segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

As Atribulações de Jacques Bonhomme

"As Atribulações de Jacques Bonhomme", de Telmo Marçal (Edições Gailivro)

Sinopse:
O primeiro contacto com a prosa eficiente e económica, directa, de Telmo Marçal introduz-nos de, forma imediata, nas regras do mundo em que viemos cair: Estamos realmente na jaula da fera encurralada, mas eis que, afinal, somos nós essa fera.
(…) Há, no entanto, um motivo legítimo para entrarmos assim incautos: não temos por hábito encontrar este tipo de prosa esta forma de pensarmos o mundo, na nossa literatura portuguesa.
(…) Somos perfeitos na caricatura mordaz. Mas quando se trata de construir mundos racionais, ainda que fechados e claustrofóbicos como os que aqui encontrarão, de imaginar uma alternativa ao nosso presente ou mesmo ao passado histórico idolatrado por este povo (ainda que não passe de uma versão expurgada dos pecados cometidos), quando, afinal, nos negam o romance das coisas não temos grande experiência… A nossa ficção científica, quando se manifesta, apropria-se normalmente de universos alheios que encontrara nas leituras dos romances estrangeiros; quando em raras ocasiões se aventura no caminho da especulação social, fá-lo timidamente ou assente em abordagens subjectivas ou puramente pessoais.
(…) em Telmo Marçal a opressão é total, implacável, e não há forma de escapar à intensidade ao que o momento presente nos impede de olhar para o futuro e nos força a sobreviver, a não ser pela ocasional ironia.

Opinião:
Este livro é uma antologia de contos do autor, por isso antes de tudo fica uma opinião separada de cada uma das histórias curtas.

Os virtuosos
Está aqui a prova que em poucas palavras se podem mostrar personagens tão reconhecíveis quanto originais. Usando de estereótipos e de sarcasmo literário, é-nos contada uma história aparentemente simples, através da vida das mais diversas personagens.
Um excelente início para a antologia.

O paciente
A forma como nos foi apresentado o sistema dos hospitais, foi bastante efectiva e a visão do contraste a meio do conto, fez-me rir por mostrar que, quando habituados ao pior, se enfrentarmos logo melhor a nossa primeira reacção é estranhar e até rejeitar. O autor conseguiu mostrar bem alguns dos pilares da sociedade que apresenta, em poucas palavras.

O pico de Hubert
Gostei muito das histórias individuais, mas faltou-lhes algo. No geral não foi tão bom conto como os anteriores, talvez pela frontalidade narrativa.

O desbocado
Todos os contos do livro tê uma forte 'crítica' social, mas talvez este seja o mais directo. É impossível não reconhecer neste uma verdade da politica (quer nacional, quer internacional). Dá que pensar.

A saga do homem cavalo
Uma história brilhante cujo final não podia ser mais perfeito. Afinal, um cão açoitado dificilmente se afastará da casa dos donos quando a corrente se quebra e a liberdade está ao alcançar de uma 'pata'.

A amizade
Não foi dos meus favoritos, talvez por parecer, em momentos, divagar um pouco, mas não deixou de ser uma boa leitura com uma personagem central bem explorada e um fim mais que merecedor.

Os cofres de Kalvbard
Uma história inteligente e perpicaz, mas cuja primeira parte não encaixa com as restantes, parecendo 'saída do nada' e sem grande impacto no resto da história (apesar de, autonomamente, ser interessante).

Eu sou um carrasco
Apesar de ter gostado da voz narrativa, achei a história em si um pouco fraca, apesar de curiosa e, mais uma vez, com um final merecedor.

Um homem de carreira
Com uma boa sequência de acções, temos uma história muito curiosa e mais uma vez certeira na sua 'crítica'. O final deixou-me um pouco intrigada, mas foi satisfatório.

