Sinopse:
Para salvar a vida da mãe, Clary tem de ir à Cidade de Vidro, o lar ancestral dos Caçadores de Sombras - não a incomoda que a entrada nesta cidade sem autorização seja contra a Lei e que violá-la possa significar a morte. Piorando mais a situação, ela vem a saber que Jace não a quer lá e que Simon foi encarcerado na prisão pelos Caçadores de Sombras que suspeitam de um vampiro que tolera a luz do Sol. Ao tentar descobrir mais pormenores sobre o passado da sua família, Clary encontra um aliado no misterioso Sebastian. Com Valentine a reunir toda a força do seu poder para destruir de uma vez por todas os Caçadores de Sombras, a única possibilidade de estes o derrotarem é combater ao lado dos seus eternos inimigos. Mas podem os Habitantes do Mundo-à-Parte e os Caçadores de Sombras pôr de lado o seu ódio mútuo e aliarem-se? Embora Jace compreenda que está pronto a arriscar tudo por Clary, poderá ela utilizar os seus poderes recentes para ajudar a socorrer a Cidade de Vidro - custe o que custar? O amor é um pecado mortal e os segredos do passado provam ser letais quando Clary e Jace enfrentam Valentine no último volume da trilogia
Opinião:
No início senti a falta de alguma informação (mais concretamente em relação à mãe da Clare), que já vinha de livros anteriores, mas que por ser tão mencionada no início do livro, deveria ter sido reavivada com algum detalhe. Sinceramente, senti-me perdida porque já li o segundo livro há seis meses e esses detalhes já não estavam presentes na minha memória.
Mas adiante.
A história continua exactamente onde terminou o volume anterior, e parece impressionante que os três livros, juntos, descrevem apenas 1 mês de acção (não gosto quando as coisas acontecem depressa demais, especialmente quando falamos que os vilões andam à procura de artefactos que ninguém conseguiu encontrar em séculos de busca, mas eles conseguem em 1 mês. Pouco credível).
O enredo está bem organizado, embora haja muitas cenas que me pareceram pouco aproveitadas e, talvez até mesmo escritas à pressa, sem sentimento. Por exemplo, houve uma morte muito importante neste livro (houve mais que uma, mas esta foi especial), só que graças à forma como a autora narrou a situação, eu não senti Nada. E isto é estranho, tendo em consideração a personagem que era (já agora, não gosto quando os autores,, talvez com medo de matar uma personagem principal, recorrem a matar alguém próximo deles, a personagem que terá mais impacto. parece-me sempre um decisão algo covarde. Teria bastante mais impacto se fosse um dos principais (eu sei que sou má!)). Já para não falar na morte final que, impressionantemente, soou muito distante e sem impacto. Muito mal conseguida, neste aspecto.
Quanto ao desenvolvimento da trama central, não fui surpreendida pois a autora, tal como no volume anterior, falhou nas suas tentativas de foreshadowing. Era tudo muito óbvio, especialmente em relação a quem eram os traidores e mesmo em relação ao terceiro artefacto.
Contudo, apesar de estar a dizer muito mal desta coisas, achei que a história central ficou bem conseguida, tendo uma resolução sólida e satisfatória, que não deixa o leitor desapontado. Também gostei especialmente da interacção e das alianças criadas entre os Caçadores de Sombras e os do Submundo (esqueci-me do nome). Estes acontecimentos deram alguma profundidade ao mundo criado pela autora.
No entanto tenho que apontar algo que me deixou um pouco irritada, quanto a esta aliança. É que não faz sentido que os representantes dos do Submundo fossem exactamente os que a Clary conheceu (quer dizer, com tantos no mundo inteiro, tinham de ser logo eles?). Simplesmente não faz sentido, especialmente no caso dos vampiros. É como se a autora não quisesse apresentar novas personagens, e então recorresse aos que já criara e apresentara anteriormente.
Quanto às personagens, confesso que a Clary e o Jace me irritaram bastante neste volume. Agiam mais como crianças do que nos volumes anteriores, e sendo eles os protagonistas, não posso dizer que tenha ficado satisfeita. Felizmente desta vez a autora também deu bastante atenção às outras personagens, e isso fez com que o livro não fosse tão mau.
A prosa mantém-se mais ou menos dentro dos padrões dos volumes anteriores, mas como mencionei acima pareceu-me que nas partes mais emocionantes a voz narrativa da autora falhava em transmitir a intensidade necessária. Os diálogos, tal como nos volumes anteriores, continuaram naturais e interessantes, à excepção de um ou outro momento que nem por isso fez com que parecessem fora de contexto, mas antes estranhos.
Em suma, esta foi uma conclusão satisfatória (a nível de enredo) para a saga, mas desapontou, pois não conseguiu surpreender (chegando a ser, por vezes algo conveniente a forma como as coisas aconteciam), nem emocionar, e porque as personagens principais agiram de forma imatura a maior parte das vezes.
Aconselho a quem já leu os volumes anteriores, pois finaliza bem a trilogia.
Capa (Cliff Nielsen), Design e Edição:
Muito sinceramente não entendo esta terceira capa. Sei que é suposto retratar o Simon, mas não faz sentido porque ele não carrega uma espada, não tem runas no corpo (excepto uma na testa), e bem ... certamente não tem asas. A capa está consistente com as anteriores (as quais eu não gostei particularmente), mas em termos represantativos não está nada bem.
O design da minha edição (paperback, em inglês) está simples mas bem conseguido, com um tamanho de letra bastante acessível.
Acho que foi mais ou menos o que senti quando acabei de ler este livro. Tem falhas, mas fiquei com aquela sensação de "closure". ;) Mas o rapaz nesta capa não é o Simon, é o Sebastian. Penso que o li no site da Cassandra Clare algures. :S O Simon é suposto ser aquele na capa do City of Fallen Angels. ;) Sempre tens a outra trilogia, a meio steampunk, dos Infernal Devices, para experimentar. ;)
ResponderEliminarp7, O Sebastian? A sério? É que não faz sentido porque ele nem sequer é das personagens principais. :O (e ainda por cima ele quando carrega a espada já está com o cabelo loiro)
ResponderEliminarSim, não faz muito sentido... Pessoalmente também preferia que fosse outro personagem na capa. Imagino que a razão de o Sebastian estar nesta capa é a troca esquisita de identidades entre ele e o Jace. Como acaba por ser um enredo importante durante parte da trilogia... :S
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