sexta-feira, 27 de junho de 2014

Livro vs Audiolivro vs Ebook

O vídeo desta semana versa sobre a batalha entre o Livro (físico), o Audiolivro e o Ebook.


Deixem os vossos comentários sobre o assunto!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

::Conto:: Ex-Machina

"Ex-Machina", Michael Silva (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
O início deste conto é excepcional e toda a trama está carregada de adrenalina.
As personagens são bem exploradas (o Goias e o Padre Martins), apesar de eu ter gostado de saber mais sobre o passado de ambas e o que levou o Goias àquele estado, o leitor acaba por saber o suficiente para se sentir esclarecido. E o mesmo acontece com a história, no geral, embora muitos mistérios fiquem por responder.
Confesso que, por isso mesmo, o final não me deixou completamente satisfeita, mas não achei que fosse um mau desenlace.
Além disso, acho que fiquei fã das cenas de acção do autor Michael Silva.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Clube de Leitura de Braga - Julho 2014

A próxima sessão do Clube de Leitura de Braga acontece no próximo dia 5 de Julho, sábado, pelas 15h00, na Livraria Bertrand do Braga Liberdade Street Fashion.
Neste encontro vamos discutir a obra «Acabadora», de Michela Murgia.
Contamos com a sua presença!
Já podem ler a minha opinião AQUI.

Cress

"Cress (The Lunar Chronicles 3)", de Marissa Meyer (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (inglês):
In this third book in the Lunar Chronicles, Cinder and Captain Thorne are fugitives on the run, now with Scarlet and Wolf in tow. Together, they’re plotting to overthrow Queen Levana and her army.
Their best hope lies with Cress, a girl imprisoned on a satellite since childhood who's only ever had her netscreens as company. All that screen time has made Cress an excellent hacker. Unfortunately, she’s just received orders from Levana to track down Cinder and her handsome accomplice.
When a daring rescue of Cress goes awry, the group is separated. Cress finally has her freedom, but it comes at a high price. Meanwhile, Queen Levana will let nothing prevent her marriage to Emperor Kai. Cress, Scarlet, and Cinder may not have signed up to save the world, but they may be the only hope the world has.
 


Opinião (audiolivro):
Bem tinha dito que ia esperar para ler o terceiro livro, para não deixar um buraco de tempo tão grande entre este e o quarto (e último, que só é lançado em 2015) mas não resisti e lá peguei no audiolivro.

A história continua exactamente onde o anterior terminou e a acção não demora a arrancar. E não pára, por um segundo, durante o livro todo. Acreditem, mal há tempo para respirar. Estão sempre a acontecer coisa mas não foi por isso que o desenvolvimento das personagens sofreu danos.
Como bom penúltimo livro, este faz um bom trabalho a elevar as apostas. Tudo vai piorando de cena em cena, as coisas parecem cada vez mais impossíveis e as poucas vitórias têm sempre um sabor amargo. E nisso o livro é absolutamente fenomenal, mantendo o leitor em constante estado de alerta, com os nervos à flor da pele, à espera do pior.
E o pior efectivamente acontece mas, ainda assim, a autora parece ter medo de ir mais longe. Ok, eu sei que isto continua a ser um livro YA (Young Adult - para adolescentes e jovens adultos) mas eu teria sentido mais pena da Scarlet se tivesse vivido algumas das suas torturas (não que eu queira, mas da forma como foi narrado não parece 'real') e outra coisa: *ATENÇÃO: SPOILERS* Já adivinhava que alguém da equipa da Cinder ia ser infectado com o vírus da Letumosis, mas eu esperava que fosse a Cress, e com isso o Dr. Erland fosse obrigado a encontrar uma cura. Isso sim teria impacto! Isso sim poria a história noutro nível! E apesar de eu ter chorado bastante com a morte do Dr. Erland a verdade é que senti que noutra qualquer personagem o impacto seria mil vezes maior.
Outra coisa que não gostei no desnrolar da história foram três facilidades: A facilidade com que o Thorne se habitou à cegueira (para se movimentar e defender); a facilidade com que a Cress se habituou à terra (e a falta de alguma doença que a afectasse, afinal ela viveu sempre enclausurada num ambiente esterelizado, ao vir para a Terra devia sofrer nem que fosse de uma gripe); e a facilidade com que eles conseguiram infiltrar-se no castelo e raptar o imperador. Sendo que esta última é a pior de todas. Não é credível! *FIM DOS SPOILERS*

A nível de personagens, mais uma vez, adorei quase todas. A Cress, no início do livro, é absolutamente adorável e vai amadurecendoao longo da história. E, apesar de eu sentir falta de alguma inocência no fim do livro, não deixou de ser adorável. O Thorne é uma personagem complexa e a quem apetece dar uns murros  mas que, por isso mesmo, é das minhas favoritas. A Cinder é a que fica mais igual a si mesma, apesar de ganhar uma maior percepção do seu poder e do que isso implica. O Wolf, infelizmente, teve menos espaço do que seria desejável, mas ainda assim foi dos que mais me apertou o coração. A Scarlet, por outro lado, não teve a atenção merecida, assim como a Winter e a Levana. Mas estas duas ainda têm o seu tempo (livros só dedicados a elas). Uma boa surpresa foi o Kai, que finalmente ganhou espinha! Já não era sem tempo. Gostei muito dos capítulos finais por causa de voltar a reuní-lo com a Cinder e por finalmente eles se entenderem.
Tenho também que acrescentar que adorei as cenas no deserto e da posterior separação do Thorne e a Cress. Foi bom ver o desenvolvimento dos sentimentos dos dois. Contudo o que não foi bom foi aquela conversa final dos dois. Que raio? A autora tem mesmo que forçar todas as relções para serem emendadas apenas no último livro? Vá lá!

A escrita da autora continua a aliciar-me e a funcionar muito bem no tipo de história que conta. Só tenho pena que não se atrevesse a ir mais longe com a sua crueldade, porque se vamos ser crueis, mais vale sê-lo e assumi-lo com todas as letras. E, claro, os facilistmos que não deveriam ter acontecido. *ATENÇÃO: SPOILERS* Seis marmanjos sem treino quase nenhum nunca conseguiriam entrar num palácio altamente guardado, desactivar o sistema de segurança, raptar o principe regente e sair praticamente ilesos da aventura. Vá lá! *FIM DOS SPOILERS* Há limites para a minha credulidade.


