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quarta-feira, 5 de março de 2014

The Last Guardian

"The Last Guardian (Artemis Fowl 8)", Eoin Colfer (ainda não publicado em Portugal

Sinopse (inglês):
Seemingly nothing in this world daunts the young criminal mastermind Artemis Fowl. In the fairy world, however, there is a small thing that has gotten under his skin on more than one occasion: Opal Koboi. In The Last Guardian, the evil pixie is wreaking havoc yet again. This time his arch rival has somehow reanimated dead fairy warriors who were buried in the grounds of Fowl Manor. Their spirits have possessed Artemis’s little brothers, making his siblings even more annoying than usual. The warriors don’t seem to realize that the battle they were fighting when they died—a battle against Artemis—is long over. Artemis has until sunrise to get the spirits to vacate his brothers and go back into the earth where they belong. Can he count on a certain LEPrecon fairy to join him in what could well be his last stand?
New York Times best-selling author and comic genius Eoin Colfer will leave Artemis Fowl fans gasping up to the very end of this thrilling finale to the blockbuster series.


Opinião (audiolivro):
Nota: Tratando-se este do último livro da série, toda a opinião poderá conter factos que  já ocorridos. Tento sempre não dar grandes detalhes sobre a história, mas há coisas que é impossível não referir, por isso, se gostam de surpresas, talvez seja melhor não lerem antes de chegarem ao fim da série.

No livro anterior Artemis havia sido afectado por uma condição/doença que, segundo o revelado, não seria facilmente ultrapassada. Mas, sendo Artemis quem é, a recuperação foi rápida. Demasiado rápida!
Esperava menos facilidades e, confesso, mais Orion (senti a falta desta persona), mas não tive nada disso.
O livro começa com o Artemis já completamente curado e nem sombra do Orion.

Como esperado, ou não fosse este o último livro da série, o caos é total; a  maior ameaça de sempre cai sobre os nossos heróis, algo que ameaça tanto as fadas como os humanos. É caso para dizer que a Opal partiu a louça toda. E não é surpresa nenhuma que seja a Opal a causar o fim do mundo.
Talvez por isso mesmo, pela previsibilidade do confronto, este livro não me tenha surpreendido tanto quanto gostaria. Os acontecimentos em si foram bastante inesperados, especialmente porque a loucura da vilã escalou de forma perturbante mas bem fundamentada.
O que acontece é que, depois de 3 livros em que ela era a vilã, este quarto já me pareceu demais; mesmo até porque a loucura dela a fez cometer erros básicos, erros que não deveriam ter acontecido já que ela sabia bem com quem estava a lidar (mas bem, isto eu desculpo com a loucura dela). O que não tem desculpa são os sempre presentes discursos expositórios da vilã, dando aos heróis a hipótese de a derrotarem, mais uma vez, e desta vez ... permanentemente.

Mas à parte disso a história foi bastante rica e trouxe um final que completou bem a série. Não foi necessariamente o desfecho que esperava ou desejava para a série, mas certamente não foi o pior final (mesmo sendo um pouco lamechas).

Gostei muito do que o autor fez com as personagens! O Artemis, o Buttler, a Holly, o Mulch, os gémeos e até mesmo a Juliet. Conseguiu que todos maturassem e tivessem um papel importante neste livro.
Também o chefe dos Beserkers teve alguma profundidade e, claro, a Opal foi das que mais evoluiu. Posso não ter gostado de muitas das suas escolhas mas não posso negar que o seu desenvolvimento foi muito bem conseguido.
Por outro lado senti a falta do Folly e, especialmente, do Number 1 (Oh, Number 1, certamente a personagem menos aproveitada de toda a série).

A escrita do autor manteve-se consistente com os livros anteriores, apesar de algumas escolhas narrativas de gosto questionável. Mais ajustado a um público juvenil, estas histórias não deixam de poder ser apreciadas pelos adultos, apesar da escrita ser menos complexa.

Em suma, The Last Guardian foi uma última aventura cheia de surpresas, com um bom desenvolvimento de personagens e muita acção. No entanto pecou por ter um final demasiado rocambulesco e por ter usado a sua vilã até à exaustão. Ainda assim a série Artemis Fowl foi das mais divertidas que li recentemente e recomendo-a sem quaisquer  restrições. Este foi um fim merecedor do intrépido génio do crime: Artemis Fowl!

