Depois de ler A Rapariga que Roubava Livros do mesmo autor, mesmo sabendo que I am the Messenger tem uma premissa completamente diferente, a vontade de ler mais do autor era muita e esta livro tinha-me sido já muitas vezes recomendado (especialmente a Carla do Cuidado com o Dálmata).
Este livro conseguiu cativar-me logo no primeiro capítulo, que adorei. Tanta personalidade e uma prosa sarcástica e divertida que me agarrou logo nos primeiros instantes e me manteve envolvida até ao fim.
I am the Messenger conta a história de Ed, um rapaz normal, taxista, incapaz de se confessar à rapariga de quem gosta, com uns amigos fantásticos e um cão adorável. Mas Ed não está contente com a vida que tem, ele quer alo mais, mas quando algo inesperado lhe acontece, será que ele está preparado para fazer que for necessário?
É-me difícil falar deste livro porque não posso falar muito sem fazer spoilers, mas vou tentar.
A trama é inesperada a cada viragem. O tema geral pode até ser previsível mas a forma como nos é entregue surpreende e testa tanto o Ed como o leitor. por exemplo, na primeira missão que o Ed tem, ele vacila e não faz nada, numa situação que é limite e que o leitor sente que deveria haver intervenção. Mas isso apenas serve para mostrar-nos do que o Ed é feito e como ele pode mudar e agir, quando assim tem de ser.
Há muitas cenas poderosas no livro, muitas lições que se podem tirar daqui, mas o autor nunca dá sermões, nunca espeta as lições na cara do leitor. Elas são óbvias, mas não impostas. Cada um tira delas o que bem entender.

As personagens são todas fenomenais e cheias de camadas. Especialmente o Ed, o Marvin e o Ritchie. A Audrey, talvez por ser o alvo da maior atenção do Ed, a mim pareceu-me mais insípida. Mas gostei mesmo foi da Milla e da sua história comovente e da sua interacção com o Ed. Também achei muito interessante a interacção do Ed com a família. Afinal todas as famílias são complicadas.
A escrita do autor é sarcástica, acutilante e por vezes bem divertida. Mas também séria e realista. Gostei muito!
Em suma, I am the Messenger foi uma bela surpresa de um autor cujo trabalho pretendo seguir com atenção daqui para a frente. Uma história com muitas histórias, muitas emoções e personagens marcantes. Recomendo!
Nota: Esta opinião baseou-se na versão audiolivro (listening Library), narrada por Marc Aden Grayy, que eu recomendo especialmente pelo sotaque do narrador que dá um toque ainda mais especial ao livro.

Venha conhecer Ed Kennedy. Dezenove anos. Um perdedor.
Seu emprego: taxista. Sua filiação: um pai morto pela birita e uma mãe amarga, ranzinza. Sua companhia constante: um cachorro fedorento e um punhado de amigos fracassados.
Sua missão: algo de muito importante, com o potencial de mudar algumas vidas. Por quê? Determinado por quem? Isso nem ele sabe.
Markus Zusak, autor do best-seller A Menina que Roubava Livros, nos fornece essas respostas bem aos poucos neste incomum romance de suspense, escrito antes do seu maior sucesso. O que se sabe é que Ed, um dia, teve a coragem de impedir um assalto a banco. E que, um pouco depois disso, começou a receber cartas anônimas. O conteúdo: invariavelmente, uma carta de baralho, um ou mais endereços e... só. Fazer o que nesses lugares? Procurar quem? Isso ele só saberá se for. Se tentar descobrir. E, com o misto de destemor e resignação dos mais clássicos anti-heróis, daqueles que sabem não ter mesmo nada a perder nesse mundo, é o que ele faz.
Ed conhecerá novas pessoas nessa jornada. Conhecerá melhor algumas pessoas nem tão novas assim. Mas, acima de tudo, a sua missão é de autoconhecimento. Ao final dela, ele entenderá melhor seu potencial no mundo e em que consiste ser um mensageiro.
Booktrailer:
Sem comentários:
Enviar um comentário