Em suma, Cress foi mais uma aventura divertidas das Crónicas Lunares e, apesar de não ser tão bom como os dois anteriores, ainda assim conseguiu abrir caminho para o que promete ser um bombástico final para a série. Na verdade não estou tão curiosa por saber a história do Jacin e da Winter (porque ainda os conhecemos mal), quanto estava pela do Thorne e da Cress mas ainda assim a vontade é muito e esperar até Novembro de 2015 vai ser um suplício.

Narração (Rebecca Soler):
Tal como nos dois livros anteriores, a voz da Rebecca Soler funcionou maravilhosamente. Não é a melhor que já ouvi mas tem uma boa dicção e aconselho estes audiolivros.
 
Nota: A capa Checa é muito gira! Não consegui evitar colocá-la aqui (à direita)

Nota 2: A minha alma está parva! Acabei agora (quando estava escrever a opinião) de descobrir que a Mariss Meyer vai lançar um livro dedicado à Levana! Yupi! Era isto que estava a faltar! Sempre achei que, para a Levana ser mais que uma vilã genérica, a história dela tinha de ter mais destaque, e aqui está. Fairest vai ser lançado em 27 de Janeiro de 2015.
O que não é nada fixe é o facto de terem atrasado o lançamento de Winter, o quarto e último livro da série, para 10 de Novembro de 2015. Bem, ao menos temos o Fairest, entretanto. Mas mesmo assim ... Eu não queria esperar tanto pelo fim da série.
Vejam a capa animada de Fairest

O.O Um pouco assustador.

Booktrailer de Cress:

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Acabadora

"Acabadora", de Michela Murgia (Bertrand Editora)

Sinopse:
Numa pequena vila sarda, a velha costureira, Ti Bonaria, acolhe Maria, «cedida» a ela por uma família humilde com muitos filhos. Oferece à sua «filha da alma» uma profissão e estudos, uma escolha audaciosa para uma mulher na Sardenha dos anos cinquenta. Maria cresce rodeada de ternura; mas há certos aspetos da vida da Ti Bonaria que a incomodam, em particular as suas ausências noturnas. Ela não sabe que a velha é a acabadora, a «última mãe», a mulher que ajuda os que sofrem a morrer. No dia em que descobre, a sua vida muda por completo e serão necessários muitos anos para que consiga perdoar à sua mãe adotiva. Com uma linguagem poética e essencial, Michela Murgia cria duas personagens inesquecíveis numa Sardenha intemporal, de costumes fascinantes.

Opinião:
Mais um livro lido para o Clube de Leituras de Braga (este vai ser discutido no dia 5 de Julho de 2014, por isso ainda têm tempo para o ler) e este foi um que me entusiasmou assim que li a sinopse. Não sabia nada sobre ele, não conhecia a autora, mas a ideia por detrás do livro parecia promissora.

Tal como diz na citação na capa: «Há mais amor que morte nestas páginas.» (L'Espresso). E é mesmo isso que este livro tem, pois apesar do título e da sinopse, aqui o foco está na maravilhosa personagem da Bonaria Urrai e da sua filha de alma, a Maria Listru. O elo que se forma entre as duas é maravilhoso e a forma como ele depois se altera, por culpa das circunstância, é muito emotivo.
O enredo em si é muito rural, bastante curriqueiro, como a vida. Cheio de surpresas, grandes e pequenas, mal-entendidos, dúvidas, cuscuvilhices, e muito amor.
Confesso que não apreciei muito a penúltima parte do livro, antes da parte final, em que Maria viaja para o continente e passa a ser ama de uma família. Não é que a história em si seja desprovida de interesse, porque não o é, mas está tão apressada, tão comprimida, que não tem a beleza, o coração ou o impacto do resto do livro, e isso fez-la uma parte menor. Também não ajuda o facto de esta sequência não ter praticamente nenhum impacto na relação da Bonaria e da Maria.

Bonaria foi, de longe, a minha personagem favorita, pela sua forma de ver o mundo e pelo amor silencioso que tinha por Maria. Andríá Bastíu foi uma personagem secundária que me cativou, especialmente por a forma como a sua personalidade se alterou depois da tragédia que assolou a família, pela forma como aconteceu. Maria Listru é uma protagonista interessante, desde o primeiro momento em que aparece, a fazer o seu bolo de lama e formigas, mas não simpatizei muito com ela. Contudo o final fez-me mudar um pouco de opinião. Mas também não temos que adorar todas as personagens, só temos que sentir algo, pois isso é que simboliza o quanto um livro nos marca.

A prosa é lindíssima! Diferente da maioria que já me passou pelas mãos. Como diz o/a crítico/a de La Nuova Sardegna: «Uma narração sem idílio e sem retórica, sem lugares-comuns.». Esta foi a primeira coisa que notei: A ausência dos lugares-comuns, das frases feitas, das descrições fáceis. Michela Murgia faz da prosa arte e eu adorei, especialmente na primeira metade do livro, mas ainda mais no belíssimo capítulo 13, que é o mais marcante tanto pelo que nele se sucede, como pela forma como é escrito. Diálogo expressivo e real, de cortar o coração.  Brilhante!
Infelizmente este grande capítulo contrasta totalmente com os que se seguiram, onde  a narração é mais linear e mais ... bem ... mais narrada. As coisas não acontecem. Já aconteceram!
E depois temos o último capítulo que volta a ganhar algum fôlego, para um final muito bom.

Em suma, Acabadora foi uma bela surpresa; a revelação de uma autora que espero voltar a ler em breve. Um texto com algumas belas passagens, cenas cheias de significado, uma relação mãe-filha que é difícil ignorar e uma prosa fresca. Não fosse pela penúltima parte, e se o fim fosse um pouco mais intenso, este livro poderia ser ainda melhor. Atrever-me-ia até a dizer que, provavelmente, saltaria de imediato para a minha lista de favoritos. Como está, é ainda assim uma belíssima leitura, cheia de emoção e que aconselho vivamente e sem restrições.