Reconversão de excedentes
Apesar de a trama ser interessante e o desenrolar das cenas ser mais que bem conseguido, o fim não me soou tão verossímil como os restantes. Daí que apesar de bom, este conto deixou um pouco a desejar no final (para mim, talvez a outros agrade).

Homem das cavernas
As descrições do sistema das cavernas esteve bastante bem conseguido, mas as personagens não me chamaram tanto como outras e a história foi um pouco fraca, muito por culpa da pressa em que nos é contada. Um conto mais longo teria talvez funcionado um pouco melhor.

Herói da causa
Este conto, mais do que os outro, pareceu misturar um pouco de toda a informação que os anteriores tinham providenciado. nesse aspecto foi bastante bem conseguido, mas em termos de personagens nenhuma se sobressaiu, de tal forma que a certa altura as confundia todas (até porque alguns nomes eram bastante parecidos) e nem eram assim tantas. No entanto, mais uma vez temos um fim brilhante!


Em suma, gostei bastante desta antologia e terei todo o gosto em seguir outras publicações do autor.No entanto tenho de dizer que, a partir do meio do livro, algo me começou a incomodar: O autor usa o mesmo 'tom' em todas as histórias, quase sem fazer grande diferenciação entre as personagens ou a própria história enquanto 'voz'. Daí que, ao fim de alguns contos a prosa se torne um pouco monótona e previsível. Certamente se tivesse lido os contos esporadicamente isto não me afectaria, mas lido seguido isto nota-se e torna-se restrictivo, especialmente quando o autor consegue brilhar no seu 'sarcasmo' e especialmente nos seus finais.
Outra coisa que não gostei particularmente foi o uso de palavras e coloquialismos que, vistas num cenário de ficção científica futurista, simplesmente não encaixam. As expressões mudam com o tempo, especialmente as mais 'banais' quase da gíria popular, por isso é difícil 'acreditar' que num cenário como o que nos é apresentado, as personagens usassem certas expressões correntes.

Fora isto é um bom livro e aconselho os fãs de ficção científica a lê-lo e mesmo os que olham para o género 'de canto' talvez seja uma boa aposta, sendo que os temas aqui retratados são bastante actuais (ou poder-se-á dizer intemporais)

Capa, Design  Edição:
Quando vi a capa pela primeira vez, gostei bastante e continuo a gostar mas agora que li o livro não sei até que ponto se encaixa bem na antologia. Não que não faça sentido, mas havia tanto a explorar no mundo que o autor nos apresenta, que esta capa parece ... pouco.
O design interior é singelo mas eficaz, sem nada de gritante a apontar. a edição também parece competente, embora logo nas primeiras páginas tenha um pequeno erro.

Nota: Este livro foi-me emprestado pela Ana Ferreira. Obrigada!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Clube de Leitura de Braga

Alguns de vocês já devem ter tomado conhecimento de alguns dos clubes de leitura que a Bertrand vai abrir este ano, um pouco por todo  país. Acontece que eu, o Ângelo Marques e o Manuel Cardoso fomos convidados a 'gerir' um Clube de Leitura de Braga.
Cada mês uma leitura diferente, sem género definido (escolhido por um de nós três, à vez).

A primeira sessão acontece no dia 21 de Abril, às 15 horas na Bertrand da Avenida da Liberdade em Braga.
O livro escolhido para a primeira leitura foi "O Heróico Major Fangueira Fagundes" de Luís Novais.


Mais informações e inscrições no site do Clube de Leitura Bertrand.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Valérian e Laureline

"Valérian e Laureline 19 + 21" de by Pierre Christin e Jean-Claude Mézières (Edições ASA - Colecção Os Incontornáveis da BD do Público nº1)

Sinopse:
Este volume inclui as histórias: "Nas Imediações do Grande Nada (19)" e "O AbreTempo (21)"

