audio-book.
Tenho também de dizer que, o facto de estar escrito como uma sucessão de entrevistas, fez com que a história parecesse muito real e quase nos imaginássemos lá e sentíssemos como se aquilo fosse parte da nossa história. Um formato perfeito para a história que é.
Em termos de personagens, acho que poderia ter havido maior diversidade, apesar de os que existem serem muito interessantes e conseguirem mostrar-nos um pouco das suas personalidades, somente através dos seus relatos, o que é bastante curioso.
Em suma, esta é uma história diferente de outros livros de zombies que conheça, em que não é o confronto em si que interessa, nem o 'causar medo', mas sim o mostrar como algo do género poderia afectar o mundo e as pessoas. tem muitas mensagens escondidas (e outras nem tanto). O único defeito que encontro, é mesmo uma contingência a testemunhos mais militares-político-científicos, descurando um pouco o lado mais civil da guerra (embora existam relatos, são muito mais escassos). Não é uma obra-prima, mas é um livro a não perder, para quem não se incomoda com um pouco de zombies e estratégias de guerra (não muito).
Opinião (audio-livro):
O uso de variadas vozes, todas bastante distintas e com sotaques pronunciados, deu ao audio-book um realismo que me parece ser raro ver neste formato (apesar de eu ter um parca experiência no campo).
Não posso deixar de aconselhar, os que compreendem bem o inglês, a ouvirem a versão audio-book deste livro, pois parece-me uma experiência totalmente diferente de o ler.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Avatar
"Avatar (Destino do Universo 1), de Frederico Duarte (Edições Nova Gaia - Metaphora)
Sinopse:
Opinião:
O início fez-me lembrar, de certa forma, o anime "The Vision of Escaflowne", o que não é mau, é apenas abonatório porque eu adorei o anime.
Mas falando do livro propriamente dito, pode dizer-se que é uma história intensa, cheia de acção, mas com espaço para nos maravilharmos com o mundo criado pelo autor. Fazendo uso de vários mitos divergentes e convergentes, ele criou um mundo à parte no qual manteve um balanço bem mantido. A exploração e explicação das leis deste mundo, ao longo de todo o livro, são bastante intuitivas, sem se tornarem autênticos info-dumps, permitindo ao leitor assimilar o ambiente em volta da história, sem se tornar monótono. A única excepção a este caso, é em certos momentos, a magia, que é muito parcamente explicada em termos das suas 'leis' (ou seja, como funcionam as suas bases).
A história em si está baseada em alguns 'lugares comuns' (que é como quem diz clichés), como o facto de a heroína desconhecer que tem poderes, o facto de esses poderes serem superiores aos de todos os outros, o grupinho de viagem que se vai formando pelo caminho, etc. Mas não é abusiva ao ponto de chatear e a mim parece-me que é o que a diferencia também é digno de menção. Por exemplo, o facto de (milagre dos milagres) a protagonista não se apaixonar pelo rapaz que a salva (aleluia!) e nem ser este um dos pontos centrais da trama, ou a decisão de o autor não nos mostrar as raças como sendo totalmente boas nem totalmente más (Abaixo o racismo literário!).
No entanto tenho que dizer que fiquei um pouco chateada com duas coisas em particular: A facilidade com que a Alexis dominou os seus poderes, sem que houvessem grandes repercussões, ou combates onde ela realmente não conseguisse vencer; O facto de todos os melhores aprendizes elementares serem miúdos. Eu até acreditaria se fosse só o Fred, mas a Thelma e o Raptor também?, a Hanna até se compreende, já que ela é mais velha, mas os restantes tinham cerca de 18 anos.
No que respeita às personagens, gostei muito da Alexis e do Fred, que foram de longe os mais bem explorados de todo o livro. Infelizmente as personagens secundárias eram tantas, que poucas se destacava em especial, apesar de o autor fazer um esforço para nos mostrar um pouco das peculiaridades de cada um, fica a sensação de que não conhecemos assim tão bem os companheiros de viagem da nossa protagonista como deveríamos. As excepções serão talvez a Annya e o Larn que estão bastante bem expostos e que tem personalidades bem distintas dos restantes. Também Oxior se revelou uma surpresa agradável, a nível de personalidade e presença.
