segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os Bárbaros - Divulgação

Depois de um comentário do autor, fiquei curiosa em relação ao livro e decidi deixar aqui a mensagem, já que este lançamento me passou totalmente ao lado na altura da publicação.

Título: Os Bárbaros
Autor: Humberto Oliveira
Editora: Chiado Editora
Edição: Agosto de 2010

Sinopse: Lá no alto, sobre os restos caducos daquilo que um dia se chamou "humanidade", paira hoje uma abóbada celeste entabuada.
A chuva cai. Os dias são negros e iguais. Sempre iguais.
As terras estão vazias, despidas de gente. Edificações desabaram. Populações desapareceram. Povos extinguiram-se, como sementes queimadas, como vento passageiro de prazo expirado.
O ano? Há muito tempo atrás. Numa era esquecida.
Contudo, para Alexx Kajih, um sobrevivente desse holocausto que resiste no limite das forças, um sonho ainda é força motriz que o instiga avante.
E enquanto esse sonho perdurar... a esperança viverá nele.

Preço: 17€
Onde é que o livro pode ser adquirido?  Na FNAC, WOOK, Bulhosa, Bertrand, entre outros.


Visitem também o site do autor.

7 comentários:

  1. A maior vítima desse holocausto deve ter sido a língua portuguesa. "Há muito tempo atrás?" Isso é como descer para baixo ou recuar para trás. "Força motriz que o instiga avante"? Como se houvesse forças motrizes que deixassem alguém parado.

    Já diz o enigmático Fortinbras no seu blogue que a Chiado Editora apenas serve para "separar o pavimento da sarjeta em termos editoriais". Os avisos vêm logo na capa e contracapa, só enfia os pés numa poça de porcaria quem quiser.

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  2. Luís R.,
    Aceito a opinião de toda a gente, mas sinceramente, acho que estás a querer julgar o autor e a sua obra com base na editora, o que não me parece nada justo.
    Há editoras que também não aprecio, mas não é por isso que deixo de divulgar e até dar uma oportunidade aos autores que publicam. Assim como há autores com quem não simpatizo, mas isso não me impede de ler o que eles escrevem.
    Não coaduno com o teu comentário e, em toda a sinceridade, toda a gente escreve e diz "Há muito tempo atrás" e não vejo nada de mal com a expressão. E uma "força motriz" dá o "poder" de seguir em frente, mas não é esta que faz seguir em frente, portanto mesmo que nunca usasse tal expressão, não vejo nela nenhum indício que possa fazer com que julgue mal a obra. Até porque uma sinopse está longe de poder ser um justo ponto de apoio para uma crítica literária.

    E fico por aqui, já que ainda não li o livro e por isso não digo "nem sim, nem mim" sobre o mencionado.

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  3. "Há muito tempo atrás" ou "força motriz que instiga avante" podem ser vistos como, quando muito, redundâncias, mas dificilmente erros de Língua Portuguesa (escrito assim, a caixa alta, senão é apenas aquilo que temos dentro da boca). Caro Luís, a editora cumpriu a sua parte e eu a minha - mero negócio de comercialização - e o conteúdo da obra não pode ser julgado apenas por um preconceito que possa ter. Desafio-o a ler a história; poderá gostar. Espero que sim.
    Jimmy David.

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  4. "Não coaduno com o teu comentário e, em toda a sinceridade, toda a gente escreve e diz "Há muito tempo atrás" [...]"

    Toda a gente, não. Apenas aqueles que não sabem escrever e falar português.

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  5. Mesmo admitindo esse justificativo da consagração pelo uso, em caso algum se usa português coloquial numa descrição pretensamente literária. Ou então os arremedos líricos de qualquer coisa legível que aí encontro são só para enganar, como o "vento passageiro de prazo expirado", como se algo passageiro pudesse não ter prazo.

    Quanto a julgar os livros pela "editora", não fiz nada disso. Apenas notei que, ao publicar este livro, a Chiado reforçou a sua já bem conhecida função de escoadouro do mercado editorial. Os sintomas estão bem presentes na "cara" do livro, e não estou a falar da icterícia. (Também vou esquecer por momentos que esta se trata de uma vanity press e não de uma editora legítima, daquelas que investem dinheiro e aceitam riscos para publicar o que mais lhes interessa.)

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  6. Luís R.
    Não sou a favor das vanity-press, mas não é por isso que retiro logo à partida o valor ao que os escritores terão escrito. Uma obra literária deve-se julgar após a leitura, e não com base em pressupostos que mudam de leitor para leitor.

    E só para finalizar, peço perdão por generalizar no post anterior. Mas embora não me considere técnica no uso do português (e tal como o jimmy disse) não me parece que redundâncias sejam sinónimo de mau português e lamento realmente que julgues as pessoas de forma tão brusca e desnecessária. Mas cada qual tem direito à sua opinião e às suas ideias.

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  7. Caro Luís, de facto não entendo a sua visão tendenciosa e até (permita-me) algo agressiva de criticar um trabalho que ainda nem conhece. Ademais, faz-se valer de argumentos rebuscados e errados. Vejamos: se eu lhe perguntar "quando" e você me responder "há muito tempo", essa frase apenas indica um aspecto quantitativo sem apresentar um sentido temporal. "Haver muito tempo" significa que a quantidade de tempo em questão é lata, faltando-lhe um advérbio que indique direcção. Como pode ter a certeza de que eu não escrevi uma história de ficção passada num futuro distante? Nesse caso eu teria de dizer "há muito tempo adiante". Portanto, a redundância que critica cumpre um propósito temporal e em bom Português (escito também a caixa alta, desculpe apontar-lhe).

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