É já no próximo sábado, dia 4 de Maio, que o Clube de Leitura de Braga se volta a reunir.
Este mês o livro em discussão é "Um Blues Mestiço" de Esi Edugyan. Conhecem? Já leram?
Mesmo que não tenham lido a obra, apareçam às 15 horas na Livraria Bertrand no Liberdade Street Fashion e juntem-se a um grupo de leitores muito simpático. :)
segunda-feira, 29 de abril de 2013
O Filho de Mil Homens
"O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe (Alfaguarra)
Sinopse:
Esta é a história de Crisóstomo que, chegando aos quarenta anos, lida com a tristeza de não ter tido um filho. Do sonho de encontrar uma criança que o prolongue e de outros inesperados encontros, nasce uma família inventada, mas tão pura e fundamental como qualquer outra.
As histórias do Crisóstomo e do Camilo, da Isaura do Antonino e da Matilde mostram que para se ser feliz é preciso aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor. As suas vidas ilustram igualmente que o amor, sendo uma pacificação com a nossa natureza, tem o poder de a transformar.
Tocando em temas tão basilares à vida humana como o amor, a paternidade e a família, O filho de mil homens exibe, como sempre, a apurada sensibilidade e o esplendor criativo de Valter Hugo Mãe.
Opinião:
Sem nunca ter lido nada do autor e apenas lhe conhecendo a fama, foi sem expectativas que comecei este livro e fui agradavelmente surpreendida.
A história parece, à primeira vista, corriqueira, mas chega a ser bastante complexa, na sua humanidade. Passada numa qualquer vila portuguesa, num qualquer tempo (e, sim, isto faz-me impressão, porque certas coisas apontam para um tempo moderno, enquanto muitas outras fazem parecer que estamos nos anos 60/70), julgo que qualquer leitor poderá identificar várias caricatas personalidades como muito realistas, muito próximas do português da aldeia de outros tempos, ou será de hoje? (e com isto não pretendo ofender)
Algumas situações representadas neste livro, testaram a minha credulidade, especialmente pela sua crueldade e malícia. Mas não chegou a cruzar os limites e também na bondade este livro se excedeu, mais lá para o fim.
A nível de personagens, há-as para todos os gostos. Personagens que nos parecem familiares, que nos tocam, que nos movem, que nos enojam e nos fazem pensar que as pessoas ainda têm muito que aprender sobre a diferença, e que infelizmente isso é tão verdade agora, como antes.
Escusado será dizer que o meu favorito foi o Crisóstomo, com o seu singelo desejo de ser pai e o seu amor incondicional por todos. Também as outras personagens principais foram marcantes, mas não da mesma forma. Camilo, Isaura, Antonino, Matilde a Mininha, foram personagens cheias de defeitos e cheias de virtudes, que me mantiveram agarrada às páginas.
Já no que toca à prosa do autor, gostei bastante desta, em quase todo o livro, e foi ver que neste livro o autor não usou certos artifícios literários que me teriam deturpado a leitura (ex: não usar maiúsculas). Contudo, há que dizer que certas partes do romance me soaram falsas, especialmente quando personagens que sempre foram 'labregas', se saíam com pensamentos ou discursos mais elucidados e eruditos, que nada mais pareciam que pregações.
A já mencionada falta de localização temporal, levou-me a questionar várias vezes os acontecimentos e as vivências das personagens, e isso não foi bom. Fiquei com a sensação que o autor não quis dizer a data, para não correr o risco de ser chamado à atenção por alguma inconsistência.
Em suma, este foi um livro que me agradou bastante e que, apesar de começar num tom muito triste (por vezes até macabro), no fim terminou de uma forma inesperadamente optimista. E sabe bem ler algo assim para variar.
Irei com certeza revisitar o autor!
Nota: Li este livro para o Clube de Leitura de Braga (que entretanto se vai voltar a reunir, dia 4 de Maio, para falar de "Um Blues Mestiço" de Esi Edugyan).
Capa (Robert e Shana ParkeHarrison), Design e Edição:
Vou ser honesta e dizer que não percebo o porquê desta capa. É que não tem nada a ver! Ou se tem, alguém que me explique porque eu não entendo. Para mais, esta capa distancia-se imenso das outras capas do autor na mesma editora, mas isso é o menos.
Noutra nota, adorei as ilustrações interiores e só não percebi porque não incluíram mais. Já agora, quem era o artista?
Sinopse:
Esta é a história de Crisóstomo que, chegando aos quarenta anos, lida com a tristeza de não ter tido um filho. Do sonho de encontrar uma criança que o prolongue e de outros inesperados encontros, nasce uma família inventada, mas tão pura e fundamental como qualquer outra.
As histórias do Crisóstomo e do Camilo, da Isaura do Antonino e da Matilde mostram que para se ser feliz é preciso aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor. As suas vidas ilustram igualmente que o amor, sendo uma pacificação com a nossa natureza, tem o poder de a transformar.
Tocando em temas tão basilares à vida humana como o amor, a paternidade e a família, O filho de mil homens exibe, como sempre, a apurada sensibilidade e o esplendor criativo de Valter Hugo Mãe.
Opinião:
Sem nunca ter lido nada do autor e apenas lhe conhecendo a fama, foi sem expectativas que comecei este livro e fui agradavelmente surpreendida.
A história parece, à primeira vista, corriqueira, mas chega a ser bastante complexa, na sua humanidade. Passada numa qualquer vila portuguesa, num qualquer tempo (e, sim, isto faz-me impressão, porque certas coisas apontam para um tempo moderno, enquanto muitas outras fazem parecer que estamos nos anos 60/70), julgo que qualquer leitor poderá identificar várias caricatas personalidades como muito realistas, muito próximas do português da aldeia de outros tempos, ou será de hoje? (e com isto não pretendo ofender)
Algumas situações representadas neste livro, testaram a minha credulidade, especialmente pela sua crueldade e malícia. Mas não chegou a cruzar os limites e também na bondade este livro se excedeu, mais lá para o fim.
A nível de personagens, há-as para todos os gostos. Personagens que nos parecem familiares, que nos tocam, que nos movem, que nos enojam e nos fazem pensar que as pessoas ainda têm muito que aprender sobre a diferença, e que infelizmente isso é tão verdade agora, como antes.
Escusado será dizer que o meu favorito foi o Crisóstomo, com o seu singelo desejo de ser pai e o seu amor incondicional por todos. Também as outras personagens principais foram marcantes, mas não da mesma forma. Camilo, Isaura, Antonino, Matilde a Mininha, foram personagens cheias de defeitos e cheias de virtudes, que me mantiveram agarrada às páginas.
Já no que toca à prosa do autor, gostei bastante desta, em quase todo o livro, e foi ver que neste livro o autor não usou certos artifícios literários que me teriam deturpado a leitura (ex: não usar maiúsculas). Contudo, há que dizer que certas partes do romance me soaram falsas, especialmente quando personagens que sempre foram 'labregas', se saíam com pensamentos ou discursos mais elucidados e eruditos, que nada mais pareciam que pregações.
A já mencionada falta de localização temporal, levou-me a questionar várias vezes os acontecimentos e as vivências das personagens, e isso não foi bom. Fiquei com a sensação que o autor não quis dizer a data, para não correr o risco de ser chamado à atenção por alguma inconsistência.
Em suma, este foi um livro que me agradou bastante e que, apesar de começar num tom muito triste (por vezes até macabro), no fim terminou de uma forma inesperadamente optimista. E sabe bem ler algo assim para variar.
Irei com certeza revisitar o autor!
Nota: Li este livro para o Clube de Leitura de Braga (que entretanto se vai voltar a reunir, dia 4 de Maio, para falar de "Um Blues Mestiço" de Esi Edugyan).
Capa (Robert e Shana ParkeHarrison), Design e Edição:
Vou ser honesta e dizer que não percebo o porquê desta capa. É que não tem nada a ver! Ou se tem, alguém que me explique porque eu não entendo. Para mais, esta capa distancia-se imenso das outras capas do autor na mesma editora, mas isso é o menos.
