terça-feira, 27 de abril de 2010

Uma Bruxa em Apuros

"Uma Bruxa em Apuros (The Hollows 1)" de Kim Harrison (Saída de Emergência)

Sinopse:
Todas as criaturas da noite se juntam no "The Hollows" de Cincinnati, para se esconderem, para investigarem, para se divertirem ... e para se alimentarem.
Os vampiros são donos da noite num mundo com perigos para além da imaginação, onde um predador come o outro -- e é o trabalho de Rachel Morgan manter este mundo civilizado.
Uma bruxa caça-cabeças com muito sex-appeal e uma atitude a condizer, ela irá trazê-los de volta vivos, mortos ... ou mortos-vivos.

Opinião: 
Para começar, não se deixem enganar pela sinopse, que não tem NADA a ver com o livro. Não sei quem foi que fez a sinopse (eu traduzi do Inglês), mas devia estar sobre o efeito de algum agente perturbador do raciocínio, pois nada do que ali está dito tem a ver com o livro.

Bem, quanto ao que interessa, que é a estória do livro, posso dizer que comecei a lê-lo porque me tinha sido sugerido por uma companheira nas aventuras do NaNoWriMo, que já me tinha sugerido o Os guardiães da noite, por isso podem imaginar que tinha grandes expectativas, e qual não foi a minha supresa quando comecei a ficar farta do livro.
Confesso, custou-me imenso a terminar a leitura e só cheguei ao fim por pura tenacidade e esperança que as coisas melhorassem, mas chegada ao fim senti-me gorada.
Para começar, as descrições das personagens eram demasiado exaustivas, depois as próprias personagens eram irritantes, juro que para além do Jenks nenhuma se redimiu. A Rachel, personagem principal, parecia ter a atitude e mentalidade de uma adolescente e tudo o que ela fazia era estúpido e irracional. A Ivy, vampira de serviço, era possessiva, chata e não fez nada o livro todo. Como é que é possível a personagem mais forte do grupo não fazer nada? Os restantes personagens não foram melhores, mostrando-se todos extremamente bidimensionais e "sem sal".
Para além disto tivemos o relacionamento entre a Rachel e a Ivy, que desde o pricípio pareceu sem sentido e extramemente irrealista dentro da irrealidade que é o livro. A autora insistiu demasiado nisto e como tal saturou. Aliás, toda a situação que as uniu pareceu descabida, assim como tudo o que aconteceu ao longo do livro. Demasiadas coincidências e muito poucas explicações.
Houve uma altura em que pensei, não, rezei, para que uma personagem (não divulgo) fosse um espião e as traísse mas nem isso aconteceu, e o pior é que sem essa traição o enredo perdeu ainda mais.

Estou só a dizer o que tem de mal, não é?
Então o que teve de bom?
Para começar, toda a história com a tranformação da Rachel esteve interessante, à excepção de como os vilões agiram, mas bem ...
O Jenks também esteve fabuloso e adorei a personalidade dele, assim como de quase toda a sua família.
A ideia por detrás deste livro e de toda a saga também está interessante e a autora mostra-nos bem o mundo que imaginou, mas em certos momentos lembrou-me um pouco demais o Dresdem Files o que lhe tirou um pouco de graça.
Também teria gostado mais do Nick, não fosse ele ser demasiado conveniente para a estória (um mal de todas as personagens que não a Rachel).

Em suma, não foi um livro que surpreendeu nem que prendeu, com personagens sem personalidade e sem vilões dignos do nome ou algo de realmente original que o separe dos restantes do género, este livro chegou a aborrecer e por isso não pretendo ler os números seguintes da saga.

Capa (desconhecido): 
A capa é uma interpretação extremamente fiel da descrição que nos é dada da personagem principal, Rachel Morgan, por isso embora a pose seja muito cliché e não traga nada de novo, dou-lhe pontos pela fidelidade à imagem que autora transmite.


Nota 1: Li este livro em Inglês, cujo título é "Dead Witch Walking", e confesso, não acho muita piada ao título português.