Narração (Nathaniel Parker):
Tudo o que havia para dizer sobre o trabalho deste senhor já foi dito. Uma narração sem falhas, com muito sentimento e muita dedicação à interpretação de cada uma das personagens. Apesar de este não ser a sua melhor narração, não há nada a apontar do seu desempenho.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

The Atlantis Complex

"The Atlantis Complex (Artemis Fowl 7)", Eoin Colfer (ainda não publicado em Portugal

Sinopse (inglês):
Artemis has committed his entire fortune to a project he believes will save the planet and its inhabitants, both human and fairy. Can it be true? Has goodness taken hold of the world’s greatest teenage criminal mastermind?
Captain Holly Short is unconvinced, and discovers that Artemis is suffering from Atlantis Complex, a psychosis common among guilt-ridden fairies -- not humans -- and most likely triggered by Artemis’s dabbling with fairy magic. Symptoms include obsessive-compulsive behavior, paranoia, multiple personality disorder and, in extreme cases, embarrassing professions of love to a certain feisty LEPrecon fairy.
Unfortunately, Atlantis Complex has struck at the worst possible time. A deadly foe from Holly’s past is intent on destroying the actual city of Atlantis. Can Artemis escape the confines of his mind -- and the grips of a giant squid -- in time to save the underwater metropolis and its fairy inhabitants?


Opinião (audiolivro):
Um Artemis louco e com personalidade dupla é, logo à partida, fórmula de sucesso.

Este penúltimo livro da série foca-se nessa premissa e também numa história de amor bastante inesperada. A trama, na sua essência, é um pouco mais fraca que nos livros anteriores; não pela falta de uma boa base - pois têm-na - ou de um bom desenvolvimento - que também tem - mas por alguma inabilidade de o transmitir com a força necessária. Não sei se foi apenas pelo facto de ser a mais inconsequente de todas as aventuras até aqui, ou seja, de o que aconteceu neste livro (apesar de emocionante e divertido) não ter qualquer impacto significativo na história da série, como um todo.
Mas, esquecendo isso, gostei bastante da história. Tanto pelo que aconteceu ao Artemis, como pela aparição de um novo vilão (apesar de ele aparecer quase do nada). Foi uma boa divergência da habitual Opal.
O novo vilão é alguém que já havia sido referido em livros anteriores mas que não tinha tido grande impacto até este Atlantis Complex.
Por outro lado foi interessante conhecer melhor a cidade e o povo de Atlantis (Atlântida), embora me tenha sabido a muito pouco, se comparado com o que sabemos de Haven, ou mesmo da ilha de Hydra.

A nível de desenvolvimento de personagens, temos oportunidade de ver uma regressão progressiva do Artemis (que, aliás, já se notava nos livros anteriores). Orion, a segunda personalidade do Artemis fez-me rir vezes sem conta e gostava de o ter visto aparecer mais.
Mas, no meio de tantos, foram as novas personagens que se destacaram, apesar do final que lhes foi dado (ou terá sido mesmo como consequência disso?).
E falando de finais ... as mortes no início do livro foram muito mal conseguidas, acabando por não ter o impacto que deveriam e poderiam ter tido, muito por culpa da rapidez com que ali estavam e depois já não estavam, e também porque depois foram rapidamente esquecidos; como se a morte não fosse nada de especial.

A escrita do autor em nada se alterou e por isso não tenho nada assinalar.

Em suma, The Atlantis Complex foi um livro divertido, apesar da seriedade dos seus temas e de algumas das suas cenas, que pecou por ser inconsequente na trama geral (e isto sei-o porque, entretanto, li o último livro, e porque isto é perceptível no próprio The Atlantis Complex). Caso os acontecimentos deste livro tivessem efeito directo no último da série (The Last Guardian), este teria sido então bastante mais apreciado.
Ainda assim gostei muito do doce romance do vilão e, claro, do Orion, que foi a melhor parte do livro!

Narração (Nathaniel Parker):
Já o disse, e volto a repetir, o Nathaniel Parker faz um trabalho invejável na adaptação a audiolivro, e vale a pena escutar.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

The Time Paradox

"The Time Paradox (Artemis Fowl 6)", Eoin Colfer (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (inglês):
Artemis’s mother has contracted a deadly disease—and the only cure lies in the brain fluid of African lemurs. Unfortunately, Artemis himself was responsible for making the lemurs extinct five years ago. Now he must enlist the aid of his fairy friends to travel back in time and save them. Not only that, but he must face his deadliest foe yet... his younger self.

