"Death Masks (Dresden Files 5)", de Jim Butcher (ainda não publicado em Portugal)
Sinopse (inglês):
Harry Dresden, Chicago's
only practicing professional wizard, should be happy that business is
pretty good for a change. But now he's getting more than he bargained
for.
A duel with the Red Court of Vampires' champion, who must kill Harry to end the war between vampires and wizards...
Professional hit men using Harry for target practice...
The missing Shroud of Turin...
A handless and headless corpse the Chicago police need identified...
Not
to mention the return of Harry's ex-girlfriend Susan, who's still
struggling with her semivampiric nature. And who seems to have a new man
in her life.
Some days, it just doesn't pay to get out of bed. No matter how much you're charging.
Opinião (audiolivro):
The Dresden Files foi a única série de fantasia urbana, até agora, que me interessou logo desde o primeiro volume. Muito disto é culpa do protagonista: Harry Dresden, que tem uma personalidade fácil de gostar e além disso não é um daqueles heróis que consegue fazer tudo sozinho, ou que é todo poderoso. Ele leva porrada e precisa quase sempre de ajuda para se safar das situações em que acaba metido.
Nada disto mudou nos livros subsequentes, no entanto, por alguma razão, eu já não acho que o Dresden seja tão interessante.
Mas vamos por partes: a história, como o autor já nos vem habituando, é complexa, com uma boa dose de imprevisibilidade e cheia de cenas emotivas e intensas. Adorei a ideia de usar as moedas usadas para pagar Judas como um veículo para, lentamente, transformar as pessoas em demónios. Ideia bem aproveitada e muito interessante!
Do que não gostei foram certas decisões narrativas, especialmente porque em certos momentos o autor abusa dos esterótipos, e até mesmo do estilo pulp-fiction que é bastante característico desta série e deste protagonista. Refiro-me especialmente ao facto de haver sempre pelo menos uma mulher em perigo, mesmo quando essa mulher, em circunstâncias normais, daria porrada a quem se metesse com ela. O que acontece é que acabam sempre por precisar da ajuda do Dresden e ele está sempre lá para elas. Porque não salvar um homem para variar?
Isto adicionado a um certo machismo do Dresden, irrita-me, enquanto leitora e enquanto mulher. Especialmente porque até nas situações mais grotescas o Dresden tira tempo para prestar atenção às formas curvilíneas das mulheres. Em momentos tudo menos apropriados! E sim, eu percebo que ele é homem, mas há dia e hora para tudo.
As personagens, como já vem sendo habitual, são muitas, mas não demasiadas ao ponto de não haver tempo para as conhecer a todas. O autor consegue dar-lhe vida e personalidade. Isto, contudo, não se aplica tanto aos vilões, infelizmente. O que acaba por ser o 'tendão de Aquiles' deste livro. Queria saber mais sobre eles! Queria saber o que os motiva. E embora tenha quase a certeza que eles voltarão a aparecer em futuros livros, achei que neste ficaram demasiadas perguntas por responder.
As personagens que se destacaram foram a Susan (Wow! Adoro o que o autor fez com ela.) e o Shiiro, que foi das personagens mais credíveis do livro.
A escrita do autor mantém-se coesa, muito acessível, bastante descritiva e rica em pormenores (demais até, pelo menos quando começa a descrever as mulheres). Felizmente o sexismo não transparece na maior parte do livro.
Em suma, Death Masks foi mais uma aventura intensa, embora uma ou duas cenas mais chauvinistas me tivessem feito revirar os olhos. O que acontece é que acho que li/ouvi este livro na altura errada. Há que estar na fase certa para desfrutar do livro certo, e este não foi o momento certo. Ainda assim o livro tem suficientes pontos bons para que não o tivesse detestado. Adorei as ideias e as personagens!
Narração (James Marsters):
Quem viu Buffy - A Caçadora de Vampiros, reconhecerá certamente a voz deste senhor, e esta funciona muito bem nestas aventuras do detective do sobrenatural, Harry Dresden.
A sua ginástica vocal foi suficiente para dar vida a homens e mulheres e, apesar de não ser a sua melhora narração, foi competente o suficiente para ser apreciada.
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