Nota2: Este é o quinto livro que vou submeter como sendo para o Desafio Thriller & Suspense, já que se insere no género. 

sexta-feira, 23 de abril de 2010

::Conto:: Fangs for hire

"Fangs for hire" de Jenna Black, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Gemma Johanson é uma assassina por contrato e desta vez o seu trabalho é fazer desaparecer Ross Blackburn, que o enteado acusa de ter assassinado a sua mãe para ficar com a herança.

Opinião: 
Um conto que deu gosto ler, com uma história bastante simples e directa, mas carregada de sensualidade.
A ideia de vampiros bonzinhos que só matam os maus ou os que não querem mais viver, está um pouco gasta, mas mesmo assim não se torna chata nesta trama.
Confesso que não estava bem à espera da revelação sobre o Ross, mas gostei de todas as personagens, cada uma à sua maneira, e da forma como isto foi contado.
Entreteve bem!

::Conto:: Ode to Edvard Munch

"Ode to Edvard Munch" de Caitlin R. Kiernan da antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Um pianista encontra sempre a mesma mulher no mesmo banco do parque da cidade, e esta diz ser uma filha de Lilith.

Opinião: 
Com uma escrita convincente, certeira e com a dose certa de palavras, vemo-nos embrenhados na trama destes dois, sem  realmente ficarmos a compreender o que quer que seja, pois a ambiguidade dos dois não deixa que tal seja possível.
É possível sentir a atracção e até o carinho que têm um pelo o outro, uma espécie de relacionamento co-dependente que poderia tornar-lhes a vida miserável, mas que na verdade parece servir ambos na medida certa.
Em poucas páginas percebi que gosto destes dois e que queria saber mais sobre eles.

Leya Contos

"Leya Contos" de José Eduardo Agualusa, Mia Couto, Ondjaki, Inês Pedrosa, José Mário Silva, Patrícia Reis, Urbano Tavares Rodrigues, Manuel Alegre, Fernando Pinto do Amaral, Dulce Maria Cardoso e Mário de Carvalho

Sinopse:
Uma antologia que reúne pequenos contos de vários autores publicados pelas várias chancelas do Grupo Leya.


Opinião: 
Escrevi uma opinião distinta para cada conto, e podem lê-las aqui:
- Dois Homens de Dulce Maria Cardoso (6 valores);
- Castelos na areia de Fernando Pinto do Amaral (7 valores);
- Uma amor na cidade de Inês Pedrosa (9 valores);
- Nevermore de Manuel Alegre (5 valores);
- Le Bel Été de Urbano Tavares Rodrigues (4 valores);
- Eles não são como nós de José Eduardo Agualusa (6 valores);
- Atendedor de chamadas de José Mário Silva (7 valores);
- A espada japonesa de Mário de Carvalho (6 valores);
- Jangada para longe de Ondjaki (6 valores);
- O menino que escrevia versos de Mia Couto (9 valores);
- Fúria de Patrícia Reis (7 valores);


Edição: 
 Notei alguns erros que uma revisão deveria ter notado. Não foram muitos (um ou dois) mas num livro tão pequeno, não se justificam.

Capa (Rui Garrido) & Design: 
A capa está simples mas é muito eficaz e provoca um certo impacto. Gostei, porque gosto quando as coisas funcionam com uma simples fonte e um jogo de cores.
Já o design interior, está muito simples, sem nada a assinalar nem de bem nem de mau.

::Conto:: Fúria

"Fúria" de Patrícia Reis, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Um conto sentido, verdadeiro e estranhamente complacente.
Sinto pela personagem principal, odeio a sua fraqueza, na mesma medida que louvo a sua coragem, assim como acontece na realidade, um pouco. Só achei que faltava algo ao final, pois sabemos que, na verdade, aquilo nunca poderia terminar tão bem, e é como se cortassem a cena antes do mal vir.
Numa escrita que embrenha o leitor e flui muito bem.