Opinião (audiolivro):
Depois dos eventos do livro anterior era de esperar que algo semelhante a este fosse acontecer. Nesse aspecto The Time Paradox fez um bom trabalho. Contudo este sexto livro da série não conseguiu chegar aos calcanhares do The Lost Colony.

Fiquei um pouco decepcionada porque o Artemis, ao longo de todo o livro, mostrou uma regressão de inteligência. Não se assemelhou nada ao génio a que estava habituada. Inclusivé o seu Eu mais novo era bastante mais esperto, o que fez o Artemis presente parecer ainda mais burro (sem querer ofender o animal).

No entanto, e talvez até mesmo por essa razão, a história acaba por ser mais imprevisível e isso é um ponto a favor.
Outra coisa que me agradou foi o suposto romance entre a Holly e o Artemis, pois ao contrário de outros fãs, eu até gosto da ideia de eles ficarem juntos, embora duvide que tal aconteça no final.

Do que gostei mesmo foi do Artemis mais novo, que mostrou ser mais astuto, o que deu uma outra dinâmica à história. A sua atitude sem escrúpulos foi bastante diferente do habitual e mostrou que, em contraste, o Artemis actual evoluiu muito e afastou-se radicalmente da vida de criminoso que outrora levara.

Em suma, The Time Paradox foi uma aventura divertida, mas que ficou aquém das últimas aventuras de Artemis, sem no entanto chegar a ser uma decepção. Vou continuar a ouvir/ler estas aventuras com gosto.

Narração (Nathaniel Parker):
Ainda há algum louvor que possa dar à narração deste senhor. Não me lembro de mais nada!

P.S.: Fiquei muito decepcionada por saber que a editora que estava a publicar este série em Portugal (Editora Vogais) não vai lançar mais nenhum livro até que o filme saia. Até agora só lançaram 3 dos 7 volumes. Só que acontece que o filme não tem data de lançamento prevista, o que significa que poderá não haver nenhum novo livro durante anos. Estou muito decepcionada! Até estava a pensar comprar os livros todos em português, mas agora tal opção está fora de questão.
Não detestam quando as editoras fazem isto?

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

The Lost Colony

"The Lost Colony (Artemis Fowl 5)", de Eoin Colfer (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (inglês):
Ten thousand years ago, humans and fairies fought a great battle for the magical island of Ireland. When it became clear that they could not win, all of the faeries moved below ground—all except for the 8th family, the demons. Rather than surrender, they used a magical time spell to take their colony out of time and into Limbo. There they have lived for decades, planning their violent revenge on humans.
Now the time spell is unraveling, and demons are beginning to materialize without warning on Earth. If humans were to find out about them, all faeries would be exposed. To protect themselves, the faeries must predict when the next demon will materialize. But in order to do so, they will have to decipher temporal equations so complicated, even a great brain like Foaly can't understand them. But he knows someone who can: Artemis Fowl.
So when a confused and frightened demon imp pops appears in a Sicilian theater, Artemis is there to meet him. But he is not alone. Someone else has unlocked the secrets of the fairy world and managed to solve complex mathematical problems that only a genius could. And she is only twelve years old...


Opinião (audiolivro):
Este foi, sem dúvida, o melhor livro da série Artemis Fowl, até agora! Apesar do início um pouco mais fraco e menos claro do que eu gostaria, rapidamente o enredo se tornou completamente viciante.

O início não me convenceu por duas razões:
1. O autor nunca nos explicou devidamente como é que o Artemis conseguia prever os eventos que envolviam os demónios.
2. A Minerva (nome muito ligado ao do próprio Artemis) não me convenceu enquanto génia precoce.

Mas assim que o génio em acção voltou a ser o Artemis, a história tornou-se bastante mais interessante e desafiante. Gostei especialmente das potenciais consequências de várias acções mais audazes que o Artemis faz neste livro.
Outra coisa que gostei foi da comunidade de demónios. Mal posso esperar para ver mais desta espécie (e espero ver) que esteve separada de todas as outras durante tanto tempo.
E ainda a nível de enredo, aquele final foi muito bem conseguido, apesar de ser um pouco previsível.

A nível de personagens, tenho a dizer que adorei o Number 1. A forma como ele pensava e se comportava era genial. O Artemis, neste livro, mostrou-se mais maduro, independente e impetuoso, o que não é mau e reflecte um desenvolvimento que é bem-vindo.  Só tive pena da falta de desenvolvimento de personagens como a Holly e o Bttler, que tiveram muito pouco protagonismo desta vez.