Opinião (História):
A primeira história, "Nas imediações do Grande Nada" é fácil de assimilar, mesmo para o leitor desconhecedor da história desta BD (aconselha-se a leitura das notas introdutórias). Foi fácil conhecer um pouco dos protagonistas pois de forma activa e nada forçada, foram-nos mostradas várias coisas sobre eles. O enredo em si também é bastante interessante e bem aproveitado. Sem muita acção consegue ser dinâmico e interessante, abrindo caminho para o que prometia ser uma grande aventura.
Em contraste a segunda história, "O AbreTempo" é quase impossível de assimilar. Não faz sentido nenhum publicarem o nº19 e depois em conjunto o 21. Que é feito do 20? (eu sei que foi publicado anteriormente, mas está fora de circulação, como é que o leitor comum pode seguir a história?). É impossível o leitor não se perder no meio da imensidão de acontecimentos e desfechos que sucedem nesta segunda parte, onde quase tudo parece ser consequência do tal 'desaparecido' nº20. Apesar de ter gostado do final, o climax perdeu-se pela falta de informação.
Eu compreendo que quisessem desta forma fechar a BD para quem já era seguidor (quando há anos a publicaram em Portugal), mas e os outros? Os que, como eu, compraram esta BD para terem uma primeira abordagem a "Valérian e Laurelin"? Como ficamos?

Ou seja, a primeira história é muito boa e dá vontade de saber mais sobre as aventuras destes dois, mas a segunda história é confusa e desapontante para os que anteriormente não tenham lido o nº20 (e possivelmente do nº1 ao 18)

Opinião (Arte):
Nunca tive grande contacto com a arte europeia. Não porque a ache menor (bem pelo contrário), mas porque as oportunidades não surgiram tão numerosas como com para a arte americana ou mesmo a oriental.
"Valérian e Laureline" mantêm-se no estilo que vim a 'reconhecer' como europeu e que, pessoalmente, gosto muito. As personagens são mais ou menos estilizadas mas bastante realistas (contraditório, mas verdadeiro), agora os fundos ... lindos! Gostei muito da arte de Jean-Claude Mézières e as cores de E. Tranlé só lhe deram mais vida. Os cenários de ficção científica futurista estão excelentes e mesmo as expressões (tanto faciais como corporais) das personagens estão muito boas.

Em combinação com a história, este primeiro volume dos "Incontornáveis da BD" deixou-me com muita vontade de ler mais aventuras de "Valérian e Laureline". Só gostava que não tivessem feito o que fizeram com a publicação de números distanciados. Ai, ai ...


domingo, 12 de fevereiro de 2012

A Vingança do Lobo

"A Vingança do Lobo (Crónicas Obscuras 1), de Vitor Frazão (Chiado Editora)

Sinopse:
No Parque Nacional de Olympic, sobre um crepúsculo enublado, dois campistas são atacados. Dias depois, em pleno Parque Central de Nova York, três corpos aparecem mutilados, alimentando a imaginação dos media. O que eles não sabem é que ambos os crimes são mais do que aparentam. Dez anos após ter desertado do seu clã, Lance "Meia-Raça" Fenrison, um lobisomem híbrido, volta à cidade Nova York para se vingar do homem que lhe matou a mulher e a filha. No outro lado do espectro está Isabel Martínez, uma agente da polícia, que ao encontrar-se acidental com Lance é atirada de cabeça para uma realidade que nem sonhara existir, levando-a a duvidar da própria sanidade. O mero regresso de Lance à Grande Maçã acaba por ter mais repercussões do que este poderia imaginar e, sem dar por isso, o licantropo vê-se alvo não só dos Obliteradores, uma sociedade dedicada ao extermínio de todas as criaturas paranormais, como do seu próprio clã. Vale-lhe uma inesperada e invulgar aliada, Eleanora "Lâmina Sangrenta" Reeve, uma vampira atípica, que tem uma única e ambiciosa missão: unir todas as divergentes espécies de Ocultos, o nome colectivo dados aos seres sobrenaturais, contra os Obliteradores que insistem em caçá-los. Uma obra com sentimentos profundos, quem sabe apaixonante para quem lê. Palavras de Amor são um capítulo de uma vida... Obliteradores obcecados e inflexíveis; lobisomens belicosos e tribalistas; vampiros inteligentes e intriguistas; feiticeiros poderosos e vulgares humanos que vivem as suas vidas, ignorando que em plena Nova York do século XXI o sobrenatural continua tão forte como em qualquer supersticioso e atrasado canto do mundo medieval.