Noutra nota, adorei as ilustrações interiores e só não percebi porque não incluíram mais. Já agora, quem era o artista?
terça-feira, 23 de abril de 2013
Passatempo "Angel Gabriel - Pacto de Sangue"
Lembram-se que quando lancei o meu romance "Angel Gabriel - Pacto de Sangue" prometi que iam ter passatempos? Pois finalmente chegou o momento!
Vou sortear 3 exemplares do romance em versão digital (ebook = epub, mobi, pdf ou outro formato à escolha).
Qualquer pessoa pode participar, mesmo que não seja seguidora de nenhum dos meus blogs, no entanto quem for meu seguidor/fã/amigo, nos blogs e nas redes sociais, terá direito a mais participações. Ou seja: se forem seguidores do Floresta de Livros, fizerem Gosto no facebook e me seguirem no YouTube, têm 4 hipóteses de ganhar este romance. Além disso, se divulgarem este passatempo ou o meu romance em algum lugar (twitter, blog, facebook, etc.) recebem mais participações. Quanto mais divulgarem, mais hipóteses têm de ganhar.
Lembrem-se que este sorteio é para sortear EBOOKS, livros digitais, que podem ser lidos em qualquer aparelho (PC, iPhone, iPad, Android, Kindle, Kobo, etc.).
O passatempo termina às 23:59 horas do dia 30 de Abril de 2013.
As respostas podem ser encontradas AQUI.
Encontrem-me (a autora) nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Google+
Youtube
LinkedIn
Goodreads
Vou sortear 3 exemplares do romance em versão digital (ebook = epub, mobi, pdf ou outro formato à escolha).
Qualquer pessoa pode participar, mesmo que não seja seguidora de nenhum dos meus blogs, no entanto quem for meu seguidor/fã/amigo, nos blogs e nas redes sociais, terá direito a mais participações. Ou seja: se forem seguidores do Floresta de Livros, fizerem Gosto no facebook e me seguirem no YouTube, têm 4 hipóteses de ganhar este romance. Além disso, se divulgarem este passatempo ou o meu romance em algum lugar (twitter, blog, facebook, etc.) recebem mais participações. Quanto mais divulgarem, mais hipóteses têm de ganhar.
Lembrem-se que este sorteio é para sortear EBOOKS, livros digitais, que podem ser lidos em qualquer aparelho (PC, iPhone, iPad, Android, Kindle, Kobo, etc.).
O passatempo termina às 23:59 horas do dia 30 de Abril de 2013.
As respostas podem ser encontradas AQUI.
Encontrem-me (a autora) nas redes sociais:
Google+
Youtube
Goodreads
terça-feira, 16 de abril de 2013
::Conto:: Crónicas de Amarílis
"Crónicas de Amarílis", de Sara Farinha (Parte 1, 2 e 3; Ebook)
Sinopse:
Dois irmãos separados pela sede de poder de uma mulher.
Opinião:
Este conto começou com muita exposição. A autora quis contar-nos tudo sobre o protagonista e sobre a sua situação, acabando por tornar o texto demasiado informativo na primeira parte. Felizmente, assim que passamos para a segunda parte, isto deixa de acontecer.
Gostei bastante da prosa da autora, na segunda e terceira parte, onde algumas frases estavam belíssimas e muito evocativas. Gostei também do facto de as descrições serem suficientemente visuais, mas não demasiado carregadas de informação, e só estranhei o facto de não ter descrito Allure (eu pelo menos não vi) que, pela inexistência de informação, podia até ser mulher ou homem, tanto quanto é sabido (e a relação com o Caio não conta como factor de definição). Terá isto sido propositado?
Gostei muito do Ivan e gostaria de ler mais histórias com ele. E o conceito da magia de Amarílis parece-me boa matéria para muitas outras histórias.
No geral fiquei bastante satisfeita com a história e o seu desfecho, embora o conto tenha terminado de uma maneira que quase faz parecer que ficou a meio de uma frase, que ficou algo por dizer.
Visitem: Site da Autora - Blog Fantasy & Co (antigo)
Podem ler este conto, gratuitamente, no blog Fantasy & Co (Parte 1, 2 e 3; ou Ebook)
Sinopse:
Dois irmãos separados pela sede de poder de uma mulher.
Opinião:
Este conto começou com muita exposição. A autora quis contar-nos tudo sobre o protagonista e sobre a sua situação, acabando por tornar o texto demasiado informativo na primeira parte. Felizmente, assim que passamos para a segunda parte, isto deixa de acontecer.
Gostei bastante da prosa da autora, na segunda e terceira parte, onde algumas frases estavam belíssimas e muito evocativas. Gostei também do facto de as descrições serem suficientemente visuais, mas não demasiado carregadas de informação, e só estranhei o facto de não ter descrito Allure (eu pelo menos não vi) que, pela inexistência de informação, podia até ser mulher ou homem, tanto quanto é sabido (e a relação com o Caio não conta como factor de definição). Terá isto sido propositado?
Gostei muito do Ivan e gostaria de ler mais histórias com ele. E o conceito da magia de Amarílis parece-me boa matéria para muitas outras histórias.
No geral fiquei bastante satisfeita com a história e o seu desfecho, embora o conto tenha terminado de uma maneira que quase faz parecer que ficou a meio de uma frase, que ficou algo por dizer.
Visitem: Site da Autora - Blog Fantasy & Co (antigo)
Podem ler este conto, gratuitamente, no blog Fantasy & Co (Parte 1, 2 e 3; ou Ebook)
segunda-feira, 15 de abril de 2013
A Vida aos Quadradinhos - Março
E não é que no início do mês me esqueci de colocar isto online? Março foi um mês um pouco pobre em leituras aos quadradinhos, e talvez por isso não me tenha lembrado antes.
- Eventos intrigantes da Era da Ferrugem (webcomic) capítulo 4, de Samuel Fonseca
Continuo a ler este webcomic que se mantém muito bom. Tem aquele ar de coisa banal, mas ao mesmo tempo há qualquer coisa de muito misterioso por trás. E o final do quarto capítulo foi brutal! O autor sabe como deixar o leitor preso e com vontade de voltar rapidamente a esta BD.
- Bilbo - O Hobbit, de J.R.R. Tolkien, Charles Dixon, Sean Deming, David Wenzel (Devir)
Não tendo lido o livro original, e como a Bd já estava na minha estante desde o momento em que foi publicada em Portugal (2003, se não estou em erro) achei que era boa hora de a ler.
A arte é muito bonita, os traços são lindos e a pintura a aguarela é fabulosa. Contudo o artista não se arriscava muito, especialmente em cenas de maior acção/tensão e por vezes 'encostava-se' muito ao texto, não mostrando certas coisas que o desenho poderia perfeitamente transmitir se o auxílio narrativo.
Como muitas outras adaptação a novelas gráficas, prendeu-se um pouco demais ao texto original, enchendo as páginas de narrativa, por vezes desnecessária, mas não foi tão mau como outras adaptações que li.
Quanto à história, confesso que não fiquei rendida. Não é que seja uma má história de aventura, mas cruzei-me com demasiadas coincidências e houve pouco que realmente me agarrasse. Algumas personagens ficam na memória e algumas cenas estavam muito boas, mas podia ter sido muito melhor, em termos de história.
- Freshmen volume 1, de Seth Green, Hugh Sterbakov, Leonard Kirk
Estou sempre disponível para ler BDs cuja premissa é gozar com estereótipos. "Freshmen" pega nos típicos super-heróis, e faz deles uma comédia de situação. A premissa por si só é excelente e existem várias cenas brilhantes na BD, mas fiquei com a sensação que não alcançou todo o seu potencial.
Por exemplo, os monólogos que narram os capítulos, são por vezes monótonos e ineficazes, embora façam sentido na história que é.