::Conto:: O menino que escrevia versos

"O menino que escrevia versos" de Mia Couto, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Uma doçura de conto, que me aqueceu o coração. Como diz o título, este fala-nos de um menino que escrevia versos, uma grave enfermidade por sinal (de acordo com os familiares).
Com uma escrita fabulosa e consistente, nenhuma palavra foi mal pensada, e fiquei com muita vontade de ler algo mais do autor.

::Conto:: Jangada para longe

"Jangada para longe" de Ondjaki, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Um conto que mostra um pouco (muito pouco) da linguagem do autor, do qual já muito ouvi falar mas que até aqui não tinha ainda lido.
É uma estória que se lê como uma espécie de fábula, com palavras quase poéticas, que não cansam, mas que, talvez pelo tamanho reduzido do conto, também não me seduzem como esperado.
Será da expectativa alta? Possivelmente, no entanto este conto não deixa de ter algo de genuinamente rural e intemporal.

::Conto:: A espada japonesa

"A espada japonesa" de Mário de Carvalho, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Em estilo de antiga lenda japonesa, e com uma voz narrativa que relembra os tempos passados, este conto não chega a ser enfadonho, pois a escrita cativa, mas ao mesmo tempo não traz nada de novo e adivinhava-se, desde as primeiras linhas, a resolução deste conto. 
Talvez se tivesse algo que o fizesse sobressair realmente, tivesse então gostado muito mais deste pequeno texto, mas assim sendo relembra-me apenas o que adoro no folclore oriental, mas deixa-me com um sentido de dejà-vu que que me deixa algo insatisfeita mas não totalmente,

::Conto:: Atendedor de chamadas

"Atendedor de chamadas" de José Mário Silva, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Gosto muito de escritas que experimentam novas formas de expressar a narrativa. Este explora o atendedor de chamadas, como o título indica, e é através da mensagens gravadas neste aparelho que ficamos a saber algo sobre o Alfredo (médico e desaparecido), mas mais que isso ficamos a saber muito sobre quem o contacta, que acaba por falar mais de si e dos restantes, do que propriamente do Alfredo, que parece ter sumido do mapa, como já outras vezes se adivinha ter acontecido.
A única coisa que não apreciei, foi a forma como a Magda deu a notícia da morte de um outro personagem. Soou demasiado seca e insensível, quando na verdade ela sofreu bastante com a perda, como se sabe numa outra gravação a seguir.

A história conclui sem realmente se fechar e fá-lo de forma natural, deixando o leitor curioso, mas satisfeito.

::Conto:: Eles não são como nós

"Eles não são como nós" de José Eduardo Agualusa, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Este funciona bastante bem, com uma escrita fluída e personagens interessantes, apesar do início algo arrastado e insatisfatório, acabou por ter uma boa conclusão, embora a atitude das personagens parecesse inverossímil.
Ficou a curiosidade no ar para saber mais sobre este passado/futuro(?).

::Conto:: Le Bel Été

"Le Bel Été" de Urbano Tavares Rodrigues, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Um conto que teria funcionado bem melhor sem os floreados e descrições paisagísticas, temporais e históricas que massacraram muito a história de um casal.
Haveria outras formas mais leves e melhores para contar algo assim, sem fazer com que o leitor se perdesse na (pequeníssima) leitura e percebesse sobre o que afinal era o conto.
A forma da escrita não estava má, mas a narração, essa sim, estava cansativa.

::Conto:: Nevermore

"Nevermore" de Manuel Alegre, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Este conto tinha tudo para funcionar. O lirismo, a musica(lidade), as personagens, mas infelizmente não cativou, o que o tornou apenas num conto medíocre a almejar por algo mais.

::Conto:: Um amor na cidade

"Um amor na cidade" de Inês Pedrosa, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Uma escrita sinfónica que prende e cativa. Uma história intuitiva, explorada com mestria e que faz deste conto um dos melhores (ou mesmo o melhor) da antologia.
Em poucos parágrafos conhecemos as personagens e aquilo que as uniu, assim como o que acabou por as separar, numa cidade de Lisboa descrita numa escrita que ressoa no ouvido e na mente.