A escrita de Frederico Duarte é bastante intuitiva, muito dinâmica, e consegue prender a atenção do leitor. Não julgo que o livro seja dirigido a um público exclusivamente mais jovem, embora certos elementos o possam pressupor e até permitir, este parece um livro que pode ser lido um pouco por toda a gente.). Não é um livro exigente, tanto em termos literários, como narrativos, mas também não faz o oposto e caí em facilitismos exagerados.
Uma coisa que tenho de referir, no entanto, foi a insistência do autor em querer esconder a identidade da prisioneira da Adina, que qualquer leitor atento conseguiu descobrir após a segunda menção da mesma. O esforço narrativo que o autor empregou para tentar manter o 'segredo', não só foi desnecessário, como absolutamente irrelevante, já que se o autor desejava manter o segredo, bastaria que não o mencionasse e apanhasse o leitor totalmente de surpresa com primeira aparição da 'prisioneira mistério'.
*Spoiler* Gostei bastante do final, pois mostrou-se muito satisfatório, mas ainda assim imprevisível. Felizmente o autor não deixou que as coisas corressem totalmente bem para a heroína, já que seria um pouco inverossímil que ela, sozinha, derrotasse a feiticeira que a sua mãe e muitos outros não tinham conseguido vencer. *Fim de Spoiler*
Em suma, este foi um livro curioso, com personagens interessantes e um mundo cativante, onde a história não foi a mais original em termo de trama, mas que conseguiu ter algumas reviravoltas contagiantes. É um bom livro de fantasia (com pitadas de ficção científica) para o público mais jovem, mas que poderá também agradar aos mais velhos (especialmente os que gostam do tema dos quatro elementos, como eu).
Irei ler a sequela, embora ache que esta história teria funcionado bem como um stand-alone, a verdade é que há vários pontos que mostram as grandes possibilidades de continuação.
Capa (João Tavares), Design e Edição:
A capa está bastante interessante, a meu ver (mas eu sou das que adora capas com ilustrações originais). A mulher na capa é uma boa representação da Alexis, embora ela (que eu me lembre) nunca tenha usado roupas daquelas, o bordão pelo menos está exactamente como o descrito pelo autor. No geral acho-a bastante dinâmica e representativa da história contida no interior.
O design interior está, como de costume, muito simples, mas eficiente.
Tenho de dizer, que achei o livro pesado demais. Custou-me imenso andar com ele na bolsa, lê-lo na praia, ou mesmo sentada, porque ficava logo com as mãos dormentes. Fora isso a edição está bastante boa, sendo raros os erros que notei ao longo do texto.
Podem visitar o blog e o fórum, oficiais da saga Destino do Universo.
Tenho também de deixar aqui um 'voto', na esperança de que o autor encontre uma nova editora para os seus livros, já que infelizmente a Nova Gaia descontinuou a colecção de fantasia, antes de todos os livros estarem escritos.
Sinopse:
No lugar onde vida e morte se fundem; onde a Terra deixou raízes e granjeou sementes; onde a magia dita a realidade; onde a matéria se prolonga no plano espiritual; onde o equilíbrio nasce da instabilidade dos quatro elementos da Natureza; onde criaturas fabulosas, espécies híbridas e seres humanos se digladiam pelo domínio supremo; onde um Avatar fará a diferença... O universo conhecerá o seu fatal destino. A realidade sob o grilhão da fantasia!
Opinião:
O início fez-me lembrar, de certa forma, o anime "The Vision of Escaflowne", o que não é mau, é apenas abonatório porque eu adorei o anime.
Mas falando do livro propriamente dito, pode dizer-se que é uma história intensa, cheia de acção, mas com espaço para nos maravilharmos com o mundo criado pelo autor. Fazendo uso de vários mitos divergentes e convergentes, ele criou um mundo à parte no qual manteve um balanço bem mantido. A exploração e explicação das leis deste mundo, ao longo de todo o livro, são bastante intuitivas, sem se tornarem autênticos info-dumps, permitindo ao leitor assimilar o ambiente em volta da história, sem se tornar monótono. A única excepção a este caso, é em certos momentos, a magia, que é muito parcamente explicada em termos das suas 'leis' (ou seja, como funcionam as suas bases).