As personagens estão bem conseguidas, apesar de algumas terem sido quase completamente esquecidas depois do primeiro capítulo, e como alguns dos poderes adquiridos são «de partir o coco a rir', senti falta desses que quase se tornaram invisíveis nos restantes capítulos.
Em termos de história, começamos muito bem, mas no meio esta cai em alguns clichés, antes de voltar a erguer-se com um final muito bom.
A arte é bastante boa e funciona muito bem. A capa também é fabulosa!
- Gakuen Alice capítulos 135 a 138, de Tachibana Higuchi
Já há algum tempo que não regressava à Academia de Alices e tive de reler o último capítulo para me voltar a situar na história. Gakuen Alice é um dos meus mangas favoritos, pois apesar de tratar de crianças que ainda mal chegaram a adolescentes, tem personagens fabulosas e uma história complexa e cheia de surpresas. Conjuga humor com drama de uma forma que muito raramente vejo ser feita, e apesar de a arte não ser grande coisa, acreditem que com o tempo nos habituamos e só pensamos nas personagens e na história.
E voltei num momento de grande tensão, numa das grandes reviravoltas da trama e mal posso esperar para saber o que se segue.
Fénix 2
"Fénix, nº 2", fanzine
O terceiro volume da Fanzine portuguesa dedicada à fantasia e ficção-científica, desta feita com o tema "Livros". Inclui contos, artigos, entrevistas, entre outros -- bem como o suplemento humorístico "Pumba".
Organizado, dirigido e editado por Marcelina Gama Leandro.
Opinião:
"A Escuridão", de André Carneiro
Com uma escrita intensa e descritiva o suficiente para que o leitor entre na história, este conto tem momentos sublimes em que o autor consegue transmitir muito bem que as personagens sentem. Ficou a faltar apenas uma explicação para o que ocorreu.
"O Homem de Areia", de Domingo Santos (tradução de Álvaro de Sousa Holstein)
Um enredo intrigante que o leitor vai captando lentamente. Achei o romance bem construído, embora o fim do mesmo não fosse imprevisível. Já o fim do conto foi muito bem conseguido em termos de acção, enquanto as palavras não pareceram acompanhá-lo da melhor forma.
"Esferas e Tormentas", de Carlos Espigueiro
Sinceramente não entendi qual a finalidade deste conto.
"Um dia de Trabalho", de Ricardo Dias
Apesar de um começo fraco, logo o conto fica mais interessante. No entanto, na segunda parte a personagem 'do mal' estava demasiado cliché e só me fez revirar os olhos. Gostei do twist final e gostei do conceito, mas o recurso a diálogos e acções clichés, na parte do demónio, não ajudou nada.
"O Estranho Caso do Livro sem Palavras", de Ana C. Silva
Aqui temos uma personagem feminina decidida e cujas aventuras eu gostaria de continuar a seguir. Num ambiente victoriano, mas passado em Portugal, vislumbramos um mundo complexo, cheio de magia e criaturas interessantes. O enredo central mantém o leitor atento e só achei que a magia podia ser mais bem explicada e que o uso de certos termos devia ser mais contida, ou melhor envolvido na história.
O conto vem acompanhado de uma bela ilustração da autora.
"Despertar", BD de Rui Ramos
Uma banda desenhada curiosa, com boa transição de cenas mas que deixa quase tudo por explicar.
"A Passagem Secreta", de Sara Farinha
Apesar de a ideia ser muito boa achei que a narrativa não estava suficientemente envolvida nos acontecimentos, criando uma separação entre o leitor e a história. Mas aquele final esteve mesmo bem!
"Fismoth - O Último Inquilino", de Manuel Mendonça
Não me ficou na memória e foi demasiado fugaz, ao mesmo tempo que ficou disperso.
"Mundos em Mundos", de Vitor Frazão
Excelente diálogo e premissa intrigante ao ponto de deixar o leitor com vontade de saber mais mas, ao mesmo tempo, esclarecedor o suficiente para se aguentar como um micro-conto.
"Livros do Tempo", de Carlos Coelho de Faria
Um conceito curioso e suficientemente bem escrito para satisfazer o leitor e o deixar a pensar sobre como a protagonista terá adquirido o livro. A ideia, estranhamente, fez-me pensar no manga "Death Note".
"Pulsação", de Inês Montenegro
O melhor micro-conto da fanzine. Emotivo, evocativo e algo com que todos os leitores se conseguirão relacionar.
"Uma Demanda Literária", de Joel Puga
Fiquei com uma opinião ambígua sobre este conto. Por um lado gostei da ideia e da acção, mas por outro aquele final não me deixou completamente satisfeita ou esclarecida, embora eu assuma saber o que o autor sugere.
"A Dança das letras", de Ana C. Nunes
Remeto-me ao silêncio sobre este, ou não fosse eu a sua autora. :)
"O Rosto Vivo", de Marcelina Gama Leandro
Não é certamente o melhor conto da autora mas é curioso chegar ao fim desta fanzine e ler este conto.
Depois de opinar sobre os contos, há que deixar umas palavras sobre o resto da revista. Gostei particularmente da entrevista a André Carneiro, uma autor que ainda não conhecia bem. No artigo sobre videojogos sentia-se que tinha sido escrito por alguém apaixonado pelo assunto e foi uma leitura interessante. A secção da Correspondência foi uma excelente adição à fanzine, dando mais uma vez a conhecer um pouco de Romeu de Melo. Também não posso deixar de mencionar o suplemento Pumba!, com um humor muito direccionado a quem anda a par do que se passa na FC&F em Portugal, mas que não deixa de ter muita graça, em certos momentos.
Fica também uma nota ao excelente design, maculado apenas por uma ou outra gafe que terá escapado à edição e que não incomoda por aí além. E, claro, não podia deixar de mencionar a belíssima capa da autoria da A.C. Silva.
Em suma, este segundo número da fanzine Fénix tem uma selecção bastante curiosa de contos, sendo que os que mais gostei foram: "A Escuridão" de André Carneiro, "O Estranho Caso do Livro sem Palavras" de A.C. Silva, "Mundos em Mundos de Vitor Frazão e "Pulsação" de Inês Montenegro".
Podem comprar esta fanzine AQUI.
E no seguimento desta, foi lançada a Antologia Fénix de Ficção Cíentifica e Fantasia - Volume 1, que está disponível gratuitamente AQUI.
O terceiro volume da Fanzine portuguesa dedicada à fantasia e ficção-científica, desta feita com o tema "Livros". Inclui contos, artigos, entrevistas, entre outros -- bem como o suplemento humorístico "Pumba".
Organizado, dirigido e editado por Marcelina Gama Leandro.
Opinião:
"A Escuridão", de André Carneiro
Com uma escrita intensa e descritiva o suficiente para que o leitor entre na história, este conto tem momentos sublimes em que o autor consegue transmitir muito bem que as personagens sentem. Ficou a faltar apenas uma explicação para o que ocorreu.
"O Homem de Areia", de Domingo Santos (tradução de Álvaro de Sousa Holstein)
Um enredo intrigante que o leitor vai captando lentamente. Achei o romance bem construído, embora o fim do mesmo não fosse imprevisível. Já o fim do conto foi muito bem conseguido em termos de acção, enquanto as palavras não pareceram acompanhá-lo da melhor forma.
"Esferas e Tormentas", de Carlos Espigueiro
Sinceramente não entendi qual a finalidade deste conto.
"Um dia de Trabalho", de Ricardo Dias
Apesar de um começo fraco, logo o conto fica mais interessante. No entanto, na segunda parte a personagem 'do mal' estava demasiado cliché e só me fez revirar os olhos. Gostei do twist final e gostei do conceito, mas o recurso a diálogos e acções clichés, na parte do demónio, não ajudou nada.