A escrita do autor continuo muito boa. Sempre mais direccionada para os adolescentes, mas suficientemente aliciante para os adultos.

No geral, The Lost Colony foi uma leitura empolgante e mal posso esperar para ler o próximo volume da série. E, claro, recomendo!

Narração (Nathaniel Parker):
Este senhor dá outra vida aos livros e consegue tonar cada personagem única. Simplesmente consegue arranjar o tom de voz perfeito para estas aventuras e adoro o trabalho dele.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

The Opal Deception

"The Opal Deception (Artemis Fowl 4), de Eoin Colfer (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (Inglês):
The evil pixie Opal Koboi has spent the last year in a self-induced coma, plotting her revenge on all those who foiled her attempt to destroy the LEPrecon fairy police. And Artemis Fowl is at the top of her list.
After his last run-in with the fairies, Artemis had his mind wiped of his memories of the world belowground. But they have not forgotten about him. Once again, he must stop the human and fairy worlds from colliding—only this time, Artemis faces an enemy who may have finally outsmarted him.


Opinião (audiolivro):
Longe de ser a melhor aventura de Artemis Fowl até agora, The Opal Deception foi, ainda assim, um livro muito divertido.

Com as mesmas personagens que já conhecemos nos livros anteriores, a progressão destas foi bastante boa, especialmente no que diz respeito ao Artemis e à Holy, particularmente no final, que promete muitas mudanças nos livros seguintes.
Por outro lado que não gostei do desfecho dado à Opal. Não me pareceu apropriado a alguém que deu tanto trabalho.
Já no que respeitante ao Julius, bem ... gostei, mas fiquei triste, claro.

Em termos de enredo, confesso que esperava um pouco mais de uma vilã como a Opal, mas o início foi muito bom e aquela cena no antigo parque temático, com os trolls, foi memorável.
Como já referi, o final não me encheu as medidas mas como o resto do livro foi razoável, acabou por ser aceitável, especialmente por culpa da decisão da Holy.

Artemis Fowl acaba por não ser tanto o génio do crime que a sinopse indica, ou que ele pensa que é, e a trama acaba por, muitas vezes, ser mais simples do que o esperado, mas alguns toques especiais dão a estes livros um valor acrescido e evitam que as aventuras se tornem monótonas.

A escrita do autor continua eficiente, embora mais dirigida a um público infanto-juvenil, acaba por não repelir o leitor mais adulto. Eu gostei!

No geral, The Opal Deception foi mais uma divertida aventura, que passa num instante e deixa sempre a vontade de ler mais.

Narração (Nathaniel Parker):
Que posso dizer sobre a narração de Nathaniel Parker, que já não tenha dito antes? Adoro! E recomendo os audiolivros.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A Vida aos Quadradinhos - Julho

Em Junho não li um único volume de banda desenhada ou manga ou mesmo webcomics. Muito estranho ...
Mas em Julho voltei à carga .

Super Pig - Roleta Nipónica, de Mário Freitas, com ilustrações de Osvaldo Medina
Esta foi a minha primeira leitura do Super Pig, pois apesar de já ter escutado muito sobre o infame Pig, ainda não tinha tido oportunidade de o ver em acção. E não fiquei decepcionada. Temos muita acção, algumas reviravoltas bem conseguidas e algumas personagens interessantes. Os desenhos são muito bons e o enredo está divertido, mantendo sempre uma nota séria.
Não é uma obra-prima, mas diverte bastante. Recomendo!
Uma nota extra para os tons cinza de Gisela Martins e Sara Ferreira, que lhe deram um aspecto bem nipónico.

Half Dead, de Barb-Lien Cooper e Park Cooper, com ilustrações de Jimmy Bott
Não estaria a mentir se dissesse que o melhor desta BD é a capa de Afua Richardson.
A história é pobre e sem grande nexo,os diálogos são horríveis, os desenhos funcionam mas não espantam, e existe algum desenvolvimento de personagens, mas algo de muito superficial. Sinceramente, esta BD foi uma desilusão!
A premissa até é interessante e, com um guião cuidado e bons diálogos, seria possível transformar isto em algo muito melhor, mas assim sendo, Half Dead está muito abaixo do medíocre e não posso aconselhá-lo a ninguém.

Young Protectors, webcomic
Bem, parece que as minhas dúvidas sobre o 'vilão' foram respondidas, e essa era a principal razão porque continuava a ler Young Protectors e, por isso mesmo, é provável que não continue a ler este webcomic. Ssimplesmente não o acho tão bom como o Artifice.