::Conto:: Castelos na areia

"Castelos na areia" de Fernando Pinto do Amaral, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
Este conto cumpriu o seu objectivo e no fim deixou-me a pensar sobre o destino de Hans Protsak, ou melhor, sobre a falta dele.
Bem desenvolvido e sem palavras excessivas.

::Conto:: Dois Homens

"Dois Homens" de Dulce Maria Cardoso, na antologia "Leya Contos"

Opinião: 
 O mini-conto funcionou bem e conseguiu mostrar alguma profundidade na relação entre as personagens, mas pecou nos (poucos) diálogos e no uso do "Pai" e "Filho" que repetia em demasia, embora a escolha de não usar nomes tenha sido a possivelmente a mais acertada.

::Conto:: Fade to Black

"Fade to black" de Sherry Erwin da antologia "The Mammoth book of Vampire romance" (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Miranda, uma professora universitária, cansada da sua vida sem sentido e coberta de dívidas, deixa-se ser transformada pelo seu aluno, Connor. Mas na noite em que se transforma em vampira, os dois são raptados.


Opinião: 
Este primeiro conto da antologia The Mamoth Book of Vampire Romance peca desde o início, pela escrita sem força, pelas personagens sem espírito e os diálogos previsíveis, assim como a estória que não prende e muito menos surpreende.
Tudo piora com a desajeitada forma como a autora nos conta o passado das personagens, especialmente das mais velhas. Nada sobressaí e parece tudo muito desprovido de verdadeiro sentimento, ou sequer de necessidade narrativa.
Tudo se resolve de forma arcaica, nada é explicado claramente, limitando-se a dar a desculpa do "não sei porque fiz isto, mas fí-lo", o que poderia ser bom se fizesse algum sentido, mas isto não acontece e a leitura torna-se aborrecida e insípida

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

23 de Abril é o Dia Mundial do Livro e como tal não poderia deixar passar a data em branco. Certo, certo, é que queria ter terminado a leitura dos livros que tenho em mão, especialmente para este dia, mas como tenho andado atarefada, não sobrou tempo para concluir essas leituras, por isso o máximo que vou fazer hoje é mesmo deixar aqui umas notas sobre alguns contos que li recentemente.
Podia divagar sobre os livros que mudaram a minha vida, ou sobre as minhas leituras favoritas, mas confesso que não me sinto confiante para fazer tais afirmações, sendo que ainda sou uma leitora bastante verde e por isso não tenho o traquejo ou experiência literária suficiente para fazer algo dessa magnitude sentimental. Já para não falar que mudo de ideias como quem muda de camisa/blusa.
Por isso, hoje vão haver aqui uns quantos posts solitários e pequenos sobre uns outros quantos contos e talvez sobre uma novela gráfica (quem sabe?).

Entretanto desfrutem do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor.
E por falar em Direitos de Autor, por favor respeitem todo o trabalho dos outros, nunca usem textos que não são vossos, sem dar o devido crédito, ou imagens, como acontece muitas vezes por essa web fora. Eu coloco aqui as capas dos livros, e confesso que grande parte das vezes não dou crédito ao artista, não por falta de vontade, mas por não saber quem este/a é. Mas o que eu não faço é usar algo feito pelos outros e dizer que é meu. Isso nunca fiz, nem nunca pretendo fazer, até porque como artista e escritora (amadora em ambos casos, para já) estaria a ser hipócrita ao fazê-lo.
A divulgação, suponho que seja bem vinda por todo o tipo de artistas, e parece-me que deixar uma nota a dizer que texto tal é de autor tal, ou desenho tal é de artista tal, não custa nada fazer.

E fica já aqui a promessa que me esforçarei mais por pesquisar sobre os artistas das capas de livros que publico aqui, porque eles merecem ser também reconhecidos pelo seu trabalho.