"O Estranho Caso do Livro sem Palavras", de Ana C. Silva
Aqui temos uma personagem feminina decidida e cujas aventuras eu gostaria de continuar a seguir. Num ambiente victoriano, mas passado em Portugal, vislumbramos um mundo complexo, cheio de magia e criaturas interessantes. O enredo central mantém o leitor atento e só achei que a magia podia ser mais bem explicada e que o uso de certos termos devia ser mais contida, ou melhor envolvido na história.
O conto vem acompanhado de uma bela ilustração da autora.
"Despertar", BD de Rui Ramos
Uma banda desenhada curiosa, com boa transição de cenas mas que deixa quase tudo por explicar.
"A Passagem Secreta", de Sara Farinha
Apesar de a ideia ser muito boa achei que a narrativa não estava suficientemente envolvida nos acontecimentos, criando uma separação entre o leitor e a história. Mas aquele final esteve mesmo bem!
"Fismoth - O Último Inquilino", de Manuel Mendonça
Não me ficou na memória e foi demasiado fugaz, ao mesmo tempo que ficou disperso.
"Mundos em Mundos", de Vitor Frazão
Excelente diálogo e premissa intrigante ao ponto de deixar o leitor com vontade de saber mais mas, ao mesmo tempo, esclarecedor o suficiente para se aguentar como um micro-conto.
"Livros do Tempo", de Carlos Coelho de Faria
Um conceito curioso e suficientemente bem escrito para satisfazer o leitor e o deixar a pensar sobre como a protagonista terá adquirido o livro. A ideia, estranhamente, fez-me pensar no manga "Death Note".
"Pulsação", de Inês Montenegro
O melhor micro-conto da fanzine. Emotivo, evocativo e algo com que todos os leitores se conseguirão relacionar.
"Uma Demanda Literária", de Joel Puga
Fiquei com uma opinião ambígua sobre este conto. Por um lado gostei da ideia e da acção, mas por outro aquele final não me deixou completamente satisfeita ou esclarecida, embora eu assuma saber o que o autor sugere.
"A Dança das letras", de Ana C. Nunes
Remeto-me ao silêncio sobre este, ou não fosse eu a sua autora. :)
"O Rosto Vivo", de Marcelina Gama Leandro
Não é certamente o melhor conto da autora mas é curioso chegar ao fim desta fanzine e ler este conto.
Depois de opinar sobre os contos, há que deixar umas palavras sobre o resto da revista. Gostei particularmente da entrevista a André Carneiro, uma autor que ainda não conhecia bem. No artigo sobre videojogos sentia-se que tinha sido escrito por alguém apaixonado pelo assunto e foi uma leitura interessante. A secção da Correspondência foi uma excelente adição à fanzine, dando mais uma vez a conhecer um pouco de Romeu de Melo. Também não posso deixar de mencionar o suplemento Pumba!, com um humor muito direccionado a quem anda a par do que se passa na FC&F em Portugal, mas que não deixa de ter muita graça, em certos momentos.
Fica também uma nota ao excelente design, maculado apenas por uma ou outra gafe que terá escapado à edição e que não incomoda por aí além. E, claro, não podia deixar de mencionar a belíssima capa da autoria da A.C. Silva.
Em suma, este segundo número da fanzine Fénix tem uma selecção bastante curiosa de contos, sendo que os que mais gostei foram: "A Escuridão" de André Carneiro, "O Estranho Caso do Livro sem Palavras" de A.C. Silva, "Mundos em Mundos de Vitor Frazão e "Pulsação" de Inês Montenegro".
Podem comprar esta fanzine AQUI.
E no seguimento desta, foi lançada a Antologia Fénix de Ficção Cíentifica e Fantasia - Volume 1, que está disponível gratuitamente AQUI.
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sexta-feira, 12 de abril de 2013
A Ilha de Sukkwan
Sinopse:
Uma Ilha selvagem no Sul do Alasca, a que só se consegue chegar de barco ou de hidroavião, repleta de florestas virgens e montanhas escarpadas.
Este é o cenário inóspito que Jim escolhe para fortalecer a relação com o seu filho Roy, que mal conhece. Doze meses pela frente, numa cabana isolada do resto do mundo.
Mas as difíceis condições de sobrevivência e a tensão emocional a que se vêem sujeitos rapidamente transformam esta viagem num pesadelo, tornando a situação incontrolável
Opinião:
Depois de ler A Ilha de Caribou descobri que este A Ilha de Sukkwan, apesar de ter sido escrito antes, era uma (espécie de) sequela e por isso tive de o ler. Obrigada ao Ângelo Marques que me emprestou.
Este livro conta a história de Jim, que n' A Ilha de Caribou havia sido uma personagem que me irritou bastante. Neste livro ele está muito diferente. Tão diferente que nem parece a mesma personagem, não fosse por ter o mesmo passado e se relacionar com as mesmas pessoas, julgá-lo-ia uma personagem separada. Também seguimos Roy, que é filho de Jim, e Roy foi, para mim, a personagem mais rica do livro. Não que tenhamos muitas, porque praticamente o livro é todo sobre estes dois e se há menção de uma ou outra pessoa, elas são praticamente irrelevantes.
Confesso que não fiquei rendida a esta história, embora haja momentos brilhantes, a maioria do livro nada mais é que uma repetição d' A Ilha de Caribou, ou será que devo dizer que o outro é que é uma cópia e repetição deste?
Os temas são os mesmo, a depressão, a solidão, o escapar à sociedade na esperança de alcançar algo que nunca se encontrará, uma primitividade que perdemos no mundo civilizado, uma união com a natureza que, em ambos casos, tem resultados catastróficos por culpa de problemas muito anteriores ao isolamento. E não é só no tema que os livros são demasiado semelhantes, pois também as cenas (construir um abrigo de forma descoordenada e impensada, o estripar de peixes, etc.), e no final quem sofre as consequências não é quem primeiramente tinha o problema, mas o outro.
E aqui está o meu grande problema com este livro. É que enquanto n' A Ilha de Caribou eu achei credível o desfecho das personagens, neste o que aconteceu com o Roy saiu do nada! Literalmente. Não vou contar o que aconteceu mas eu fiquei estupefacta a ler as palavras. Não fez sentido! E depois disso o livro até melhorou, com a loucura do Jim muito bem retratada. Mas no final voltou a descambar e achei o final absurdo.
A nível de personagens, na primeira parte Roy é a mais interessante, sem sombra de dúvida, e por isso mesmo o seu 'destino' é tão difícil de aceitar, já que não fazia sentido. Na segunda metade Jim ganha terreno e a sua dor, a sua culpa e a sua solidão envolvem o leitor num manto sufocante, quase até ao final. O problema é que o final não resulta e quebra o ritmo narrativo.
Em suma, foi um livro que li facilmente mas que não me surpreendeu muito, e em muitos dos momentos que me surpreendeu, foi pelas piores razões: inverosimilhança. O autor conseguiu descrever personagens ricas e algumas passagens são muito boas, mas tropeçou algures pelo meio, voltou a apanhar-se e depois voltou a cair, sem ninguém para o amparar na narrativa.
Não me arrependo de ler, mas se querem ler, acho que não vale a pena ler os dois livros. Leiam um ou outro e terão mais ou menos a mesma coisa.
Tradução:
A tradução estava bem feita e cuidada. Nada a apontar.
Capa, Design e Edição:
Gosto muito das edições da AHAB, que são cuidadas e têm capas muito bonitas. Vale a pena comprar o livro em português.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Lançamento de Angel Gabriel - Pacto de Sangue
É hoje!
Eu bem, tinha prometido, não tinha?
Em breve estará também na Amazon, na Kobo e noutras lojas online.
Para já o livro está disponível apenas em ebook, em vários formatos (epub, mobi, pdf, html, etc.), o que permite leitura no PC, tablets, e-readers (Kindle, Kobo, Nook, etc.), iphones, androids e outros semelhantes.
