sábado, 1 de agosto de 2015

A Guerra dos Mundos

"A Guerra dos Mundos", de H.G. Wells (publicado por várias editoras em Portugal)

A Guerra dos Mundos é um clássico por boas razões. Apesar de ter sido escrito em finais do século XIX, a verdade é que o livro não está nada datado. Nada mesmo!

Esta opinião vai ser curtinha porque, sinceramente, não tenho quase nada de mal a apontar ao livro e são só coisas boas. :)
A história, como devem saber, retrata uma invasão alienígena, pelos olhos de um homem que presencia tudo desde o início, na primeira pessoa.

A imaginação por detrás desta história é excelente, mesmo agora quando se pode dizer que já vimos de quase tudo. As descrições do autor são muito visuais e é fácil o leitor sentir que está lá, ao lado do narrador. E pode-se dizer que o livro é tanto sobre a guerra e as suas consequências, como sobre um homem que apenas quer reencontrar a família. Há um equilíbrio entre os dois.

As personagens que o protagonista vais conhecendo acabam por perder-se no mar de caos, mas todas têm suficiente 'polpa' para serem mais que figuras perdidas no texto. E o protagonista, claro, é o mais bem explorado de todos e os seus sentimentos pela família são quase palpáveis.

Por seu lado a prosa consegue dar uma imagem muito boa ao leitor e o texto é muito acessível e cheio de energia, mesmo na versão original (que podem ler gratuitamente através do Project Gutenberg). A única falha que tenho a apontar é que, apesar de o livro estar todo contado na 1ª pessoa, e por isso só devermos ter acesso ao que o protagonista vê e sente, existem algumas cenas que o protagonista claramente não presenciou mas que são ainda assim narradas com todos os detalhes. Mesmo que alguém lhe tivesse contado o sucedido, nunca seria com tanto pormenor, e isso distraiu-me um pouco, mas não muito.

Em suma, A Guerra dos Mundos é um clássico rico, acessível e que merece ser lido por todos. Recomendo!

Sinopse:
Publicado pela primeira vez em 1898, essa obra-prima de ficção especulativa de H.G. Wells aterrorizou e divertiu gerações de leitores, gerou inúmeras imitações e serviu de inspiração a mestres como Orson Welles e Steven Spielberg. 
Por tempos, os homens foram estudados à distância pelos marcianos, que nos observavam como quem analisa micróbios por um microscópio. No final do século XIX, entretanto, eles partem para a Terra e aterrissam nos arredores de Londres. À primeira vista, os marcianos parecem risíveis: mal conseguem se mover, e não saem da cratera criada pelo pouso de sua espaçonave. 
Mas, conforme seus corpos começam a se acostumar com a gravidade terrestre, eles revelam também seu verdadeiro poder. Os marcianos são máquinas biomecânicas assassinas com mais de 30 metros de altura, que destroem tudo a sua volta. Aniquilando toda tentativa de retaliação do exército britânico, eles rapidamente eles chegam à capital britânica, que é evacuada às pressas por uma população desesperançada.

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