segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Leviatã

"Leviatã (Leviathan 1)", de Scott Westerfeld (Vogais)


Sinopse:
É o início da I Guerra Mundial, mas num mundo alternativo de que nunca ouviste falar. Os Germânicos lutam com máquinas de ferro a vapor carregadas de armas. Os Britânicos lutam com bestas darwinistas resultantes do cruzamento de vários animais. Alek é um príncipe germânico em fuga. A única máquina de guerra que possui é um Marchador, com uma tripulação que lhe é leal. Deryn é do povo, uma britânica disfarçada de rapaz que se alista para lutar pela sua causa - enquanto tem de proteger o seu segredo a todo o custo. No decorrer da guerra, os caminhos de Alek e Deryn acabam por se cruzar a bordo do Leviatã, uma baleia-dirigível e o animal mais imponente das forças britânicas. São inimigos com tudo a perder, mas na verdade estão destinados a viver juntos uma aventura que vai mudar a vida de ambos para sempre

Opinião (audiobook - inglês):
É muito raro isto me acontecer, mas "Leviatã" é um daqueles livros que gostei muito de ler mas sobre os quais não sei bem o que dizer.

Este foi o meu primeiro livro dentro da temática de steampunk. Algumas pessoas disseram-me que não era um bom livro para começar, mas sinceramente achei que não teve grande mal. Deixou-me vontade de ler outros.
A diferença, julgo eu, é que este livro, além de ser para um público jovem.adulto, não é completamente steampunk, pois revela também um outro 'modo de vida', os dos Darwinistas que, como o nome indica, se regem com base na evolução das espécies, criando animais que são capaces das coisas mais inimagináveis.

Uma das coisas que mais gostei no livro foi exactamente este conflito entre as sociedades, como as suas mentalidades, métodos e vidas são diferentes e influenciadas pelo 'grupo' em que se inserem (Darwinistas e Clankers). outra coisa que apreciei bastante foi a forma como a autor pegou na história real (antes da 1ª guerra mundial) e a foi moldando para se adaptar às suas necessidades. A simbiose entre história e ficção está excelente e o conceito de todo o livro está muito bem aproveitado.

Por outro lado, e talvez até por culpa de um maior desenvolvimento da história em prole das personagens, estas últimas não sejam tão aprofundadas como poderiam ser. Não é que não tenhamos boas personagens, pois apeguei-me a várias delas, mas senti que faltava mais tempo para elas. Talvez isto seja corrigido nos volumes seguintes da trilogia.
Ainda assim as minhas favoritas foram o Alek (Prince Aleksander) e o Wildcount Volger (Conde Volger).

A escrita do autor continua muito boa (depois de Peeps) e o livro pssou como uma brisa, com todos os pormenores históricos, paisagísticos e evolucionistas que se poderiam esperar, e mais ainda.

Em suma, esta foi uma história que me agradou muito, apesar do tom um pouco mais juvenil (culpa do público alvo). Recomendo! E planeio ler ou ouvir os restantes volumes.


Narração (Alan Cumming):
Soberba interpretação, especialmente a nível das vozes. O narrador (Alan) conseguiu imprimir personalidade a cada uma das personagens, diferenciando-as não só pelos diálogos que o autor escrevera, mas também pela forma de falar e entoação.
Só tive pena de, por culpa de ter usado o audiolivro, não ter podido ver as ilustrações de Keith Thompson em toda a sua beleza.

Booktrailer (em português):


Links Relacionados: Site Oficial - "Leviatã" na Wook - Audiobook no Bookdepository - Site da Editora - Facebook do autor em português

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Clube de Leitura de Braga - Setembro

Não tendo podido participar no encontro do grupo em Julho, e tendo havido uma pausa na época de férias, o próximo encontro do Clube de Leitura de Braga está já agendado para o próximo dia 1 de Setembro (sábado), às 15 horas, na Bertrand de Braga (Liberdade Street Fashion.

O livro escolhido para discussão nessa sessão foi "Grandes Esperanças" de Charles Dickens.



Apareçam, mesmo que não tenham lido o livro ou estejam ainda a lê-lo. Serão sempre bem-vindos!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa

"Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa", antologia organizada por Luís Filipe Silva, com contos de: Ludovico Bombarda, Sónia Louro, Fausto Boamorte, Artur de Carvalho, Ana Sofia Casaca, João Barreiros , Ruy de Fialho, Joachim Hunot, João Henriques, A.M.P. Rodriguez, Orlando Moreira, Maxwell Gun, Tiago Rosa (Saída de Emergência)