Como já tinha referido, o preço de lançamento é de 2,99 dólares (cerca de 2,30€) e no Smashwords podem pagar por cartão de crédito ou Paypal (se não estou em erro). Caso prefiram comprar-me directamente o ebook, podem fazê-lo facilmente:
- Enviem um email para anacorvonunes@gmail.com ;
- Refiram o formato que querem (epub, mobi, pdf);
- Digam-me se querem com o Acordo Ortográfico ou sem;
Eu enviar-vos-ei um email de resposta com o meu NIB e depois envio-vos o ebook, completo.
ACTUALIZAÇÃO
Também podem comprar na Amazon US, UK, DE, FR, ES, IT, JP, CA, BR.
E na Kobo Portugal (parceiros da Fnac);
O interior do livro tem algumas surpresas e nos próximos tempos eu irei colocar no blog outras tantas curiosidades.
Adoro ouvir as vossas opiniões, por isso estejam à vontade para me dizer o que acham, à medida que vão lendo e/ou no final.
Obrigada a todos os que me apoiaram e deram forças para que este dia chegasse!
Links: Blog - Goodreads - Facebook - Smashwords
Eu bem, tinha prometido, não tinha?
"Angel Gabriel - Pacto de Sangue" já está disponível na Smashwords! AQUI
Em breve estará também na Amazon, na Kobo e noutras lojas online.
Para já o livro está disponível apenas em ebook, em vários formatos (epub, mobi, pdf, html, etc.), o que permite leitura no PC, tablets, e-readers (Kindle, Kobo, Nook, etc.), iphones, androids e outros semelhantes.
Como já tinha referido, o preço de lançamento é de 2,99 dólares (cerca de 2,30€) e no Smashwords podem pagar por cartão de crédito ou Paypal (se não estou em erro). Caso prefiram comprar-me directamente o ebook, podem fazê-lo facilmente:
- Enviem um email para anacorvonunes@gmail.com ;
- Refiram o formato que querem (epub, mobi, pdf);
- Digam-me se querem com o Acordo Ortográfico ou sem;
Eu enviar-vos-ei um email de resposta com o meu NIB e depois envio-vos o ebook, completo.
ACTUALIZAÇÃO
Também podem comprar na Amazon US, UK, DE, FR, ES, IT, JP, CA, BR.
E na Kobo Portugal (parceiros da Fnac);
O interior do livro tem algumas surpresas e nos próximos tempos eu irei colocar no blog outras tantas curiosidades.
Adoro ouvir as vossas opiniões, por isso estejam à vontade para me dizer o que acham, à medida que vão lendo e/ou no final.
Obrigada a todos os que me apoiaram e deram forças para que este dia chegasse!
Links: Blog - Goodreads - Facebook - Smashwords
segunda-feira, 8 de abril de 2013
::Conto:: O Complexo de Golconda
"O Complexo de Golconda" de Pedro G.P. Martins (download ebook)
Sinopse:
Libsterdam é a capital do pleno emprego. Uma cidade moderna, onde os trabalhadores se deslocam em jetpacks por corredores aéreos que ligam todos os pontos da cidade. Não há défice nem doença económica, mas uma outra afecção assola a população da grande metrópole. Uma psicose epidémica, diagnosticada como o “Complexo de Golconda”. É uma bizarra disfunção do ego que torna os cidadãos de Libsterdam depressivos e obcedados pelo facto de só terem uma vida, na qual se vêem reduzidos a um escasso percurso talhado por um número finito de escolhas. De acordo com alguns especialistas, a depressão seria apenas o primeiro estádio, ao qual se seguiria a propensão para a violência colectiva. Felizmente há uma empresa, a Öniröm, que, em cooperação com o poder central, controla a propagação desta patologia urbana, ministrando a cada cidadão a possibilidade de se desdobrar em infinitas vidas paralelas. Nesta empresa trabalha Axel van Droom, um homem que, aparentemente, vivia bem com as suas escolhas, até ao dia em que um atentado, deflagrado por uma seita anti-öniröm, acontece em pleno centro de Libsterdam.
Opinião:
Esta história de ficção científica começa de uma forma bastante corriqueira, numa cena que não dá logo a entender o enredo e que deixa o leitor suspenso no fim do primeiro capítulo. Talvez por isso mesmo não haja uma ligação imediata à história. Esta ligação vai-se criando depois à medida que os capítulos passam.
No segundo capítulo conhecemos o nosso protagonista, Axel que é uma personagem peculiar e que testa a percepção do leitor com as suas acções pouco naturais e modo estranho de ver e encarar a vida.
Depois seguimos por uma sucessão de acontecimentos que, muitas vezes, nos parecem aleatórios e inconsistentes, levando-nos a pensar se somos nós que falhamos em ver algo, ou se Axel não é bem aquilo que mostra ser.
A sucessão de acontecimentos foi um pouco confusa ao início e só quase no fim percebi o que realmente se estava a passar. No entanto a confusão já estava instalada e nunca se dissipou, o que detorpou um pouco a minha 'degustação' da história.
No final o autor conseguiu terminar de forma muito satisfatória a história e o leitor fica a ponderar sobre qual será a final a verdade e a mentira o real e o imaginário. No entanto existe um ou outro elemento, nos últimos capítulos, que surgiram do nada e que parecem apenas conveniências para criar conflitos.
Em suma, este conto tem uma base muito intensa e bem pensada, que leva o leitor numa viagem quase alicinogénica. Alguns momentos são brilhantes, outros nem tanto. A prosa do Pedro Martins é muito sucinta, por vezes muito simbólica e por vezes simplificada demais, mas sempre eficiente. No geral foi uma boa leitura, com um final bem pensado, mas teve alguns momentos menos bem conseguidos no meio.
Nota: Li "O Complexo de Gloconda" antes do ebook ser lançado e algumas últimas alterações serem feitas, já que o autor me pediu para ilustrar a capa e eu quis ler a história para melhor visualizá-la.
Sinopse:
Libsterdam é a capital do pleno emprego. Uma cidade moderna, onde os trabalhadores se deslocam em jetpacks por corredores aéreos que ligam todos os pontos da cidade. Não há défice nem doença económica, mas uma outra afecção assola a população da grande metrópole. Uma psicose epidémica, diagnosticada como o “Complexo de Golconda”. É uma bizarra disfunção do ego que torna os cidadãos de Libsterdam depressivos e obcedados pelo facto de só terem uma vida, na qual se vêem reduzidos a um escasso percurso talhado por um número finito de escolhas. De acordo com alguns especialistas, a depressão seria apenas o primeiro estádio, ao qual se seguiria a propensão para a violência colectiva. Felizmente há uma empresa, a Öniröm, que, em cooperação com o poder central, controla a propagação desta patologia urbana, ministrando a cada cidadão a possibilidade de se desdobrar em infinitas vidas paralelas. Nesta empresa trabalha Axel van Droom, um homem que, aparentemente, vivia bem com as suas escolhas, até ao dia em que um atentado, deflagrado por uma seita anti-öniröm, acontece em pleno centro de Libsterdam.
Opinião:
Esta história de ficção científica começa de uma forma bastante corriqueira, numa cena que não dá logo a entender o enredo e que deixa o leitor suspenso no fim do primeiro capítulo. Talvez por isso mesmo não haja uma ligação imediata à história. Esta ligação vai-se criando depois à medida que os capítulos passam.
No segundo capítulo conhecemos o nosso protagonista, Axel que é uma personagem peculiar e que testa a percepção do leitor com as suas acções pouco naturais e modo estranho de ver e encarar a vida.
Depois seguimos por uma sucessão de acontecimentos que, muitas vezes, nos parecem aleatórios e inconsistentes, levando-nos a pensar se somos nós que falhamos em ver algo, ou se Axel não é bem aquilo que mostra ser.
A sucessão de acontecimentos foi um pouco confusa ao início e só quase no fim percebi o que realmente se estava a passar. No entanto a confusão já estava instalada e nunca se dissipou, o que detorpou um pouco a minha 'degustação' da história.