Tradução (Diogo Madre Deus), Capa e Edição:
Noi início do livro fez-me um pouco impressão o pouco uso da vírgula. Parecia que estavam em crise e tinham de poupar nas vírgulas. XD Mas depois melhorou. E nem sei se isso foi decisã da tradutora ou se era mesmo parte do estilo da autora.
A capa funciona como auxiliador da sinopse, embora diga muito pouco sobre a história, não desgosto e até vejo nela bastante simbolismo em relação a certas coisas narradas na história.
O design interior é muito simples mas as margens generosas facilitaram uma leitura ainda mais fluída e permitiram que, quando o texto se estendia sem parágrafos, a sequência não se mostrasse tão extenunate.

Nota: Esta foi a leitura de Julho 2014, para o Clube de Leitura de Braga.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Um Toque de ... - divulgação

Hoje lancei "Um toque de ...", uma antologia de contos!


Sinopse: O amor está presente em todo o tipo de gestos e acções.
No cuidado com que se evita tocar um assunto sensível; Na forma como se fica a ver o outro dormir; Numa coversa à beira mar; Num post-it colorido; Num lugar vazio no restaurante; Numas mãos entrelaçadas ao som das ondas; Num jantar fracassado; Numa noite solitária; Numa negação.
Para já só na Smashwords, mas brevemente também na Amazon, Kobo, iTunes, e outros.
 

Mas nem sempre o amor resulta em felicidade ...




Para já só na Smashwords, mas brevemente também na Amazon, Kobo, iTunes, e outros.

Qualquer pessoa pode fazer o download to ebook e pode escolher se quer pagar (e quanto quer pagar) por ele, ou se o quer levar de graça. Estejam à vontade para experimentar gratuitamente e, depois, se gostarem, então fazerem, um pequeno donativo (0,50€ ou 1€ ou 5€, ou o que acharem justo).
Sempre quis experimentar este método de "cada um paga o que acha justo".

Não se esqueçam de deixar as vossas opiniões, que são sempre bem-vindas!



Livro na Smashwords: https://www.smashwords.com/books/view/450276 
Livro no Goodreads: https://www.goodreads.com/book/show/22517611-um-toque-de

quinta-feira, 19 de junho de 2014

[Bookshelf Tour] Visita às Estantes

Já há uns tempos que não vos mostravas as minhas estantes e, como recentemente estive a mudá-las, decidi fazer um vídeo.
Alerta!: Está dividido em duas partes, mostra os livros quase todos, um a um, e, provavelmente vai fazer-vos perceber que, no final de contas, não têm assim tantos livros por ler, porque EU tenho mais!
Tenho mesmo de "atacar os livros nas minhas estantes"!



Segunda parte:

segunda-feira, 16 de junho de 2014

::Conto:: A Stroke of Dumb Luck

"A Stroke of Dumb Luck (Colbana Files 0,5)", de Shiloh Walker [disponível para leitura AQUI]

Sinopse (inglês):
When a teenaged girl goes missing, her mother calls Kit Colbana, scion of an ancient line of warriors  -- unfortunately, Kit's heritage doesn't impress the local wererats much. They're determined to make the girl one of their own, and Kit is going to need a big sword, a bright flashlight, and a helpful vampire to get her back.

Opinião:
Este conto está cheio de acção e é uma boa introdução à série Colbana Files. Eu fiquei com vontade de ler!
Kit parece uma boa protagonista, forte mas ao mesmo tempo vulnerável, e gostei da voz narrativa. Se os romances forem assim, acho que posso gostar.
Do que não gostei foi dos clichés:
- Were-rats são mauzões;
- Vampiro, todo bom, salva o dia.

Do que mais gostei:
- Da voz narrativa;
- Do potencial da Kit enquanto aneira;
- Da acção e da não sencura da violência, sem que houvesse necessidade desta ser demasiado gráfica.

Acho que este texto funcionou bem como conto e como porta de entrada à série. Talvez leia Blade Song (o primeiro da série).

Nota: Adoro a capa feita pelo Jason Chan (a ilustração).

domingo, 15 de junho de 2014

Forever - Um Amor Eterno

"Forever - Um Amor Eterno (The Wolves of Mercy Falls 3)", de Maggie Stiefvater (Editorial Presença)

Sinopse:
Depois de Shiver e Linger, dois romances que emocionaram leitores de todas idades em países de todo o mundo, Forever abre quando Grace acaba de sair da sua mutação em loba... acossada desde logo, ao aperceber-se de que a comunidade humana planeia o extermínio da alcateia a que agora pertence. Sam faria tudo por ela, mas conseguirá ele encontrar a cura para recuperar Grace e ficar com ela para sempre?

Opinião:
Eu estava ansiosa por ler a finalização desta trilogia, até perceber que, se calhar, não era o final. Quando descobri que Sinner vai ser lançado em menos de um mês, fiquei de orelhas em pé. Mas afinal parece que Sinner é um spin-off, uma história tipo sequela mas à parte. "Assim está bem", pensei eu ...

O livro começa com um primeiro capítulo que, a princípio, parece banal, mas depois chega aquela frase final e BAM! E o livro é praticamente todo assim. Temos um momento de normalidade e depois "cai o Carmo e a Trindade". E o livro só teve a ganhar com isso. Capítulos mais cheios de adrenalina, mas sem exageros. Será até melhor dizer que há muita tensão, em vez de acção.

A história é tudo o que se esperava depois de Shiver e Linger. Os problemas somam-se e as soluções têm de ser encontradas o quanto antes. Ou não estivessem os Lobos de Mercy Falls em perigo de extinção.
temos, neste livro, uma boa resolução para a trilogia, mas uma que é, na sua cerne, demasiado vaga para ser satifatória.
A nível dos Lobos e dos seus problemas, as coisas ficam bem assentes, a nível da Grace e do Sam, ainda melhor as coisas ficam resolvidas, mas que dizer da sobreviovência deles? Aquelas frases finais do livro irritaram-me. De verdade!
Eu adoro finais em aberto mas aquilo ... aquilo foi preguiça! O que aconteceu á Grace? Isso não é o tipo de coisa que se deixa à imaginação do leitor. É o tipo de coisas que o leitor quer saber com toda a certeza possível. Coisa que não aconteceu e que denegriu o meu gosto pelo livro.