Sinopse:
Poucos o sabem, mas a literatura de pulp fiction, que marcou toda a cultura popular dos EUA na primeira metade do século XX, também esteve presente em Portugal, e em força.
Houve um tempo em que heróis mascarados corriam as ruas de Lisboa à cata de criminosos; em que navegadores quinhentistas descobriam cidades submersas e tecnologias avançadas; em que espiões nazis conduziam experiências secretas no Alentejo; em que detectives privados esmurrados pela vida se sacrificavam em prol de uma curvilínea dama; em que bárbaros sanguinários combatiam feitiçaria na companhia de amazonas seminuas; em que era preciso salvar os colonos das estações espaciais de nome português; em que seres das profundezas da Terra e do Tempo despertavam do torpor milenário ao largo de Cascais; em que Portugal sofria constantes ataques de inimigos externos ou ameaças cósmicas que prometiam destruí-lo em poucas páginas, antes de voltar tudo à normalidade aquando do último parágrafo.

Opinião:
É impossível começar esta opinião sem referir o trabalho do Luís Filipe Silva. Nota-se um esmero neste trabalho (desculpando, em parte, a demora do seu lançamento). As introduções de cada autor, escrito pelo próprio organizador, estão uma delícia! E por si só já são contos.

"O Segundo Sol" de Ruy de Fialho
Este conto tem força na acção e na narrativa que, estando bem adaptada ao estilo da época, é bastante cativante. As personagens também estão bem definidas, dentro dos possíveis e fiquei até com vontade de ler mais aventuras de Jaguar Cabala.
Gostei particularmente de como usou dos medos que, suponho, afligiam a população nos tempos da 2ª guerra. Um conto que me deu mesmo aquela 'vibe' pulp. Adorei!

"A Expedição dos Mortos, parte 1 e 2" de Joachim Hunot
Diálogos imaturos, pouco aproveitamento do exotismo da Índia, personagens adultas que agiam como crianças mimalhas, enredo sem grande força. Este conto foi uma decepção quase desde a primeira página. Na segunda parte, em termos de descrições, a prosa melhorou, mas os diálogos continuaram imaturos e o desfecho foi bem ... ridículo. Um homem que passou o conto todo amedrontado, a querer voltar para casa, vai tornar-se um agente secreto em aventuras mirabolantes sem mais nem menos? Não me parece!
Uma coisa que gostei foi a acção. Bem conseguida e empolgante. Fora isso o conto foi fraco, muito fraco.

"A Ilha" de João Henriques
Boas descrições das paisagens e um bom ambiente de medo, mas a narrativa é demasiado pormenorizada, contando cada passo do protagonista e é demasiado exaustiva, consequentemente tornando-se, em momentos, cansativa.
Apesar disso gostei deste conto, por criar um ambiente muito próprio, quase claustrofóbico mas também de descoberta. O final veio com ligeireza e isso tornou-o credível.

"Pena de Papagaio" de A.M.P. Rodriguez
Mais um conto de que gostei, embora me pareça que o início destoe um pouco do resto do texto. A loucura do protagonista ressalta das páginas. No entanto as suas motivações continuam um pouco confusas, mesmo após o final e isso poderia carecer de mais algum desenvolvimento.

"O Sentinela e o Mistério da Aldeia dos Pescadores" de Orlando Moreira
Com um bom começo e um bom mistério, este conto surpreendeu em termos de enredo, mas o tom narrativo em certos momentos não foi o melhor, tirando alguma força à acção. Ainda assim foi um conto bem conseguido e dentro do estilo desejado.

"Horror em Sangre de Cristo" de Maxwell Gun
Um western bem conseguido, com personagens sólidas e uma história curiosa. No entanto a descrição de certos acontecimentos do passado poderia ter sido narrada de forma mais interessante e o final podia ser melhorado.

"O Inconsciente" de Tiago Rosa
Um conto que consegue ser arrepiante a ao mesmo tempo sensível. O tom usado pelo autor ajudou a causar impacto, acompanhando eficazmente a crueza da história.

"A Noite do Sexo Fraco" de Ludovico Bombarda
Um conto que estranhei, de início ao fim, não tanto pela história, mas pelo estilo de escrita, que me repeliu um pouco. É uma história facilmente esquecida, sem nada que a torne especial e cuja narração não me envolveu. Ainda assim, a sátira, tão presente, foi algo que me agradou muito.

"Pirata por um Dia" de Sónia Louro
Com um início pouco motivador, com demasiados acontecimentos contados em pouco espaço e uma prosa que nada me cativou, este contou acabou por melhorar significativamente a partir do meio e ficou consistente até antes do final, que esse sim, foi uma pequena desgraça sem interesse. No geral acho que é uma história interessante mas contada de forma desinteressante.