A história em si está baseada em alguns 'lugares comuns' (que é como quem diz clichés), como o facto de a heroína desconhecer que tem poderes, o facto de esses poderes serem superiores aos de todos os outros, o grupinho de viagem que se vai formando pelo caminho, etc. Mas não é abusiva ao ponto de chatear e a mim parece-me que é o que a diferencia também é digno de menção. Por exemplo, o facto de (milagre dos milagres) a protagonista não se apaixonar pelo rapaz que a salva (aleluia!) e nem ser este um dos pontos centrais da trama, ou a decisão de o autor não nos mostrar as raças como sendo totalmente boas nem totalmente más (Abaixo o racismo literário!).
No entanto tenho que dizer que fiquei um pouco chateada com duas coisas em particular: A facilidade com que a Alexis dominou os seus poderes, sem que houvessem grandes repercussões, ou combates onde ela realmente não conseguisse vencer; O facto de todos os melhores aprendizes elementares serem miúdos. Eu até acreditaria se fosse só o Fred, mas a Thelma e o Raptor também?, a Hanna até se compreende, já que ela é mais velha, mas os restantes tinham cerca de 18 anos.
No que respeita às personagens, gostei muito da Alexis e do Fred, que foram de longe os mais bem explorados de todo o livro. Infelizmente as personagens secundárias eram tantas, que poucas se destacava em especial, apesar de o autor fazer um esforço para nos mostrar um pouco das peculiaridades de cada um, fica a sensação de que não conhecemos assim tão bem os companheiros de viagem da nossa protagonista como deveríamos. As excepções serão talvez a Annya e o Larn que estão bastante bem expostos e que tem personalidades bem distintas dos restantes. Também Oxior se revelou uma surpresa agradável, a nível de personalidade e presença.
A escrita de Frederico Duarte é bastante intuitiva, muito dinâmica, e consegue prender a atenção do leitor. Não julgo que o livro seja dirigido a um público exclusivamente mais jovem, embora certos elementos o possam pressupor e até permitir, este parece um livro que pode ser lido um pouco por toda a gente.). Não é um livro exigente, tanto em termos literários, como narrativos, mas também não faz o oposto e caí em facilitismos exagerados.
Uma coisa que tenho de referir, no entanto, foi a insistência do autor em querer esconder a identidade da prisioneira da Adina, que qualquer leitor atento conseguiu descobrir após a segunda menção da mesma. O esforço narrativo que o autor empregou para tentar manter o 'segredo', não só foi desnecessário, como absolutamente irrelevante, já que se o autor desejava manter o segredo, bastaria que não o mencionasse e apanhasse o leitor totalmente de surpresa com primeira aparição da 'prisioneira mistério'.
*Spoiler* Gostei bastante do final, pois mostrou-se muito satisfatório, mas ainda assim imprevisível. Felizmente o autor não deixou que as coisas corressem totalmente bem para a heroína, já que seria um pouco inverossímil que ela, sozinha, derrotasse a feiticeira que a sua mãe e muitos outros não tinham conseguido vencer. *Fim de Spoiler*
Em suma, este foi um livro curioso, com personagens interessantes e um mundo cativante, onde a história não foi a mais original em termo de trama, mas que conseguiu ter algumas reviravoltas contagiantes. É um bom livro de fantasia (com pitadas de ficção científica) para o público mais jovem, mas que poderá também agradar aos mais velhos (especialmente os que gostam do tema dos quatro elementos, como eu).
Irei ler a sequela, embora ache que esta história teria funcionado bem como um stand-alone, a verdade é que há vários pontos que mostram as grandes possibilidades de continuação.
Capa (João Tavares), Design e Edição:
A capa está bastante interessante, a meu ver (mas eu sou das que adora capas com ilustrações originais). A mulher na capa é uma boa representação da Alexis, embora ela (que eu me lembre) nunca tenha usado roupas daquelas, o bordão pelo menos está exactamente como o descrito pelo autor. No geral acho-a bastante dinâmica e representativa da história contida no interior.
O design interior está, como de costume, muito simples, mas eficiente.
