Vi este vídeo no blog Mundo de Fantas e achei que valia a pena partilhar:
Manifesto - Só a leitura salva from Marcos Felipe on Vimeo.
Já agora, fica também o trailer da adaptação cinematográfica de dois livros que li e cujos filmes pretendo ver:
The Hunger Games (Os Jogos da Fome), de Suzanne Collins:
The Raven, baesado na obra de Edgar Allan Poe:
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
O Fantasma de Canterville
"O Fantasma de Canterville", de Oscar Wilde (Biblioteca Sábado)
Sinopse:
Opinião:
Como este livro se divide em várias histórias, vou primeiro debruçar-me sobre cada uma delas de forma individual.
O Fantasma de Canterville
Sendo este possivelmente o conto mais famoso do escritor, tinha já ouvido muita coisa sobre ele.No entanto parti para a leitura sem saber quase nada.
Este "Fantasma de Canterville" foi uma excelente leitura. O sarcasmos sério do autor, misturado com a história mirabolante mas tão realista, rendeu-me. Adorei a forma como o autor escolheu contar a história, as personagens e muito especialmente a seriedade que incutiu na história, sem na verdade abdicar de um tom de brincadeira.
O único senão deste livro foi o fim. Mais propriamente as últimas três ou quatro frases cuja necessidade me passou completamente ao lado e, de certa forma, até me estragou um pouco o agrado do resto do conto.
O Pescador e a sua Alma
Possivelmente o meu conto favorito desta colectânea, apesar de usar muito da repetição, na verdade achei-o extremamente simbólico e pertinente.Mais uma vez fiquei rendida à forma de contar histórias do autor e achei que o final foi absolutamente perfeito.
Gostei muito da personagem do pescador e da sua relação com a Alma, que tanto o tentou aliciar com fortuna e poder, apenas para depois o conseguir seduzir com algo tão simples quanto perfeito.
O aniversários da Infanta
Esta foi uma história também bastante simbólica, mas que não funcionou tão bem quanto s restantes, muito por culpa de alguma divagação por parte do autor. Não compreendi porque faliu tanto dos pais da infanta, quando esse passado não teve qualquer impacto na história.
Apesar de ter achado muito interessante a forma como abordou o anão e a infanta, assim como o final, achei totalmente desnecessárias grande parte das páginas iniciais.
A Esfinge sem segredos
Este conto fez-me pensar nas fobias e manias de certas pessoas. Escrito um pouco num estilo um pouco semelhante ao de Sherlock Holmes (ou será que foi Arthur Conan Doyle que escreveu como Oscar Wilde?), este conto encerra em si um mistério tão simples quanto engenhoso, que nos leva a pensar que por vezes as ideias que temos na cabeça só nos prejudicam.
O crime de Lord Arthur Saville
Mais uma vez a voz sarcástico-realista do autor surpreendeu-me. O final não poderia ser melhor e achei que toda a acção se desenrolava de uma forma completamente absurda, mas também genial. No entanto e mais uma vez, notei que certas cenas em nada resultaram para melhorar o conto (maioritariamente no início do livro) e que pareciam ali estar apenas para 'encher palha'. Não que o autor não as torne interessantes, pois torna, mas depois fica a sensação que fomos 'enganados' por nos forcarmos em pormenores que nada tinham a ver com a história em si.
Este livro foi o meu primeiro contacto com a obra de Oscar Wilde. Embora já tivesse em ocasião lido várias citações famosas dele (e adorado quase todas), a verdade é que nunca tinha pegado num livro da sua autoria. Posso dizer agora que estou muito agradada com o estilo contista do autor e que vou certamente ler mais trabalhos dele no futuro. Adorei a sua seriedade sarcástica e a forma como conta histórias. Recomendo!