"Valente" de Fausto Boamorte
Apesar de ter, definitivamente, aquele 'ar' pulp, esta história começou relativamente bem, perdeu-se um pouco pelo meio quando, sem mais nem menos, o Valente disse que provara, sem sombra de dúvidas que a rapariga era inocente (como, quando e onde?!?) e depois voltou a erguer-se com alguma destreza numa cena muito intensa. Infelizmente este conto peca por um certo nível de previsibilidade e por umas quantas pontas soltas e outros quantos pormenores caídos do nada que lhe tiraram alguma intensidade. Ainda assim, gostei do final.

"O Amaldiçoado de Ish-tar" de Artur de Carvalho
Não obstante a inspiração (óbvia) no Conan o Bárbaro, este conto conseguiu ser muito cativante. A escrita estava primorosa, com descrições das paisagens, personagens e situações que gostei de ler e que me embrenharam na narrativa. No entanto a previsibilidade da trama e a falta de originalidade em termos de personalidades de algumas das personagens, foi algo que me incomodou e que condicionou a história. Ainda assim foi um dos meus preferidos da antologia.

"Noites Brancas" de Ana Sofia Casaca
Pecando, em momentos, na escrita (havia repetições que não me pareciam propositadas) este foi um conto que não me interessou de sobremaneira no início, mas cujo desenvolvimento me foi puxando e puxando com mais força até que me engoliu. O final, bastante bem construído, apanhou-me de surpresa, embora tivesse gostado que fosse narrado de forma um pouco diferente, ainda assim foi uma boa conclusão para uma trama que soube manter "os nervos à flor da pele".

"Mais do Mesmo" de João Barreiros
Já tendo lido vários trabalhos deste autor, este foi mais um conto que não decepcionou. Uma história que agarra o leitor, cheia de boas personagens e de uma imaginação espectacular.
Só tenho duas coisas a apontar: por vezes os termos técnicos eram demasiados e sem necessidade; e acho que de todos os contos este é o que menos identifico como pulp fiction, pois podia ter sido criado muito mais recentemente.

Em suma, esta é uma antologia muito bem conseguida, apresentada com exímio cuidado e que contem alguns contos bem interessantes e que captam um género um pouco esquecido.
Os meus contos favoritos foram: "O Segundo Sol" de Ruy de Fialho, "O Inconsciente" de Tiago Rosa, "O Amaldiçoado de Ish-tar" de Artur de Carvalho e "Mais do Mesmo" de João Barreiros.


Capa (Andrade Matias), Design e Edição (Luís Filipe Silva):
Parece que finalmente as minhas 'preces' foram escutadas e por uma vez sei quem é o autor da capa e, ainda mais, no trabalho no qual esta se baseia (será este o motivo porque este livro foge à regra e abençoadamente refere o nome do artista da capa? Deviam fazer sempre isto, senhores e senhoras da Saída de Emergência). No entanto isto não desculpa o facto de nenhum dos artistas das ilustrações interiores ter sido creditado, nem sequer os autores das fotos apresentadas).
As ilustrações que por vezes acompanhavam os contos, grande parte das vezes, pouco tinham a ver com as mesmas. Ou seja, tinham algo a ligá-las, mas eram pouco fieis; excepção feita n' "O Amaldiçoado de Ish-tar" e também um pouco no "Mais do Mesmo"
Mas queria também dar os meus parabéns a quem fez o trabalho gráfico do livro que está um autêntico mimo. Uma delícia, verdadeiramente e uma homenagem aos livros e revistas da época pulp.
E não posso terminar sem congratular o trabalho desenvolvido pelo Luís Filpe Silva. Agora compreendo porque esta antologia demorou tanto tempo a sair. E valeu bem a pena. Vê-se a dedicação do organizador pelo tema, pela época e pelos contos. A ideia de fazer o livro parecer uma colectânea do passado foi engraçada e bem conseguida, no entanto não posso deixar de referir que para quem não souber de antemão que algumas das personalidades referidas nas biografias são ficcionais, isto poderá causar equívocos. Uma nota final explicando o que é real e o que é ficcional teria sido de boa índole, não só para o leitor que não conhece a 'polémica' mas para os restantes que, como eu, gostariam de saber ao certo quem viveu mesmo na época e quem foi lá inserido pela (incansável) mente do Luís Filipe Silva.


Links Relacionados: "Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa" na Wook - Site da Editora

Nota: Agradeço à Adeselna Davies (Illusionary Pleasure) por me ter dado oportunidade de ler este livro. Agora vou ter de arranjar uma cópia para mim.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Artemis Fowl

"Artemis Fowl (Artemis Fowl 1)", de Eoin Colfer (Editora Vogais)

Sinopse:
Com apenas 12 anos, Artemis Fowl é o maior génio criminoso de sempre, responsável por todos os grandes golpes da década. E ele tem uma missão a cumprir: recuperar a fortuna da família. Este é o primeiro contacto do jovem com o povo do subsolo, onde vivem perigosas fadas armadas, centauros, trolls monstruosos e anões mentirosos.