Gaia, webcomic
Apesar de ter lido poucas páginas este mês, a belíssima arte e uma história são cada vez mais interessante. Este é um webcomic que recomendo, por ter uma boa história, personagens bem desenvolvidas e uma belíssima arte, que se torna mais e mais agradável à medida que vamos entrando na história. E não posso dizer nada específico pois corro o risco de dizer demasiado sobre o enredo.

Perchance to Dream: The Indian Adventures of Giuseppe Bergman, de Milo Manara
Esta foi a minha segunda tentativa de ler algo do Milo Manara e acho que é oficial que estas BDs não são para mim. As histórias fazem pouco ou nenhum sentido, embora tenham o seu quê de interessantes; as cenas mais picantes são de uma falta de tacto impressionante e apesar de o desenho ser muito bom (chegando mesmo a ser brilhante em certos momentos), só por si não é o suficiente para me manter agarrada às páginas. Não cheguei a terminar a leitura desta banda desenhada e, quase de certeza que não voltarei a tentar ler mais nada do artista.

Artemis Fowl, de Eoin Colfer e Andrew Donkin e Giovanni Rigano e Paolo Lamanna
Fiquei agradavelmente surpreendido com esta adaptação gráfica. Demorei algum tempo a adaptar-me ao estilo de desenho, mas as cores ajudaram e o texto estava suficientemente fluído para me levar pelas páginas sem grande atrito. Apesar de não ser perfeita, esta BD é uma excelente alternativa, ou complemento, ao livro original. A história está praticamente toda lá, a narração não é excessiva e a maioria das cenas são ilustradas de forma belíssima, embora em certos casos cortem um pouco da acção e escolham descrevê-la em texto. A arte fala por si só e, depois de nos habituarmos ao estilo, esta torna-se muito agradável. Adoro especialmente as cores, sombras e luz, assim como o desenho de personagens. Ou seja, aconselho a fãs de Artemis Fowl e a quem queira experimentar este pequeno 'herói'.

Frostbite (Academia de Vampiros 2), de Richelle Mead e Leigh Dragoon e Emma Vieceli
Já habituada ao estilo de desenho do primeiro volume, foi fácil entrar neste. Os pontos fortes e fracos acabam por ser praticamente os mesmo que em Vampire Academy (o primeiro): a história parece desenrolar-se a um compasso muito mais acelerado e são notórias as cenas que foram cortadas ou encurtadas, pelo menos para quem leu o livro original. No entanto esta adaptação gráfica foca-se nas partes mais importantes e a história está ajustada  de forma competente à BD. A arte é muito limpa e as cores são muito agradáveis, no entanto as cenas de maior acção não são tão dinâmicas quanto poderiam ser. Ainda assim, confesso que, desta vez, chorei ainda mais com o final do que quando li(ouvi) o (audio)livro original.

Under His Spell (My Boyfriend is a Monster 4), de Marie P. Croall e Hyeondo Park
Apesar de não ser tão bom como I Love Him to Pieces, este 4º volume também tem os seus pontos fortes. Para começar, e desculpem-me pela frivolidade, eu adorei a arte! Dinâmica, limpa e muito imprevisível. Os rostos eram deveras estranhos mas a acção estava soberba, e mesmo nos momentos mais estáticos o artista trazia às cenas energia com as suas perspectivas arrojadas e exageradas. E aquelas páginas a cores no meio ... lindas!
Tendo dito isto, o enredo também é competente, embora, em momentos, um pouco cliché. O romance não me convenceu completamente mas também não foi daqueles que eu achei que surgiu do nada. Teria gostado de saber mais sobre o passado do Allein e também não gostei nada daquele início. Mas fora isso, esta BD está competente e, como disse, rendi-me à arte. Não é uma maravilha, mas tem as suas virtudes.

The Arctic Incident (Artemis Fowl 2), de Eoin Colfer e Andrew Donkin e Giovanni Rigano e Paolo Lamanna
Tudo o que disse em relação ao primeiro volume desta adaptação gráfica, pode aplicar-se a "The Arctic Incident", sendo que arte se mantém impressionantes, especialmente por culpa das maravilhosas cores (apesar da predominância de vermelhos e rosas; a história também está muito bem 'traduzida' para o 'meio': banda desenhada e esta conjugação torna esta adaptação uma que se distingue de várias que já li.
Conseguimos criar empatia com as personagens e a acção é muito envolvente, sem grandes trechos de texto em todas as páginas. No entanto, por vezes optaram por narra certas acções que poderia e deveriam ter sido ilustradas, e isso tirou alguma maravilha à banda desenhada, embora não o suficiente para a tornar má.
 Recomendo!

