"Golias (Leviathan 3)", de Scott Westerfeld (Vogais Editora)
Sinopse:
O Leviatã é forçado a
desviar-se do seu percurso para resgatar Nicola Tesla, o inventor do
Golias, uma máquina capaz de destruir cidades, e que ele usa como trunfo
para impor a paz. Quando é descoberto um plano secreto alemão para
sabotar a máquina, este ameaça disparála. Este é o espetacular final da
trilogia!Batalhas aéreas emocionantes numa viagem à volta do mundo
echeada de perigos e... beijos ousados!
Opinião (audiolivro):
A trilogia Leviathan chega a um bom desfecho com este Goliath.
Apesar de não ser tão bom como o anterior volume, consegue ser mais que satisfatório, com muita acção, bom desenvolvimento, e sem perder a força narrativa e a imaginação que marcaram os primeiros dois livros.
A trama volta a adensar-se com a introdução de Tesla (esse mesmo, o grande cientista) e com a passagem pro vários países (Europa, Ásia e América) e pessoas que marcaram a diferença. A facilidade com que o autor mescla a realidade da 1ªGuerra Mundial com a fantasia por si criada é de louvar! E consegue sempre surpreender.
Houve apenas uma coisa que não me convenceu por completo , que se prende com o tom romântico que certas cenas tomaram. Não que o romance em si não fosse credível ou bem alicerçado pela história, mas o autor não parecia estar tão à vontade nesses momentos.
Em termos de desenvolvimento de personagens, há que destacar o Alek, que cresceu bastante neste volume, tal como nos anteriores. Esperava o mesmo da Deryn mas ela não teve tanto sucesso, talvez prisioneira do tempo e da sociedade. Por um lado isso torna-a um pouco mais credível mas, comparada com o Alek, o desenvolvimento dela ficou aquém das expectativas.
Dito isto não tenho falhas a apontar ao autor neste campo e, mais uma vez, foi-nos entregue um leque muito variado de personagens que enriqueceram a história. Numa pequena nota à parte, pergunto-me porque o autor não conseguiu este feito na série Uglies. Se o tivesse feito, teria sido tão melhor.
A escrita do autor manteve-se acessível e menos claramente voltada para os adolescentes. Havia mais maturidade em muitas cenas, como por exemplo naquele onde o Goliath finalmente trabalhava.
Em suma, esta foi uma excelente conclusão para uma série que me surpreendeu bastante. Não é que seja perfeita, mas diverte e é muito rica. Recomendo!
Narração (Alan Cumming):
A narração de Alan Cummings foi, como sempre, excelente. Escolheram muito bem o narrador para esta série. Vale a pena escutar.
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