A nível de personagens, Cole St. Clair rouba o estrelato todo. Mas tanto ele como Sam evoluiram muito neste livro. O mesmo já não pode ser dito da Grace, que continua a iritar-me por estar sempre a mentir aos pais (Noruega? A sério?) e porque neste livro parecia muito unidimensional. Não tomava decisões nenhumas, e nem sequer os seus sentimentos por Sam pareciam muito verdadeiros.
Isabel foi uma personagem que gostei e, ao mesmo tempo, odiei. Nesta série há um qualquer ódio pelas figuras paretnais e maternais que transparece em todas as personagens. Não há nenhuma personagem que tenha uma relação normal, ou sequer saudável, com os seus pais. E foi demais!
Dito isto, a relação entre o sam e a Garce foi super-fofa, apesar da apatia da Grace, que me irritou mais vezes que não. E o Cole a Isabel também tiveream um bom desenvolvimento relacional, de tal forma que até tenho muita curiosidade em ler o Sinner, apesar de não gostar muito da Isabel.

Quanto à escrita da autora não tenho nada a apontar, excepto que aquilo não é final que se dê a uma trilogia (as últimas frases ... ai!). Tenho dito!

Em suma, Forever foi um desfecho quase competente, se não fosse pelo final tão aberto. Adorei o desenvolviemento de personagens como o Sam e o Cole, gostei do compasso da história, e o romance foi super-fofinho. Gostei mas não amei.

Tradução (Maria do Carmo Figueira), Capa e Edição:

A tradução estava boa mas não foram poucas as vezes em que o nome do Samm e do Cole foram trocados, de forma bem clara. A capa é lindíssima! Adoro esta série de capas. E, melhor ainda, agora saiu, nos USA, uma nova série de capas que também é belíssima. O.O (vou colocar em baixo para verem)
A Edição da Presença está muito boa, com um papel que gosto muito e num formato que me agrada.

Nota: Livro emprestado pela Andreia Ferreira. Obrigada!

cliquem para ver maior

::Autor:: Maggie Stiefvater

Biografia (via Editorial Presença):
Maggie Stiefvater é uma jovem escritora norte-americana nascida em 1981, que escreve ficção fantástica juvenil. Todas as suas obras se têm tornado grandes êxitos, batendo recordes de permanência nas tabelas de vendas. Entre os vários títulos que já publicou destacam-se The Scorpio Races e The Raven Boys. A trilogia Shiver conta já com um milhão e setecentos mil exemplares impressos só nos EUA, tem recebido inúmeras nomeações e prémios e encontra-se traduzida em 36 idiomas.

Livros que li da autora:
- Shiver - Um Amor Impossível (The Wolves of Mercy Falls 1) - Opinião
- Linger - Um Amor Adiado (The Wolves of Mercy Falls 2) - Opinião
- Forever - Um Amor Eterno (The Wolves of Mercy Falls 3)- Opinião
- The Raven Boys (The Raven Cycle 1) - Opinião


Livros da autora publicados em Portugal:
- Shiver - Um Amor Impossível (The Wolves of Mercy Falls 1), Editorial Presença, 2011
- Linger - Um Amor Adiado (The Wolves of Mercy Falls 2), Editorial Presença, 2012
- Forever - Um Amor Eterno (The Wolves of Mercy Falls 3), Editorial Presença, 2013

A visitar: Site Oficial da Autora, Facebook da Autora, Twitter da Autora, Goodreads da Autora, Editorial Presença (editora portuguesa)

Na Sombra das Palavras - divulgação

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Título: Na sombra das palavras 
Autores: Ângelo Teodoro | David Camarinha | Fábio Ventura | João Ventura | Mário Seabra 
Disponível a partir de: 5 de Julho de 2014 
36 páginas | Versão em papel e digital

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Sinopse

“Na Sombra das Palavras” reúne cinco contos de autores portugueses, combinando thriller e fantástico em histórias de amor, memórias esquecidas e encontros com a Morte e Deus. As palavras transportam o leitor para labirintos, panópticos, livrarias e memórias longínquas. Com contos da autoria de Ângelo Teodoro, David Camarinha, Fábio Ventura, João Ventura e Mário Seabra.

Sobre os autores

Ângelo Teodoro nasceu em Torres Vedras, no ano de 1978. Licenciou-se em Psicologia, na área de clínica. Direccionou o seu percurso profissional para a área de formação e educação e coordenação de projectos de desenvolvimento local.

David Camarinha, nascido em 1986 em Vila Nova de Gaia, vive ainda na sua casa de infância, acompanhado dos quatro gatos e a cadela Luna. Licenciou-se em História no Porto e está a finalizar o Mestrado em Marketing em Aveiro. Prefere a leitura à escrita.

Fábio Ventura nasceu em 1986 em Portimão, onde vive e trabalha como livreiro. É autor dos livros “Orbias-As Guerreiras da Deusa” e “Orbias-O Demónio Branco”.

João Ventura gosta de escrever microcontos, mas às vezes saem-lhe estórias um pouco maiores... O que tem escrito está na Web e em algumas antologias... O seu terreno preferido é a área do fantástico, mas não se preocupa muito com rótulos.

Mário Coelho tem 23 anos, grande parte deles passados a rabiscar ideias em papel ou a martelá-las no teclado. Escapuliu-se por um portão e hoje dá sinal de vida em Coimbra, no mestrado de Tradução. Nos tempos livres gosta de se arrepender dessa decisão e de escrever romances em que bebés morrem.

Mais informações no site da Editorial Divergência

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Os Segredos de Jacinta - divulgação

Amanhã, na Biblioteca Lúcio Craveiro Silva, em Braga, Cristina Torrão apresenta o seu novo romance histórico: "Os Segredos de Jacinta".
Apareçam! É às 15h30.