Tradução (João Gentil):
Não tendo bases de comparação com o original, posso no entanto dizer que a tradução está muito fluída e não notei nenhum erro de tradução. No entanto, uma vez mais, tenho de apelar ao sentido prático dos tradutores, muitos dos quais continuam a 'teimar' em não traduzir as ocasionais frases estrangeiras que surgem em certos textos. E isto, como já o disse mil vezes, é irritante e imperdoável.
Capa e Ilustrações (Wallace Goldsmith), Design e Edição:
A capa simples e evocativa, simboliza bastante bem o primeiro conto e cria uma atmosfera mais negra que eu sinto ser necessária, já que o livro trata temas bastante duros (assassínio, exclusão social, perseguição, etc.), apesar de o fazer num tom mais sarcástico.
As ilustrações interiores, constantes do primeiro conto (O Fantasma de Canterville) estão bastante fiéis aos textos e bastante bela, no entanto tenho de referir que as achei estranhamente dispersas em termos de estilo. O que quero dizer é que o artista tanto desenha com grafite, como com caneta, umas vezes com traço mais realista, outras quase cartoonista. Não é que isto seja mau, mas parece estranho pois nada parece ter a ver o próprio desenvolvimento narrativo do conto.
A edição em capa dura está primorosa e é bastante resistente. As margens estão generosas (até demais) e o tipo de letra é visível e de fácil leitura. Só tenho mesmo a apontar a falta da tradução de uma ou duas frases que apareceram nos contos em estrangeiro e que não foram traduzidas nem em rodapé nem em nota final.
---- Links relacionados: Site Oficial - Project Guttenberg - Goodreads
Sinopse:
Contém os contos:
- O Fantasma de Canterville,
- O Pescador e a sua alma
- A aniversário da Infanta
- A Esfinge sem segredos
- O crime de Lord Arthur Saville
Sir Simon é um espírito bastante contente com o papel que interpreta no mundo: é um fantasma que se dedica a aterrorizar os moradores de Canterville Chase ... Até que tudo muda para sempre quando na sua mansão se instala uma família de norte-americanos que não acreditam nas superstições e que não têm medo de fantasmas, e ele descobre que o seu poder sobre os vivos começa a desaparecer.
Opinião:
Como este livro se divide em várias histórias, vou primeiro debruçar-me sobre cada uma delas de forma individual.
O Fantasma de Canterville
Sendo este possivelmente o conto mais famoso do escritor, tinha já ouvido muita coisa sobre ele.No entanto parti para a leitura sem saber quase nada.
Este "Fantasma de Canterville" foi uma excelente leitura. O sarcasmos sério do autor, misturado com a história mirabolante mas tão realista, rendeu-me. Adorei a forma como o autor escolheu contar a história, as personagens e muito especialmente a seriedade que incutiu na história, sem na verdade abdicar de um tom de brincadeira.
O único senão deste livro foi o fim. Mais propriamente as últimas três ou quatro frases cuja necessidade me passou completamente ao lado e, de certa forma, até me estragou um pouco o agrado do resto do conto.
O Pescador e a sua Alma
Possivelmente o meu conto favorito desta colectânea, apesar de usar muito da repetição, na verdade achei-o extremamente simbólico e pertinente.Mais uma vez fiquei rendida à forma de contar histórias do autor e achei que o final foi absolutamente perfeito.
Gostei muito da personagem do pescador e da sua relação com a Alma, que tanto o tentou aliciar com fortuna e poder, apenas para depois o conseguir seduzir com algo tão simples quanto perfeito.
O aniversários da Infanta
Esta foi uma história também bastante simbólica, mas que não funcionou tão bem quanto s restantes, muito por culpa de alguma divagação por parte do autor. Não compreendi porque faliu tanto dos pais da infanta, quando esse passado não teve qualquer impacto na história.
Apesar de ter achado muito interessante a forma como abordou o anão e a infanta, assim como o final, achei totalmente desnecessárias grande parte das páginas iniciais.