Tenho de dizer, que achei o livro pesado demais. Custou-me imenso andar com ele na bolsa, lê-lo na praia, ou mesmo sentada, porque ficava logo com as mãos dormentes. Fora isso a edição está bastante boa, sendo raros os erros que notei ao longo do texto.
Podem visitar o blog e o fórum, oficiais da saga Destino do Universo.
Tenho também de deixar aqui um 'voto', na esperança de que o autor encontre uma nova editora para os seus livros, já que infelizmente a Nova Gaia descontinuou a colecção de fantasia, antes de todos os livros estarem escritos.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Booking Through Thursday - Antecipação
What’s the last book you were really EXCITED to read?Acho que é impossível não sofrer por antecipação com certos livros. Quer porque são livros dos quais nos falaram muito bem, porque é uma sequela muito aguardada, um livro cuja sinopse lemos há meses e que parece nunca mais sair para as bancas, ou mesmo mais novo livro de um autor que gostamos muito. Sejam quais forem as razões, e apesar de não gostar de partir para uma nova leitura com muitas expectativas, a verdade é que antecipar uma determinada leitura é quase metade da diversão de ler um livro. Afinal se não estivermos curiosos e expectantes para a ler um livro, dificilmente pegaremos nele antes de todos os outros que temos ainda para ler (refiro-me aos casos de quem, como eu, tem uma infinidade de livros por ler, pois os que têm poucos não sofrem muito com isto).
And, were you excited about it in advance? Or did the excitement bloom while you were reading it?
Are there any books you’re excited about right NOW?
Assim de repente, os livros que me lembro que me fizeram mesmo sofrer por antecipação foram:
- Mockingjay, de Suzanne Collins,
- A Filha da Floresta,de Juliet Marillier
No entanto -tenho mesmo de sublinhar isto-, eu sofro por antecipação um pouco com todos os livros que leio, exactamente pelas razões acima mencionadas. Afinal, se não o fizesse, não escolheria os livros que leio em detrimento dos que tenho para ler.
Os livro que mais quero ler neste momento são:
- O Dardo de Kushiel, de Jacqueline Carey
- Anders 3, Wolfgang Hohlbein e Heike Hohlbein
E as muitas sequelas que tenho para ler, já que acho que ando a ler muitos autores novos, e a continuar poucos autores que já conheço e gostei.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Voyager 01
"Voyager, tomo I", de Rui Ramos, Luís Maiorgas, Nelson Cocas, Phermad, Salvador Pombo, Virgínia Gondar, Diogo Campos, Diogo Carvalho , Luís Belerique, Ricardo Reis (R'lyeh Dreams)
Sinopse:
Argumento:
Tendo em conta que este projecto começou por ser episódico (uma prancha/página, uma história), o argumento estava bastante bem pensado, funcionando bem individualmente, mas tendo também um fundo de algo maior.
Ainda assim, mentiria se não dissesse que achei que o Prelúdio (um história com muitas mais pranchas/páginas) conseguiu ser bastante mais eficiente, ainda que pense que nunca teria funcionado bem sem os primeiros episódios individuais. Daí que me pareça que o livro completo tem um equilíbrio muito bom.
A imaginação por trás desta história é fenomenal, e nota-se uma atenção minuciosa aos detalhes.
Um trabalho de equipa excelente, que deu muito bons frutos em termos de argumento.
Desenho e Cores:
Apesar de vários artistas desenharem estas histórias, a verdade é que toda a BD consegue ser bastante coesa a nível visual.
O desenho de personagens nem sempre é o mais visualmente apelativo, mas funciona bem e as expressões estão muito bem conseguidas. Já as paisagens estão fabulosas, assim como os diferentes alienígenas que surgem um pouco por todo o lado. Nota-se um cuidado e atenção aos pormenores, que se sente em cada vinheta.
As cores, na maioria das vezes estão excelentes, complementando de forma sublime a arte, mas nalgumas histórias a pintura digital como que se sobrepôs ao desenho, asfixiando-o e criando um aspecto muito menos interessante do que poderia ser com menos sobreposição de 'funções'. No entanto isto acontece apenas em duas ou três pranchas/vinhetas, sendo por isso praticamente irrisório no grande esquema das coisas.