Opinião:
Demorei quase um mês a ler este livro, mas não porque ele seja chato ou moroso, bem pelo contrário. O problema foi mesmo a falta de tempo para ler e o facto de que quando lia estava cansada demais para conseguir ver mais que dois capítulos.
Mas falando no livro, este primeiro volume, do que promete ser uma saga, apresenta-nos um mundo onde os Ocultos (seres sobrenaturais) vivem entre os humanos sem que estes saibam da sua existência, e são caçados, como animais, pelos Obliteradores.

A nível de enredo, temos uma história bem encadeada, com várias tramas paralelas que acabam por convergir. O livro tem muita acção, o que certamente agradará a alguns. Pessoalmente não desgostei, até porque o autor tem queda para escrever cenas de acção, sem se estender demasiado. No entanto a trama em si é bastante previsível, muito por culpa do estilo narrativo do autor, que não deixa nada por dizer o que faz com que o leitor consiga ver o que está para vir muito antes do momento crucial. Isto não me agradou especialmente, pois gosto de ser surpreendida e que o autor assuma que o leitor é esperto e não precisa que lhe digam tudo para perceber.
Por outro lado o autor apresenta-nos um mundo pensado ao pormenor. A nível de world-build (construção do mundo) está excelente e o leitor consegue realmente compreender como funcionam as coisas para os Ocultos. Só faltava um pouco mais de conhecimento sobre a comunidade dos Obliteradores.
No entanto muita informação foi mal entregue acerca do 'mundo', quase como info-dump (despejo de informação) sob a forma de monólogo de algumas personagens. Não aconteceu muitas vezes, mas das que aconteceu, sentiu-se.

Neste livro são-nos apresentadas dezenas de personagens e todas parecem relevantes, pois partilham do mesmo foco. Se por um lado isto é excelente pois temos oportunidade de conhecer diferentes personalidades, também acontece de nenhuma se sobressair. Não que isto seja mau, até porque as personagens são sem dúvida o ponto forte do livro. Temos-las para todos os gostos, de todos os feitios.
Os meus favoritos acabaram por ser a Eleanora Reeve e o Vik Fenrissky, mas como disse, vários foram os que tiveram um destaque igual.
Não temos personagens perfeitas, o que é excelente para as tornar mais credíveis, no entanto no lado dos vilões foi-nos apresentada uma personagem completamente maléfica, o que a tornou uni-dimensional em relação às restantes. Refiro-me ao Logan (e também ao Wendigo, em parte). Nesse aspecto acabou por não ter tanto impacto como, por exemplo, o Paul (que apesar de ser uma besta mostrava outra faceta com o melhor amigo, Green). Fora esses, achei que a nível de personagens temos "pano para mangas".

Em relação à prosa do autor, devo dizer que é bastante efectiva, especialmente nas cenas de acção, mas também nos diálogos. Contudo, houveram duas coisas que me incomodaram ao longo de todo o livro: 1) A não linearidade do tempo narrativo (na mesma frase usava o presente e o passado); 2) O uso de tanto o nome próprio como o sobrenome e ainda alcunhas em quase todas as personagens. Em diálogo é normal que diferentes pessoas tratem a mesma personagem de diferentes formas, mas na narrativa o autor deve usar sempre o mesmo nome, especialmente quando tem tantas personagens, para não alienar o leitor.
Por vezes também aconteceu de achar que o autor usava muito o "tell"(diz) e pouco o "show"(mostra), ou seja, em vez de mostrar emoções, dizia-as, o que dificultava a assimilação. Não foi algo que acontecesse constantemente, mas em determinadas situações isso impunha-se.