A Esfinge sem segredos
Este conto fez-me pensar nas fobias e manias de certas pessoas. Escrito um pouco num estilo um pouco semelhante ao de Sherlock Holmes (ou será que foi Arthur Conan Doyle que escreveu como Oscar Wilde?), este conto encerra em si um mistério tão simples quanto engenhoso, que nos leva a pensar que por vezes as ideias que temos na cabeça só nos prejudicam.
O crime de Lord Arthur Saville
Mais uma vez a voz sarcástico-realista do autor surpreendeu-me. O final não poderia ser melhor e achei que toda a acção se desenrolava de uma forma completamente absurda, mas também genial. No entanto e mais uma vez, notei que certas cenas em nada resultaram para melhorar o conto (maioritariamente no início do livro) e que pareciam ali estar apenas para 'encher palha'. Não que o autor não as torne interessantes, pois torna, mas depois fica a sensação que fomos 'enganados' por nos forcarmos em pormenores que nada tinham a ver com a história em si.
Este livro foi o meu primeiro contacto com a obra de Oscar Wilde. Embora já tivesse em ocasião lido várias citações famosas dele (e adorado quase todas), a verdade é que nunca tinha pegado num livro da sua autoria. Posso dizer agora que estou muito agradada com o estilo contista do autor e que vou certamente ler mais trabalhos dele no futuro. Adorei a sua seriedade sarcástica e a forma como conta histórias. Recomendo!
Tradução (João Gentil):
Não tendo bases de comparação com o original, posso no entanto dizer que a tradução está muito fluída e não notei nenhum erro de tradução. No entanto, uma vez mais, tenho de apelar ao sentido prático dos tradutores, muitos dos quais continuam a 'teimar' em não traduzir as ocasionais frases estrangeiras que surgem em certos textos. E isto, como já o disse mil vezes, é irritante e imperdoável.
Capa e Ilustrações (Wallace Goldsmith), Design e Edição:
A capa simples e evocativa, simboliza bastante bem o primeiro conto e cria uma atmosfera mais negra que eu sinto ser necessária, já que o livro trata temas bastante duros (assassínio, exclusão social, perseguição, etc.), apesar de o fazer num tom mais sarcástico.
As ilustrações interiores, constantes do primeiro conto (O Fantasma de Canterville) estão bastante fiéis aos textos e bastante bela, no entanto tenho de referir que as achei estranhamente dispersas em termos de estilo. O que quero dizer é que o artista tanto desenha com grafite, como com caneta, umas vezes com traço mais realista, outras quase cartoonista. Não é que isto seja mau, mas parece estranho pois nada parece ter a ver o próprio desenvolvimento narrativo do conto.
A edição em capa dura está primorosa e é bastante resistente. As margens estão generosas (até demais) e o tipo de letra é visível e de fácil leitura. Só tenho mesmo a apontar a falta da tradução de uma ou duas frases que apareceram nos contos em estrangeiro e que não foram traduzidas nem em rodapé nem em nota final.
---- Links relacionados: Site Oficial - Project Guttenberg - Goodreads
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Booking Through Thursday - Categoria/Género
Of the books you own, what’s the biggest category/genre?
Is this also the category that you actually read the most?
Está aqui uma pergunta difícil, pois se contar com as minhas revistas de BD, na verdade não sei quem ganha, já que tenho mais de 400.
Mas em termos de literatura é claramente a Fantasia (Romance Paranormal, Fantasia Urbana e outros sub-géneros), seguida de perto pela Ficção (geral) e pela Ficção Científica. Isto ocorre tanto nas prateleiras como em termos de livros que leio. O que acho que se torna bastante óbvio aqui no blog.
O que me levou a ficar muito surpreendida foi ver que, aqui no blog, o género mais requisitado é o Romance Paranormal. Eh lá! E dizia eu que não gostava muito de romances? Ando a enganar quem? Este ano então é que pareço ter lido muitos. Embora também tenha tentado ler outros géneros (e pessoalmente começo a ficar um pouco saturada dos Romances Paranormais, apesar de seguir algumas sagas com gosto).