No restante do volume, o trabalho de pintura digital deu ainda mais vida aos cenários cuidadosamente imaginados pela equipa.
Para terminar, tenho também de referir que a secção dos Extras foi um autêntico mimo. Uma adição que só enriqueceu a BD.
Aconselho a leitura desta BD, pois além de ser bastante imaginativa, consegue levar-nos a viajar por mundos desconhecidos. Um excelente trabalho de equipa!
Sinopse:
Não fique para trás e acompanhe as aventuras alucinantes deste eterno viajante.
Desde a torre Eiffel até ao outro lado do Universo; da muralha da China à florestas exóticas da sexta Lua de Belhan-Dor.
Não há limites para onde pode ir. A imaginação é a última fronteira.
Junte-se a nós e tenha a viagem da sua vida.
Argumento:
Tendo em conta que este projecto começou por ser episódico (uma prancha/página, uma história), o argumento estava bastante bem pensado, funcionando bem individualmente, mas tendo também um fundo de algo maior.
Ainda assim, mentiria se não dissesse que achei que o Prelúdio (um história com muitas mais pranchas/páginas) conseguiu ser bastante mais eficiente, ainda que pense que nunca teria funcionado bem sem os primeiros episódios individuais. Daí que me pareça que o livro completo tem um equilíbrio muito bom.
A imaginação por trás desta história é fenomenal, e nota-se uma atenção minuciosa aos detalhes.
Um trabalho de equipa excelente, que deu muito bons frutos em termos de argumento.
Desenho e Cores:
Apesar de vários artistas desenharem estas histórias, a verdade é que toda a BD consegue ser bastante coesa a nível visual.
O desenho de personagens nem sempre é o mais visualmente apelativo, mas funciona bem e as expressões estão muito bem conseguidas. Já as paisagens estão fabulosas, assim como os diferentes alienígenas que surgem um pouco por todo o lado. Nota-se um cuidado e atenção aos pormenores, que se sente em cada vinheta.
As cores, na maioria das vezes estão excelentes, complementando de forma sublime a arte, mas nalgumas histórias a pintura digital como que se sobrepôs ao desenho, asfixiando-o e criando um aspecto muito menos interessante do que poderia ser com menos sobreposição de 'funções'. No entanto isto acontece apenas em duas ou três pranchas/vinhetas, sendo por isso praticamente irrisório no grande esquema das coisas.
No restante do volume, o trabalho de pintura digital deu ainda mais vida aos cenários cuidadosamente imaginados pela equipa.
Para terminar, tenho também de referir que a secção dos Extras foi um autêntico mimo. Uma adição que só enriqueceu a BD.
Aconselho a leitura desta BD, pois além de ser bastante imaginativa, consegue levar-nos a viajar por mundos desconhecidos. Um excelente trabalho de equipa!
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Compras - Julho 2011
No mês que passou bem tentei conter-me nos gastos, mas de pouco serviu:
O Castelo, de Franz Kafka
Orlando, de Vírginia Wolf
Paixão Escura, de Gena Showalter
Contos Vampiros, de Nancy Kilpatrick
Terrarium - Um Romance em Mosaicos, de Luís Filipe Silva / João Barreiros
A Mulher Nua, de Ross Pynn
Persuasão, de Jane Austen
As Fabulosas Histórias Dela (Contos do Porto Imaginado), de Beatriz Pacheco Pereira
O Japão é um lugar estranho, de Peter Carey
O Vestido Novo, de Virginia Woolf
Banda Desenhada & Manga:
Voyager - vol. 1, de vários autores
Dragon Ball - Vol. 2, de Akira Toriyama
Zona Negra II, fanzine de vários autores
Zona Monstra, fanzine de vários autores
Outros:
Cleópatra, colecção Egito
Culinária no Antigo Egipto, colecção Egito
O Castelo, de Franz Kafka
Orlando, de Vírginia Wolf
Paixão Escura, de Gena Showalter
Contos Vampiros, de Nancy Kilpatrick