terça-feira, 16 de julho de 2013

O Código Eterno

"O Código Eterno (Artemis Fowl 3)", de Eoin Colfer

Sinopse:
Desta vez, Artemis Fowl mergulhou num problema que não consegue resolver: o Cubo V — um supercomputador que criou usando a tecnologia das fadas do subsolo — caiu nas mãos erradas. 
Quem o controla é Jon Spiro, um bilionário com ligações ao seu leal guarda-costas. E Spiro planeia usá-lo para dominar o mundo! As consequências podem ser desastrosas para todos, e apenas uma equipa muito especial poderá ajudar o jovem génio do crime: a sua némesis, a fada Holly Short; o centauro Foaly, perito em computadores; e o desbocado anão Mulch. Conseguirá Artemis a ajuda de que precisa para recuperar o Cubo V?


Opinião:
As aventuras de Artemis Fowl são, sem sombra de dúvida, divertidas. Esta é uma daquelas séries que sigo porque me diverte imenso, apesar das suas muitas falhas. Não há nada melhor que desfrutar de algo só porque sim. Sem exigir que a história seja profunda, que a escrita seja sublime, ou outras coisas que tal.
Ainda assim, Artemis Fowl é uma boa série, que está bem construída, tem personagens bem exploradas e cujas ideias são bem arquitectadas. Claro que não podemos esquecer a muito boa dose de loucura.

Esta terceira aventura de Artemis Fowl não foi, a princípio, tão boa como as anteriores. Artemis caiu numa armadilha ridiculamente previsível e isso teve consequências bem graves. Lá pelo meio, o génio do nosso pequeno mestre do crime, também deixou algo a desejar, no entanto, como sempre, o final foi muito bom e conseguiu surpreender em alguns aspectos.

Mas o melhor destas aventuras são mesmo as personagens. Artemis cresceu bastante ao longo dos últimos três livros e, tal como algumas outras personagens, acredito que o final deste vá mudar muita coisa. Holly, Buttle, Juliette e Mulch foram imensamente divertidos e tornam-se personagens que esperamos ler em todas as aventuras, e esperamos com expectativa, e elas nunca falham.
Há que dizer que achei que o desenvolvimento de todas elas neste livro, foi muito bom.

No que diz respeito à escrita, não posso dizer nada que não tenha referido na minha opinião o primeiro ou do segundo livro. São aventuras dirigidas maioritariamente a miúdos de 11/12 anos, mas que conseguem entreter qualquer adulto com uma mente aberta e sentido de humor.

Em suma, esta foi mais uma leitura/escuta bem divertida. Que não exigiu demais de mim enquanto leitora, mas que nem por isso foi menos bem conseguida. Apesar de alguma previsibilidade, esta é uma série que recomendo.

Narração (Nathaniel Parker):
Tal como em Artemis Fowl e Incidente no Ártico, Nathaniel Parker fez um excelente trabalho narrativo, e este audiolivro foi uma delícia de se ouvir. As vozes estavam todas muito bem conseguidas: distintas e ricas, tal como as personagens que interpretavam.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Incidente no Ártico

"Incidente no Ártico (Artemis Fowl 2)", de Eoin Colfer (Editora Vogais)

Sinopse:
Artemis Fowl, com apenas 13 anos, é o maior génio criminoso de sempre, responsável por todos os grandes golpes da década. Neste segundo volume, recheado de enigmas e muita ação, Artemis Fowl está a ser perseguido por fadas. A Máfia Russa tem o seu pai preso no Círculo Polar Ártico e exige um resgate.
Protegido por Butler, o seu fiel guarda-costas, Artemis lança-se em seu auxílio, mas acaba detido pela destemida capitã Holly Schort. É nessa altura que Artemis percebe que até o mais malévolo dos génios precisa, por vezes, de ajuda.


Opinião (audiolivro):
Artemis Fowl será a única saga onde eu suporto e até acho plausível, existir uma personagem cujo 'poder' consiste em comer terra para escavar túneis e (atenção que vem aí linguagem nojenta) cagar a dita terra e dar peidos que projectam os inimigos pelo ar. Eu sei, a ideia parece ridícula! Eu pensei o mesmo quando o li no primeiro livro mas, acreditem que Eoin Colfer faz com que funcione. Por mais bizarro que possa parecer.
E agora que tenho a vossa atenção, vamos ao que interessa. Hehe!