Em suma, foi um primeiro livro bastante competente a nível narrativo, com excelentes personagens e um 'mundo' muito bem pensado e apresentado. No entanto há também muito a melhorar e não é possível terminar sem dizer que, uma revisão mais atenta e cuidada, assim como um par de bons beta-readers teriam feito maravilhas a este livro, fazendo-o talvez suplantar-se ao pouco mais de mediano que acabou por ser.
Fica ainda a vontade de ler a sequela, agora que tantas personagens interessantes me foram apresentadas.

Capa (Rui Gaiola), Design e Edição:
Gosto muito da capa. Apesar de genérica é bastante apelativa e transmite bem o tema do livro.
A nível de design interior, nada a apontar contra. Trabalho limpo e eficaz.
O grande senão deste livro está na edição. Mais concretamente na falta dela! Não houve, claramente, editor algum a rever este texto. Isto porque, qualquer leitor (praticado ou não) poderia apontar os muitos erros que mancham as páginas deste livro. Mesmo sabendo à partida que o livro tinha muitos erros, e dessa forma estando já mentalizada para os ignorar, foi de todo impossível fazê-lo. Erros esses que seriam facilmente corrigidos por um editor que se prestasse a ler o texto. Maioritariamente palavras separadas por hífen que nunca deveriam ter um hífen e claro, o problema acima mencionado sobre os tempos verbais incongruente ao longo do texto. Não há desculpa possível para a quantidade de erros ortográficos que a editora (mas antes disso, também o autor) deixou passar para a impressão. O leitor quando lê um livro quer focar-se na história e nas personagens, não nos erros. E como disse, qualquer leitor poderia ter apontado os erros. Porque foi então um editor deixar isso passar em branco?

---- Links relacionados: Blog Oficial -- Goodreads -- Chiado Editora -- Wook -- Fnac --

Nota: Este livro foi-me enviado pelo autor, Vitor Frazão.
Nota 2: Amanhã (13-02-2012) vou publicar no meu blog Asas da Mente alguns desenhos que fiz de personagens deste livro. Passem por lá!

Booktrailer:

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Liebster Blog

Normalmente costumo colocar todos os selinhos num post próprio que fiz há uns tempos, mas desta vez decidi criar um post à parte porque o recebi não de um, nem dois, mas três blogs. Obrigada meus queridos!!! André (Pensar nos Livros) e jen7waters (Cuidado com o Dálmata) e Joana (Cantos Quebrados).
Selo Liebster Blog, significa querido, amado, favorito, em alemão.
Regras:
1 – Link de volta com o blogger que lho deu - Pensar nos Livros e Cuidado com o Dálmata e Cantos Quebrados;
2 – Cole o selinho no seu blogue;
3 – Escolha 5 blogues para repassá-lo, que tenham menos de 200 seguidores;
4 – Deixar um comentário avisando que estão recebendo o selinho.
Os blogs a quem 'cedo' o selinho :) são:

P.S.: Desculpem a inactividade do blog, mas não tenho tido grande tempo para ler (embora leia um pouco todos os dias, nem que sejam meia-hora). Em breve publicarei uma opinião.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Banzai 1

"Banzai - número 1", revista lançada pela NCreatures

Esta revista é dedicada exclusivamente ao estilo manga, com histórias de portugueses no estilo da BD asiática.

Depois do número 0 (opinião aqui) foi finalmente lançado o 1º do que pretende ser uma revista trimestral.
Tal como no número experimental, este contém as duas histórias seriais: TMG - The Mighty Gang, de Joana Rosa Fernandes; e Kuroneko, de Cristina Dias, assim como o one-shot Pandora's Song de Rita Marques.