[TAG] Character Book Tag

Nova TAG em vídeo: The Character Book Tag (Personagens de Livros). Convido-vos a participar na TAG, quer seja em vídeo ou em post nos vossos blogs, ou até mesmo em comentários aqui no Floresta de Livros.



Perguntas e respostas:
1. Qual a personagem mais kick-ass?
- Harry Dresden, do Dresnden Files (Jim Butcher)
2. Qual a persoangem que mais detestas/odeias?
- Phédre nó Delaunay, de O Dardo Kushiel (Jacqueline Carey)
3. Se pudesses namorar com uma personagem ficcional, quem seria?
- Chrno, de Chrno Crusade (Daiske Moriyama)
4. Se pudesses mudar uma personagem de determinada maneira, quem seria e o que mudarias?
- John Matthew, de Lover Mine - Na Sombra do Destino (J.R. Ward)
5. Que persoangem fez todas as escolhas erradas, mesmo quando estas acabaram por não ter grande impacto no livro?
- Katniss Everdeen, de Mockingjay - A Revolta (Suzanne Collins)
6. Quem é o vilão que adoras odiar?
- Lord Ido, de Eona - The Last Dragoneye (Alison Goodman)
7. Side-kick favorito e com o maior coração?
- Piggy, de O Deus das Moscas (William Golding)
8. Relação amorosa ficcional favorita?
- Ron e Hermione, da série Harry Potter (J.K. Rowling)
9. Que personagem achas que é a mais forte?
- Sorcha, de A Filha da Floresta (Juliet Marillier)
10. Melhor protagonista?
- Rae "Sunshine" Seddon, de Sunshine (Robin McKinley)
11. Quem taggeias?
- Todos os que gostarem da TAG


Deixem os vossos links!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Olinda P. Gil e Carla M. Soares - divulgação

Olinda P. Gil e Carla M. Soares são duas escritoras cujo trabalho sigo atentamente. As duas, juntamente com outros colegas publicados pela CoolBooks, estarão no Instituto Camões, em Lisboa, no dia 19 de Junho, pelas 18h30.
Convido quem for da zona a comparecer.


Olinda P. Gil: https://www.facebook.com/olindapgil

Carla M. Soares: https://www.facebook.com/carlamsoares.pt

[TAG] Livros Opostos

Mais uma TAG em vídeo. Desta vez é "Livros Opostos".
Deixem os vossos comentários para eu saber se estão a gostar. :)
Já agora, se decidirem fazer a TAG, ou já fizeram, deixem os vossos links.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Uma Outra Voz

"Uma Outra Voz", de Gabriela Ruivo Trindade (Leya)

Sinopse:
João José Mariano Serrão foi um republicano convicto que contribuiu decisivamente para a elevação de Estremoz a cidade e o seu posterior desenvolvimento. Solteiro, generoso e empreendedor como poucos, abriu lojas, cafés e uma oficina, trouxe a electricidade às ruas sombrias e criou um rancho de sobrinhos a quem deu um lar e um futuro. É em torno deste homem determinado, mas também secreto e contido, que giram as cinco vozes que nos guiam ao longo destas páginas, numa viagem que é a um tempo pessoal e colectiva, porque não raro as estórias dos narradores se cruzam com momentos-chave da história portuguesa. Assim conheceremos um adolescente que espreitava mulheres nuas e ria nos momentos menos oportunos; a noiva cujos olhos azuis guardavam um terrível segredo; um jovem apaixonado pela melhor amiga que vê a vida subitamente atravessada por uma tragédia; a mãe que experimentou o escândalo e chora a partida do filho para a guerra; e ainda a prostituta que escondia documentos comprometedores na sua alcova e recusou casar-se com o homem que a amava. Por fim, quando estas vozes se calam, é tempo de ouvirmos o protagonista através de um diário escrito noutras latitudes e ressuscitado das cinzas muitos anos mais tarde.
Baseado em factos reais, Uma Outra Voz é uma ficção que nos oferece uma multiplicidade de olhares sobre a mesma paisagem, urdindo a história de uma família ao longo de um século através das revelações de cada um dos seus membros, numa interessante teia de complementaridade.


Opinião:
Este é o segundo vencedor do Prémio Leya que li para o Clube de Leitura de Braga (o primeiro foi "O Teu Rosto Será o Último") e já começo a ver um padrão. Nada de surpresas aí. Mas, confesso que gostei mais deste da Gabriela Ruivo Trindade.

Este livro está contado a 6 vozes, com cinco histórias distintas que acabam por estar interligadas numa sexta. Não são cem anos de história, como o trailer quer fazer acreditar, porque na verdade são só três gerações (embora sejam 6 vozes), mas anda lá perto.
A primeira voz é de um rapaz de 15 anos que os introduz à família mas que, infelizmente, está retratado como um miúdo de 10 anos. Naquele tempo eu duvido que um rapaz de 15 anos fosse tão imaturo e falasse daquela maneira. Especialmente um que queria tornar-se médico. Caramba, eu, que sou de uma geração recente, aos 15 anos não falava assim, quanto mais antes do 25 de Abril. Com 15 anos já eram adultos. Mas, tirando essa imaturidade, ele acaba por ser a persoangem perfeita para introduzir o leitor na história.
A segunda voz foi, para mim, a menos marcante. Não fosse a revelação do padre, e parece-me praticamente inconsequente.
A terceira está lá para falar do 25 de Abril e pouco mais. Não me liguei particularmente com o narrador e achei que a narração dos eventos poderia ser mais emotiva, mais vibrante.
A quarta voz é uma das mais esclarecedoras e uma das que mais gostei. Desvenda muitos dos mistérios colocados nos relatos anteriores e a narradora é das mais ricas.
A quinta e última voz (na verdade não é a última) é, sem dúvida, a mais marcante, mas também a mais frustrante. Ana foi, ao mesmo tempo, a personagem mais forte e a mais irascível de todo o livro. Ou não fosse a sua teimosia e falta de auto-estima factor de irritação. Mas, claro, não podia ser de outra maneira, para a história terminar como terminou.
Gostei da forma como a autora usou esta narradora para desvendar mais perguntas levantadas pelos anteriores e como, no fim de contas, tudo ficou mais ou menos esclarecido. No entanto também achei que a Ana foi a mais estereotipada de todas as narradoras. Isto porque a descrição da sua vida como prostituta é muito ... corriqueira. Parece mesmo ficcional. Não há autenticidade.
Por fim, os excertos do diário do Ti Mariano, que acabam por ser a sexta voz, são uma boa adição, mas a voz é muito semelhante ao resto do livro. Teria sido imensamente mais interessante se fosse um diário real, e não algo mais inventado.