Mas fora isso não estaria a mentir se dissesse que o que leio mais é Manga (BD Japonesa). E quanto a isso não há argumentos possíveis. Em contrapartida, não é esse o género de livros que mais possuo em casa, por razões claras inerentes à nossa cultura e mercado editorial. ou não fosse a publicação de Manga uma coisa quase inexistente no nosso país. Por isso só mesmo mandando vir do estrangeiro e em Inglês. Claro que comprei alguns e vou fazendo colecções aos poucos, mas ainda tenho muito poucos (para os que gostava de ter).
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
The Walking Dead - Volume 8
"The Walking Dead - Made to Suffer (Volume 8)" de Robert Kirkman e Charlie Adlard (ainda não publicado em Portugal)
Argumento (Robert Kirkman):
O volume anterior terminava com um enorme cliffhanger que me deixou com uma enorme curiosidade em saber o que se passava a seguir. No entanto, não gostei particularmente de como o escritor decidiu arrastar a promessa de confronto até ao final. Tornou os 'vilões' mais patéticos do que já eram e mostrou que os 'heróis' também não usavam de grande inteligência. No caso de certas personagens, achei as suas acções fora do contexto e fora o normal, como maneira apenas de fazer a história seguir por um determinado caminho (Michone, por exemplo), mas por outro lado achei que a divisão do grupo era de esperar e daí foi uma boa jogada. O final não me surpreendeu tanto porque, infelizmente, um certo artigo de uma certa revista fez um grande spoiler que só se revela neste volume (mega estupidez editorial).
Contudo uma coisa se pode dizer, tudo muda neste volume e nada muda para melhor. Grandes acontecimentos, várias mortes, muitos desaparecidos.
O que mais gostei neste volume, além do desenvolvimento e afastamento do grupo, foi a forma como o 'vilão' manipulava as massas que acreditavam em tudo o que ele dizia, sem o questionarem. O que me parece uma representação fiel do que poderia mesmo acontecer (caso os zombies caminhassem entre nós). Afinal muitas pessoas preferem que os outros tomem decisões por eles.
Desenho (Charlie Adlard):
Neste volume a arte não me fascinou, à excepção dos dois últimos capítulo, onde achei que estava especialmente boa, mas que ainda assim falhou redondamente em certas sequências de acção. De tal forma que tive que voltar atrás várias vezes para perceber o que se tinha passado entre uma vinheta e a outra.
Pessoalmente pareceu-me que a arte deste volume não foi muito evocativa, mas não esteve mal e as expressões continuam bastante boas.
Em suma, foi um livro de grandes mudanças na história e de cenas bem grotescas, no entanto na maioria dos casos, achei que a arte não estava em sintonia com a história e isso tirou-lhe algum mérito.
Fica a vontade de ver o que se segue.
Argumento (Robert Kirkman):
O volume anterior terminava com um enorme cliffhanger que me deixou com uma enorme curiosidade em saber o que se passava a seguir. No entanto, não gostei particularmente de como o escritor decidiu arrastar a promessa de confronto até ao final. Tornou os 'vilões' mais patéticos do que já eram e mostrou que os 'heróis' também não usavam de grande inteligência. No caso de certas personagens, achei as suas acções fora do contexto e fora o normal, como maneira apenas de fazer a história seguir por um determinado caminho (Michone, por exemplo), mas por outro lado achei que a divisão do grupo era de esperar e daí foi uma boa jogada. O final não me surpreendeu tanto porque, infelizmente, um certo artigo de uma certa revista fez um grande spoiler que só se revela neste volume (mega estupidez editorial).
Contudo uma coisa se pode dizer, tudo muda neste volume e nada muda para melhor. Grandes acontecimentos, várias mortes, muitos desaparecidos.