Senti a falta de um Editorial, um índice e uma página informativa sobre o projecto. parece que foi tudo atirado lá para dentro, sem auxílio. Um pouco de conteúdo editorial seria bem vindo e certamente uma mais valia para a revista. Outra coisa que me parece inadmissível não estar disponível: websites das artistas (conta no Deviantart, blog, portefolio). Como é possível não colocarem isso na revista?

Fica então uma opinião por trabalho:


TMG - The Mighty Gang, de Joana Rosa Fernandes
A minha opinião sobre o volume anterior mantém-se praticamente intacta. É o manga mais consistente e visualmente apelativo. A autora mostra maturidade e à vontade no estilo. Sabe dar ênfase à acção e a história está interessante e bem encadeada. As cenas de acção estão, aliás, excelentes!
O único senão é mesmo o desenho de personagens. Continua impossível distinguir as personagens femininas das masculinas sem ser a olhar-lhes para os peitos. Vestem-se todos de foma semelhante, os rostos são em tudo idênticos e não há traços femininos ou masculinos para os separar.
Fora isso, está muito bom, mesmo!
Fica a vontade de ler mais


Kuroneko, de Cristina Dias
As tiras foram bastante menos interessantes que as do número anterior. O traço, mais limpo, funciona bem, mas pessoalmente preferia como estava antes, o grafite tinha mais impacto.
Esperava mais.


Pandora's Song, de Rita Marques e Inês Pott, arte-finalado por Manuela Cardoso
Se por um lado gostei do simbolismo da história, por outro não simpatizei com a arte-final, nem com o encadeamento narrativo ou a formatação das páginas. Por vezes os diálogos estavm trocados, houve vinhetas desnecssárias e outras que fizeram falta. Enfim, foi um trabalho curioso mas que pecou por necessitar de mais atenção e dedicação.
Teria também gostado muito mais deste manga se a arte-final não fosse digital ou pelo menos tivesse traços de diferentes grossuras para dar mais dinamismo às vinhetas e ainda se tivesse mais textura.
É um estilo que funciona bem em ilustração (como mostra o 'showcase'), mas em BD não!

Aprender Manga, de Natalia Batista
Uma secção que poderá ser interessante para quem quiser aprender a desenhar dentro do estilo. Usou de uma técnica muito comum para ensinar a desenhar o rosto, mas não sei até que ponto será a mais acessível a principiantes. Para curiosos.


Em suma, esta revista valeu a pena pelo "The Mighty Gang". Esperava mais dos restantes trabalhos, mas ainda assim não foram do pior que já vi. Aguardam-se os próximos números.

Visitem o site oficial da revista AQUI.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Compras e Ofertas - Janeiro 2012

O primeiro mês do ano começou logo em 'desgraça'. Mas não por falta de determinação, acreditem.
Aconteceram duas coisas que me 'forçaram' a gastar mais do que contava:
1) Recebi três livros de uma só vez, de uma colecção que estava a fazer do Círculo de Leitores (era suposto só receber um de cada vez);
2) Os livros do manga "Gakuen Alice" estão a ficar esgotados (de um dia para o outro!) e para completar a colecção tive de mandar vir vários ao mesmo tempo (e alguns ainda nem chegaram).
Nenhum destes 'imprevistos' estava nas minhas contas, o que e deixou um pouco à nora. Mas fora isso gastei muito pouco dinheiro.
 Aqui fica a lista de compras:
- Banzai 01, fanzine
- De Feiticeiros e Bruxas (Círculo de Leitores)
- De Fadas e Elfos (Círculo de Leitores)
- De Principes e Fidalgos (Círculo de Leitores)
- Gakuen Alice 10, de Tachibana Higuchi
- Gakuen Alice 11, de Tachibana Higuchi
- Gakuen Alice 14, de Tachibana Higuchi
- Lover Avenged, de J.R. Ward

E de ofertas:
- Sherlock Holmes - Um Estudo em Vermelho, de Sir Arthur Conan Doyle
- Aventuras de Sherlock Holmes III, de Sir Arthur Conan Doyle

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