Terrarium - Um Romance em Mosaicos, de Luís Filipe Silva / João Barreiros
A Mulher Nua, de Ross Pynn
Persuasão, de Jane Austen
As Fabulosas Histórias Dela (Contos do Porto Imaginado), de Beatriz Pacheco Pereira
O Japão é um lugar estranho, de Peter Carey
O Vestido Novo, de Virginia Woolf
Banda Desenhada & Manga:
Voyager - vol. 1, de vários autores
Dragon Ball - Vol. 2, de Akira Toriyama
Zona Negra II, fanzine de vários autores
Zona Monstra, fanzine de vários autores
Outros:
Cleópatra, colecção Egito
Culinária no Antigo Egipto, colecção Egito
Top Ten Tuesday - Trends You'd Like To See More of/Less of
Um tema engraçado esta semana, com "Trends You'd Like To See More of / Less of" (Modas das quais gostavas de ter mais/menos no mercado editorial)
Cinco modas que eu gostava de ver mais exploradas:
1) Histórias com adultos (ou pelo menos pessoas com responsabilidades), envolvendo vários tipos de criaturas mitológicas, mais especificamente as menos conhecidas. Gosto de aprender coisas novas e ver espécies pouco comuns. Surpreendam! Não caiam nos facilitismos;
2) Romances históricos passados no tempo dos faraós egípcios (adoro esta época da história, mas ainda não li nenhum, infelizmente);
3) Histórias para jovens/adultos, em que a protagonista seja (ou aos poucos se torne) forte e consiga enfrentar os problemas sem ter de recorrer ao amor verdadeiro. Têm a vida toda para encontrar o amor. Deixe isso para quando chegarem à fase adulta e foquem-se no crescimento da personagem. Um pouco de romance não faz mal a ninguém, mas com moderação.
4) Histórias protagonizadas por rapazes/homens, onde a aventura seja o ingrediente principal, mas onde as raparigas/mulheres não estejam lá só para embaraçar.
5) High-Fantasies onde as poucas mulheres que aparecem não sejam donzelas em perigo, ou elfas, ou pior ... nem sequer apareçam. (Esta é uma das razões principais porque, no geral, não gosto de high-fantasy.)
Cinco modas que eu gostava de ver menos saturadas:
1) Histórias de vampiros ou anjos, passadas na escola, entre adolescentes;
2) Histórias paranormais passadas em escolas, onde a rapariga é uma nova aluna, desadequada e o rapaz é muuuito misterioso (Duh!). Mudem o disco!;
3) Biografias de 'personalidades' que mal têm idade para tirar a carta de condução. Por favor! Se vão fazer biografias, façam-no de quem tem história para contar. Uma 'personalidade' com 16/26 anos não tem 'sumo', só tem palha;
4) Romances paranormais adultos, em que um irmandade de guerreiros qualquer vai descobrindo, um a um, as mulheres das suas vidas. Até isto já começa a chatear. Mais especificamente quando a irmandade é de Vampiros. Corta! (E sim, eu sei que leio muito nesta vertente, e por isso mesmo sinto que já chega.)
5) Sagas que nunca mais terminam. Adoro stand-alones, embora também goste muito de sagas (ou séries, como lhes queiram chamar), agora aquelas que parecem coelhos a acasalar, e nunca mais terminam, até acabarem por dominar o mundo (ou a estante) .... Não!
É também de referir que gostava de ver Capas mais imaginativas, sem serem todas cópias umas das outras, com o mesmo conceito, muitas vezes as mesmas imagens, sempre o mesmo tipo de letra e ... ARGH! Já não se dá valor à diferença, à imaginação e ao que é original. Olhem a Ahab, a Tinta-da-China a Minotauro (entre outras), são editoras/chancelas com capas lindíssimas, com um fio condutor, mas que se destacam. Inovem e deixem inovar.
Nota: A partir de hoje não vou fazer o Top Ten Tuesday todas as semanas, para não saturar, vou apenas fazê-lo quando achar o tema realmente pertinente. Afinal acho que não li assim tantos livros para andar a fazer Tops todas as semanas.