Posso também dizer que farei tudo o que estiver ao meu alcance para terminar de ler "Dead Witch Walking" de Kim Harrison, e "A Casa dos espíritos" de Isabel Allende, antes do final da semana que vem. Não! Tenho mesmo de terminar, é que tenho tido tão pouco tempo para ler, com o ScriptFrenzy, o Workshop de Cinema de Animação, e a Feira do Livro da APACI, que nem sei como vou conseguir esta proeza, mas vou dar o meu melhor. Afinal não se admite que esteja há um mês a ler estes dois livros e ainda não tenha terminado nenhum este mês.

Mas em frente.
Um bom dia Mundial do Livro para todos!

domingo, 18 de abril de 2010

Mistério em Connellsville - Divulgação

A pedido da autora, e como é sempre bom promover novos autores portugueses, aqui fica a informação relativa ao livro desta jovem autora, que promete.

Título: Mistério em Connellsville
Autor: Beatriz Neves Barroca
Biografia do Autor: Maria Beatriz Afonso Neves Barroca nasceu no dia 7 de Maio de 1993, na cidade da Guarda. Actualmente reside em Tomar e estuda no 11º ano do curso de Línguas e Humanidades na Escola Secundária com 3º ciclo de Santa Maria do Olival. Desde cedo, a leitura e escrita foram companheiros inseparáveis nos seus tempos livres. O sonho de escrever um livro vinha de longe e pôde concretizar-se agora. Para além da leitura e da escrita, a música, o cinema e o teatro são outras das suas paixões. Mistério em Connellsville, escrito durante o Verão de 2009, surge em parte pelo fascínio que a autora sente pela atmosfera enigmática daquela zona dos Estados Unidos da América.
Editora: Papiro Editora
Edição: Dezembro de 2009

O livro relata a história de uma rapariga, Magnólia, que vivia em S. Francisco, na Califórnia e se muda para a Pensilvânia, Connellsville. Lá, ela depara-se com estranhos desaparecimentos de raparigas da sua escola e começa a investigar.

Sinopse: "Acordei agitada e minutos depois o despertador tocou. Tinha tido um pesadelo. Sonhei que estava na escola vazia e que um homem encapuzado levava uma rapariga. Eu via-os mas eles não me viam a mim. Era como se fosse um filme. "Andas demasiado envolvida neste assunto..." pensei, censurando-me. (...) Esboçámos um aceno e fomos para o carro. Abri a porta e sentei-me no banco. Estremeci e a memória do sonho dessa noite assaltou-me com um flash."

Preço: 11€

Onde é que o livro pode ser adquirido? Em qualquer livraria e no site https://www.buknet.pt/

Consultem também o blog do livro. 

Apresentação do livro na Guarda, a 22 de Maio.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Compras 16


 Esta semana passei no quiosque do costume para comprar estes dois clássico que vinham com o Público:
- Odisseia de Homero (ou  Hómēros, como é o nome verdadeiro (como fui alertada pelo Luirs R.));
- O Príncipe, de Maquiavel (ou Niccolò Machiavelli como é o nome verdadeiro deste político italiano).

E com isto tudo pergunto-me porque é que antigamente traduziam os nomes dos autores (o mesmo aconteceu com o Júlio Verne, cujo nome é Jules Verne).
Ainda bem que hoje em dia já não fazem isto, mas como o povo português está habituado a estes nomes traduzidos, para os clássicos já não há quem use os nomes verdadeiros e faz-me uma confusão! Primeiro que percebesse (no goodreads) que o Maquiavel era o Niccolò Machiavelli, foi um trinta e um (se é que me entendem).

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Compras 15 Ofertas 5

Muito menos do que na semana anterior, mas ainda assim são três dois livros.
Edição dupla:
- Pela Sombra Morrerão, de Carla Ribeiro
- Golfinho de Júpiter, de Mary Rosenblum

Ganho no passatempo da Ana T.:
- Dark Celebration, de Christine Feehan

Obrigada Ana!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Vida na Porta do Frigorífico

"A Vida na Porta do Frigorífico" de Alice Kuipers (Editorial Presença)