O que mais gostei neste volume, além do desenvolvimento e afastamento do grupo, foi a forma como o 'vilão' manipulava as massas que acreditavam em tudo o que ele dizia, sem o questionarem. O que me parece uma representação fiel do que poderia mesmo acontecer (caso os zombies caminhassem entre nós). Afinal muitas pessoas preferem que os outros tomem decisões por eles.
Desenho (Charlie Adlard):
Neste volume a arte não me fascinou, à excepção dos dois últimos capítulo, onde achei que estava especialmente boa, mas que ainda assim falhou redondamente em certas sequências de acção. De tal forma que tive que voltar atrás várias vezes para perceber o que se tinha passado entre uma vinheta e a outra.
Pessoalmente pareceu-me que a arte deste volume não foi muito evocativa, mas não esteve mal e as expressões continuam bastante boas.
Em suma, foi um livro de grandes mudanças na história e de cenas bem grotescas, no entanto na maioria dos casos, achei que a arte não estava em sintonia com a história e isso tirou-lhe algum mérito.
Fica a vontade de ver o que se segue.
domingo, 13 de novembro de 2011
I Love Him to Pieces
"I Love Him to Pieces (My Boyfriend Is a Monster 1)", de Evonne Tsang e Janina Görrissen (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse:
Opinião sobre o Guião (de Evonne Tsang):
Pegar numa rapariga completamente maria-rapaz, que é óptima a desportos e tentar misturá-la com um rapaz um pouco emo que é dos mais brilhantes da escola, parece, à partida, uma batalha perdida em termos de verosimilhança. Mas na realidade não é!
Há que alertar potenciais leitores para algo muito importante: Os zombies só aparecem no último quarto do livro. Daí que, quem partir para esta leitura à espera de ver mortos-vivos desde o início, vai sair muito descontente. Quem por outro lado gostar de ver personagens bem desenvolvidas e um romance que realmente parece credível e que se vê florescer nas páginas, com zombies à mistura já depois de o casalinho se assumir, então terão aqui uma leitura muito agradável.
Pessoalmente, gostei muito pois as personagens foram bem exploradas, houve lugar a vários momentos cómicos e apesar de o Apocalipse zombie, em si, ter ficado (muito?) mal explicado, o resto estava bem pensado. Só tive pena que o final fosse um pouco apressado. As coisas ficaram resolvidas, mas acho que se estendessem as cenas finais mais um pouco este não teria parecido tão abrupto.
Opinião sobre a Arte (de Janina Görrissen):
Adorei! Não posso dizer outra coisa. Tanto em termos de cenários, como de expressões faciais e de podermos ver cenas a desenrolarem-se no fundo, mesmo quando o protagonismo é nos que estão na frente, gostei muito do trabalho desta artista espanhola (vistem o blog). Achou que captou muito bem a personalidade das personagens nos seus traços e pessoalmente achei que arte dela a preto-e-branco ficou linda!
O único contra que posso apontar, é a forma como por vezes desenhava os zombies. Não que estivessem mal desenhados, pois não estavam, mas faltava-lhes algo que os distinguisse dos outros zombies que por aí andam Ou talvez tenha sido por culpa do traço limpo da artista, que na verdade pareceu demasiado ... limpo(?) nos mortos-vivos.
Antes de comprar esta Banda Desenhada, tinha já lido online perto de 60 páginas, por isso sabia de antemão o que se passava em metade do livro. Por ter gostado, decidi comprar e ler o resto (na verdade acabei por reler o volume todo). Claramente não me arrependi e fiquei bastante satisfeita com a novela gráfica como um todo. A arte é muito bonita, a história em termos de romance é excelente e apesar do final um pouco apressado, não deixou grandes pontas soltas.
