domingo, 10 de fevereiro de 2013

Incidente no Ártico

"Incidente no Ártico (Artemis Fowl 2)", de Eoin Colfer (Editora Vogais)

Sinopse:
Artemis Fowl, com apenas 13 anos, é o maior génio criminoso de sempre, responsável por todos os grandes golpes da década. Neste segundo volume, recheado de enigmas e muita ação, Artemis Fowl está a ser perseguido por fadas. A Máfia Russa tem o seu pai preso no Círculo Polar Ártico e exige um resgate.
Protegido por Butler, o seu fiel guarda-costas, Artemis lança-se em seu auxílio, mas acaba detido pela destemida capitã Holly Schort. É nessa altura que Artemis percebe que até o mais malévolo dos génios precisa, por vezes, de ajuda.


Opinião (audiolivro):
Artemis Fowl será a única saga onde eu suporto e até acho plausível, existir uma personagem cujo 'poder' consiste em comer terra para escavar túneis e (atenção que vem aí linguagem nojenta) cagar a dita terra e dar peidos que projectam os inimigos pelo ar. Eu sei, a ideia parece ridícula! Eu pensei o mesmo quando o li no primeiro livro mas, acreditem que Eoin Colfer faz com que funcione. Por mais bizarro que possa parecer.
E agora que tenho a vossa atenção, vamos ao que interessa. Hehe!

Depois dos acontecimentos anteriores, neste livro vemos um outro lado de Artemis Fowl: um lado mais humano, mais vulnerável, mas não menos inteligente. Pela primeira vez, Artemis irá ajudar as fadas e em troca receberá a ajuda daqueles que tramou no volume anterior.
A história deste livro pareceu-me mais interessante que a do primeiro, na medida em que é mais humana, mais motivada e um pouco mais plausível (tirando o facto de os raptores demorarem dois anos a pedir resgate pelo pai dele). Gostei particularmente de todo o desenvolvimento das personagens, em especial do Artemis. Por outro lado achei que os vilões do lado das fadas não foram bem usados, que lhes faltava alguma coerência e menos imbecilidade. Para vilões capazes e arquitectar planos tão perfeitos, conseguiam ser muito burros. Já do lado dos humanos, apesar de um pouco esterotipados, os vilões pareceram-me mais credíveis. Claro que certos acontecimentos pareceram um pouco coincidência a mais, mas nunca de forma a que o leitor se sentisse gozado.

A escrita do autor voltou a agradar-me. Não é que seja excepcional mas, repito, este é o tipo de livro que eu daria a um adolescente na casa dos 12 anos, e que tenho a certeza que ele iria gostar (talvez até mesmo as raparigas). Mas eu, enquanto adulta, não me diverti menos por isso. A trama está bem enredada, as personagens são muito diversas e interessantes de seguir, a escrita é acessível e toda a história é pura diversão.

Em suma, foi mais uma divertida aventura na companhia de Artemis, Buttler, Holly, Commander Root e Foaly. Estou a gostar mais disto do que supunha, não que seja uma obra fenomenal, mas é uma saga que entretém e que não se leva demasiado a sério.

Narrador (Nathaniel Parker):
Mais uma vez, Nathaniel Parker, fez um excelente trabalho na gravação deste audiolivro. A ginástica da sua voz, os sotaques, tudo estava perfeito. Muito bom, mesmo! Se todos os audiolivros fossem assim, eu era uma audioleitora feliz.

4 comentários:

  1. Nã, não é nada o meu género.
    Bom resto de domingo.

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  2. Ana,
    depois de ler esta tua opinião e ficar a saber que existe um ente que come e caga terra e destrói inimigos com peidos não posso parar de rir! Imagino que esta seja uma leitura divertida.
    Boas leituras!

    :)

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    Respostas
    1. André, então imagina estar a ler sobre dita personagem, é em igual dose nojento e hilariante. Desfiz-me em risos! Hehe!

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