Cinco modas que eu gostava de ver mais exploradas:
1) Histórias com adultos (ou pelo menos pessoas com responsabilidades), envolvendo vários tipos de criaturas mitológicas, mais especificamente as menos conhecidas. Gosto de aprender coisas novas e ver espécies pouco comuns. Surpreendam! Não caiam nos facilitismos;
2) Romances históricos passados no tempo dos faraós egípcios (adoro esta época da história, mas ainda não li nenhum, infelizmente);
3) Histórias para jovens/adultos, em que a protagonista seja (ou aos poucos se torne) forte e consiga enfrentar os problemas sem ter de recorrer ao amor verdadeiro. Têm a vida toda para encontrar o amor. Deixe isso para quando chegarem à fase adulta e foquem-se no crescimento da personagem. Um pouco de romance não faz mal a ninguém, mas com moderação.
4) Histórias protagonizadas por rapazes/homens, onde a aventura seja o ingrediente principal, mas onde as raparigas/mulheres não estejam lá só para embaraçar.
5) High-Fantasies onde as poucas mulheres que aparecem não sejam donzelas em perigo, ou elfas, ou pior ... nem sequer apareçam. (Esta é uma das razões principais porque, no geral, não gosto de high-fantasy.)
Cinco modas que eu gostava de ver menos saturadas:
1) Histórias de vampiros ou anjos, passadas na escola, entre adolescentes;
2) Histórias paranormais passadas em escolas, onde a rapariga é uma nova aluna, desadequada e o rapaz é muuuito misterioso (Duh!). Mudem o disco!;
3) Biografias de 'personalidades' que mal têm idade para tirar a carta de condução. Por favor! Se vão fazer biografias, façam-no de quem tem história para contar. Uma 'personalidade' com 16/26 anos não tem 'sumo', só tem palha;
4) Romances paranormais adultos, em que um irmandade de guerreiros qualquer vai descobrindo, um a um, as mulheres das suas vidas. Até isto já começa a chatear. Mais especificamente quando a irmandade é de Vampiros. Corta! (E sim, eu sei que leio muito nesta vertente, e por isso mesmo sinto que já chega.)
5) Sagas que nunca mais terminam. Adoro stand-alones, embora também goste muito de sagas (ou séries, como lhes queiram chamar), agora aquelas que parecem coelhos a acasalar, e nunca mais terminam, até acabarem por dominar o mundo (ou a estante) .... Não!
É também de referir que gostava de ver Capas mais imaginativas, sem serem todas cópias umas das outras, com o mesmo conceito, muitas vezes as mesmas imagens, sempre o mesmo tipo de letra e ... ARGH! Já não se dá valor à diferença, à imaginação e ao que é original. Olhem a Ahab, a Tinta-da-China a Minotauro (entre outras), são editoras/chancelas com capas lindíssimas, com um fio condutor, mas que se destacam. Inovem e deixem inovar.
Nota: A partir de hoje não vou fazer o Top Ten Tuesday todas as semanas, para não saturar, vou apenas fazê-lo quando achar o tema realmente pertinente. Afinal acho que não li assim tantos livros para andar a fazer Tops todas as semanas.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Contributo na NanoZine nº3
Interrompo as opiniões literárias, e listinhas de interesse (talvez duvidoso, quem sabe?), para deixar aqui uma nota a dizer que dei o meu singelo contributo à fanzine/webzine NanoZine nº3.
Nas suas páginas (físicas ou virtuais) consta um pequeno conto meu, que não deverá ser novo para quem segue o meu blog Caneta, Papel e Lápis, mas que para os restantes será.
O conto tem o nome de "Em erro, várias culpas" e lida com o abuso e a morte (não é uma história muito feliz). É logo o primeiro da revista, por isso não há como falhar.
Se lerem deixem ficar uma opinião ou sugestão. São ambos bem vindos.
Podem ler a revista online AQUI, e visitar o site da fanzine aqui.
Nas suas páginas (físicas ou virtuais) consta um pequeno conto meu, que não deverá ser novo para quem segue o meu blog Caneta, Papel e Lápis, mas que para os restantes será.
O conto tem o nome de "Em erro, várias culpas" e lida com o abuso e a morte (não é uma história muito feliz). É logo o primeiro da revista, por isso não há como falhar.
Se lerem deixem ficar uma opinião ou sugestão. São ambos bem vindos.
Podem ler a revista online AQUI, e visitar o site da fanzine aqui.
Subscrever:
Mensagens (Atom)