Dito isto, eu detectei algumas inconsistências na narrativa:
- Na quarta voz houuve uma cena em que o filho de uma das mulheres 'da vida' morria e elas iam ao Padre pedir uma missa, mas ele ficou relutante e só aceitou depois do Ti Mariano intervir. Isto não faz sentido, tendo em conta que na quinta voz nos é dado a saber que o padre, não só é simpatizante destas mulheres, como as respeita.
- No Anexo 2 é referido que Constantino Barbosa regressou depois do exílio, antes de morrer e deixar a sua herança ao Ti mariano, coisa que não aconteceu no relato da Ana.

Quanto à escrita, acho que a autora conseguiu dar voz própria a cada uma das personagens e dotá-las de independência. Contudo nota-se uma maior facilidade e genuinidade nas narradoras femininas.
Eu teria, no entanto, gostado mais deste livro se fosse possível saber o que é efectivamente real e o que é fictício. Este livro tenta ser real mas, de alguma forma, não convence totalmente.

Em suma, Uma Outra Voz é um livro agradável, com personagens interessantes e que é contado de uma forma dinâmica que dá mais valor à história, do que teria se fosse narrado numa só voz. Não é um livro surpreendente e acaba por estar muito na linha dos aclamados romances portugueses que se passam em tempos inglórios, no interior de Portugal e que se fixam numa história familiar. Enfim, na sua essência acaba por ser mais do mesmo mas a narração está bem conseguida e é um livro que se lê muito bem.

Capa, Design e Edição:
A capa é muito semelhante ás outras dos Prémios Leya mas consegue igualmente passar um pouco da história contida no livro.
A inclusão das fotos no interior, foi uma boa adição, embora o facto de serem fotos de uma época que não é retratada no livro, seja uma menos-valia.

Booktrailer:

sexta-feira, 6 de junho de 2014

All You Need Is Kill / Edge of Tomorrow


"All You Need Is Kill" também conhecido por "Edge of Tomorrow", de Hiroshi Sakurazaka (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (inglês):
When the alien Mimics (Gitai) invade, Keiji Kiriya is just one of many recruits shoved into a suit of battle armor called a Jacket and sent out to kill. Keiji dies on the battlefield, only to be reborn each morning to fight and die again and again. On his 158th iteration, he gets a message from a mysterious ally—the female soldier known as the Full Metal Bitch. Is she the key to Keiji's escape or his final death?

Opinião (audiolivro):
Para os curiosos, sim, este é o livro que usaram como base para fazer o filme "Edge of Tomorrow" (com o Tom Cruise). Pena que o Tom Cruise seja tão pouco japonês ...

Mas falemos do livro, porque o filme ainda não vi. A história é, basicamente, o que a premissa indica. Keiji é um soldado na sua primeira batalha e ele morre ao assassinar um dos Mimic, mas este não é um Mimic qualquer e Keiji acorda dois dias antes da batalha. E tudo recomeça. Um, duas, três, mais de uma centena de vezes.
Parece simples, mas não é, embora o autor não complique muito, a história não perde complexidade emocional.
A dificuldade que Keiji tem, no princípio, em aceitar o este ciclo sem fim, as suas tentativas de fugir, e finalmente a sua submissão à realidade e descoberta de algo a que se agarrar para tornara a experiência suportável, é bastante credível. No entanto achei que tudo aconteceu um pouco de mais.
Contudo eu gostei disso. Estranho, não? É que o autor deixou que fosse o leitor a processar os sentimentos do Keiji, sem assoberbar o espectador com sentimentalismos.
Já agora, gostei muito da explicação que o autor deu para o que acontecia ao Keiji. Diferente!
O final da história foi, de certa forma, previsível (e maldito trailer que tem spoilers!) mas não deixou de ter impacto. Confesso que queria que houvesse um pouco mais de interacção entre o Keiji e a Rita. Acho que o final teria ganho mais impacto se os momentos entre os dois fossem mais numerosos. Felizmente os que houve foram marcantes.

Keiji transparece como uma personagem muito humana. Como alguém que perdeu a razão para viver em sociedade e por isso se refugiou no exército e aí descobriu, finalmente, que na verdade tinha razões para sobreviver. Gostei muito da relação que ele criou com a Rita e de como, não tendo ela a memória de todos os momentos que passaram juntos, ainda assim existe uma ligação forte entre os dois, que nem sequer precisa ser romântica.
A Rita foi, para mim, a melhor personagem do livro. Como existe uma parte do livro que é escrito na perspectiva dela, e como foi ela quem mostrou como era o mundo fora da guerra, houve espaço para uma maior ligação. Curioso como aquela que é considerada um soldado fria e distante, acaba por ser a mais humana.

Quanto à escrita do autor eu vou manter as minhas reservas, isto porque, tendo eu lido uma tradução, me pareceu que o tradutor tomou bastantes liberdades com o texto. Em determinados momentos (mais nas cenas antes das batalhas) havia algo de muito ocidental na escrita, que não me pareceu ser totalmente fiel ao original. Infelizmente não posso confirmar isto porque não percebo japonês, mas foi a sensação que ficou. Fora isso gostei bastante da prosa e num texto que, no final de contas é uma noveleta, o autor conseguiu contar uma boa história.

Em suma, All You Need is Kill é uma excelente história de ficção científica, com personagens com quem é fácil o leitor se relacionar e um final merecedor. Recomendo!