Aconselho a quem queira experimentar um romance paranormal YA (Jovem-adulto), onde realmente se veja o porquê de as personagens se apaixonarem e onde não há insta-romance. Já para não falar que aqui quem parte a cabeça aos zombies é a rapariga (com um bastão!). Esta sim, uma mulher de armas.
Vou possivelmente ler os restantes títulos da colecção (para já são quatro, dois já lançados e outros dois a saírem em breve), pois se forem como este, valerão certamente a pena.
Nota: Podem ler as primeiras 63 páginas desta novela gráfica online, no site oficial.
Sinopse:
Can love survive the
zombie apocalypse? Maybe Dicey's first chance at a real relationship was
dead from the start. She's the star of her high school baseball team,
and Jack's the star of the science program. Her idea of a study session
includes sleeping in the sun, and his idea of a good game involves
dungeons and dice. But opposites start attracting when they're assigned
to be partners in a class project. Now an outbreak of a weird
infection--it eats your brains and leaves you hungry for more--might not
mean just the end of their first date. It might mean the end of
everything. Will their relationship fall apart faster than zombies in
the Florida sun, or can Dicey and Jack beat the odds and find a happy
ending?
Opinião sobre o Guião (de Evonne Tsang):
Pegar numa rapariga completamente maria-rapaz, que é óptima a desportos e tentar misturá-la com um rapaz um pouco emo que é dos mais brilhantes da escola, parece, à partida, uma batalha perdida em termos de verosimilhança. Mas na realidade não é!
Há que alertar potenciais leitores para algo muito importante: Os zombies só aparecem no último quarto do livro. Daí que, quem partir para esta leitura à espera de ver mortos-vivos desde o início, vai sair muito descontente. Quem por outro lado gostar de ver personagens bem desenvolvidas e um romance que realmente parece credível e que se vê florescer nas páginas, com zombies à mistura já depois de o casalinho se assumir, então terão aqui uma leitura muito agradável.
Pessoalmente, gostei muito pois as personagens foram bem exploradas, houve lugar a vários momentos cómicos e apesar de o Apocalipse zombie, em si, ter ficado (muito?) mal explicado, o resto estava bem pensado. Só tive pena que o final fosse um pouco apressado. As coisas ficaram resolvidas, mas acho que se estendessem as cenas finais mais um pouco este não teria parecido tão abrupto.
Opinião sobre a Arte (de Janina Görrissen):
Adorei! Não posso dizer outra coisa. Tanto em termos de cenários, como de expressões faciais e de podermos ver cenas a desenrolarem-se no fundo, mesmo quando o protagonismo é nos que estão na frente, gostei muito do trabalho desta artista espanhola (vistem o blog). Achou que captou muito bem a personalidade das personagens nos seus traços e pessoalmente achei que arte dela a preto-e-branco ficou linda!
O único contra que posso apontar, é a forma como por vezes desenhava os zombies. Não que estivessem mal desenhados, pois não estavam, mas faltava-lhes algo que os distinguisse dos outros zombies que por aí andam Ou talvez tenha sido por culpa do traço limpo da artista, que na verdade pareceu demasiado ... limpo(?) nos mortos-vivos.
Antes de comprar esta Banda Desenhada, tinha já lido online perto de 60 páginas, por isso sabia de antemão o que se passava em metade do livro. Por ter gostado, decidi comprar e ler o resto (na verdade acabei por reler o volume todo). Claramente não me arrependi e fiquei bastante satisfeita com a novela gráfica como um todo. A arte é muito bonita, a história em termos de romance é excelente e apesar do final um pouco apressado, não deixou grandes pontas soltas.
Aconselho a quem queira experimentar um romance paranormal YA (Jovem-adulto), onde realmente se veja o porquê de as personagens se apaixonarem e onde não há insta-romance. Já para não falar que aqui quem parte a cabeça aos zombies é a rapariga (com um bastão!). Esta sim, uma mulher de armas.
Vou possivelmente ler os restantes títulos da colecção (para já são quatro, dois já lançados e outros dois a saírem em breve), pois se forem como este, valerão certamente a pena.