No final o autor conseguiu terminar de forma muito satisfatória a história e o leitor fica a ponderar sobre qual será a final a verdade e a mentira o real e o imaginário. No entanto existe um ou outro elemento, nos últimos capítulos, que surgiram do nada e que parecem apenas conveniências para criar conflitos.
Em suma, este conto tem uma base muito intensa e bem pensada, que leva o leitor numa viagem quase alicinogénica. Alguns momentos são brilhantes, outros nem tanto. A prosa do Pedro Martins é muito sucinta, por vezes muito simbólica e por vezes simplificada demais, mas sempre eficiente. No geral foi uma boa leitura, com um final bem pensado, mas teve alguns momentos menos bem conseguidos no meio.
Nota: Li "O Complexo de Gloconda" antes do ebook ser lançado e algumas últimas alterações serem feitas, já que o autor me pediu para ilustrar a capa e eu quis ler a história para melhor visualizá-la.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Angel Gabriel - Pacto de Sangue - Divulgação
Título: Angel Gabriel - Pacto de Sangue
Autor: Ana C. Nunes
Edição: 10 de Abril de 2013
Sinopse: Há 165 anos Gabriel não acreditaria se lhe dissessem que 13 pessoas seriam suficientes para levar os humanos à quase extinção. Menos ainda creria se lhe dissessem que tal aconteceria, em grande parte, com a sua ajuda. Mas nem sempre aquilo em que acreditamos acaba por acontecer.
Angel nasceu num refúgio subterrâneo onde humanos adoram o sol e temem a lua, onde a magia substitui as armas de fogo e o silêncio é a melhor protecção contra os predadores: vampiros.
Ambos estão mais preocupados com a sua sobrevivência do que com o mundo que está prestes a desintegrar-se, mas quando uma maldição os força a um mútuo acordo, já não será somente a própria sobrevivência que vingará.
Conseguirão eles encontrar um equilíbrio, ou morrerão em discórdia?
Preço: 2,99$ (+/- 2.35€, preço de lançamento)
Onde é que o livro pode ser adquirido? Smashwords, através da autora.
Visitem também blog da autora, o seu perfil no Goodreads, página no Facebook e Twitter.
Nota: Como já devem ter percebido, a autora sou eu. Este será o meu primeiro romance a ser lançado em ebook e espero que vocês, leitores, gostem do que escrevi e do que criei. Depois do lançamento, no dia 10 de Abril, terei passatempos aqui no blog, para oferecer alguns exemplares. Fiquem atentos!
Bookteaser:
Autor: Ana C. Nunes
Edição: 10 de Abril de 2013
Sinopse: Há 165 anos Gabriel não acreditaria se lhe dissessem que 13 pessoas seriam suficientes para levar os humanos à quase extinção. Menos ainda creria se lhe dissessem que tal aconteceria, em grande parte, com a sua ajuda. Mas nem sempre aquilo em que acreditamos acaba por acontecer.
Angel nasceu num refúgio subterrâneo onde humanos adoram o sol e temem a lua, onde a magia substitui as armas de fogo e o silêncio é a melhor protecção contra os predadores: vampiros.
Ambos estão mais preocupados com a sua sobrevivência do que com o mundo que está prestes a desintegrar-se, mas quando uma maldição os força a um mútuo acordo, já não será somente a própria sobrevivência que vingará.
Conseguirão eles encontrar um equilíbrio, ou morrerão em discórdia?
Preço: 2,99$ (+/- 2.35€, preço de lançamento)
Onde é que o livro pode ser adquirido? Smashwords, através da autora.
Visitem também blog da autora, o seu perfil no Goodreads, página no Facebook e Twitter.
Nota: Como já devem ter percebido, a autora sou eu. Este será o meu primeiro romance a ser lançado em ebook e espero que vocês, leitores, gostem do que escrevi e do que criei. Depois do lançamento, no dia 10 de Abril, terei passatempos aqui no blog, para oferecer alguns exemplares. Fiquem atentos!
Bookteaser:
terça-feira, 2 de abril de 2013
Lusitânia
"Lusitânia", fanzine com contos de Catarina Lima, Inês Montenegro, José Pedro Lopes, Marcelina Gama Leandro, Nuno Almeida e Pedro Cipriano (EuEdito)
Opinião:
Como sempre, deixo primeiro uma opinião sobre os contos e depois uma sobre a edição no geral.
"Sonhos Numa Noite de Natal", Marcelina Gama Leandro (ilustração de Inês Valente)
Um conto envolvente, muito português, e bem escrito, como a Marcelina já nos habituou. A história mantém o leitor agarrado, embora eu tenha achado o final um pouco exagerado.
A ilustração está muito fofa mas não se adapta bem ao tom lúgubre que toma conta do conto em quase toda a sua extensão.
"Vinho Fino", Inês Montenegro (ilustração de Bruno R.)
Esta história, muito agoirenta para os nortenhos (Hehe!) tem boas cenas e uma ideia muito interessante. A escrita da Inês é muito eficaz e funciona bem neste conto, no entanto achei que a 'invasão' foi demasiado genérica e precisava de ser mais explorada.
A ilustração que acompanha este conto é muitíssimo apropriada.
"Como Portugal foi Salvo pelos Pastéis de Nata", Catarina Lima (ilustrações de Andreia Silva)
Com uma protagonista muito vivaça e com quem é fácil simpatizar, Catarina dá vida a um conceito de fantasia urbana que é bastante credível. Só não percebi o porquê do título, já que não foi Portugal que foi salvo, mas sim Lisboa. Para terminar, tenho de dizer que gostava de ler mais aventuras da bruxa Maria Adelaide, uma personagem muito interessante.
Uma notinha especial para as belíssimas ilustrações da Andreia Silva.
"A Guerra do Fogo", Nuno Almeida (ilustrações de desconhecidos)
Um conto que vai buscar a raiz da história Lusitânia, algo que gosto sempre de ler, e cuja ideia principal é bastante interessante. No entanto a prosa nem sempre acompanhou bem as acções, especialmente por culpa da sucessão das cenas, que me pareceu, por vezes, exageradamente flexível. Por último, aquele diálogo final soou-me imensamente teatral.
A ilustração inicial está bem adequada ao conto, e a segunda também, embora num estilo completamente distinto. Gostava era de saber quem são os artistas.
"A Cidade das Luzes", José Pedro Lopes (foto de desconhecido)
Com uma ideia muito bem conseguida e original (ou tanto quanto se pode ser original no dias de hoje), esta história está interessante, embora aquela 'solução' final me tenha soado muito conveniente e totalmente inexplicada, o 'final' mesmo já foi mais satisfatório.
Este é, de toda a fanzine, o conto que menos parece lusitano. Podia-se passar em qualquer parte do mundo e não haveria diferença; no entanto não é isso que lhe tira mérito.
E a acentuar o que disse acima, a foto parece-me que nem é de Lisboa (ou sequer Portugal), mas acaba por funcionar no contexto. Mais uma vez, gostaria de saber quem é o artista.
"A Passagem Uivante", Pedro Cipriano (ilustração de Tiago Figueiras)
O tema deste conto é interessante e o Pedro conseguiu contar esta história de forma eficiente, sem dizer de mais, mas transmitindo que chegue.Senti foi falta de mais explicações sobre como as personagem chegaram ali. O autor dá-nos luzes, mas soube a pouco. No entanto tenho de confessar que adorei o final.
Este é outro conto que, apesar de mais lusitano que o anterior, poderia também passar-se em qualquer parte do mundo, sem que isso fosse muito notado.
A ilustração está de acordo com o tema, mas não directamente com o conto. Mesmo assim não deixa de ser bonita.
O balanço final é bastante positivo. Nenhum dos contos é particularmente mau e alguns são bastante bons. No entanto tenho de falar no design: fundos muito escuros, várias gralhas nos textos, hifenização de meter dó (no conto do Nuno Almeida) e descuido na atribuição de menções a artistas e escritores (ex: na capa falta o nome do José Pedro Lopes; e não sabemos quem são alguns dos artistas). Fora isso, o trabalho editorial não está mau, mas estes erros distraem o leitor (e muito, em certos casos).