Narração (Mike Martindale):
O narrador deste audiolivro fez um excelente trabalho a interpretar o texto. Só é pena não saber dizer "Keiji" como deve de ser. XD
Vá, isto já sou eu a ser picuinhas.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A Vida aos Quadradinhos - Maio 2014

Depois do vídeo a fazer um pequeno apanhado de todas as minhas leituras do mês, incluído as bandas desenhadas/mangas, fica aqui uma pequena opinião de cada:

O Fim da Busca (Dragon Ball 2), de Akira Toriyama
Aproveitei a publicação do manga, em português, para o comprar e finalmente ler. Uma grande lacuna, o eu ainda não ter lido este manga, que foi a base para um dos animes que mais gostei de ver em adolescente. Eu sei que o manga já foi publicado há muito em Portugal e que, entretanto e infelizmente, a publicação foi descontinuada pelas Edições Asa (IMPERDOÁVEL!) mas eu estou a fazer a colecção aos bocadinhos. E  a verdade é que, com tanto para ler, acabo por esquecer deste manga.
No entanto, pegar neste segundo volume foi uma lufada de ar fresco!
Ri-me imenso (aquela cena das cuequinha XD), adorei revisitar as personagens, os locais e as fabulosas aventuras. A arte está excelente, é muito expressiva e funciona em sincronia com o enredo. Muito bom!

Magi: The Labyrinth of Magic (volumes 1 a 5), de Ohtaka Shinobu
Porque estava curiosa em ver o anime, decidi primeiro ler o manga, ou não fosse eu grande fã da banda desenhada japonesa. Magi: The Labyrinth of Magic pega nas Mil e Uma Noites e converte-a em algo novo. Eu gosto muito do Aladdin, que é a personagem principal, e da Morgiana também. O Alibaba ainda me deixa dividida por isso não sei se gosto dele ou se referia que alguém lhe desse um pontapé.
O ponto forte deste manga é o mundo nele criado e a mitologia por trás de tudo. As personagens poderiam ser melhores mas talvez com o tempo esta sensação desapareça. A arte é muito bonita e a história tem um bom compasso, embora tenha várias falhas. Acho que tenta chocar e trazer sempre algo diferente, quando por vezes lhe bastava levar o seu tempo com as personagens. Não sei ...
O meu balanço destes primeiros 5 volumes é positivo e pretendo continuar a seguir a série.

Book-Haul (Compras) e Wrap-Up (Leituras) - Maio 2014

Mais um vídeo, desta vez com um apanhado das minhas aquisições literárias do mês de Maio e, no fim, também um apanhado das opiniões que já foram publicadas aqui no blog:
- "The Death Cure", James Dashner
- "Arroz de Palma", Francisco Azevedo
- "Anna and the French Kiss", Stephanie Perkins

Falo também da BD que li e entrarei em mais detalhes no post "A Vida aos Quadradinhos" que já estou a preparar.



Se gostarem do vídeo, não se esqueçam de seguir o meu canal de Youtube.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Anna e o Beijo Francês

"Anna e o Beijo Francês (Anna and the French Kiss 1)", de Stephanie Perkins (Quinta Essência)

Sinopse:
Anna Oliphant tem grandes planos para o seu último ano em Atlanta: sair com a melhor amiga, Bridgette, e namoriscar com um colega no cinema onde trabalha. Por conseguinte, não fica muito contente quando o pai a envia para um colégio interno em Paris. As coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um rapaz deslumbrante - que tem namorada. Ele e Anna tornam-se grandes amigos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Irá Anna conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?

Opinião (audiolivro):
Há já algum tempo que tinha curiosidade em ler este livro. Muitas pessoas, cujas opiniões eu tenho em conta, recomendaram-no. Mesmo assim, e tendo em conta que se trata de um YA (Young Adult - Livro para Jovens Adultos), e sendo um romance contemporâneo, confesso que ia um pouco de pé atrás.


A história em si é, basicamente, o que é contado na sinopse: Anna é obrigada, pelos seus pais, a frequentar a Escola Americana em Paris, durante um ano, e o livro fala sobre a sua vida lá e, especialmente, sobre o rapaz que ela lá conhece. Nada de surpreendente aqui!

Tenho de confessar que amei o início do livro. A Anna tinha uma voz muito própria, adolescente mas com garra, e a autora soube dar uns primeiros parágrafos que souberam captar-me. E durante o resto do livro a escrita da autora continuou agradável, por vezes até brilhante; romântica sem ser lamechas, colorida sem ser florida. Ou seja, muito bem conseguida.

Anna é uma protagonista com quem as raparigas e até mulheres mais adultas, se conseguirão relacionar. É bem retratada para a idade que tem mas não é uma daquelas jovens que só faz coisas que os adultos acham absolutamente ridículas e infantis. Se comete erros? Muitos! Mas isso torna-a mais rica, dá-lhe mais personalidade. Sobre o Étienne digo o mesmo. Pena é que não possa dar iguais referências às outras personagens, que pouco mais são que figurantes. Mas, ainda assim, no pouco que aparecem, transparecem como bastante ricas! A autora sabe criar personagens com carisma. Excepção feita aos anti-heróis. Grande excepção! Porque, sinceramente, a típica cheerleader que é uma bully; e o jeitoso que parece simpático e seduz a protagonista mas no fim se mostra um parvalhão; é cansativo de se ver e fez-me revirar os olhos.
Já agora, o pai da Anna era suposto ser o Nicholas Sparks ou quê? É que pela descrição parecia. :)

De volta à história, há pouco a dizer, já que todo o livro se centra à volta dos laços que se constroem entre a Anna e o Étienne. Mas aqui tenho de dar os parabéns à autora por ter conseguido criar uma relação aos poucos, dando-lhe alicerces, testando-a, tornando-a mais forte. Não foi insta-love e não foi uma relação simples. Disso, eu gostei!
Do que não gostei foi do facto de, a partir do momento em que a Anna conhece o Étienne, todas as outras pessoas na sua vida passarem a ser figurantes. Ou seja, deixaram de ter importância. Amigos? Alienou-os a todos! Os que tinha nos USA foram rapidamente esquecidos, e os que fez em França ficavam sempre em segundo lugar. E a família? Pior ainda! Foi quase totalmente esquecida, sendo mencionada ocasionalmente para queixinhas. Mas com o Étienne passou-se o mesmo. A Anna surgiu na sua vida e todos os outros deixaram de ter importância. Embora com ele não tenha sido tão dramático e notório, especialmente no campo familiar.
Ou seja, foi o típico romance em que parece que os pombinhos não precisam de mais ninguém para viver. Detesto isso! Especialmente quando a Anna começa a agir como se o Étienne fosse o seu tudo. Caramba, eles nem namoravam ainda e ela já dizia que ele era a sua "casa". A sério?

