segunda-feira, 6 de maio de 2013

A Vida aos Quadradinhos - Abril

Mais um mês terminado, mais algumas BDs lidas. Excelentes leituras, de trabalhos que já conhecia, e algumas novas descobertas; outros que me decepcionaram, mas no geral foi um bom mês para os quadradinhos. E vocês? O que leram este mês?


- Hush Hush, de Becca Fitzpatrick e Jennyson Rosero
Sem nunca ter lido o romance que inspirou esta BD, comecei a ler esta Novela Gráfica sem saber virtualmente nada sobre a história ou as suas personagens, e acredito que isso foi uma coisa boa.
A história em si, fluiu bem durante toda a BD, embora as aulas de Educação Sexual se prolongassem mais do que deviam (a autora não arranjou melhor maneira para eles interagirem e se conhecerem, que não através das aulas de Educação Sexual? A sério?) e aquela cena inicial no passado tivesse ficado por esclarecer, e daí tenha parecido absolutamente desnecessária. Algo cujo único propósito pareceu ser mostrar o Patch em tronco nu (diria mesmo, quase todo nu). Enfim, acredito que essa cena tenha alguma relevância nos volumes futuros, mas como ficou sem seguimento neste primeiro volume, acabou por ser palha (eye-candy for the fangirls).
Tendo dito isto, eu compreendo que o primeiro volume seja apenas uma introdução, embora me pareça que poderia ter acontecido mais nas 120 páginas que esta BD ocupou.

Gostei da arte, apesar de por vezes o estilo não estar tão apurado em todas as vinhetas. E, como já mencionei a cena a nível de enredo, há também que referir que a cena inicial, a nível de arte, apesar de apelativa, não deixa de ser ... estranha. Senão, analisemos, o Patch aparece em tronco nu, com umas calças tão descidas que não escondem (ou não deveriam esconder) nada. Por isso, das duas uma, ou o Patch não tem partes masculinas (o que faria sentido, se ele é verdadeiramente um anjo), ou ele devia etsar imensamente desconfortável naquelas calças. Também notei que alguns desenhos da Nora são feitos com o mesmo propósito, de fazer a persoangem sexy, sem qualquer razão aparente.
No geral gostei de ler esta BD e pretendo ler o segundo volume. As personagens estavam bem expostas, as cenas bem encadeadas e a história (apesar de ter pouco de original), ao menos parece focar-se bem nos protagonistas e a Nora é, para já, uma rapariga que parece ter mais juízo que outras protagonistas de histórias semelhantes (*coff*Bella*coff*). Assim sendo, recomendo a leitura aos fãs da série e a quem tenha curiosidade.

Por último fica um agradecimento à Sea Lion Comics que me disponibilizou a BD para leitura.


- Gakuen Alice capítulos 138 a 142, de Tachibana Higuchi
Muito aconteceu nos últimos volumes de Gakuen Alice e este arco da história termina de uma forma que me aperta o coração, enquanto fã da série. Sabem aquelas histórias que parece que finalmente vão virar para o melhor e de repente tudo fica ainda pior que antes? Pois Gakuen Alice faz isto constantemente, mas fá-lo tão bem, que não consigo largar a série.
Depois de tão trágico final, as coisas acalmaram um pouco mas quem segue a história sabe que será sol de pouca dura e eu mal posso esperar para saber o que se segue. Se não conhecem este manga, experimentem!

- Gaia -webcomic- fim cap. 2 e início cap. 3, de Oliver Knörzer e Powree
Quanto mais leio esta BD, mais admiro a arte. As personagens têm traços simples mas distintivos e os fundos são belíssimos, além das cores que são lindas.
Mas mais que a arte, a história está muito bem aprofundada, apresentando personagens ricas e interessantes, assim como um enredo bem estruturado e que mantém o leitor ligado à história. Aconselho a lerem!

- The Young Protectors - webcomic - pág. 28 a  62 (+8), de Alex Woolfson e Adam DeKraker e Veronica Gandini
Apesar de não ser tão bom como o Artifice (do mesmo criador), The Young Protectors não é mau. A arte é muito boa e a história, embora se estranhe um pouco certas cenas, acaba por ser agradável. Atenção que esta BD, tal como o Artifice é shounen-ai, ou seja, retrata relações homossexuais (não explícitas). Tenho de admitir, no entanto, que não sinto que os dois protagonistas tenham química e isso é mau, e já por várias vezes ponderie deixar de ler esta BD. A única razão porque não o fiz é por querer mesmo descobrir se o Destroyer está mesmo interessado no nosso herói, ou se só está a brincar com ele.

- Morning Glories 1, de  Nick Spencer e Joe Eisma
Aqui está uma BD que me apanhou de surpresa! Adorei este primeiro volume. A arte não é extraordinária, mas é bastante boa, depois de nos habituarmos. A história central é excelente, cheia de reviravoltas, segredos, e excelentes personagens que foram muito bem desenvolvidas (umas mais que outras, mas quase todas tiveram os seus momentos).
Não posso dizer muito mais sem estragar a surpresa mas estou desejosa de ler o segundo volume e tentar descobrir mais pistas para desvendar o segredo da academia. Só espero que não decepcione!
E fica também um apontamento para as belíssimas capas do Rodin Esquejo.

- House of Night: Legacy (House of Night 1 a 5), de P.C. Cast e Kristin Cast e Joëlle Jones e Karl Kerschl
Tendo apenas lido as primeiras páginas de Marcada, o primeiro livro da série Casa da Noite (House of Night), não posso dizer que tinha muita curiosidade nesta adaptação a BD. No entanto, achei que podia dar uma segunda oportunidade a esta série, se fosse em BD e assim fiz.
Mal sabia eu que, na verdade, esta Novela Gráfica não adapta o primeiro livro, mas antes ilustra uma história original, passada algures antes ou a meio do segundo volume (já não me recordo ao certo qual dos dois é).
Assim sendo, fiquei meia perdida logo no início. Esta BD foi claramente feita para quem é fã da série, pois pouco explica do que são os vampyros (sim, é assim que lhes chamam, e não me perguntem porquê), como são escolhidos, ou como aquelas personagens ali foram parar.
Felizmente, como eu já tinha lido alguma coisa, não me encontrei totalmente à deriva.
Confesso que não achei grande mérito nesta BD. A história (central) é praticamente inconsequente, cheia de clichés e sem grandes acontecimentos dignos de nota. As personagens (os jovens) são aborrecidos, uni-dimensionais e não me deixaram qualquer vontade de ler a série. Portanto, como chamariz para a série, esta BD falhou redondamente. Contudo, houve algo que gostei, e que fez com esta BD não fosse uma completa perda de tempo: as histórias do passado dos Vampyros.
Apesar de eu ter achado um pouco ridículo o facto de as autoras parecerem tentar passar a mensagem que toda e qualquer mulher de relevância na história do mundo, ou na mitologia, ter sido uma vampyra (e porquê só mulheres, já agora?), gostei bastante de como adapatarm as histórias e criaram algumas cenas muito interessantes.
Já para não falar do belíssimo trabalho que os ilustradores fizeram nestas histórias, usando em cada uma das quatro, um estilo diferente, tanto no desenho como na pintura. Trabalhos belíssimos e que se mostraram fiéis às histórias/tempos originais.
E já que falo na arte ... bem ... sinto-me dividida, pois se em momentos  arte é de cortar o fôlego, noutros é absurdamente amadora. E não há explicação para isto, já que se trata do mesmo ilustrador. Uma última nota para as belíssimas capas.
Enfim, para fãs da série, é provável que seja uma leitura recomendável, mas para os restantes, não vale a pena.

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