Opinião (audiobook):
Este é um daqueles livros cuja opinião me divide. Por um lado diverti-me imenso com ele, mas por outro tenho consciência que muita dessa diversão se prende com situações absolutamente ridículas que ocorreram por toda a história.
No entanto uma coisa posso dizer: ofereceria isto a uma criança de 11 ou 12 anos. É o tipo de livro que eu teria gostado de ler nessa idade (se bem que é mais voltado para os rapazes). Contudo, estando eu mais perto da casa dos 30 e tendo gostado do livro, não posso dizer que também não o recomendaria a adultos. Vai depender muito da abertura de espírito do adulto em questão. Se estiver com vontade de ler algo que é pura diversão, sem grandes pretensões de algo mais, então força adultos, leiam isto.

Numa análise mais objectiva, posso dizer que a nível de trama temos uma premissa curiosa. Artemis Fowl não é, de longe nem de perto, a mente mais brilhante sobre a qual já se escreveu, mas para um miúdo de 12 anos até tem algumas ideias bem interessantes. O que lhe vale é que os outros (criaturas sobrenaturais) não parecem ser particularmente inteligentes.
Estando longe de ser o mestre do crime que a premissa promete, ainda assim a história tem algumas boas reviravoltas e momentos que me fizeram soltar gargalhadas sentidas (umas porque eram divertidas, outras porque eram absolutamente ridículas - e refiro-me em particular ao traque-bomba).

As personagens são bastante curiosas e confesso que este foi um dos aspectos que mais gostei no livro. Todas as personagens marcavam a história de alguma forma e nenhuma era supérflua ou igual a tantas outras. As minhas favoritas foram a Holly, o Buttler e o Commander Root.

A prosa é bastante adequada ao público alvo, sem ser aborrecida para os mais crescidos e embora algumas decisões narrativas não tenham sido muito do meu agrado, no geral achei que os textos estavam bem estruturados.
Uma nota especialmente abonatória para Nathaniel Park (o narrador do audiolivro em inglês). mais pormenores no final deste post.

Em suma, este foi um livro que me entreteve várias horas, que me fez rir e que, apesar de não ser nenhuma maravilha literária, diverte. Por vezes é disso mesmo que precisamos: algo que nos divirta. por isso se quiserem oferecer um livro a miúdos de 11-12 anos, aconselho e, se forem adultos à procura de algo mais descomprometido, atrevam-se. Pode ser que gostem.

Narrador (Nathaniel Parker):
O narrador fez um excelente trabalho com este audiolivro. O sotaque  escocês que ele usou nos diálogos era carregado e dava um toque mais realista às personagens. Felizmente não usava na narração, pois acho que teria dificuldades em perceber o texto todo com o sotaque. A cada personagem ele deu uma entoação diferente, uma vida diferente e esse é o tipo de trabalho que eu aprecio nos audiolivros.

Booktrailer (português):


Links Relacionados: Site Oficial - "Artemis Fowl" na Wook - Audiobook no Bookdepository - Site da Editora

Compras e Ofertas - Julho 2012

Eu gostava de deitar as culpas Feira do Livro de Barcelos por mais um mês desastroso em despesas literárias, mas não se pode culpar uma coisa inanimada pelos nossos devaneios. O que vale é que grande parte destes livros custou entre 1 a 3 euros.

Ficção:
Clique na imagem para ampliar
- Universal, Limitada, Isabel Cristina Pires
- Trópico de Capricórnio, Henry Miller
- O Grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald
- Ilha Teresa, Richard Zimler (autografado pelo autor na F.L. de Barcelos)
- Um Cântico de Natal, Charles Dickens
- Histórias Completas de Sherlock Holmes 4, Sir Arthur Conan Doyle
- Noites no Circo, Angela Carter
- Lágrimas de Dragão, Dean Koontz
- Três lágrimas paralelas, Artur Portela
- O Desafio, João Aniceto
- O Limite de Rudzky, António de Macedo
- O Quarto Planeta, João Aniceto
- Guerra da Pirâmide, Paulo Fonseca

Não Ficção:
- Dicionário do Antigo Egipto, Luís Manuel de Araújo
- Sexualidade e a Literatura, Carlos Ceia
- O Mediterrâneo Antigo - Unidade e Diversidade, Victor Jabouille
-Os mais belos passeios na Montanha, John Cleare e Steve Razetti

Banda Desenhada:
- Dragon Ball volume 3 a 5, de Akira Toriyama
- Akira volume 6 e 7, Katsuhiro Otomo
- Hard Boiled, Frank Miller e Geoff Darrow
- XIII - O dossier Jason Fly, J. Van Hamme e W. Vance

Ebooks:
- Um Cappuccino Vermelho, Joel Gomes
- Alma Rebelde, Carla M. Soares

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