Noutra nota, achei imensa graça ao anúncio do Almanaque Steampunk, embora na altura em que a fanzine foi publicada, o evento já tivesse passado.
Por fim, quanto à capa da Raquel Leite, confesso, não me convenceu, mas depois visitei o blog da artista e via a imagem em tamanho maior e é outra coisa! Embora a luz não me agrade muito, na capa da Lusitânia ficou bastante mal, parecendo uma foto-manipulação mal feita.
Visitem o blog da fanzine.
Opinião:
Como sempre, deixo primeiro uma opinião sobre os contos e depois uma sobre a edição no geral.
"Sonhos Numa Noite de Natal", Marcelina Gama Leandro (ilustração de Inês Valente)
Um conto envolvente, muito português, e bem escrito, como a Marcelina já nos habituou. A história mantém o leitor agarrado, embora eu tenha achado o final um pouco exagerado.
A ilustração está muito fofa mas não se adapta bem ao tom lúgubre que toma conta do conto em quase toda a sua extensão.
"Vinho Fino", Inês Montenegro (ilustração de Bruno R.)
Esta história, muito agoirenta para os nortenhos (Hehe!) tem boas cenas e uma ideia muito interessante. A escrita da Inês é muito eficaz e funciona bem neste conto, no entanto achei que a 'invasão' foi demasiado genérica e precisava de ser mais explorada.
A ilustração que acompanha este conto é muitíssimo apropriada.
"Como Portugal foi Salvo pelos Pastéis de Nata", Catarina Lima (ilustrações de Andreia Silva)
Com uma protagonista muito vivaça e com quem é fácil simpatizar, Catarina dá vida a um conceito de fantasia urbana que é bastante credível. Só não percebi o porquê do título, já que não foi Portugal que foi salvo, mas sim Lisboa. Para terminar, tenho de dizer que gostava de ler mais aventuras da bruxa Maria Adelaide, uma personagem muito interessante.
Uma notinha especial para as belíssimas ilustrações da Andreia Silva.
"A Guerra do Fogo", Nuno Almeida (ilustrações de desconhecidos)
Um conto que vai buscar a raiz da história Lusitânia, algo que gosto sempre de ler, e cuja ideia principal é bastante interessante. No entanto a prosa nem sempre acompanhou bem as acções, especialmente por culpa da sucessão das cenas, que me pareceu, por vezes, exageradamente flexível. Por último, aquele diálogo final soou-me imensamente teatral.
A ilustração inicial está bem adequada ao conto, e a segunda também, embora num estilo completamente distinto. Gostava era de saber quem são os artistas.
"A Cidade das Luzes", José Pedro Lopes (foto de desconhecido)
Com uma ideia muito bem conseguida e original (ou tanto quanto se pode ser original no dias de hoje), esta história está interessante, embora aquela 'solução' final me tenha soado muito conveniente e totalmente inexplicada, o 'final' mesmo já foi mais satisfatório.
Este é, de toda a fanzine, o conto que menos parece lusitano. Podia-se passar em qualquer parte do mundo e não haveria diferença; no entanto não é isso que lhe tira mérito.
E a acentuar o que disse acima, a foto parece-me que nem é de Lisboa (ou sequer Portugal), mas acaba por funcionar no contexto. Mais uma vez, gostaria de saber quem é o artista.
"A Passagem Uivante", Pedro Cipriano (ilustração de Tiago Figueiras)
O tema deste conto é interessante e o Pedro conseguiu contar esta história de forma eficiente, sem dizer de mais, mas transmitindo que chegue.Senti foi falta de mais explicações sobre como as personagem chegaram ali. O autor dá-nos luzes, mas soube a pouco. No entanto tenho de confessar que adorei o final.
Este é outro conto que, apesar de mais lusitano que o anterior, poderia também passar-se em qualquer parte do mundo, sem que isso fosse muito notado.
A ilustração está de acordo com o tema, mas não directamente com o conto. Mesmo assim não deixa de ser bonita.
O balanço final é bastante positivo. Nenhum dos contos é particularmente mau e alguns são bastante bons. No entanto tenho de falar no design: fundos muito escuros, várias gralhas nos textos, hifenização de meter dó (no conto do Nuno Almeida) e descuido na atribuição de menções a artistas e escritores (ex: na capa falta o nome do José Pedro Lopes; e não sabemos quem são alguns dos artistas). Fora isso, o trabalho editorial não está mau, mas estes erros distraem o leitor (e muito, em certos casos).
Noutra nota, achei imensa graça ao anúncio do Almanaque Steampunk, embora na altura em que a fanzine foi publicada, o evento já tivesse passado.
Por fim, quanto à capa da Raquel Leite, confesso, não me convenceu, mas depois visitei o blog da artista e via a imagem em tamanho maior e é outra coisa! Embora a luz não me agrade muito, na capa da Lusitânia ficou bastante mal, parecendo uma foto-manipulação mal feita.
Visitem o blog da fanzine.
Compras e Ofertas - Março 2013
Março poderia ter sido o mês em que eu dizia que não tinha gasto nenhum dinheiro em livros, fora os que comprei para oferecer, mas, bem vistas as coisas, a colecção da "História de Portugal" foi paga, já que tive que comprar a revista Sábado. Contudo, fora isso, nem um tostão!
Claro que, ainda assim, recebi várias coisas e por isso a lista que se segue até é generosa. Aqui fica:
- História de Portugal 3 a 6 (juntamente com a Revista Sábado);
- Fome Assassina (ebook), de Ágata Ramos Simões;
- A Cidade dos Sete Mares (ebook), de Victor Eustáquio;
- Coração Atómico (ebook), de Manuel Alves;
- Revista Fénix 2, vários;
- Gaia (ebook), de Ana Filipa Piedade;
- Halloween (ebook), vários autores do Fantasy & Co;
- 7 Pecados (ebook), vários autores do Fantasy & Co;
- O Encontro Casual (ebook), de Joel G. Gomes
- A invenção de um conto de fadas (ebook), de Manuel Alves;
- Orin (ebook), de Manuel Alves;
- A Linha Recta do Corvo (ebook), de Manuel Alves;
- Legado Vermelho (ebook), de Manuel Alves;
- Perguntas-me?, de Manuel Alves;
- Sketch of Secrets (ebook), de Willa Jemhart;
- Breaking the Agenda (ebook), de Willa Jemhart;
- Doorway to Home (ebook), de Willa Jemhart;
- Pedro na Terra (ebook), de Ágata Ramos Simões;
Claro que, ainda assim, recebi várias coisas e por isso a lista que se segue até é generosa. Aqui fica:
- História de Portugal 3 a 6 (juntamente com a Revista Sábado);
- Fome Assassina (ebook), de Ágata Ramos Simões;
- A Cidade dos Sete Mares (ebook), de Victor Eustáquio;
- Coração Atómico (ebook), de Manuel Alves;
- Revista Fénix 2, vários;
- Gaia (ebook), de Ana Filipa Piedade;
- Halloween (ebook), vários autores do Fantasy & Co;
- 7 Pecados (ebook), vários autores do Fantasy & Co;
- O Encontro Casual (ebook), de Joel G. Gomes
- A invenção de um conto de fadas (ebook), de Manuel Alves;
- Orin (ebook), de Manuel Alves;
- A Linha Recta do Corvo (ebook), de Manuel Alves;
- Legado Vermelho (ebook), de Manuel Alves;
- Perguntas-me?, de Manuel Alves;
- Sketch of Secrets (ebook), de Willa Jemhart;
- Breaking the Agenda (ebook), de Willa Jemhart;
- Doorway to Home (ebook), de Willa Jemhart;
- Pedro na Terra (ebook), de Ágata Ramos Simões;
Gaia - Divulgação
Título: Gaia
Autor: Ana Filipa Piedade
Edição: 28 de Fevereiro de 2013
Sinopse: A história de um órfão e sem-abrigo muito especial.