Sinopse:
Claire e a sua mãe vivem na mesma casa, mas, para todos os efeitos, é como se vivessem em planetas diferentes. As duas raramente se cruzam, e a porta do frigorífico acaba por se tornar a plataforma de contacto onde deixam recados uma à outra e se vão mantendo informadas acerca dos acontecimentos das suas vidas. Mas um dia Claire depara-se com um recado diferente do habitual, e a partir daí terá de lutar contra a distância que as separa e contra o tempo que se esgota… 



Opinião: 
Quando recebi este livro pelo correio, na quinta-feira, abri-o (como faço sempre) para dar uma espreitadela lá para dentro. Fiquei muito surpreendida ao notar que a maioria das páginas estavam quase nuas, mas percebi o porque desta opção da autora, é que o livro é escrito sob a forma de pequenas mensagens em post-its (ou semelhantes) deixados na porta do frigorífico.
É impressionante como a autora consegue transmitir tanto em apenas algumas palavras. Confesso que chorei  (bastante) com este livro, que toca bem no fundo de qualquer mãe ou filha (como é o meu caso).

Embora nunca nos sejam descritas as personagens ou o seu ambiente, é como se pudéssemos vê-las a andar pela casa, a tentarem manter-se em contacto apesar de mal se verem, a pedirem desculpas por papel, não tendo a coragem de o fazer cara-a-cara. Acho que este tipo de situações é muito realista (e até um nível, assustadora) na medida em que, hoje em dia, os pais parecem ter cada vez menos tempo para os filhos, e vice-versa, já para não mencionar que muita gente acha mais fácil a comunicação impessoal, como os sms, os emails, etc.
Esta extraordinária história de uma mãe e de uma filha, do seu relacionamento e de algo que mudará a vida de ambas para sempre, é ternurenta, viva e estranhamente realista (o final que chega sem aviso, mas ainda assim mostra como é a vida).
Chegada ao fim, tive vontade de abraçar a minha mãe (coisa que fiz).

Este livro, li-o em pouco mais de uma hora e meia, mas garanto que marcou, pela sua simplicidade e porque a autora teve a mestria para contar algo assim da forma que fez.

Recomendadíssimo!


Tradução (Rita Graña): 
Houve apenas um ou outro momento em que reparei algumas construções frásicas estranhas, mas não foi nada que incomodasse demasiado. De resto não tenho nada a apontar.

Capa & Design: 
A capa, a meu ver, está muito gira. Cheia de cor, e mostra bem sobre o que é o livro. Só não acho muita graça a colocarem as opiniões na capa. Como já alguém disse (não me lembro quem): Afinal para que é a contra-capa, se não para isso e para o resumo? Mas bem, esta já é uma questão de marketing.
O design interior, esse sim me deixou desapontada. Achei que este livro foi um autêntico desperdício de papel. Para um livro em que a maioria das páginas tem entre uma a vinte linhas, é assustador pensar em todo o papel que fica desperdiçado. Fez-me imensa impressão. Acho que tinham ganho mais em fazer uma edição com o livro mais pequeno, porque afinal não é necessário um tamanho daqueles.
De resto, o design interior é simples, sem nada de excepcional.

P.S.: A partir de agora vou tentar dar sempre uma opinião sobre a tradução (no caso de a haver) e/ou edição, e também da capa e design.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sunshine

"Sunshine" de Robin McKinley (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Não se ouvia falar de problemas no lago à anos, e a Sunshine só queria um sítio onde pudesse estar só, com os seus pensamentos. Os vampiros eram a última coisa no seu pensamento.
Até eles a encontrarem.

Opinião: 
Há procura de algo diferente na literatura vampírica, escolhi este livro por ter lido inúmeras críticas fantásticas sobre o mesmo, e sendo um stand-alone ainda me captou mais a tenção, já que ultimamente as sagas parecem estar muito em voga.
Posso já dizer que, a única razão porque demorei um mês e meio a ler este livro, foi pelo facto de o ter lido em formato ebook, e de nos últimos tempos não ter tido tempo quase nenhum para ler neste formato (nem nos outros...) e sei que poderia ter desfrutado ainda mais deste livro se o tivesse lido de uma rajada, mas adiante ...