Nota: Podem ler as primeiras 63 páginas desta novela gráfica online, no site oficial.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Compras - Outubro 2011
Este último mês tentei controlar-me um pouco nos gastos, embora ainda assim tenha gasto algum dinheiro, não só para mim, mas também para prendas (dois livros que não vou colocar aqui pois na verdade não ficaram para mim).
- Soberba Escuridão, de Andreia Ferreira
- A Idade da Inocência, de Edith Wharton (junto com uma revista)
- Orgulho e Preconceito, de Jane Austen (junto com uma revista)
- Passageiros do Tempo, de António Carmo (junto com um jornal)
- Árvores, Tony Rodd / Jennifer Stackhouse (livro de não ficção)
- Gakuen Alice - Vol. 7, 8 e 9, de Tachibana Higuchi (BD/manga)
Nota: esqueci-me de adicionar um livro na imagem conjunta, por isso fica aqui ao lado.
- Soberba Escuridão, de Andreia Ferreira
- A Idade da Inocência, de Edith Wharton (junto com uma revista)
- Orgulho e Preconceito, de Jane Austen (junto com uma revista)
- Passageiros do Tempo, de António Carmo (junto com um jornal)
- Árvores, Tony Rodd / Jennifer Stackhouse (livro de não ficção)
- Gakuen Alice - Vol. 7, 8 e 9, de Tachibana Higuchi (BD/manga)
Nota: esqueci-me de adicionar um livro na imagem conjunta, por isso fica aqui ao lado.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
O Médico e o Monstro
"O Médico e o Monstro" de Robert Louis Stevenson (QuidNovi - Biblioteca de Verão JN)
Sinopse:
Opinião:
Quem nunca ouviu falar de Dr. Jekyll e Mr. Hyde? Pois uma coisa julgo poder afirmar: quem não conhece terá muito mais gosto a ler este livro, já que o final certamente surpreenderá, mas em contrapartida para quem já sabe o desenlace, a trama perde um pouco de beleza. Não muita, convenha-se, pois tem uma escrita muito envolvente, mas sabendo à partida o mistério, o leitor nunca poderá apreciar na totalidade esta história (julgo eu).
O enredo em si é bastante complexo e está bem arquitectado para manter o suspense sempre presente. O mistério mantém-se escondido todo o tempo, mas ao mesmo tempo parece estar ao alcance de qualquer um (sem o estar, na realidade). Mesmo já sabendo eu a resolução, gostei muito da forma como o autor escolheu contar esta história, pela perspectiva de alguém que estava de fora, mas que ao mesmo tempo tinha os meios para descobrir a verdade.
As personagens centrais eram todas bastante interessantes e a caracterização do Mr. Utterson foi muito bem feita, assim como dos restantes homens da trama, em especial o Mr. Hyde, que não era mostrado como uma pessoa feia (como tantos outros livros caem no erro de fazer; feio=mau - não funciona comigo), mas sim como uma pessoa cuja presença era horripilante e que deixava os outros desconfortáveis. No entanto senti falta de uma visão mais próxima do Dr. Jekyll, de forma a perceber realmente porque ele decidiu fazer as experiências que fez. As justificativas que nos são dadas, apesar de explicarem o caso, deixam ainda muito por esclarecer quanto aos motivos intrínsecos de uma decisão tão ... arriscada.
A prosa de Robert Louis Stevenson é muito acessível e directa, sem parecer ter muitos floreados, conseguindo ainda assim ser bastante formal e adequada à trama. Acredito também que isto seja devido em parte à tradução.
Em suma, este é um livro muito interessante, que mesmo para quem já conhece a história por detrás de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, poderá ser muito agradável. Pessoalmente gostei do tom de mistério que pontuava todas as páginas e fico com curiosidade em ler mais livros deste autor.
