quarta-feira, 6 de agosto de 2014

The Coldest Girl in Coldtown

"The Coldest Girl in Coldtown", de Holly Black (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (Inglês):
Tana lives in a world where walled cities called Coldtowns exist. In them, quarantined monsters and humans mingle in a decadently bloody mix of predator and prey. The only problem is, once you pass through Coldtown’s gates, you can never leave.
One morning, after a perfectly ordinary party, Tana wakes up surrounded by corpses. The only other survivors of this massacre are her exasperatingly endearing ex-boyfriend, infected and on the edge, and a mysterious boy burdened with a terrible secret. Shaken and determined, Tana enters a race against the clock to save the three of them the only way she knows how: by going straight to the wicked, opulent heart of Coldtown itself.
The Coldest Girl in Coldtown is a wholly original story of rage and revenge, of guilt and horror, and of love and loathing from bestselling and acclaimed author Holly Black.


Opinião (audiolivro):
Sempre tive curiosidade de ler alguma coisa desta autora mas como não queria já embarcar noutra série e ouvi tão boas coisas sobre este The Coldest Girl in Coldtown, que decidi apostar no audiolivro.
Esta é, como a premissa indica, uma história com vampiros e tem alguns pontos de originalidade e é verdade que quase tudo é explicado ao longo do livro, embora algumas perguntas fiquem no ar, sobre como e porquê os vampiros aceitariam ficar aprisionados em cidades de onde não podem sair.

A história começa logo em força. Não há introdução lenta, nem preparação nenhuma. O leitor cai de cara no horrendo da situação, embora a escrita não me tenha provocado o horror que a situação merecia. Os primeiros capítulos foram, para mim, os mais interessantes. Em poucas páginas, e sem debites de informação, ficamos a conhecer as personagens, as suas personalidades, e o que esperar delas. Infelizmente, e por isto mesmo, o livro acaba por ser pouco surpreendente, já que não há grandes surpresas narrativas no que diz respeito às suas personalidades.
A história, como um todo, é muito linear, bastante previsível e pouco imaginativa, mas nem sempre isso é mau. Se as personagens foram carismáticas, uma história menos surpreendente pode não ser uma má escolha.
Infelizmente eu não me consegui ligar a nenhuma das personagens. Ou melhor, deixem-me explicar: Todas as personagens são interessantes e, como já disse, muito fiéis a si mesmas desde o início, mas também são todas bastante desprezíveis. Não consegui ligar-me a nenhuma delas, sentir empatia, desejar-lhes um final digno. Sinceramente, não quis saber porque eram todas egoístas, hipócritas, mentirosas, e acima de tudo ... infantis. Ai credo, como eram infantis! Ou será melhor dizer juvenis? E sim, eu tenho consciência de que são, na sua maioria, adolescentes, mas que dizer do Gavriel? Ele não é um adolescente (ou é-o, em corpo, mas não em idade).
Ainda tentei importar-me com a Tana mas foi impossível. Ela tomava más decisões atrás de más decisões. E a irmã dela ... ai credo! Bem, basta ver a relação que a Tana tinha com o Aidan para perceber a cerne do problema.
Ou seja, não gostei de nenhuma personagem. Nenhuma, mesmo! Acho que isto nunca me aconteceu. No início gostei do Gavriel mas depois ele ficou um adolescente como os outros e perdi o interesse.

A escrita da autora é bastante boa a transmitir, em poucas palavras, os cenários, as situações e a torná-las quase visuais. Também consegue facilmente moldar as personagens e é boa a retratar adolescentes e as suas decisões inconsequentes mas, será que não podia meter ali uma pessoa com juízo?
Uma das coisas que não gostei particularmente foi a forma como a autora narrou cenas do passado. Havia ali um distanciamento tal que não deixava passar as emoções como deveria.
Ah, uma coisa que gostei foi de como conseguiu meter para ali um romance controverso, envolvendo um transsexual, e ainda por cima envolvendo as duas únicas personagens de quem até gostei um pouco (mas como apareciam pouco não deu para marcar).
Da escrita gostei e devo dar nova oportunidade à autora.

Em suma, The Coldest Girl in Coldtown, começa quente e depois vai arrefecendo. Pun Intended! O livro está bem escrito, tem algumas reviravoltas interessantes mas é previsível e foi-me impossível relacionar com qualquer personagem e, consequentemente, desejar-lhes um fim digno. Gostei do estranho romance entre a Tana e o Gavriel e o final agradou-me, mas não posso dizer que este seja um livro que me tenha marcado.

Narração (Christine Lakin):
Uma coisa que adorei neste audiolivro foi a música. Em vário momentos, em todos os capítulos, a narração era acompanhada de uma belíssima banda sonora. pequenas músicas instrumentais que faziam toda a diferença a ambientar as cenas. Lindo! E só por isso já vale a pena ler a versão audio. A narradora também fez um bom trabalho vocal.

Booktrailer:

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