Opinião dos leitores (via smashwords):
Onde é que o livro pode ser adquirido? Smashwords.
Visitem também site e blog da autora, o seu perfil no Goodreads e no Facebook.
Autor: Ana Filipa Piedade
Edição: 28 de Fevereiro de 2013
Sinopse: A história de um órfão e sem-abrigo muito especial.
Opinião dos leitores (via smashwords):
«Um conto que toca o coração do leitor.» (4 estrelas), Carina Portugal;
«Um conto muito interessante com um final inesperado. As palavras desta jovem autora irão deixar os leitores a pensar no que faz de nós humanos.» (4 estrelas), Pedro Cipriano;Preço: 0,99$ (recomendado, mas é o leitor que decide quanto quer pagar)
Onde é que o livro pode ser adquirido? Smashwords.
Visitem também site e blog da autora, o seu perfil no Goodreads e no Facebook.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
O Inverno de Sombras - Divulgação
Título: O Inverno de Sombras
Autor: L.C. Lavado
Editora: Marcador
Edição: 2 de Abril de 2013
Sinopse: Em 1833, em Lisboa, cinco monges reúnem-se para decidir o destino a dar a uma caixa secreta e à sua chave. Muitos anos depois, uma família ainda as guarda, escondidas do mundo através das gerações. Mas há alguém que entende que é a chegada a hora desse poder lhe pertencer e está decidido a encontra-las e a fazê-las mudar de mãos.
Os protagonistas desta história são seres mágicos, feiticeiros poderosos sedentos de sangue. Feitiçaria, magia, segredos e uma história de amor inesquecível percorrem alguns dos lugares mais conhecidos de Lisboa e a zona mais sinistra de Paris, numa guerra colossal de feiticeiros dominados por uma obsessão que culmina numa das maiores batalhas que jamais vista.
Numa autêntica caça ao tesouro, as peças vão-se movendo como num jogo de xadrez, com momentos em que o tempo fica parado e é preciso suster a respiração até que possamos perceber o que escondem as motivações de Danton, o protagonista desta história, filho de dois poderosos feiticeiros, e dos estranhos seres mágicos que o acompanham.
O passado colide com o presente e tudo acontece…mas não como todos esperam.
Preço: 17,70€, disponível a partir de 15,93€ (pré-venda na FNAC)
Onde é que o livro pode ser adquirido? FNAC, Wook, e nas livrarias tradicionais (a partir de 2 de Abril).
Visitem também blog da autora, o seu perfil no Goodreads e no Facebook.
Vídeo Promocional:
Autor: L.C. Lavado
Editora: Marcador
Edição: 2 de Abril de 2013
Sinopse: Em 1833, em Lisboa, cinco monges reúnem-se para decidir o destino a dar a uma caixa secreta e à sua chave. Muitos anos depois, uma família ainda as guarda, escondidas do mundo através das gerações. Mas há alguém que entende que é a chegada a hora desse poder lhe pertencer e está decidido a encontra-las e a fazê-las mudar de mãos.
Os protagonistas desta história são seres mágicos, feiticeiros poderosos sedentos de sangue. Feitiçaria, magia, segredos e uma história de amor inesquecível percorrem alguns dos lugares mais conhecidos de Lisboa e a zona mais sinistra de Paris, numa guerra colossal de feiticeiros dominados por uma obsessão que culmina numa das maiores batalhas que jamais vista.
Numa autêntica caça ao tesouro, as peças vão-se movendo como num jogo de xadrez, com momentos em que o tempo fica parado e é preciso suster a respiração até que possamos perceber o que escondem as motivações de Danton, o protagonista desta história, filho de dois poderosos feiticeiros, e dos estranhos seres mágicos que o acompanham.
O passado colide com o presente e tudo acontece…mas não como todos esperam.
Preço: 17,70€, disponível a partir de 15,93€ (pré-venda na FNAC)
Onde é que o livro pode ser adquirido? FNAC, Wook, e nas livrarias tradicionais (a partir de 2 de Abril).
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Vídeo Promocional:
Livro - Filme - Série 03
Livro - Filme 03
Cloud Atlas, baseado no livro homónimo de David Mitchell
Sem nunca ter lido o livro "Cloud Atlas - Atlas das Nuvens", vi o filme apenas baseada no trailer e no muito bem que tinha ouvido falar do filme e da história. No fim, fui muito surpreendida.Cloud Atlas, baseado no livro homónimo de David Mitchell
Não há dúvida que Cloud Atlas é um filme feito, em parte, para ser altamente comercial, mas isso não o impede de ser profundo e e muito bom. Se no início se gera alguam confusão, pela imensidão de histórias e personagens que são introduzidas em pouco tempo, rapidamente tudo começa a fazer mais e mais sentido, até culminar num final que não poderia ser melhor e que ata (quase) todas as pontas soltas de uma forma admirável. Acredito que tal tenha sido possível graças a uma boa base: o romance de David Mitchell, e a uma adaptação cuidada para o grande ecrã.
Não fiquei surpreendida ao descobrir que por trás de Cloud Atlas estavam os irmãos Washowski (e também Tom Tykwear, mas deste não conheço nenhum filme, embora agora esteja curiosa) que estiveram à frente da trilogia Matrix. Aliás, lá no meio (especialmente no Seaul de 2144) vê-se bem que há ali uma 'mão' dos irmãos (até comentei isso durante o filme, antes de perceber que eles trabalhavam nele).
Já quanto aos actores (e actrizes) acho que estão todos de parabéns, com papéis memoráveis e bastante distintos uns dos outros. É impossível dizer que esteve melhor e, embora não seja fã do trabalho do Hugo Weaving, achei que ele esteve bem nos seus papéis. Também Jim Broadbent, apesar de carismático e, em algumas cenas, brilhante, noutras deixou um pouco a desejar.
Quanto ao enredo, a minha história favorita foi "Letters from Zedelghem", onde um jovem pianista bissexual se torna aprendiz de um velho e talentoso compositor e cria o "Sexteto Cloud Atlas" que só ganhará fama mais tarde. O final trágico desta história trouxe-me lágrimas aos olhos e todas as personagens me pareceram muito humanas. Não quero com isto dizer que as restantes histórias não são memoráveis, bem pelo contrário, pois cada uma é impressionante à sua maneira, mas a minha favorita foi mesmo esta.
E já que falamos no sexteto, há que dar mérito à fabulosa banda sonora do filme, porque é mesmo muito boa.
Por fim tenho de dar os parabéns a quem tratou da maquilhagem porque se
m isto o filme não seria tão memorável. Alguns actores estavam absolutamente irreconhecíveis nas suas reencarnações. Um trabalho soberbo! (não sei como não ganhou um óscar). Quando chegam os créditos finais, acredito que todos fiquem surpreendidos com pelo menos um (possivelmente bem mais) dos trabalhos de maquilhagem que possibilitaram aos actores vestirem vários papéis, de vários sexos, raças e épocas distintas. Está fabuloso!
Concluíndo, Cloud Atlas surpreendeu, com histórias intelgentes, uma direcção bem feita, actores memoráveis e personagens únicas, que mantém o espectador agarrrado à/ao cadeira/sofá drante três horas e traz um final perfeito. O mais impressionante é que esta história tem tanto de ficção histórica, como de drama, comédia, mistério e ficção científica. E o resultado final não é a salsada que se pode imaginar.
Agora vou te de ler o livro, só para perceber como o autor conseguiu ligar as reencarnações das personagens apenas através das palavras. Porque se mesmo um meio visual, como o filme, foi difícil interligar todas as 'vidas', como terá conseguido David Mitchell passar isso através do papel? Estou curiosa.
E vocês, já viram o filme? Já leram o livro? O que acharam?
Trailer:
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