Tradução:
Um trabalho que me pareceu bem adequado ao estilo do autor, e que exceptuando alguns erros de tipografia, está muito profissional.
Capa, Design e Edição:
A capa nada diz sobre a trama, nem nada simboliza. No entanto dá ressalva ao título e ao autor, que na verdade falam por si mesmos.
O design interior é muito simples, mas deixa boas margens e o texto está correctamente formatado. A edição é bastante simples, mas julgo que pelo preço que foi valeu a pena. Lê-se bem, o papel apesar de mais fraco, aguenta bem e é uma edição que se pode levar para qualquer lado.
---- Links relacionados: Project Guttenberg - Goodreads - Audiobook -
Sinopse:
Nesta inquietante
história do médico e do monstro, que tem como pano de fundo as
investigações do advogado londrino Utterson ao enigmático relacionamento
entre o respeitado Dr. Jekyll e o repugnante Sr. Hyde, Stevenson
explora temas que lhe eram muito caros, como o da ambiguidade moral, da
dualidade da natureza humana e do conflito entre o bem e o mal.
Opinião:
Quem nunca ouviu falar de Dr. Jekyll e Mr. Hyde? Pois uma coisa julgo poder afirmar: quem não conhece terá muito mais gosto a ler este livro, já que o final certamente surpreenderá, mas em contrapartida para quem já sabe o desenlace, a trama perde um pouco de beleza. Não muita, convenha-se, pois tem uma escrita muito envolvente, mas sabendo à partida o mistério, o leitor nunca poderá apreciar na totalidade esta história (julgo eu).
O enredo em si é bastante complexo e está bem arquitectado para manter o suspense sempre presente. O mistério mantém-se escondido todo o tempo, mas ao mesmo tempo parece estar ao alcance de qualquer um (sem o estar, na realidade). Mesmo já sabendo eu a resolução, gostei muito da forma como o autor escolheu contar esta história, pela perspectiva de alguém que estava de fora, mas que ao mesmo tempo tinha os meios para descobrir a verdade.
As personagens centrais eram todas bastante interessantes e a caracterização do Mr. Utterson foi muito bem feita, assim como dos restantes homens da trama, em especial o Mr. Hyde, que não era mostrado como uma pessoa feia (como tantos outros livros caem no erro de fazer; feio=mau - não funciona comigo), mas sim como uma pessoa cuja presença era horripilante e que deixava os outros desconfortáveis. No entanto senti falta de uma visão mais próxima do Dr. Jekyll, de forma a perceber realmente porque ele decidiu fazer as experiências que fez. As justificativas que nos são dadas, apesar de explicarem o caso, deixam ainda muito por esclarecer quanto aos motivos intrínsecos de uma decisão tão ... arriscada.
A prosa de Robert Louis Stevenson é muito acessível e directa, sem parecer ter muitos floreados, conseguindo ainda assim ser bastante formal e adequada à trama. Acredito também que isto seja devido em parte à tradução.
Em suma, este é um livro muito interessante, que mesmo para quem já conhece a história por detrás de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, poderá ser muito agradável. Pessoalmente gostei do tom de mistério que pontuava todas as páginas e fico com curiosidade em ler mais livros deste autor.
Tradução:
Um trabalho que me pareceu bem adequado ao estilo do autor, e que exceptuando alguns erros de tipografia, está muito profissional.
Capa, Design e Edição:
A capa nada diz sobre a trama, nem nada simboliza. No entanto dá ressalva ao título e ao autor, que na verdade falam por si mesmos.
O design interior é muito simples, mas deixa boas margens e o texto está correctamente formatado. A edição é bastante simples, mas julgo que pelo preço que foi valeu a pena. Lê-se bem, o papel apesar de mais fraco, aguenta bem e é uma edição que se pode levar para qualquer lado.
---- Links relacionados: Project Guttenberg - Goodreads - Audiobook -
Subscrever:
Mensagens (Atom)