Depois dos acontecimentos anteriores, neste livro vemos um outro lado de Artemis Fowl: um lado mais humano, mais vulnerável, mas não menos inteligente. Pela primeira vez, Artemis irá ajudar as fadas e em troca receberá a ajuda daqueles que tramou no volume anterior.
A história deste livro pareceu-me mais interessante que a do primeiro, na medida em que é mais humana, mais motivada e um pouco mais plausível (tirando o facto de os raptores demorarem dois anos a pedir resgate pelo pai dele). Gostei particularmente de todo o desenvolvimento das personagens, em especial do Artemis. Por outro lado achei que os vilões do lado das fadas não foram bem usados, que lhes faltava alguma coerência e menos imbecilidade. Para vilões capazes e arquitectar planos tão perfeitos, conseguiam ser muito burros. Já do lado dos humanos, apesar de um pouco esterotipados, os vilões pareceram-me mais credíveis. Claro que certos acontecimentos pareceram um pouco coincidência a mais, mas nunca de forma a que o leitor se sentisse gozado.

A escrita do autor voltou a agradar-me. Não é que seja excepcional mas, repito, este é o tipo de livro que eu daria a um adolescente na casa dos 12 anos, e que tenho a certeza que ele iria gostar (talvez até mesmo as raparigas). Mas eu, enquanto adulta, não me diverti menos por isso. A trama está bem enredada, as personagens são muito diversas e interessantes de seguir, a escrita é acessível e toda a história é pura diversão.

Em suma, foi mais uma divertida aventura na companhia de Artemis, Buttler, Holly, Commander Root e Foaly. Estou a gostar mais disto do que supunha, não que seja uma obra fenomenal, mas é uma saga que entretém e que não se leva demasiado a sério.

Narrador (Nathaniel Parker):
Mais uma vez, Nathaniel Parker, fez um excelente trabalho na gravação deste audiolivro. A ginástica da sua voz, os sotaques, tudo estava perfeito. Muito bom, mesmo! Se todos os audiolivros fossem assim, eu era uma audioleitora feliz.

::Autor:: Eoin Colfer

Biografia (via infopedia):
Escritor irlandês, Eoin Colfer nasceu em 1968 na cidade costeira de Wexford. Filho de um historiador e de uma atriz, ambos professores e escritores, tomou o gosto pela escrita ainda na escola primária.
Após ter concluído os seus estudos secundários, Eoin Colfer resolveu seguir as pisadas do seu pai, ao ingressar na Escola Normal de Dublin, que o qualificou em 1986 como professor primário.
De regresso a Wexford, começou a lecionar de dia e a escrever nos seus tempos livres, à noite e aos fins de semana. Encontrou ainda possibilidade de se juntar a um grupo de teatro amador, começando como ator, logo como encenador, e por fim como argumentista, chegando a receber alguns prémios pelas suas produções. Fez também parte da Light Opera Society de Wexford.
Casou-se em 1991 e, no ano seguinte, decidiu partir com a esposa para o estrangeiro, pelo que trabalhou durante quatro anos em países como a Itália, a Tunísia e a Arábia Saudita. Retornou à Irlanda em 1996 e em 1997, ano do nascimento do seu primeiro filho, Eoin começou a escrever um romance infanto-juvenil que contava a história de um rapaz irlandês e do seu melhor amigo, um tunisino, e as aventuras em território africano. Intitulado Benny And Omar, este primeiro livro de Eoin Colfer foi publicado em 1998, e muitíssimo bem acolhido pela crítica, chegando a ser traduzido para as principais línguas europeias.
Seguiram-se Going Potty (1999) e uma continuação do seu primeiro trabalho, Benny And Babe (1999). Em 2000 apareceu The Wish List, um romance baseado nas lendas mágicas tradicionais irlandesas e que venceu um prémio literário no ano seguinte.
No ano de 2001 foi publicado o seu maior sucesso, Artemis Fowl, que atingiu um volume de vendas considerável a nível mundial, e cujos direitos de autor foram adquiridos por uma grande companhia da indústria cinematográfica, o que permitiu a Eoin Colfer abandonar a carreira docente para se dedicar em exclusivo à atividade da escrita.