Ah, e mais uma coisa, a autora tinha mesmo de usar os clichés físicos?
Deixem-me exemplificar: a Anna é linda mas não se apercebe disso; têm de ser os amigos a dizer-lhe e ela fica incrédula. O Étienne tem o cabelo mais maravilhoso, os olhos mais cativantes, os lábios mais carnudos, os dedos mais perfeitos, o sotaque mais irresistível, a personalidade mais amistosa, e, apesar de ser baixinho, ninguém pega com ele por isso. Oh-Meu-Deus!
Eu dispenso isto nos romances. Claro que o rapaz mais perfeito fica com a rapariga mais perfeita.

Em suma, Anna e o Beijo Francês é um romance contemporâneo que consegue ser muito fofo, que me dá uma vontade enorme de visitar Paris, e que consegue criar uma relação credível e pela qual eu torci. No entanto negligencia as personagens secundárias e cai nos clichés físicos do costume, além de esticar demasiado o drama de eles não ficarem juntos por causa de o facto de os dois se negarem a dizer que se amam.
Um romance fofo com algumas cenas deliciosas e protagonistas memoráveis, mas que não me surpreendeu nem marcou. 

Narração (Kim Mai Guest):
Apesar de só ter uma voz masculina (o que era mau quando havia mais que um homem no texto), a narradora conseguiu dar vida às palavras e eu gostei do seu trabalho.

::Conto:: O Obus de Newton

"O Obus de Newton", Telmo Marçal (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
Senti que este conto foi demasiado longo. Havia lugar a muita descrição tecnológica, no que me pareceu ser uma homenagem a Jules Verne (e contra isso, nada!), mas foi demais.
Também senti que havia muito saudosismo dos tempos das conquistas portuguesas pelo mundo, o que é uma boa lembrança do que ainda se cria em 1900, ou do que se desejava que  a nação portuguesa continuasse a ser.
A história em si é bastante complexa e está maravilhosamente estruturada mas a narrativa arrasta-se e divaga desnecessariamente.

E confesso que a prosa não me cativou e os diálogos provaram ser pouco naturais, especialmente no início.

::Conto:: Tratado das Paixões Mecânicas

"Tratado das Paixões Mecânicas", João Barreiros (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
Possivelmente o primeiro conto do João Barreiros que não me maravilhou.
Adorei o final e, como habitual, a ideia. Mas achei que o conto teve demasiadas descrições desnecessárias, que apenas serviram para confundir o leitor, ao invés de transmitirem uma imagem clara do que se passava. Também não apreciei a extensiva prosa sobre a mecânica e os estrangeirismos que, mais uma vez, não tinham tradução em rodapé.
Ainda assim o final valeu a pena.

::Conto:: Fuga

"Fuga", Joel Puga (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
A ideia para este conto está engraçada e bem organizada, mas faltava-lhe ... algo. Havia alguma coisa no texto que me impedia de conectar com a história e as personagens.
Pessoalmente não gostei muito da prosa e achei os diálogos pouco eloquentes.

domingo, 1 de junho de 2014

::Conto:: Energia das Almas

"Energia  das Almas", João Ventura (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
Esta é uma excelente história, escrita de forma brilhante! Adorei o pormenor da escrita das palavras como antigamente (exemplo: Paíz, em vez de País). Só achei que o final não foi tão bom como o resto, mas não deixou de ser bombástico!

::Conto:: Nanoamour

"Nanoamour", Ricardo Cruz Ortigão (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
Uma história que me agradou, escrita de forma muito competente. A ideia por trás do conto está bem conseguida e a personagem principal foi bem explorada neste conto. O final também esteve à altura, por isso os meus parabéns ao autor.

::Conto:: As Duas Caras de António

"As Duas Caras de António", Carlos Eduardo Silva (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
O Carlos Silva é um autor cujo trabalho já conheço minimamente e confesso que esperava algo mais.
Este conto tem por trás uma boa ideia e o final está excelente, mas, por outro lado, os diálogos estão mais e a execução da ideia está mal conseguida. Não fiquei fã desta história que não está a par de outras que já li do autor.

::Conto:: Dedos

"Dedos", A.M.P. Rodriguez (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
Excelente prosa e encadeamento da história. Bom protagonista e bom sarcasmo na escrita.
Só não apreciei muito o final que foi um pouco abrupto, apesar de não ser propriamente mau. Esperava apenas algo mais.

Apontamento: o francês devia estar traduzido em rodapé.

::Conto:: Os Filhos do Fogo

"Os Filhos do Fogo", Jorge Palhinhos (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
Este conto tem um enredo bem construído e uma ideia que foi bem pensada e executada. A prosa é muito fluída, traduzindo-se num conto que me agradou bastante.

::Conto:: Venha a Mim o Nosso Reino

"Venha a Mim o Nosso Reino", Ricardo Correia (incluído na antologia "Lisboa no Ano 2000")

Opinião:
Com um bom primeiro parágrafo, este é um conto intenso mas que falha nos detalhes. Falta-lhe descrições dos cenários e das personagens e alguns esclarecimentos de dúvidas. Quem são as freiras-ninja? Como são os mecanóides?
E por vezes a escrita parecia ser forçadamente erudita. Talvez eu esteja errada mas não parecia, por vezes, uma escrita tão natural.
Ainda assim é um conto com muita intensidade.

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