"Contos do Efémero", de Rui Sousa Basto (Opera Omnia)
Sinopse:
Conjunto de micro-contos de temática variada, por onde perpassa sempre a ironia e um final imprevisto.
Opinião:
Estava a percorrer as estantes da Biblioteca Municipal de Barcelos, na secção do Fundo Local, quando me cruzei com este livro (que chama logo a atenção pela sua estética apelativa). Não conhecia o autor, mas sabia que era de Barcelos, por isso trouxe o livro para casa e li-o num instantinho.
Esta antologia tem os seguintes (30, se não me falhou nenhum) contos:
Sete Vidas; Duelo; Bibliofilia; Génesis; Sniper; O Escritor; Words, words, words; Reflexo; Heroísmo; Realidade Virtual; Circo; O Sábio; Roleta Russa; Inteligência Artificial; Um Casamento Feliz; A Gente da Lei; Auto-retrato; Incompatibilidade; Por Causa Dele; Destino; Loucura; Desafinação; O Autarca; Anarquia; Paixão; Morte; O Enforcado; A Viagem; Boleia; O Editor.
E se seguem o blog há algum tempo, já devem saber que gosto de contos mas, infelizmente, este livro não me convenceu. O conceito da antologia é que os finais sejam sempre surpreendentes e, em boa verdade, isso ocorre, mas acontece que a fórmula para a 'surpresa' é basicamente sempre a mesma e daí que, ao fim de meia dúzia de contos a surpresa já não o seja. E, sem isso, os contos são fracos, pobres, desprovidos de grande interesse.
Primeiro porque são demasiado curtos, depois porque muitas vezes usam de estereótipos cinematográficos ou narrativos, que estão tão abusados que se tornam aborrecidos. Como é que um texto que nem uma página ocupa pode ser aborrecido? Até parece brincadeira mas ao fim de um tempo é isso que acontece.
Dito isto, alguns contos sobressaíram-se: Génesis, Heroísmo, Realidade Virtual, Incompatibilidade e Anarquia.
Em suma, este foi um pequeno livro que não me cativou, com contos que rapidamente se tornam repetitivos e que são demasiado curtos para contarem a sua história (não que um bom conto não possa ser curtíssimo). Não gostei particularmente desta antologia e, infelizmente, não posso recomendar este livro.
Capa (Ângela Vieira) e Ilustrações (Pedro Aires):
A capa é lindíssima! E a edição é um mimo. Já as ilustrações interiores começam por ser curiosas e depois tornam-se banais e não estão em harmonia com os contos. Uma pena!
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