Livros que li do autor:
Artemis Fowl (Artemis Fowl 1) - opinião
Incidente no Ártico (Artemis Fowl 2) - opinião
O Código Eterno (Artemis Fowl 3) - opinião
The Opal Deception (Artemis Fowl 4) - opinião
The Lost Colony (Artemis Fowl 5) - opinião
The Time Paradox (Artemis Fowl 6) - opinião
The Atlantis Complex (Artemis Fowl 7) - opinião
The Last Guardian (Artemis Fowl 8) - opinião
Artemis Fowl BD - opinião
The Arctic Incident BD - opinião

Livros editados em Português:
Artemis Fowl - O Ouro das Fadas, Dom Quixote (2002)
Artemis Fowl - Incidente no Ártico, Dom Quixote (2003)
A Lista de Desejos, Editorial Presença (2004)
Artemis Fowl (Artemis Fowl 1), Booksmile (2012)
Incidente no Ártico (Artemis Fowl 2), Booksmile (2012)
O Código Eterno (Artemis Fowl 3), Booksmile (2013)

A visitar: Site Oficial, Twitter do Autor, Página de Facebook, Artemis Fowl, Artemis Fowl na Vogais,

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Artemis Fowl

"Artemis Fowl (Artemis Fowl 1)", de Eoin Colfer (Editora Vogais)

Sinopse:
Com apenas 12 anos, Artemis Fowl é o maior génio criminoso de sempre, responsável por todos os grandes golpes da década. E ele tem uma missão a cumprir: recuperar a fortuna da família. Este é o primeiro contacto do jovem com o povo do subsolo, onde vivem perigosas fadas armadas, centauros, trolls monstruosos e anões mentirosos.

Opinião (audiobook):
Este é um daqueles livros cuja opinião me divide. Por um lado diverti-me imenso com ele, mas por outro tenho consciência que muita dessa diversão se prende com situações absolutamente ridículas que ocorreram por toda a história.
No entanto uma coisa posso dizer: ofereceria isto a uma criança de 11 ou 12 anos. É o tipo de livro que eu teria gostado de ler nessa idade (se bem que é mais voltado para os rapazes). Contudo, estando eu mais perto da casa dos 30 e tendo gostado do livro, não posso dizer que também não o recomendaria a adultos. Vai depender muito da abertura de espírito do adulto em questão. Se estiver com vontade de ler algo que é pura diversão, sem grandes pretensões de algo mais, então força adultos, leiam isto.

Numa análise mais objectiva, posso dizer que a nível de trama temos uma premissa curiosa. Artemis Fowl não é, de longe nem de perto, a mente mais brilhante sobre a qual já se escreveu, mas para um miúdo de 12 anos até tem algumas ideias bem interessantes. O que lhe vale é que os outros (criaturas sobrenaturais) não parecem ser particularmente inteligentes.
Estando longe de ser o mestre do crime que a premissa promete, ainda assim a história tem algumas boas reviravoltas e momentos que me fizeram soltar gargalhadas sentidas (umas porque eram divertidas, outras porque eram absolutamente ridículas - e refiro-me em particular ao traque-bomba).

As personagens são bastante curiosas e confesso que este foi um dos aspectos que mais gostei no livro. Todas as personagens marcavam a história de alguma forma e nenhuma era supérflua ou igual a tantas outras. As minhas favoritas foram a Holly, o Buttler e o Commander Root.

A prosa é bastante adequada ao público alvo, sem ser aborrecida para os mais crescidos e embora algumas decisões narrativas não tenham sido muito do meu agrado, no geral achei que os textos estavam bem estruturados.
Uma nota especialmente abonatória para Nathaniel Park (o narrador do audiolivro em inglês). mais pormenores no final deste post.

Em suma, este foi um livro que me entreteve várias horas, que me fez rir e que, apesar de não ser nenhuma maravilha literária, diverte. Por vezes é disso mesmo que precisamos: algo que nos divirta. por isso se quiserem oferecer um livro a miúdos de 11-12 anos, aconselho e, se forem adultos à procura de algo mais descomprometido, atrevam-se. Pode ser que gostem.

Narrador (Nathaniel Parker):
O narrador fez um excelente trabalho com este audiolivro. O sotaque  escocês que ele usou nos diálogos era carregado e dava um toque mais realista às personagens. Felizmente não usava na narração, pois acho que teria dificuldades em perceber o texto todo com o sotaque. A cada personagem ele deu uma entoação diferente, uma vida diferente e esse é o tipo de trabalho que eu aprecio nos audiolivros.

Booktrailer (português):


Links Relacionados: Site Oficial - "Artemis Fowl" na Wook - Audiobook no Bookdepository - Site da Editora

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