domingo, 19 de fevereiro de 2012

Valérian e Laureline

"Valérian e Laureline 19 + 21" de by Pierre Christin e Jean-Claude Mézières (Edições ASA - Colecção Os Incontornáveis da BD do Público nº1)

Sinopse:
Este volume inclui as histórias: "Nas Imediações do Grande Nada (19)" e "O AbreTempo (21)"

Opinião (História):
A primeira história, "Nas imediações do Grande Nada" é fácil de assimilar, mesmo para o leitor desconhecedor da história desta BD (aconselha-se a leitura das notas introdutórias). Foi fácil conhecer um pouco dos protagonistas pois de forma activa e nada forçada, foram-nos mostradas várias coisas sobre eles. O enredo em si também é bastante interessante e bem aproveitado. Sem muita acção consegue ser dinâmico e interessante, abrindo caminho para o que prometia ser uma grande aventura.
Em contraste a segunda história, "O AbreTempo" é quase impossível de assimilar. Não faz sentido nenhum publicarem o nº19 e depois em conjunto o 21. Que é feito do 20? (eu sei que foi publicado anteriormente, mas está fora de circulação, como é que o leitor comum pode seguir a história?). É impossível o leitor não se perder no meio da imensidão de acontecimentos e desfechos que sucedem nesta segunda parte, onde quase tudo parece ser consequência do tal 'desaparecido' nº20. Apesar de ter gostado do final, o climax perdeu-se pela falta de informação.
Eu compreendo que quisessem desta forma fechar a BD para quem já era seguidor (quando há anos a publicaram em Portugal), mas e os outros? Os que, como eu, compraram esta BD para terem uma primeira abordagem a "Valérian e Laurelin"? Como ficamos?

Ou seja, a primeira história é muito boa e dá vontade de saber mais sobre as aventuras destes dois, mas a segunda história é confusa e desapontante para os que anteriormente não tenham lido o nº20 (e possivelmente do nº1 ao 18)

Opinião (Arte):
Nunca tive grande contacto com a arte europeia. Não porque a ache menor (bem pelo contrário), mas porque as oportunidades não surgiram tão numerosas como com para a arte americana ou mesmo a oriental.
"Valérian e Laureline" mantêm-se no estilo que vim a 'reconhecer' como europeu e que, pessoalmente, gosto muito. As personagens são mais ou menos estilizadas mas bastante realistas (contraditório, mas verdadeiro), agora os fundos ... lindos! Gostei muito da arte de Jean-Claude Mézières e as cores de E. Tranlé só lhe deram mais vida. Os cenários de ficção científica futurista estão excelentes e mesmo as expressões (tanto faciais como corporais) das personagens estão muito boas.

Em combinação com a história, este primeiro volume dos "Incontornáveis da BD" deixou-me com muita vontade de ler mais aventuras de "Valérian e Laureline". Só gostava que não tivessem feito o que fizeram com a publicação de números distanciados. Ai, ai ...


2 comentários:

  1. Eu adova ler esta banda desenhada,já nem me lembrava dela,tenho que a reler:D

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  2. Comigo também aconteceu o mesmo.
    Adquiri um exemplar para ficar a conhecer as personagens mas a última história caiu-me mal, apesar de estar à um pouco à espera que as histórias pudessem passar-me ao lado, por desconhecimento das personagens.
    Realmente, a primeira leu-se muito bem e gostei.

    Certo é que a vontade de comprar outros números da colecção já não foi tanta.

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