A primeira coisa a notar neste livro é a voz narrativa única e incomparável da protagonista, Sunshine (ou Rae), parece-me que neste caso, ou se ama ou se odeia a narração, não deve haver meio termo. Consegui identificar-me com ela porque o meu cérebro é mais ou menos como o dela, nunca pára, nem por um segundo, e lembra-se das coisas mais improváveis nos momentos menos oportunos. É assim que Sunshine está escrito, como a mente confusa, dispersa e ao mesmo tempo brilhante de uma mulher (Sunshine) que a pouco e pouco nos desvenda um mundo cheio de surpresas.
Mais do que um livro sobre vampiros, esta é uma fantástica Fantasia Urbana, com um mundo criado e pensado ao pormenor, com os detalhes mais deliciosos (were-chiken!!!) e as surpresas mais inteligentes. Confesso que gostava de ter visto mais deste mundo, mais destas personagens que aprendemos a conhecer intimamente, a adorar, odiar ou temer, em quantidades iguais e na dose certa, sempre na dose certa.
Mas, no meio de todo este mundo fantástico, de todas as criaturas que são mencionadas e explicadas pela mente hiperactiva da Sunshine, existe ainda um mundo normal, tão normal que não podemos evitar reconhecê-lo e amá-lo por tudo o que traz de "normal".

Com personagens detalhadas, vivamente descritas e exploradas, com uma história que se desenrola a bom passo e que cativa, uma protagonista realista, que não tem medo de mostrar os seus receios e que age com "normalidade" dentro da sua "anormalidade", é impossível não gostar de ler este livro. Há muito mais para ser explorado neste mundo, e já ouvi por aí um rumor de que a autora está a pensar escrever uma sequela, mas fica já o aviso que este livro se lê perfeitamente sozinho e o final é dos que eu gosto: Ata as pontas soltas, mas deixa muito para a imaginação do leitor. Não há finais "felizes para sempre", porque isso é para os contos-de-fadas.

Os únicos pontos fracos, que a mim não me incomodaram muito, foram por vezes as divagações da Sunshine, que pareciam despropositadas, mas que no fundo nos mostravam exactamente o que era a vida dela, e no fundo o livro é sobre ela. Como disse, isto não me incomdou muito. Outra coisa menos positiva foi a crença dos SOF na história que ela contou, mas tendo em conta que o final fia em aberto, pode ser que eles depois tenham desconfiado, e por isso também não me aborreceu este pormenor.

Em suma, este é um livro delicioso, que se lê muito bem, sem nunca chegar a ser chato, com acção, mistério, romance, magia e vampiros à mistura. Construindo um mundo cheio de pormenores, com as criaturas mais fantásticas e as personagens mais intrigantes à mistura.Vou com certeza relê-lo um destes dias, quando tiver em formato papel. Quem sabe não será editado em português (pois ... sonha)?
Recomendo!

Nota: Este é o quarto que vou submeter como sendo para o Desafio Thriller & Suspense, já que se insere no género.

Compras 14 & Ofertas 4

Visitas ao quiosque, aproveitamento de promoções e outros que tal, acabam numa lista deste tamanho, que me dá cabo da carteira:

- LadyHawke de Joan D. Vinge;
- Os livros que devoraram o meu Pai de Afonso Cruz;
- Utopia de Thomas More (Jornal Público);
- Se eu ficar de Gayle Forman;

- Leya Contos de José Eduardo Agualusa, Mia Couto, Ondjaki, Inês Pedrosa, José Mário Silva, Patrícia Reis, Urbano Tavares Rodrigues, Manuel Alegre, Fernando Pinto Do Amaral, Dulce Maria Cardoso e Mário de Carvalho (junto com o Jornal de Letras);
- O rapaz que falava com o Diabo de Justin Evans;
- A vida na porta do frigorífico de Alice Kuipers;
- A idade de Ouro de John C. Wright;
- Os Guardiães do Dia de Serguei Lukiánenko e Vladímir Vassíliev.

E cada vez mais noto que compro muitos livros da Presença. Uma pena que os livros deles sejam puxados no preço. :(

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